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quarta-feira, 9 de julho de 2008

Uma História de Vida e uma Vida Cheia de Histórias

Xapuri é repleto de histórias de vida que emociona a todos, principalmente dos nossos irmãos nordestinos que aqui aportaram durante a 2ª Guerra Mundial, as ruas desta cidade estão repletas de testemunhas vivas dessa página da nossa história, e oportunadamente recebi um email cobrando algumas dessas histórias. E pegando carona no documentário recém filmado que retrada a borracha acreana como combustível para a guerra, tento reproduzir aqui um pouco dessa história comovente.

Começo pela nossa velha e conhecida Dona Vicênçia, figura popular, com seu restaurante tipicamente caseiro, onde permeia cliente das variadas classes sociais. Dona Vicência, emocionada ainda guarda a foto dos pais e a imagem do Padre Cícero e num tom de muita saudade relata "Minha mãe vendia cocada e tapioca. O pai colhia algodão. A gente chegava da aula e ia para o roçado ajudar ele. Na seca, a gente apanhava oiticica, enchia as latas e vendia. O pai quebrava pedra. Aí veio essa história de soldado da borracha, que tinha transporte e hospedaria para botar o pessoal. Meu pai se animou, mas mamãe não queria. O Semta levou meu irmão. Eles juntavam aquele rodo de rapaz e levavam. Minha mãe chorava, e então nós resolvemos ir. Eu tinha 13 anos. Em 1942, fomos para Fortaleza. O pouso não estava pronto. A gente comia e esperava, e cantava hinos glorificando Getúlio. Tínhamos café, almoço, roupa de americano. Ganhei um vestidão. Quase embarcamos para a Amazônia várias vezes, mas meu pai ficou doente; aí os alemães botaram um navio a pique. Demoramos quase um ano para chegar no Acre. Na viagem, compusemos o hino do soldado da borracha: (...) Destemido soldado brasileiro, seu produto servirá o mundo inteiro. Nós viemos fazer borracha para a guerra. A gente tinha de ter força para trabalhar e vencer, como vencemos. Meu pai também queria que a gente viesse para um lugar que chovesse, onde plantasse e desse tudo. Chegamos na Boca do Acre em dia de Finados. Ficamos dois meses. Aí veio a chata que nos trouxe para Rio Branco. Arrumamos um patrão que nos levou para o seringal. Em 28 de março de 1944 chegamos na colocação. Morei no seringal 34 anos. Tive hepatite, meus olhos ficaram cor de açafrão. Combatia com chá de alfazema, pois no seringal não tem médico. Só não estou mais lá porque meu esposo morreu. Gostava de andar na mata, trabalhar no roçado, amanhecer o dia dando de comer a porco e galinha. Pegar castanha. Eu não tenho o que dizer da mata. A gente fazia 3 mil quilos de borracha. Além disso, eu era a banqueteira da selva. Batizado, casamento, festa no barracão do patrão - mandavam me chamar três dias antes. Agora, quero ir para Manaus, descansar. Essa aposentadoria de R$ 480 não paga o nosso sacrifício"

è a história viva de um passado cheio de trsitezas, mas também de pioneirismo!!!

Contexto Histórico
O assassinato do líder seringueiro Chico Mendes, em 1988, deu expressão internacional à pequena cidade de Xapuri, no Acre, e voltou o olhar do mundo para milhares de cidadãos que fazem da extração do látex seu sustento e das 'colocações' do Vale Amazônico sua morada. O que poucos sabem é que esse foi apenas mais um capítulo da saga da borracha. Durante a Segunda Guerra Mundial, um exército de retirantes foi mobilizado com pulso firme, propaganda forte e promessas delirantes para deslocar-se rumo à Amazônia e cumprir uma agenda do Estado Novo. Ao fim do conflito, em 1945, os migrantes que sobreviveram às durezas da selva foram esquecidos no Eldorado.

De olho em empréstimos para implantar seu parque siderúrgico e comprar material bélico, o governo brasileiro firmou com o americano, em 1942, os chamados Acordos de Washington. Sua parte no trato era permitir a instalação de uma base americana em Natal e garantir o fornecimento de produtos como alumínio, cobre, café e borracha (os seringais da Malásia, controlados pelos ingleses, estavam bloqueados pelo Japão).

O então presidente Getúlio Vargas só tinha um motivo para perder o sono: com o fim do primeiro ciclo da borracha, na década de 10, os seringais estavam abandonados e não havia neles mais que 35 mil trabalhadores. Para fazer a produção anual de látex saltar de 18 mil para 45 mil toneladas, como previa o acordo, eram necessários 100 mil homens.

