Por: Ray Melo Ac24horas
Num Estado onde tudo gira em torno da política, até mesmo o controle de denominações evangélicas é motivo de embate político. A briga da vez é a convenção das Igrejas Assembleia de Deus no Acre, que ocorre de 24 a 31 de julho deste mês, quando será escolhido o presidente da convenção. O ungido, além de prestígio dentro das agremiações do Estado, conta com um forte peso político junto ao Governo do Estado. Por este motivo, até mesmo o governador Tião Viana (PT), se envolve na guerra santa.
Nos bastidores da organização do maior evento da igreja Assembleia de Deus, as articulações são dignas de uma eleição convencional, com direito a reuniões de políticos com pastores que tem direito a voto, e articuladores para levar o nome do pastor Luiz Gonzaga, a presidência da convenção estadual da agremiação evangélica. Segundo informações obtidas pela reportagem, o deputado estadual Helder Paiva (PR) e o deputado federal Sibá Machado (PT), seriam os homens da linha de frente das articulações do governador Tião Viana.
Outro personagem da disputa que pretende destronar os políticos ligados ao Partido Social Cristão (PSC), do comando da convenção, seria o pastor e apresentador do programa Celebrai Jesus, Gilberto Cabral, que em tese, se apresenta como o sucessor do ex-vereador Jessé Santiago, que morreu durante um acidente no ano passado. Ao Pastor Cabral caberia um papel de emissário e o de uma segunda via, para garantir a vitória de Luiz Gonzaga, como num processo eleitoral, onde é lançada uma segunda candidatura para dividir as intenções de voto.
O atual presidente, que tem como objetivo principal contribuir com o crescimento da denominação evangélica no Acre, pastor Pedro Abreu de lima é ligado ao grupo político da deputada federal Antonia Lúcia (PSC), uma declarada opositora a administração de Tião Viana, o que motivou a articulação para destronar a missionária, que vem se tornando uma clara ameaça ao projeto da Frente Popular do Acre, já que os votos dos fiéis da Assembleia de Deus significam uma fatia importante do eleitorado do Estado.
A disputa política, que não é regida pela Justiça Eleitoral, onde não é proibido a distribuição de ofertas e dízimos, pode esquentar com os conchavos dos dois lados da pendenga, que tende a elevar o valor dos votos dos pastores que participarão do pleito. Como no mundo espiritual, muitos aspiram ao poder político do mundo dos pecadores. Essa será mais uma oportunidade para a oposição e situação se digladiarem antes da guerra que vai ser a briga pelo voto das pessoas, que segundo sua doutrina, estão salvos.
A guerra santa será uma prévia das eleições municipais 2012, e poderá funcionar como um termômetro para os líderes políticos do estado estabelecer suas estratégias em relação ao lançamento de dirigentes das agremiações evangélicas, com é o caso do apostolo Ildson, vice de Tião Bocalom (PSDB) na eleição de 2010, que ameaça se bandear para o lado da Frente Popular do Acre, como o candidato oficial do PP, a Prefeitura Municipal de Rio Branco.
Ray Melo, da redação de ac24horas – raystudio3@gmail.com
E uma vergonha pastor se envolver com politica´lugar de pastor, é na igreja
ResponderExcluirna bahia, é mais uma vergonha o dinheiro, tem mais valor que a alma no tempo de coré, uma quadrilha a terra ja tinha engolido muita jente
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