Caros leitores este é o titulo de uma das canções mais bonitas e representativa de nossa vida de brasileiro. Geraldo Vandré encantou os jovens daquela epoca apaixonados por MPB com sua letras e voz. Num tempo de ditadura militar, ele teve que fugir para o Chile, hoje mora em São Paulo com mais de 70 anos, recolhido em um apartamento, solitário, não dá entrevistas, só caminha por perto de sua casa, vai a padaria.
Para os que viveram aquela época sabe do que estou falando, não que seja o meu caso, os mais jovens, que hoje vivem uma democracia com direito de ir e vir, falar o que pensa de quem quer que seja, o direito de manifestar sua opinião, lembrem-se para que isto seja possível hoje, alguém lutou lá atrás, muitos, mas muitos perderam a vida, para na caminhada da vida politica do Brasil, pudesse ser derrubado a ditadura. Então é nosso dever valorizar quem realmente fez parte da história, porque muita gente pega carona no cenário. Geraldo Vandré foi um dos que com seu talento manifestava sua opinião. Hoje vi um video com sua música do título acima.
E aqueles que tiverem tempo e gostarem de história, segue abaixo um texto sobre a biografia de Geraldo Vandré. Também vale a pena ver.
Geraldo Vandré
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Geraldo Vandré, nome artístico de Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísilo, paraibano, (João Pessoa, 12 de setembro de 1935) é um cantor e compositor brasileiro. Seu sobrenome é uma abreviatura do sobrenome do seu pai, José Vandregísilo, de quem ele herdou o sobrenome abreviado para Vandré, com o qual tornou-se famoso, pelas suas músicas que exprimiam a oposição ao regime militar imposto em 1964, como "Porta Estandarte" ou com mais apelo à luta de classes como "Aroeira". O sucesso maior veio com "Disparada", vencedora de fato do Festival de Canção da Record em 1966. Vandré, magnânimo, solicitou que "A Banda" de Chico Buarque dividisse o primeiro lugar com "Disparada". Em 1968 ao defender "Para não dizer que não falei de flores" criou um dos hinos da resistência ao regime militar que ficou conhecido pela primeira palavra: "Caminhando" . Após, o exílio, compôs "Fabiana", em homenagem às Forças Aéreas Brasileiras. Geraldo Vandré abandonou a vida pública e, vive afastado do mundo artístico. A sua personalidade reservada permitiu que se reproduzissem duas lendas. A primeira, mais difundida, a de que fora preso, torturado, castrado e, consequentemente enlouquecido. A segunda, de que fizera acordo com os órgãos de repressão na sua volta e, para tanto compusera "Fabiana". Nenhuma das duas versões tem qualquer base real, porque nos poucos momentos que concedeu entrevista, sempre lúcido, negou que fora preso, simplesmente abandonara o país pela perseguição que sofria.
Biografia
Foi o primeiro filho do casal José Vandregísilo e Marta. O nome artístico Vandré é uma abreviatura do segundo nome do pai. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951, tendo ingressado na Faculdade Nacional de Direito da então Universidade do Estado da Guanabara, hoje Universidade do Estado do Rio de Janeiro, tendo se formado em 1961. Militante estudantil, participou ativamente do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE). Conheceu Carlos Lyra, que se tornou seu parceiro em músicas como "Quem Quiser Encontrar o Amor" e "Aruanda", gravadas por Lyra. Gravou seu primeiro LP, "Geraldo Vandré", em 1964, com as músicas "Fica Mal com Deus" e "Menino das Laranjas", entre outras.
Em 1966, chegou à final do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com o sucesso Disparada, interpretado por Jair Rodrigues. A canção arrebatou o primeiro lugar ao lado de A Banda, de Chico Buarque. Em 1968, participou do III Festival Internacional da Canção com Pra não dizer que não falei de flores ou Caminhando. A composição se tornou um hino de resistência do movimento civil e estudantil que fazia oposição à ditadura militar durante os governo militar, e foi censurada. O Refrão "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer" foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os ditadores. No festival a música ficou em segundo lugar, perdendo para Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim.
Censura, AI-5
Ainda em 1968, com o AI-5, Vandré foi obrigado a exilar-se. Depois de passar dias escondido na fazenda da viúva de Guimarães Rosa, falecido no ano anterior, o compositor partiu para o Chile e, de lá, para a França. Voltou ao Brasil em 1973. Até hoje, vive em São Paulo e compõe.
Curiosidades
A canção Pra não Dizer que não Falei das Flores foi usada em 2006 pelo Governo Federal como trilha musical para publicidade de suas Políticas de Educação como o ProUni e o ENEM, sendo executada em um ritmo diferente. Dessa forma, a música que foi considerada uma ameaça ao governo ditatorial passou a ser usada para publicidade do governo no período democrático
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