A solução foi melhor que a encomenda. Em vez de um problema, Getúlio resolveu três: a produção de borracha, o povoamento da Amazônia e a crise do campesinato provocada por uma seca devastadora no Nordeste. 'A Batalha da Borracha combina o alinhamento do Brasil com os interesses americanos e o projeto de nação do governo Vargas, que previa a constituição da soberania pela ocupação dos vazios territoriais', explica Lúcia Arrais Morales, professora do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará, autora do livro Vai e Vem, Vira e Volta - As Rotas dos Soldados da Borracha

O Ceará foi o centro de uma operação de guerra que incluía o recrutamento e o transporte para os seringais de 57 mil nordestinos - exército equivalente ao número de americanos mortos no Vietnã. Cerca de 30 mil eram cearenses. 'Havia uma política racial no governo Vargas', diz Lúcia. 'Diferentemente da Bahia e de Pernambuco, o Ceará não recebeu muitos negros. Isso garantia a manutenção de certo perfil étnico na Amazônia', explica.

A Rubber Development Corporation (RDC), com dinheiro dos industriais americanos, financiava o deslocamento dos 'brabos', como eram conhecidos os migrantes. O governo dos Estados Unidos pagava ao brasileiro US$ 100 por trabalhador entregue na Amazônia. Vargas criou o Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (Semta), que recrutava os homens. 'Estava no roçado com papai e chegou um soldado que me mandou subir no caminhão para ir para a guerra', conta Lupércio Freire Maia, de 83 anos, nascido em Morada Nova, no Ceará. 'Eu queria só pedir a bênção à mãe, mas o soldado disse que não tinha esse negócio, não. Ocaminhão estava apinhado de homem.' Maia tinha 18 anos. Nunca mais viu a mãe, a mulher grávida e o filho pequeno. Só recebeu algum tipo de explicação sobre o 'recrutamento' e a batalha alguns meses depois, às vésperas de embarcar para o Acre.

Além do arrastão de jovens em idade militar, que tinham de escolher entre ir para o front, na Itália, ou 'cortar seringa' na Amazônia, o Semta fazia propaganda pesada - e enganosa. Contratou o artista plástico suíço Pierre Chabloz para criar cartazes que eram espalhados por todos os cantos, alardeando a possibilidade de uma vida nova na Amazônia, 'a terra da fartura'. Padres, médicos e outros líderes comunitários ajudavam a fazer correr, boca a boca, as notícias sobre um lugar onde se 'juntava dinheiro a rodo'. O Semta oferecia um contrato que previa um pequeno salário para o trabalhador durante a viagem até a Amazônia e, lá chegando, remuneração correspondente a 60% do que fosse obtido com a borracha.

Da boca do presidente Vargas, em discurso inflamado, os nordestinos ouviram que eram tão importantes no esforço de guerra quanto os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que iam para Monte Castello. Ouviram também que o seringueiro mais produtivo do ano seria premiado com a bolada de 35 mil cruzeiros. Iludidos, jovens e até mesmo famílias inteiras se alistavam. 'O pai não estava interessado no dinheiro', conta Vicência Bezerra da Costa, de 74 anos, nascida em Alto Santo, no Ceará, e agora dona de um restaurante caseiro em Xapuri. 'Ele queria que a gente fosse para um lugar que tivesse água, onde a plantação vingasse.' Ela com 13 anos, mais o pai, a mãe e sete irmãos começaram um êxodo que durou 11 meses.

Da caatinga, os 'recrutas' seguiam de trem e navio até os pousos construídos nos arredores de Fortaleza, Manaus e Belém. Nessas hospedarias, conhecidas como campos de concentração, recebiam um presente de Getúlio Vargas: o enxoval de soldado da borracha, composto de calça de mescla azul, blusa branca de morim, chapéu de palha, um par de alpercatas, caneca de folha-de-flandres, um prato fundo, um talher, uma rede e um maço de cigarros Colomy. Um exame físico e a assinatura do contrato com o Semta transformavam o agricultor em empregado, ganhando salário de meio dólar por dia até o embarque para Boca do Acre, onde os seringalistas vinham escolher seus trabalhadores - quase como num mercado de escravos.

Na viagem de navio, além da superlotação e do tédio, os migrantes enfrentavam o medo do ataque dos submarinos alemães. 'Um dia mandaram nos chamar no porão, onde ficavam nossos beliches, e ir para o convés, com aqueles coletes apertados. A gente não podia dar nem um pio nem acender fogo. Os caça-minas acompanhavam a gente. Minha mãe tirou as medalhas do pescoço e rezou sem parar. Minha irmãzinha de 4 anos não parava de chorar', recorda Vicência. No bolso do colete, água e biscoitos (caso o navio afundasse) e uma cápsula de cianureto (se o inimigo os capturasse).

