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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Frase do Dia

"Prefira afrontar o mundo servindo à sua consciência a afrontar a sua consciência para ser agradável ao mundo."
(Humberto de Campos)

Hoje também é o meu Dia!!!

Dia 15 de outubro, é uma data muito especial: o Dia do Professor. Ensinar, dedicar-se a ajudar o outro e outras tantas funções são destinadas, ou melhor, confiadas a este profissional.

Para este simples educador que nunca abandona a toga do magistério, ser professor é ter amor ao ofício e apesar dos inúmeros problemas para ser professor é necessário ter vocação. Apesar das complicações que enfrentamos no nosso dia-a-dia, é gratificante fazer parte dessa categoria.

Surgimento da data
No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor. Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

E a você que como eu também é apaixonado pelo ofício deixo um poema de autor desconhecido,mas que muito representa o espirito dos nossos nobres Mestres!!!

"As bolas de papel na cabeça,
Os inúmeros diários para se corrigir,
As críticas, as noites mal dormidas...
Tudo isso não foi o suficiente
Para te fazer desistir do teu maior sonho:
Tornar possíveis os sonhos do mundo.
Que bom que esta tua vocação
Tem despertado a vocação de muitos.
Parece injusto desejar-te um feliz dia dos professores,
Quando em seu dia-a-dia
Tantas dificuldades acontecem.
A rotina é dura, mas você ainda persiste.
Teu mundo é alegre, pois você
Consegue olhar os olhos de todos os outros
E fazê-los felizes também.
Você é feliz, pois na tua matemática de vida,
Dividir é sempre a melhor solução.
Você é grande e nobre, pois o seu ofício árduo lapida
O teu coração a cada dia,
Dando-te tanto prazer em ensinar.
Homenagens, frases poéticas,
Certamente farão parte do seu dia a dia,
E quero de forma especial, relembrar
A pessoa maravilhosa que você é
E a importância daquilo do seu ofício.
É por isto que você merece esta homenagem
Hoje e sempre, por aquilo que você é
E por aquilo que você faz.
Felicidades!!!

Feliz dia dos Mestres!!!!

Relembrar é Viver!!!!

Hoje, resolvi abrir meu arquivo de memórias dos presentes e afagos recebidos dos amigos, tudo isso por que fui presenteado pelo colega Carlos por coleção de Cds de musicas dos anos60 aos 90,pela passagem do dia do Mestre. Gostei tanto da idéia que acabei ouvindo um dos Cds várias vezes.

Junto com a coletânea, o sacana colocou um bilhete bem descontraído que li e guardei em uma caixa que carinhosamente chamo de Baú da Saudade . Porém, ao abrir o tal baú comecei a ler outros bilhetes e cartas já amarelados pelo tempo. Fui-me entretendo e me deixei levar por aquelas doces lembranças. O saudosismo tomou conta de mim e fiquei umas três horas com o meu ‘mofo’.

Mofo, é assim que minha mãe chama os assuntos que remetem ao passado. Aliás, quem não tem seus mofos? A verdade é que reler aqueles bilhetes e cartas fez-me um bem danado!

Talvez minha mãe esteja certa de chamar meu baú da saudade de mofo, mas gosto de me embrenhar no meu passado e lá, às vezes, acho as soluções para umas coisas do presente. Essa releitura trouxe-me algumas certezas: sou muito querido por umas poucas pessoas; gosto muito de algumas pessoas que sequer sabem que estão no meu baú, mas saberão agora; nos últimos quatro anos não tenho recebido cartões de natal nem bilhetes.

