Caros Leitores, desde a sua criação o Blog Xapuri News, o intuito sempre foi de ser mais um espaço democrático de noticias e variedades, diretamente da Princesinha do Acre - Terras de Chico Mendes - para o mundo, e passará momentaneamente a ser o instrumento de divulgação das Ações da Administração, Xapuri Nossa Terra, Nosso Orgulho, oque jamais implicará em mudança no estilo crítico das postagens.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Charge do Dia!!!!

Charge produzida para o site A Charge on line, tendo como autor ALECRIM...

Mexi em um Vespeiro....

Não é novidade alguma que sempre minhas posturas são reconhecidas como abrasivas, de que sem piedade quando quero exponho opiniões que mesmo sabendo que atingirá muita gente, ou que por ventura pode ferir sentimentos ou assentar certas carapuças, sem o mínimo constrangimento. Algumas vezes isso é até elogiado, muitas delas "caem de pau" nas minhas opiniões.

Recebi alguns emails de leitores e conhecidos devido uma postagem realizada no Jornal Ecos da Noticiawww.ecosdanoticia.com.br especificamente na noticia do Assassinato do Sargento da COE de Cruzeiro de Sul... Leiam http://ecosdanoticia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=8247&Itemid=38. o Comentário foi o seguinte:

Desculpe-me a franqueza... porém enquanto o Estado se encarregar de proteger bandidos, com um emaranhado legal de proteção de direitos humanos e o cambal, teremos estas tristes cenas de profissionais da segurança pública sendo alvejados por bandidos que mesmo sendo de oprigem humilde sabem que terão o manto da justiça para dar-lhes toda a proteção possível, é mais um "vagabundo" que ficará preso às nossas custas...
Quem realmente perdeu foi o Sgt. Francisnato, quer de forma inexplicável perdeu sua vida, deixando familiares, amigos e colegas de farda inconformados. fica aqui uma pergunta. Se fosse o inverso, se alvejado tivesse sido o assassino que resposta a justiça acreana daria ao caso? sem dúvida, os policiais seriam massacrados pela imprensa e pela Justiça Acreana, agora vamos esperar no acos em epígrafe....
Fica aqui a minha solidariedade aos familiares e amigos e mesmo sendo drástica a minha postura... uso o jargão de um determinado ex-presidente do Brasil... "terreiro de bandido, não se varre com vassoura, se varre com revolver, cacetete e metralhadora"....
Lembrando sempre de que só tem direito aos Direitos Humanos, aqueles que repeitam o Direito à Vida...
Prof. Joscíres Ângelo


Que causou frison na galera da Defesa dos Direitos Humanos, onde entre outras coisas, disseram que estou incitando a população e os policiais a matarem bandidos...

Acredito que os colegas, necessitam de aulas de interpretação textual, porém endosso novamente, de que bandido tem que ser tratado como bandido, com respeito desde que estes repeitem o direito à vida, caso contrário, serão simplesmente animais sem controle ou emoção social, logo passível de exclusão permanente da sociedade...

Todo sabem, que não gosto de bandido, portanto meu comentário nada mais é do que a pura projeção de meu comportamento no qie tange a violência...

E ademais, vão falar com os familiares, amigos, colegas do Sargento assassinado para proteger através dos direitos humanos os seus assassinos....

è de se rir!!!!

Descaso: Real Norte disponibiliza ônibus sucateados para transportar passageiros

Escrito por Alexandre Lima
Por volta das 18h00 desta terça-feira, dia 03, alguns passageiros que compraram passagem para à Capital do Acre, Rio Branco, distante cerca de 240 km da fronteira, ficaram revoltados com descaso da Empresa Real Norte, titular da linha até a cidade de Assis Brasil, na fronteira com o Peru.

O veículo que deveria sair no horário das 18h00, chegou na rodoviária da cidade com a suspensão (a ar) do lado esquerdo baixa, o deixando torto, mesmo assim, o motorista queria seguir viajem.

Segundo um dos passageiros, ao perguntar sobre o problema, disse que recebeu uma resposta direta do funcionário: “se quiser, essa á única maneira, ou espera o próximo”. Fato que deixou todos revoltados e resolveram protestar não embarcando.

Reclamaram ainda que, ao solicitar o dinheiro de volta, foram avisados que não poderiam tê-lo. Foram então, aconselhados a espera outro ônibus que sairia às 19h00. Mesmo assim, a Polícia Militar foi chamada para verificar o que estava acontecendo.