''A guerra foi ganha com a nossa borracha. Merecemos indenização dos EUA''AGUINALDO DA SILVA, 77 anos, de Rio Branco

O soldado da borracha já chegava endividado ao seringal. O seringalista anotava cada centavo que gastava com o trabalhador: comida, roupa, arma, material de trabalho e remédio. Opreço das mercadorias no barracão do patrão era pelo menos o dobro do praticado nas cidades. Opagamento era feito com a produção de borracha - que, essa sim, tinha a cotação lá embaixo. Além da matemática que não fechava, o soldado enfrentava doenças tropicais, animais selvagens e a dificuldade de se orientar na selva, até mesmo de reconhecer uma 'seringa'. A realidade era muito diferente do que pintavam os cartazes de Chabloz: nada de seringueiras geometricamente enfileiradas, esperando para ser cortadas. 'Quando chegamos na colocação, papai ficou uns dois meses cuidando de construir a casa', conta Raimundo Alves da Silva, de 73 anos, do Rio Grande do Norte. Seu Flausino, como é conhecido, foi companheiro de Vicência na viagem de barco para o Acre e agora é seu vizinho em Xapuri. 'Eu é que ensinei papai a cortar seringa; ele fez tudo errado no primeiro dia.'

A guerra acabou, os seringais da Malásia foram liberados e os soldados da borracha abandonados no front. Na época, os 25 mil sobreviventes do inferno verde não receberam nada do prometido - nem a passagem de volta para casa. Muitos estavam tão endividados com os patrões que tiveram de seguir cortando borracha. Outros, como seu Lupércio, prosperaram e fizeram da Amazônia sua casa. 'Quando vou ao Ceará visitar meus parentes, sonho com estas matas daqui', diz. 'Tudo o que tenho foi à custa da seringa, não do governo. Porque o americano pagou, mas Juscelino construiu a nova Brasília e a ''trança amazônica'' com nosso dinheiro', acredita. Na década de 80, ele foi à Malásia ensinar o corte amazônico aos produtores. 'Se a mulher topasse, eu estava lá.'

Uma última batalha ainda está sendo travada, com igual desconhecimento da população. Desde 1988 os soldados da borracha têm direito a pensão vitalícia de dois salários mínimos por mês. Eles são 12 mil e pedem a equiparação de direitos com os pracinhas, que recebem dez salários por mês mais 13o. Se aprovada pelo Congresso, a medida representará um aumento de R$ 23 milhões mensais nas despesas do governo. 'Esse negócio está demorando tanto que quando sair não vai mais servir; vamos estar mortos', lamenta Vicência. Mais radical é o acreano Aguinaldo Moreno da Silva, de 77 anos, que não foi soldado da borracha, mas trabalhava nos seringais. 'Temos de ser indenizados pelos Estados Unidos, porque eles ganharam a guerra com a nossa borracha', inflama-se. 'Os jovens de lá tiveram um Plano Marshall, um incentivo de reconstrução. E aqui, o que nós tivemos?'

Bem... O Acre e Xapuri é uma página da história do Brasil, tão recente e tão esquecida que as vezes fechamos os olhos, mas jamais poderemos fechar os ouvidos...

O Acre não aplica a Lei Seca por falta de bafômetro

Nem o Detran e a Companhia de Trânsito de Rio Branco ainda não tem uma estatística sobre as autuações por embriaguez no trânsito, mas não foram muitas, desde que passou a vigorar a Lei Seca. Dos três bafômetros que possui um está desativado, outro foi enviado para reparos e apenas um está funcionando e precariamente, uma vez que sua bateria está danificada e só pode ser utilizado mediante uso de energia.

Por conta destes problemas o motorista acreano está livre de blitezes para avaliação do índice de embriaguez ao volante. O uso do bafômetro está restrito a ocorrências relacionadas a colisões e mesmo assim se no local existir tomada para liga-lo.

A nova Lei 11.705, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, proibi o consumo de qualquer quantidade de bebidas alcoólicas por condutores de veículos. Antes, era permitida a ingestão de até 6 decigramas de álcool por litro de sangue (o equivalente a dois copos de cerveja).

Tire suas dúvidas
1- Quanto de álcool é permitido beber antes de dirigir com a mudança?
Nada.

