Estive lendo algumas postagens de xapurienses que presentes ou distantes se interessam pelos acontecimentos da terrinha, bem como as “respostas” da Administração atual justificando, ou tentando levar a discussão dos problemas para um campo mais ideológico do ponto de vista político do que necessariamente necessita.
Com todo o respeito que tenho pelos membros da Administração, acho até meio descabida algumas explicações, partindo do pressuposto popular que quando se “ofende” é que a carapuça serviu. Acredito que muitas carapuças já foram usadas ultimamente.
A priori e saudável lembrar que no “jogo democrático” é normal, compreensível e salutar que críticas ocorram não somente de “opositores” mas, também de “aliados”. Vale ressaltar que nesse interim os “opositores” na sua totalidade são pessoas que analisando problemas gritantes e urgindo por soluções, divulgam suas impressões em forma de críticas na tentativa de ver solucionadas as situações mais emergenciais.
Ademais, acredito que algumas pessoas ainda não compreenderam que acostumados serem “pedras” que estilhaçam as vidraças alheias atualmente são as “vidraças” que indubitavelmente merecem serem apedrejadas.
Acredito que sempre tenho pautado minhas divergências e idéias contrárias a algumas situações em Xapuri de forma muito sensata, coesa e justa, primando sempre por analisar os acontecimentos de uma forma histórica, do cerne do problema... Quando surgiu? Como foi tratado nas administrações anteriores? e como se encontra atualmente?. Agora inevitavelmente para os problemas surgidos no tempo presente temos que comportar de forma diferente, já que os autores responsáveis podem se justificarem.
Volto a repetir que enquanto as Administrações Xapurienses estiverem olhando apenas para o seu próprio umbigo, jamais conseguirão ver o que ocorre nas suas adjacências. Não se pode analisar fatos somente sobre uma só perspectiva , da mesma forma que seria inocência esperar que todas as pessoas adotassem o comportamento de ficar caladas diante de uma triste realidade que vem sendo construída ao longo de algumas administrações e que permanece na atual. Não se pode esperar que todos possam acreditar em uma única versão dita. Quando não dita é fortemente pressuposta.
Tentar inibir a discussão da atual situação de Xapuri, distorcer os fatos ou falsear a realidade é fomentar a problemática ainda mais.
É compreensível o alvoroço em “tentar” desacreditar as ideias contrárias ao ainda vigente conceito de “capital da ecologia”, “cidade sem problemas”, “escola de liderança”, “princesinha” que Xapuri sempre exibiu ou que pelo menos “vendeu” a idéia. Notadamente é ruim para certos grupos políticos e em especial para certos “políticos” que essa imagem seja desfeita, já que sempre se beneficiaram projetando-a, da mesma forma é “ruim” para certos políticos, ver questionado o que imaginam ou fingem imaginar que está ás mil maravilhas.
Sinceramente não é de hoje que Xapuri vive politicamente de aparências, vendendo uma imagem muito diferente daquela real encontrada e vivenciada por aqueles que por estas terras que a todos acolhe vive. Sob a égide do título de “Princesinha do Acre” Xapuri viveu de aparências nas ultimas décadas e mais ainda sob o manto de uma “história de luta ecológica” ajudou a amealhar recursos não somente para o município que não foram sabiamente aplicados, como grandes somas para os cofres do Estado em projetos que sequer reverteram para a cidade.
Não se pode subestimar a inteligência das pessoas abusando fortemente do apelo de marketing como ultimamente tem sido utilizado, exemplo disso é que na última comitiva do Governo do Estado em Xapuri para assinaturas de repasse de recursos, foram contabilizados 68 (sessenta e oito) veículos que acompanhavam a Equipe, estacionados nos dois sentidos da rua próxima ao evento, porém às pessoas de Xapuri presentes podiam se contar nos dedos, ou seja o importante era a divulgação e não a questão de fato. A mesma coisa ocorreu com a assinatura do projeto “Ruas do Povo” que novamente repito não está empregando mão de obra local.
É bom lembrar que a educação e gentileza para gestores públicos é importante, porém a sinceridade é uma virtude que precisa ser primada, e basta ver alguns dos últimos acontecimentos em Xapuri que é nítida a interferência de comportamentos maquiavélicos que intentam de forma desrespeitosa a diminuição dos “algozes” da “verdade unívoca” pregoada pelos Gestores de Xapuri.
“Os tempos são outros”, a facilidade e a agilidade da troca de informações é propícia para momentos de debates como o que está fortemente ocorrendo sobre a “terrinha” e quem inteligente for que possa utilizar o momento para rever posições e reavaliar posturas.
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