Acredito que a internet e o telefone celular mudaram o jeito romântico que tínhamos de escrever um recado quando não encontrávamos alguém em casa ou no trabalho. Agora ficou fácil... e anti-romântico. Se a pessoa não está, a gente envia um correio eletrônico ou liga no celular dela, e pronto, o recado está dado. Acredito que a internet e o celular afastaram os colegas de me escreverem cartas e cartões de felicitações ou das paqueras . Aí surge a pergunta, já que não se escrevem mais cartas e bilhetes, como será o baú dos nossos netos? Talvez seja um ‘blog’ na internet com a desvantagem que muita gente saberá o conteúdo do ‘blogaú’. O baú convencional tem a magia de que somente o dono sabe o que tem lá dentro e lembra-se do momento e das situações em que cada bilhete foi escrito.

O que chamo de Baú da Saudade na verdade é uma Caixinha de madeira,que guardo carinhosamente sob meu quarda-roupas, que segundo minha mãe pertencia a meu Pai. Pela primeira vez com a minha mente fertil percebi que o forro interno da tampa é revestido com cinco faixas nas cores rosa, azul, amarelo, laranja e verde. Agora me dei conta que são as mesmas cores da bandeira do movimento GLS – Gays, Lésbicas e Simpatizantes.

Bem,mas no meu Baú da Saudade pude encontrar:
23/12/1994 – cartão de natal da migo Sabrina;
06/05/1992 - cartinha que mefoi entreque por em homenagem a a uma paixão proibida: “Iludidos... nós dois, seguimos lado a lado com passos firmes e seguros. E assim, caminhas ao meu lado como um desconhecido qualquer. Quem há de imaginar o que aconteceu entre nós? Eu, na hipocrisia da ilusão com que iludo a vida. E, tu na esperança de outras vezes se envolver em meus braços e sermos felizes momentaneamente. Pessoa alguma, jamais pensa ou advinha. Eu não direi e também tu não demonstras que um dia eu fui teu e tu fostes meu. São inúmeras as noites, que penso até quando continuaremos infelizes, alimentando essa hipócrita ilusão”;
1992 – fotografia dos amigos do Divina Providência na semana da Pátria;
1994 – Cartas dos colegas de aula, quando estiveinternadopor esgotamentofísico;
18/08/1989 – marcador de livro presenteado pela Professora Fátima Sarkis: “Joscíres, obrigado pela amizade”;
12/04/200 – Carta da ex-namorada Cassiane de Capixaba, boaslembranças
1990 – slides com fotos dosMoradores da Antiga União Baiana -Primeira Organização de agricultores de Xapuri;
12/01/2003 – carta do erterno Amigo Caleb...”
28/06/2005 – bilhete com assinatura não identificada: “Obs.: I- não estude demais; II- Cuide para não ficar gripado”;
27/12/2002 – cartão natalino do saudoso amigo Tadeu: “...que o tempo não apague nossas lembranças e nossa amizade”;
23/12/1996 – cartão natalino da amiga Nilde: “Mude apenas para o melhor de você”;
Data provável 1998 - bilhete de uma aluna. Nunca rolou nada entre nós e não o rasguei como forma de me defender de algum possível assédio moral: “Estou afim de você, no começo te achava um pouco chato mas agora dá para lhe aturar... Caso a resposta seja sim, não rasgue este bilhete e não mostre para ninguém”.
15/10/2000 – um Poema do 2. ano de formação:
Joscires!!! Potinho de mel, que tem nos olhos pedacinhos de céu.
Rios de ternura, coração, ás vezes espalhando SEENTES de emoção.
Viva a alegria contida, pro mundo sentir seu gosto, que gostar tem gosto de ...vida!
Data provável 15 de outubro de 1992/1999 – carta da aluna Juranice em homenagem ao Dia do Professor: “professor, olhe bem para este mundo quanta coisa o homem fez... fez o ferro, o aço, as pirâmides do Egito, castelos, templos majestosos, na medicina fez transplantes... Feliz dia do Professor”;
14/02/1999 - Uma carta da sempre amiga Neide, onde ela me chama de “querido dádiva de Deus”;
30/08/1998 – uma folha de caderno dos meus alunos escrita em letras pretas bem grandes: “Fã clube Rios de amor!!!”
Sem data – bilhete de uma aluna anônima: “Se jogares fora este cartão, me ama; se rasgares me adora; se deres alguém me deseja; se rabiscares gosta de mim; se guardares por mim choras; se devolveres quer um beijo meu; se queimares quer namorar comigo; se quiseres namorar comigo, dobre-o”;
Sem data – uma carta de 2,80 metros da aluna Vera, com as palavras Viver, Felicidade, Amor, Sorriso e Esperança;
Sem data – bilhete não assinado de uma aluna engraçadinha: “Jocire, você com esse corpo tão musculoso e essas pernas de saracura... te amo demais”.
e Fotos e muitas fotos....

