O trabalho de articulação interna feito dentro da Frente Popular do Acre não resolve o problema de divisão interna e articuladores políticos admitem que em alguns municípios a unidade já seja carta fora do baralho. A maioria dos municípios onde há quebra da unidade é no Alto Acre. Municípios como Xapuri e Epitaciolândia, berços de alguns partidos que compõem a FPA são os locais onde as diferenças da coligação aparecem de forma mais evidente.
De acordo com o articulador político, Francisco Nepomuceno, O Carioca, unidade em Epitaciolândia é algo fora de cogitação para Frente Popular do Acre. Carioca afirma que certamente haverá mais de um palanque da coligação. “Talvez em Epitaciolândia tenha três ou quatro candidatos da FPA”, diz.
Se é verdade que haverá em Epitaciolândia três ou até mesmo quatro candidatos da FPA, é verdade também que a polarização das pré-candidaturas se dará entre petistas e socialistas, pondo fim a dobradinhas criada em 2004 que culminou com a eleição de Zé Ronaldo.
O prefeito Zé Ronaldo (PSB) será candidato natural à reeleição representando os socialistas, mas desta vez ele não contará com o apoio dos petistas. “Nem de vice nós queremos Zé Ronaldo”, diz Marcos Fernando, pré-candidato pelo Partido dos Trabalhadores.
Atualmente o vice do prefeito de Epitaciolândia é um petista. De acordo com Marcos Fernando, pré-candidato do PT à prefeitura daquele município está fora de cogitação qualquer tipo de apoio do partido para a reeleição de Zé Ronaldo. “O prefeito não deu ao vice (do PT) o tratamento correto. Ele foi desleal com o vice que também desempenhou papel de secretario de Estado. Não iremos apoiar de jeito algum”, diz.
Se nem de vice os petistas aceitam Zé Ronaldo em uma declaração objetiva de que o fogo amigo está aberto no Alto Acre, por sua vez os socialistas se mostram mais humildes e não descartam uma aliança. “Contando que eles queiram ser vice não descartaremos uma possível aliança”, diz um líder socialista do município.
Para o presidente da executiva regional do PSB, Gabriel Maia, não há sentido de o partido abrir mão da reeleição de Zé Ronaldo, assim como também não é inteiramente compreensível porque os petistas não aceitam compor chapa encabeçada por socialistas. “Nos municípios onde o PT tem boas chances nós nunca nos recusamos a compor chapa, esperamos o mesmo da parte deles, ainda mais no caso da reeleição de Zé Ronaldo”, diz.
Em Xapuri, a polarização das candidaturas da Frente Popular será representada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Socialista do Brasil (PSB) mais uma vez. Manoel Morais, pré-candidato do PSB não aceita ser vice na chapa do pré-candidato do PT, Bira Vasconcelos. O inverso também é verdadeiro na visão de Bira. “O único jeito deles comporem com conosco é aceitando o cargo de vice, mas de forma alguma aceitaríamos abrir mão de compor a cabeça de chapa. O PT não abrirá mão de ter candidatura própria”, diz Bira pondo fim à conversa mas não à divisão interna da coligação.
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