2- Quanto tempo o álcool permanece no sangue após o consumo e depois de quanto tempo o motorista poderá dirigir?
Um copo de cerveja demora cerca de seis horas para ser eliminado pelo organismo. Uma dose de uísque, que é bem mais forte do que a cerveja, demora mais tempo do que isso. O mais garantido é que o motorista possa dirigir depois de 24 horas. Se estiver de ressaca e com sintomas provocados pela grande quantidade de álcool consumida, o melhor é ficar em casa. Este é o momento em que o álcool começa a ser tóxico e permanece no corpo por mais tempo.

3- Como o índice de álcool no organismo do motorista vai ser verificado?
De três maneiras: O bafômetro e o exame de sangue são mais sensíveis para detectar dosagens alcoólicas. O exame clínico é menos sensível para a dosagem, mas serve para indicar sinais de embriaguez como olho vermelho, alegria excessiva e falta de coordenação motora, por exemplo.

4- Quando não há bafômetros disponíveis no local da fiscalização, o motorista é obrigado a fazer exame de sangue?
Se o policial tiver indícios fortes de embriaguez do motorista, com testemunhas, por exemplo, ele pode exigir, sim, uma amostra do sangue ou a chamada de um médico para diagnosticar a embriaguez. A ausência do bafômetro, no entanto, pode permitir o questionamento da identificação da embriaguez. O policial precisa ter evidências de que o motorista está embriagado para requerer o exame de sangue ou o exame clínico no motorista. A pessoa pode se recusar, mas o policial também pode exigir que o motorista seja examinado por um médico-perito.

5- O uso de medicamentos pode alterar o resultado do exame do bafômetro?
Só se o medicamento tiver álcool em sua composição. Depende também da quantidade ingerida e da dosagem do medicamento.

6- A bebida alcoólica usada no preparo de uma sobremesa pode ser detectada no exame de sangue ou no bafômetro?
A quantidade é menor, mas também será detectada pelo exame de bafômetro e de sangue.

7- A lei vale para todos os motoristas e em qualquer lugar?
A lei vale para qualquer condutor e em qualquer lugar onde puder circular um veículo. A fiscalização será feita tanto por policiais rodoviários federais como por policiais militares. Quando existir convênios na área da segurança, guardas municipais e policiais civis também poderão fazer a fiscalização.

8- A ‘lei seca’ pretende reduzir acidentes no trânsito?
A lei dá uma segurança maior sobre a questão do trânsito, mas é falha quando se fala sobre o bafômetro. Antes de entrar em vigor, todos os pontos de fiscalização e os policiais responsáveis por este trabalho deveriam ser melhor equipados. A fiscalização tem de ser permanente.

A grande questão é saber se a polícia vai ter condições de fiscalizar um número maior de pessoas. Acho que a própria polícia vai modular essa fiscalização, usando o bom senso. Se fizer uma blitz em uma grande avenida de São Paulo, por exemplo, em dias de fim de semana, vai pegar muita gente embriagada.

Oque mais vamos esperar????

Colheita na área de 25 metros quadrados começaria em breve. Da Reuters
Cemitério era o campo de plantio 'secreto' dos vietnamitas em Hanoi (Foto: Reuters)A polícia de Hanoi, capital do Vietnã, descobriu uma plantação de maconha em um cemitério da cidade e prendeu dois homens pouco antes do início da colheita, informaram jornais locais de segunda (7).

Foram presos Nguyen Manh Hung, de 44 anos, funcionário do cemitério, e Ho A Lau, de 46 anos.

Segundo o jornal vietnamita Lao Dong, as autoridades encontraram uma área de plantio de 25 metros quadrados. Ho A Lau disse que conseguiu as sementes no começo de 2008 e que a colheita começaria em breve.

Apesar da política rígida contra tráfico de drogas, incluindo pena de morte em alguns casos, o Vietnã é usado há muito tempo como rota para traficantes de heroína, haxixe, ópio e outras drogas ilegais.

Se a moda pega!!!!

Golpe por e-mail traz falsa mensagem sobre declaração de Imposto de Renda

Usuário pode ser vítima de quadrilhas especializadas em invasão.
Receita Federal recomenda que contribuintes apaguem e-mails suspeitos.
A Receita Federal divulgou nesta terça (9) um comunicado alertando usuários para um golpe que estaria circulando pela internet. Segundo a Receita, o e-mail suspeito traz mensagem falsa sobre uma suposta suspensão da declaração do Imposto de Renda.

Ao clicar em links da mensagem ou abrir arquivos anexos o usuário pode comprometer a segurança de seu computador, dando chances para invasões e roubo de senhas. A Receita recomenda que o usuário apague qualquer e-mail enviado em nome da instituição.

"A Receita não envia e-mails sem autorização do contribuinte e nem autoriza parceiros e conveniados a fazê-lo em seu nome", diz o órgão em seu site oficial.