Por que certos termos parecem tão piegas, transmutação melosa, massa escorregadia? Talvez devido a excessos lingüísticos por ocasião de sua elaboração, diríamos...
E a que se deve esse desgaste? Provavelmente à natureza humana, assim como à carga sentimental derivada de tal condição. A tensão emocional e a descarga afetiva são explicitadas através de expressões simples e arrastadas, talvez provenientes de um estado depressivo ou de uma vida depreciada.
Ainda que julguemos o material exibido deficiente quanto à sua construção, a empatia pode ajudar-nos a absorver o que dali advém, seja um grito de socorro ou uma envaidecida expressão do íntimo do sujeito. Algumas das vezes trazem-nos vivências singelas e vêm, tocantes, ampliar a nossa percepção subjetiva.
Por outro lado, textos excessivamente intelectualizados nem sempre refletem grandes conteúdos. Há casos, entretanto, em que ainda que dotados de uma enorme riqueza, vimos a refutá-los deliberadamente. Muitas vezes isso decorre de algum déficit cultural específico, levando-nos a interpretá-los como um punhado de palavras desconexas. Certamente valeria à pena um certo esforço de leitura, ao término do qual sairíamos lucrando.
Quando surgem textos de quaisquer natureza, respaldados estes pela postura permissiva de uma página virtual democrática, os ditames são flexíveis. A informalidade do Usina de Letras propicia uma heterogeneidade expressiva que o torna peculiar. O produto resultante é rico e provavelmente ainda resultará em estudos acadêmicos multidisciplinares.
Não ocorresse aqui um patrulhamento ofensivo, as coisas ainda estariam melhores e mais diversificadas. Muitos autores estão evadidos por conta do ambiente hostil e isso, a meu ver, necessita ser repensado por cada um de nós.
Muitas vezes fiquei indignada com algumas manifestações e tive que manter um grande autocontrole para não externar o sentimento de forma extremada. Algumas vezes atingi o meu intuito, outras não...
A primeira opção, entretanto, certamente rendeu-me mais frutos. Sem precipitações, pude refletir melhor e tentar aprender com a diversidade, que antes interpretava como adversidade. Percebi que os autores que participam do "site" regularmente já possuem seus estilos mais ou menos definidos e atentei para a possibilidade de acessá-los ou não, na freqüência e no tempo desejados.
Quanto àquela história do “ame-o ou deixe-o!”, um dia por mim ventilada, dou graças a Deus... Ainda bem que resolvi ficar!
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