Pude perceber também que na verdade sou produto de cada pessoa do meu baú. Cada uma individualmente tem uma importância inimaginável para construção do meu ser.
Quando voltei do passeio pelos meus mofos, vi que minha casa e minha vida estão repletas de anti-mofos. Os meus baús estão cheios de boas lembranças e de pessoas importantíssimas.

Obrigado meus amigos!!!!

Temperaturas ficarão acima do normal no Acre, Rondônia e Mato Grosso nos próximos três meses

O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) prevê para os próximos três meses (outubro, novembro e dezembro) que as temperaturas deverão ficar acima da média em Mato Grosso, Rondônia e Acre. Segundo o órgão, as chuvas deverão ficar abaixo do normal durante o mês de outubro em partes dos três Estados e a umidade relativa do ar deve se elevar gradativamente ao longo desses meses.

No início do trimestre o prognóstico é de ocorrência de chuvas ligeiramente abaixo dos padrões climatológicos no oeste do Acre (região de Rio Branco e Sena Madureira) e Mato Grosso (região de Canarana e Paranatinga) e centro-leste de Rondônia (parte que vai de Ji-Paraná a Vilhena).

“As chuvas nas demais áreas ficarão em níveis normais em outubro. Nestes próximos três meses começam a ocorrer chuvas mais frequentes e intensas. Teremos mais dias de chuva”, diz o meteorologista Ranyere Nóbrega.

Segundo o Sipam, a umidade relativa do ar vai se elevar gradativamente a partir de outubro em Rondônia e Acre, e a partir de novembro em Mato Grosso.

Os dados fazem parte do Boletim Climático da Amazônia, elaborado mensalmente pelos meteorologistas dos três centro regionais do Sipam (Porto Velho, Belém e Manaus). Todos os meses, os meteorologistas realizam a reunião climática da Amazônia, quando se faz o prognóstico do clima para os próximos três meses. Na reunião, os profissionais analisam as previsões dos modelos climáticos gerados por supercomputadores e interpretam outros dados, como chuvas, radiação solar, temperaturas da superfície do mar, termoclina etc.

As informações são do Sipam

Indicações e denúncia de obra irregular foram levadas à Tribuna por Vereadores de Brasiléia

Os Vereadores Vagner Galli (PP), Everaldo (PMDB), Joãozinho (PT), Edu (PT), Zemar (PP), a Vereadora Alda Pacheco (PMDB) e o Presidente da Câmara, Raimundo Lacerda (PCdo B) estiveram reunidos na Sala das Sessões José Cordeiro Barbosa para participar da Trigésima Primeira Sessão Ordinária de 2008.

Em uso a Tribuna o Vereador Edu falou sobre a necessidade de o município disponibilizar a carrocinha para atender a grande demanda de cães soltos nas ruas de Brasiléia. O Vereador citou o perigo existente na Rua do Hospital, tanto para motociclistas, ciclistas e pedestres, já que a referida rua necessita de reparo em caráter de urgência. A iluminação urbana foi outro assunto mencionado por Edu, que pediu um levantamento através da Secretaria de Obras para detectar as ruas do município que se encontram às escuras.