Até a saída do veículo, foi verificado se não excederiam o numero de passageiros, caso acontecesse, não poderiam por em risco pelo fato das pessoas pagarem para ir de pé em uma viajem de quase quatro horas até a Capital.

Denúncia de abandono
Durante a sessão na Câmara Municipal de Brasiléia, o Vereador Raimundo Lacerda (PCdoB), denunciou o descaso da única empresa de ônibus que liga os Municípios do Alto Acre da Capital até a fronteira do Peru.

Segundo o vereador, a Real Norte retirou os ônibus que oferecem conforto como ar-condicionado e melhor estrutura, os transferindo para o estado de Rondônia. Os sucateados ficaram no Acre e pode ser comprovado ao entrar nos veículos.

Foi verificados que nenhum dos veículos oferecem ar-condicionado para os dias de calor, luz interna estão quebradas e dependuradas por cima da cabeça dos passageiros. Algumas poltronas não tem apoio central e alguns estão expostos somente no ferro e não fica em posição vertical, além do cinto de segurança, item obrigatório que não existe.

Outra reclamação por parte dos passageiros, seria as paradas dos veículos na estrada para pegar passageiros em viagens noturnas. Como o Acre faz divisa com países como Bolívia e Peru, temem por suas vidas devido o crescimento no tráfego de droga, fato esse negado por alguns funcionários da Empresa.

O Nobel da Paz defende a guerra

Escrito por Luiz Eça
De boas intenções o inferno está cheio, diz o ditado, mas com elas dá para ganhar o Prêmio Nobel da Paz.

Em declarações e discursos, Barack Obama afirmou que tudo faria para que a paz reinasse sobre a Terra. Pena que até agora suas ações ainda não estiveram à altura de suas intenções.

Claro que a escolha de Obama não pode ser comparada a alguns prêmios Nobel do passado, verdadeiras piadas de mau gosto, como Kissinger, por exemplo, que se cansou de engendrar e apoiar golpes militares pelo mundo. Ou o ex-presidente Theodore Roosevelt, cuja "stick diplomacy" (diplomacia do porrete) levou os EUA a intervirem militarmente num sem número de governos latino-americanos.

Estranho foi que, quando se encerrou o prazo das indicações para o Nobel em 1 de fevereiro, Obama mal tinha completado 12 dias de governo, período em que ele nada fez pela paz. Nem teria tempo...

Como um comentarista americano disse, foi o mesmo que conceder o Oscar a um filme ainda em produção.

Mesmo assim, caso Obama fizesse por merecer o prêmio nos meses seguintes, poderíamos falar nos dons proféticos dos homens da academia sueca.

Longe disso. No Iraque, ele aumentou o prazo de saída formal das tropas americanas de 16 para 19 meses e deixará cerca de 50 mil homens para "treinar" os soldados iraquianos até fins de 2011 – prazo já negociado por seu antecessor George Bush.

No Irã, ele tem alternado boa vontade com ameaças. Mas jamais sequer admitiu, contra os pareceres do próprio serviço secreto americano e da agência de controle de armas nucleares da ONU, a possibilidade do programa nuclear iraniano ser pacífico.

No Afeganistão, mandou mais 20 mil soldados e prepara-se para acrescentar 45 mil a esse número.

No Paquistão, quase dobrou os bombardeios da fronteira com aviões sem piloto, elevando consideravelmente o número de civis inocentes mortos.

Na Palestina, depois de exigir o cancelamento da expansão dos assentamentos israelenses como pré-condição para se iniciarem negociações de paz de Telaviv com os palestinos, acabou voltando atrás diante da negativa de Netanyahu.

Apesar de tudo, comparando com George Bush, não há dúvida de que Obama é um grande avanço na política externa americana. Triste é que, em Gaza, ele derrapou.

Em primeiro lugar, não tomou nenhuma atitude para fazer Israel suspender o bloqueio da região pelo exército, o que está impedindo a reconstrução da semi-destruída região, a recuperação de sua economia e de suas escolas e o fornecimento de remédios e alimentos, cujo ingresso é limitado pelos militares israelenses. E, talvez mais grave: tentou salvar Israel da condenação de suas barbaridades no ataque a Gaza.

O chamado relatório Goldstone da missão da ONU que investigou o ocorrido condenou os foguetes lançados pelos palestinos, mas reservou as críticas mais pesadas à atuação de Israel: "Foi um ataque intencionalmente desproporcional, planejado para punir, humilhar e aterrorizar a população civil, reduzir drasticamente os recursos econômicos da comunidade local para poder trabalhar e prover seu sustento e, com isso, forçar uma dependência e vulnerabilidade sempre crescentes".

