Filiados e simpatizantes do Partido da Mobilização Nacional (PMN) não tiveram o prazer de degustar o bolo gigante confeccionado especialmente para comemorar os 18 anos de fundação no Acre, comemorado oficialmente neste 21 de abril.
Oito agentes da Polícia Federal, fortemente armados, distribuídos em quatro carros, invadiram na tarde deste domingo (20) a sede do Bancrevea Clube, no km 2 da BR-364, e por ordem da Justiça Eleitoral suspenderam a festa de aniversário, antes dos presentes cantarem o tradicional ‘’parabéns pra você1’’.
O mandado foi expedido pelo juiz plantonista da 1ª Zona Eleitoral de Rio Branco, Marcelo Coelho Carvalho. A motivação, segundo o juiz expõe em suas alegações, teria sido uma denúncia anônima dando conta de que o deputado federal e pré-candidato à prefeitura de Rio Branco, Sérgio Petecão, estaria distribuindo comida ao povo com fins eleitoreiros, ferindo assim a legislação eleitoral que proíbe campanha antecipada.
Os agentes chegaram ao Bancrevea no momento em que os convidados se preparavam para cortar o bolo em comemoração aos 18 anos do PMN. A presença dos policiais armados gerou revolta e apreensão as famílias presentes. Muitas crianças que acompanhavam seus pais tiveram que ser retiradas às pressas do local porque estavam assustadas com a presença da polícia.
Os policiais vasculharam o clube e todas as suas imediações e não encontraram qualquer vestígio que fizesse alusão a disputa pela prefeitura de Rio Branco. As poucas faixas existentes no clube estampavam frases que lembraram os 18 anos do partido.
Os policiais suspenderam a festa e permaneceram até a saída dos presentes. Pelo menos 1,5 mil pessoas prestigiavam o evento e externaram indignação em decorrência da perseguição que o deputado federal Sérgio Petecão vem sendo submetido desde que se declarou pré-candidato a prefeitura de Rio Branco.
‘’O deputado federal Sérgio Petecão e presidente da Executiva Regional do PMN sequer recebeu uma cópia do mandado’’, protesta a advogada Valdete de Souza, que estava no momento da invasão da PF e acompanhou toda a operação de perto.
Valdete reconhece a importância do trabalho desenvolvido pela Justiça Eleitoral, mas alerta que é perigoso tomar decisões baseadas em denúncias anônimas, até porque elas geralmente partem dos adversários políticos, com o único fim de tumultuar o processo eleitoral.
’’É bom que se diga que comemorar o aniversário de um partido não é crime perante os olhos da legislação eleitoral, o que a legislação condena é a campanha antecipada, e isso não ocorreu, como puderam constatar de perto os agentes federais’’, esclareceu.
O presidente Regional do PMN, deputado federal Sérgio Petecão, bastante emocionado, declarou-se surpreso com a invasão da Federal na festa do seu partido. ‘’É muito triste que um momento tão importante para o nosso partido, quando várias famílias estão reunidas em torno de uma festa tão bonita como esta, seja interrompido ao meio por causa de uma denúncia anônima. Nós estamos cientes de onde ela veio e sabermos o que as pessoas que estão por trás dela visam, mas gostaríamos de tranqüilizar a população de que estamos bem e não vamos nos deixar intimidar por esse tipo de atitude’’, prometeu.
O presidente da Câmara de Rio Branco, Pedrinho Oliveira (PMN), não agüentou a pressão e chegou a passar mal. ‘’A que ponto nós chegamos, onde um partido histórico como o PMN, não pode mais sequer comemorar o seu aniversário ao lado de seus filiados e simpatizantes’’, lamentou.
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