A indústria de escândalos de toda ordem e o pipocar de denúncias diárias não chocam mais o senso de moralidade do povo brasileiro. Espanto causa um dia sem denúncia às mentes já, há anos, entorpecidas. Por aceitação, dispensada a justificativa de pura comodidade, a corrupção, o roubo, a mentira e a traição, fazem parte do conformismo da parcela maior do subjugado povo brasileiro. Como é bom ler o registro histórico sobre a importância que representou a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, escrito pelo Coronel do Exército Brasileiro, Manoel Soriano Neto. A imaginação cria asas e dá origem ao sonho: "Que maravilhoso seria se tivéssemos governantes com o mesmo tino progressista e visão de estadista de Dom João VI. Dom João amava o Brasil!" Infelizmente, este exemplo, perdido nas páginas do século XIX, é ignorado pelos personagens atuais, não se importando com os acontecimentos que ocorrem hoje -- no século XXI.
Dirigentes desvinculados com o destino do país, desconhecedores do desenvolvimento iniciado HÁ 200 anos, imprimem retrocesso que será gravado na História do Brasil. Mais a frente, inseridas no tempo futuro que virá, gerações decepcionadas olharão para o mapa do Brasil, e com vergonha lembrarão "o quanto foram covardes os meus antepassados. Entregaram-nos um Brasil menor, sem a Amazônia!" Este é o mesmo sentimento que tenho quando olho para o Estado de Roraima e sinto falta de um pedaço, o Pirara. Estamos, em pleno século XXI, a repetir a mesma atitude acovardada e incompetente da geração da transição do século XIX para o XX. A covardia passou a assumir a ordem do dia. Somos assaltados em todos os sentidos. O governo acintosamente nos rouba com as suas injustas tributações e, além de embolsar grande parte do dinheiro que nos foi arrancado, distribui o restante em inúteis empreendimentos demagógicos encobertos sob a capa da imoralidade intitulada como social.
Anestesiado, o povo brasileiro, em sua maioria, sobrevive alimentando igual forma ao executivo, um voraz legislativo, caríssimo, corrupto e inútil, que representa apenas, de forma eficiente, a defesa dos próprios interesses, esquecido de que foi eleito pelo povo para a defesa do mesmo. O judiciário, perdido, igualmente arrebatador do conteúdo dos bolsos do contribuinte, não sabe o que fazer e quando faz alguma coisa é de forma ineficiente e desacreditada. A violência campeia, vinda de todas as direções e dos diversos escalões. O povo, tonto e sem saber o que fazer, é a única vítima. Até quando os homens de coragem e decisão assistirão, inertes, ao Brasil se acabar? Será que ao longo das sucessivas gerações as transmissões genéticas vindas dos heróis - que verteram sangue para nos legar este imenso território para o projetarmos no mundo como uma grande nação denominada Brasil.
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