A comissão reportou que em 11 situações o exército israelense alvejou civis diretamente, em alguns casos "quando tentavam sair de casa, buscando locais mais seguros, agitando bandeiras brancas". Foi verificado que quase nunca havia qualquer justificação militar para estas violências.

O relatório citou outros possíveis crimes de responsabilidade dos israelenses: destruir intencionalmente plantações de alimentos e serviços de água e esgotos; destruir áreas com grande número de civis com o objetivo de matar uns poucos combatentes; usar palestinos como escudos humanos e aprisionar homens, mulheres e crianças em covas.

Talvez um das mais graves acusações foi a de que cerca de 10 bombas, inclusive de fósforo branco, foram lançadas contra o principal edifício da ONU, em Gaza, onde 700 civis estavam refugiados. Havia um grande depósito de combustível no local, mas, embora avisados várias vezes, os israelenses continuaram o bombardeio (resumo do New York Times).

Os palestinos foram acusados de lançar mísseis que, intencionalmente ou por negligência, atingiram zonas urbanas de Israel matando três civis e traumatizando a população local. Considerou-se também "sérias violações dos direitos humanos" assassinatos e outras violências praticadas pelo Hamas contra membros do Fatah.

O relatório Goldstone terminava propondo que o Conselho de Direitos Humanos da ONU solicitasse que as partes realizassem investigações independentes para apurar os responsáveis pelos crimes apontados, monitoradas pela ONU. Caso se recusassem ou atuassem de forma parcial, o relatório deveria ser encaminhado pelo Conselho de Segurança da ONU à Corte Internacional de Justiça para o processamento devido.

Imediatamente após a divulgação do relatório, Israel tachou-o de parcial e mentiroso. E Susan Rice, a representante do governo Obama na ONU, surpreendentemente uniu-se a essa contestação. O que foi absurdo, pois o presidente da comissão da ONU, o juiz Richard Goldstone, além de judeu, dispõe de um autoridade inatacável, tendo inclusive atuado como promotor-chefe nos processos contra os crimes de guerra praticados na Iugoslávia e em Ruanda.

Submetido o relatório ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, o presidente da Autoridade Palestina, Abbas, sofreu pressões de representantes do governo Obama, que afirmaram que, sendo aprovado, Israel não admitiria mais negociações de paz com os palestinos, conforme declarações do primeiro-ministro Netanyahu. Abbas retirou seu endosso e a discussão foi adiada por seis meses, como queriam os EUA e Israel.

Não contavam com a reação dos palestinos, tanto do Hamas quanto do próprio Fatah de Abbas, que foi considerado traidor. Assustado, Abbas voltou atrás e o relatório Goldstone foi reapresentado ao Conselho de Direitos Humanos.

A essas alturas já havia um consenso da opinião mundial favorável a ele. E até aliados dos EUA mudaram sua posição.

"Apelamos ao governo de Israel para que conduza investigações críveis e imparciais sobre as alegações do relatório Goldstone", declarou ao Conselho John Sawers, embaixador da Inglaterra na ONU.

"Achamos que as partes devem agora realizar investigações independentes de acordo com os padrões internacionais sobre as violações alegadas das leis humanitárias internacionais e dos direitos humanos durante a crise de Gaza", afirmou o embaixador Gerard Araud, que ocupa o mesmo cargo, representando a França.

Sem deixar de criticar o suposto "viés anti-Israel" do relatório, o vice-representante dos EUA no Conselho, Alejandro Wolff foi na mesma direção: "Israel tem instituições e capacidade de efetuar sérias investigações das alegações e nós os encorajamos a fazer isso".

No final, a resolução apoiando o relatório e pedindo investigações às partes foi aprovado por 25 votos a favor (inclusive do Brasil) contra 6 e 11 indecisos.

Os EUA foram contra. Douglas Grifith, seu representante, apoiou os protestos israelenses e declarou-se "decepcionado com o resultado e pelo fato de terem sido tomadas decisões às pressas".

Decepcionados devem ter ficados aqueles que deram o Nobel da Paz a Barack Obama pois a rejeição do relatório Goldstone, defendida por seus representantes, significaria, como disse Sarah Leah Whitson, diretora da Ong Human Rights Watch, "enviar uma terrível mensagem no sentido de que violações das leis da guerra por Estados aliados seriam toleradas".

Luiz Eça é jornalista.