Segundo o governo, mineiros tentaram explodir uma ponte em Caihuasi.
Da EFEO confronto entre policiais e mineiros que bloqueiam estradas em Oruro, no planalto boliviano, já deixou dois mortos, enquanto o número de feridos já passa de 30, informou a imprensa local.
Manifestantes entram em confronto com a polícia durante protesto na Bolívia (Foto: AFP)
Durante a manhã foi registrada a morte de um operário da mina de Huanuni, a maior jazida de estanho do país, que participava de um bloqueio da estrada que une La Paz a Cochabamba, Oruro e Santa Cruz, na região de Caihuasi.
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Por volta do meio-dia (horário local), as rádios bolivianas confirmaram a morte de outro operário nos choques que ainda se mantêm nessa região, a quase 200 quilômetros do sudeste de La Paz.
Segundo a "Radio Fides", o segundo mineiro morto, identificado como Miguel Alegre Antonio, foi levado ao Hospital Operário de Oruro com um ferimento na cabeça, aparentemente de bala.
O corpo da primeira vítima, Hernán Montero, também foi trasladado ao hospital da cidade andina de Oruro, próximo à região onde houve o confronto.
O médico que fez a autópsia no primeiro mineiro morto confirmou à imprensa que a morte foi causada por causa da bala e afirmou que mais feridos continuam chegando ao hospital.
No entanto, o Executivo de Evo Morales assegurou que os policiais que participaram do enfrentamento não portavam armas de fogo, segundo disse o ministro do Interior, Alfredo Rada.
Briga
O ministro explicou em entrevista coletiva que aconteceu "uma briga" entre os mineiros quando eles tentavam "explodir uma ponte" em Caihuasi.
O funcionário afirmou que os mineiros levavam cargas de dinamite e de outro explosivo de maior potência para cometer uma ação que o governo "não pode permitir" porque "danifica uma estrada" e é um "atentado à vida econômica e social do país".
Os enfrentamentos em Caihuasi tiverem início às 7h (8h de Brasília) e ainda continuam por causa da resistência dos mineiros de Huanuni, que se somam aos protestos promovidos pela Central Operária Boliviana (COB), que reinvidica uma nova lei de previdência.
O secretário-geral da COB, Felipe Machaca, disse à Agência Efe que sua organização está à espera de um reporte oficial dos dirigentes de Oruro e acusou o Governo de "arremeter contra os trabalhadores ao melhor estilo fascista".
Machaca anunciou que nas próximas horas haverá uma reunião nacional de dirigentes sindicais e antecipou que a greve "se massificará".
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