Já o Vereador Zemar (PP) comentou sobre as Eleições 2008 e a respeito da falta de apoio de alguns amigos e familiares, o que ajudou a impedir sua vitória nas urnas. Zemar agradeceu o apoio de sua esposa e alguns amigos que o ajudaram durante sua campanha política.

O Vereador Everaldo (PMDB) denunciou, em nome dos moradores do bairro Três Botequins, a respeito da praça que está sendo construída no local. De acordo com Everaldo, que demonstrou através de fotografias a estrutura inadequada, como a colocação de lajotas em cima de rachaduras no alicerce, bem como o parque infantil, onde os brinquedos foram construídos sem respeitar a distância exigida entre ambos.

“Vamos analisar com carinho e vermos a forma errada que está sendo construída aquela praça”, disse Everaldo, que sugeriu em conjunto com a Vereadora Alda Pacheco que a referida praça tenha o nome de José Vicente da Silva Braúna.

O objetivo é homenagear o antigo proprietário das terras onde está sendo construído o local de lazer O Vereador apresentou indicação para que seja providenciada rede de água na Rua Beira Rio, bairro três botequins e realize trabalho de abertura do ramal da Esperança.

Alda Pacheco reforçou a denúncia feita pelo Vereador Everaldo a respeito da construção da praça. A Vereadora denunciou a falta de ferros no local e o prematuro desmoronamento de alguns pontos da construção. ”É uma falta de respeito muito grande com a população. “É uma obra eleitoreira e estamos pedindo toda a documentação referente àquela obra”, afirmou Alda Pacheco. A Vereadora reiterou o pedido para que seja realizado trabalho de drenagem d’água no Beco da Graça.

O Presidente da Câmara Raimundo Lacerda (PC do B) falou sobre o documento enviado a Gerência da Secretaria de Bem Estar Social de Brasiléia, para comparecer à Tribuna da Câmara e solicitou que a mesma seja novamente convidada apara falar sobre os trabalhos daquela Secretaria. Lacerda pediu que seja enviado documento ao Executivo para que recupere a quadra do bairro Ferreira Silva.

O Presidente da Câmara pediu, ainda que seja recuperado o ramal do quilômetro 29 e que a Patrol recupere o ramal do Jacu. Lacerda solicitou que sejam mapeados os locais onde não existe telefone público em Brasiléia e que a Empresa responsável providencie orelhões para atender os bairros carentes desse serviço.

Sobre a Ponte Wilson Pinheiro, que liga Brasiléia a Cobija- Pando (Bolívia), Lacerda comentou sobre o fechamento da mesma, afirmando que o problema entre a fronteira necessita de uma solução urgente. “O cidadão tem o direito de ir e vir, e esse direito não está sendo respeitado, já que o Brasil não tem culpa desses problemas”, enfatizou o Presidente da Câmara.

Lacerda falou sobre a vinda de representantes do Banco do Brasil para uma possível vinda de uma agência bancária do referido banco para Brasiléia. “A nosso pedido vários documentos já foram enviados falando da necessidade de uma agência do Banco do Brasil em Brasiléia, por que o caixa eletrônico que está aí é uma vergonha”, salientou Lacerda.

Raimundo Lacerda também mencionou a respeito do Orçamento Municipal e disse que o mesmo está disponível para apreciação e análise de todos os Vereadores. “Cada Vereador já recebeu uma cópia, agora temos que analisar o orçamento. Vamos sentar e discutir o Orçamento com coerência, inclusive o montante que é destinado a Agricultura, que será necessário, no mínimo, um milhão de reais para atender as necessidades daquela secretaria”, finalizou Lacerda.

DE GERAÇÃO PRA GERAÇÃO

Email recebido do amigo Fábio Freitas.
Numa dessas cidadezinhas do interior, situada lá nos cafundós de Judas, morava um camponês em companhia da sua mulher e dos seus vinte filhos, todos instalados precariamente numa simples casa de taipa.

Nos aposentos dessa moradia não havia uma infra-estrutura capaz de acomodar adequadamente toda a família, por isso uma boa parte da garotada dormia em jiraus, que é uma armação feita de madeira em forma de estrado que, nas famílias com um número elevado de filhos, faz a função de cama.

Era ali, naquele mezanino improvisado, onde dormiam os garotos Abdias, Baltazar, Carlinhos, Daniel, Edinho, Francisco, Gustavo, Helinho, Ignácio, Joãozinho e Luizinho.

As meninas dormiam em estrados semelhantes aos dos meninos os quais eram forrados com esteiras feitas de palhas de junco, acomodados dentro de um quarto vizinho ao do casal. Elas eram ao todo nove garotas, a saber: Marianinha, Noêmia, Odília, Paulinha, Quitéria, Rosinha, Santinha e Tereza, que se amontoavam como podiam num espaço bem diminuto.
No quarto delas não havia portas e nem janelas, muito menos guarda-roupas para acomodar as suas vestimentas. As poucas peças de vestuário existentes eram guardadas em sacos de pano, sem a identificação dos verdadeiros donos e esses sacos tinham os nós como fechaduras.

Era comum ver as meninas vestindo as peças de roupas umas das outras. A molecada, por sua vez, não podia fazer confusão com as peças femininas. Se por um descuido de um deles isso viesse a acontecer, a pressão por parte dos outros irmãos seria infernal.

Ali imperava uma educação extremamente machista: homem só deveria vestir roupas eminentemente masculinas; as mulheres nem podiam pensar em usar calças compridas, nem as poucas camisas ou camisetas dos meninos. Se uma delas assim o fizesse, as outras a delatava para os pais, que se encarregavam de puni-la severamente.

Durante muitos anos foi assim naquele ambiente, cheio de escassez de tudo, mas dotado de uma rigidez de comportamentos sem similar. Os meninos não chegavam nem perto das peças de roupa das meninas e vice-versa. O mais curioso era que cada menino tinha de lavar suas próprias roupas. As meninas também tinham de lavar suas peças de roupa e isso se tornava uma tarefa muito fácil para todas elas, principalmente devido à escassez de peças, da falta de água e de sabão.

Desta forma, quem não tivesse tempo para lavar suas peças de roupa, não poderia usar a roupa limpa do outro.

Os anos se passaram e obedecendo a uma rotina natural a garotada cresceu. Os pais dessa prole bem numerosa ficaram bem velhos, debilitados e doentes e depois de algum tempo morreram. Os garotos e as garotas mais experientes passaram a cuidar dos irmãos mais novos e a partir daquele momento aquela rigidez de hábitos de antanho passou a não precisar mais da inflexibilidade de comportamentos e atitudes antes utilizada naquele espaço diminuto conquistado à duras penas.

Na verdade, seria mesmo imprescindível a existência de uma maior flexibilidade educacional familiar, bem como o surgimento de uma negociação constante entre as partes envolvidas.

Com o passar dos anos os homens daquela célula comunitária passaram a lavar as roupas das suas mulheres e vice-versa; até vesti-las se necessário fosse, sem sofrerem nenhum tipo de censura. A distribuição das tarefas caseiras entre os membros daquela e de outras famílias passou a ser uma rotina natural.

As pessoas e os ensinamentos recebidos durante todos esses anos naquela célula familiar formaram um grande cabedal e tomaram rumos diversos em prol da continuidade da vida nas comunidades das outras regiões.

Vimos, portanto, que o tempo passa e junto com ele as gerações passam a agir conforme as necessidades de cada grupo social em particular, não obstante os ensinamentos anteriormente recebidos. Contudo, se não houver união e força de vontade entre as partes envolvidas para negociarem entre si eventuais quebras de paradigmas, a manutenção da rigidez de ensinamentos arcaicos entre pais e filhos, alimentados pela falta de educação e orientações básicas modernas, tenderá a prevalecer por muito tempo, mantendo em evidência apenas os conceitos e regras familiares de uma sociedade eminentemente retrógrada.

Comentário Filosófico!!!!

Laitora denominada como "Love",manda comentário parabanizando pelo espaço e garantido que as idéias as vezes contrárias dos meus textos ajudam-na refletir sobre a vida. E continua... até porque não somos todos iguais, cada um tem seu ritmo. Uns gostam de acordar cedo, outros de varar a madrugada trabalhando. Tem gente que não fica sem uma cochilada após o almoço, outros precisam se mexer. Há aqueles que lêem devagar enquanto o colega faz leitura dinâmica. Tem gente de raciocínio rápido e gente que demora a dar respostas. Alguns andam depressa, outros com passos lentos.

Do mesmo modo, cada um de nós tem seus momentos de mais fome e de menos fome. Não falo de um dia ou outro, mas do que é uma constante na vida. Por exemplo, quase todo mundo acorda sem apetite. A fome vem mais tarde, lá pelas dez da manhã. Tem gente que sente mais prazer em jantar do que almoçar. Alguns não dispensam o lanchinho no meio da tarde. É isso. Cada qual prefere comer mais em certo momento do dia. É o nosso relógio particular que determina a hora da fome, do maior prazer em se alimentar.

Os antigos já diziam que pela manhã deve-se comer como um rei, ao meio-dia como um nobre e à noite, como plebeu.

O que realmente importa é gostar de escrever!!!

Por que certos termos parecem tão piegas, transmutação melosa, massa escorregadia? Talvez devido a excessos lingüísticos por ocasião de sua elaboração, diríamos...

E a que se deve esse desgaste? Provavelmente à natureza humana, assim como à carga sentimental derivada de tal condição. A tensão emocional e a descarga afetiva são explicitadas através de expressões simples e arrastadas, talvez provenientes de um estado depressivo ou de uma vida depreciada.

Ainda que julguemos o material exibido deficiente quanto à sua construção, a empatia pode ajudar-nos a absorver o que dali advém, seja um grito de socorro ou uma envaidecida expressão do íntimo do sujeito. Algumas das vezes trazem-nos vivências singelas e vêm, tocantes, ampliar a nossa percepção subjetiva.

Por outro lado, textos excessivamente intelectualizados nem sempre refletem grandes conteúdos. Há casos, entretanto, em que ainda que dotados de uma enorme riqueza, vimos a refutá-los deliberadamente. Muitas vezes isso decorre de algum déficit cultural específico, levando-nos a interpretá-los como um punhado de palavras desconexas. Certamente valeria à pena um certo esforço de leitura, ao término do qual sairíamos lucrando.

Quando surgem textos de quaisquer natureza, respaldados estes pela postura permissiva de uma página virtual democrática, os ditames são flexíveis. A informalidade do Usina de Letras propicia uma heterogeneidade expressiva que o torna peculiar. O produto resultante é rico e provavelmente ainda resultará em estudos acadêmicos multidisciplinares.

Não ocorresse aqui um patrulhamento ofensivo, as coisas ainda estariam melhores e mais diversificadas. Muitos autores estão evadidos por conta do ambiente hostil e isso, a meu ver, necessita ser repensado por cada um de nós.

Muitas vezes fiquei indignada com algumas manifestações e tive que manter um grande autocontrole para não externar o sentimento de forma extremada. Algumas vezes atingi o meu intuito, outras não...

A primeira opção, entretanto, certamente rendeu-me mais frutos. Sem precipitações, pude refletir melhor e tentar aprender com a diversidade, que antes interpretava como adversidade. Percebi que os autores que participam do "site" regularmente já possuem seus estilos mais ou menos definidos e atentei para a possibilidade de acessá-los ou não, na freqüência e no tempo desejados.

Quanto àquela história do “ame-o ou deixe-o!”, um dia por mim ventilada, dou graças a Deus... Ainda bem que resolvi ficar!