Caros Leitores, desde a sua criação o Blog Xapuri News, o intuito sempre foi de ser mais um espaço democrático de noticias e variedades, diretamente da Princesinha do Acre - Terras de Chico Mendes - para o mundo, e passará momentaneamente a ser o instrumento de divulgação das Ações da Administração, Xapuri Nossa Terra, Nosso Orgulho, oque jamais implicará em mudança no estilo crítico das postagens.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Especial Irmã Dorothy

Como temos uma leve tendencia para esquecer das coisas que são importantes nesse País, e como ultimamente nao se fala em outra coisa senão no assassinato de uma menina de classe média alta de São Paulo leia-se caso Izabela, vou buscar algo tão vergonhoso para o Brasil que a dois anos está no nosso subconsciente que o assassinato da Irmã Dorothy Stang, que assim como o Assassinato do nosso conterrâneo Chico Mendes envergonha ou deveria envergonhar o Poder público imcapaz de políticas que possam assegurar que verdadeiros herois, exemplos da nova sociedade possam permanecer vivos, direito universal de vida, porém infelizmente vemos exemplos contrários a essa questao.

Farei a minha Parte, para aqueles que já esqueceram da Irmã Dorothy, aí vai um pocuo sobre sua vida e os ultimos acontecimentos após sua morte:

Dorothy Mae Stang, conhecida como Irmã Dorothy (Dayton, 7 de junho de 1931 — Anapu 12 de fevereiro de 2005) foi uma religiosa norte-americana naturalizada brasileira.

Pertencia às Irmãs de Nossa Senhora de Namur, congregação religiosa fundada em 1804 por Santa Julie Billiart (1751-1816) e Françoise Blin de Bourdon (1756-1838). Esta congregação católica internacional reúne mais de duas mil mulheres que realizam trabalho pastoral nos cinco continentes.

Ingressou na vida religiosa 1948, emitiu seus votos perpétuos – pobreza, castidade e obediência – em 1956. De 1951 a 1966 foi professora em escolas da congregação: St. Victor School (Calumet City, Illinois), St. Alexander School (Villa Park, Illinois) e Most Holy Trinity School (Phoenix, Arizona).

Em 1966 iniciou seu ministério no Brasil, na cidade de Coroatá, no Estado do Maranhão.

Irmã Dorothy estava presente na Amazônia desde a década de setenta junto aos trabalhadores rurais da Região do Xingu. Sua atividade pastoral e missionária buscava a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento em áreas degradadas, junto aos trabalhadores rurais da área da rodovia Transamazônica. Seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos fundiários na região.

Atuou ativamente nos movimentos sociais no Pará. A sua participação em projetos de desenvolvimento sustentável ultrapassou as fronteiras da pequena Vila de Sucupira, no município de Anapu, no Estado do Pará, a 500 quilômetros de Belém do Pará, ganhando reconhecimento nacional e internacional.

A religiosa participava da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde a sua fundação e acompanhou com determinação e solidariedade a vida e a luta dos trabalhadores do campo, sobretudo na região da Transamazônica, no Pará. Defensora de uma reforma agrária justa e conseqüente, Irmã Dorothy mantinha intensa agenda de diálogo com lideranças camponesas, políticas e religiosas, na busca de soluções duradouras para os conflitos relacionados à posse e à exploração da terra na Região Amazônica.

Dentre suas inúmeras iniciativas em favor dos mais empobrecidos, Irmã Dorothy ajudou a fundar a primeira escola de formação de professores na rodovia Transamazônica, que corta ao meio a pequena Anapu. Era a Escola Brasil Grande.

Irmã Dorothy recebeu diversas ameaças de morte, sem deixar intimidar-se. Pouco antes de ser assassinada declarou: «Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar.»

Ainda em 2004 recebeu premiação da Ordem dos Advogados do Brasil (secção Pará) pela sua luta em defesa dos direitos humanos. Em 2005, foi homenageada pelo documentário livro-DVD Amazônia Revelada

No dia do assassinato no dia 12 de fevereiro de 2006, indagada pela munição que tivesse, a Irmã abriu a bolsa e mostrou a Bíblia. Leu para os dois pistoleiros alguns versículos do evangelho de Mateus e o tiro de 6 balas a mata. Eis o preço de suas lutas.


Na Absolvição do Fazendeiro mandante Lula afirma

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira que, como brasileiro e cidadão, está indignado com o resultado da absolvição do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária americana Dorothy Stang, em fevereiro de 2005. Entretanto, segundo o presidente, como chefe do Executivo, ele não dá palpite sobre uma decisão do Judiciário.

"Como brasileiro e como cidadão comum, obviamente que estou indignado com o resultado. Como presidente da República, eu não dou palpite sobre uma instância do Judiciário. Obviamente que vão ter os recursos e vamos ver o que vai acontecer”, acrescentou.

O presidente ressaltou ainda que a decisão dos jurados pela absolvição depõe “um pouco” contra a imagem do Brasil no exterior. “Acho que uma parte da sociedade começa a ter dúvida sobre o julgamento. De qualquer forma, é uma decisão de um fórum legitimamente reconhecido. Temos que esperar que os advogados façam os recursos", afirmou.


O que o Ministro da Defesa diz sobre o Caso
Isso faz parte de longas experiências do tribunal do júri, e eu sei muito bem que essas coisas acontecem. Faz parte das instituições democráticas”, afirmou Jobim.

Questionado sobre o caso, por sua experiência profissional da área de Direito, o ministro preferiu não fazer comentários. “Não conheço o processo, não compete a mim emitir opinião. Seja como advogado e juiz que já fui, sei muito bem que as decisões tomadas pelos tribunais são em cima do processo. E cabe ao sistema judiciário brasileiro decidir".

Por cinco votos a dois, Vitalmiro Bastos de Moura foi absolvido terça-feira (6), no segundo julgamento a que respondeu, na 2ª Vara do Júri de Belém. O advogado Eduardo Imbiriba, que defendeu o fazendeiro, pediu a absolvição do acusado sustentando a tese de negativa de mando do crime.

Em nota divulgada ontem (7), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) classificou de “muito ruim” o aceno dado pelo Poder Judiciário com a absolvição do fazendeiro. A Secretaria Especial dos Direitos Humanos também criticou a absolvição em nota assinada pelo ministro Paulo Vannuchi.

Câmara Federal abre Discurssão sobre o Caso Dorothy
Perguntado sobre se há falha na lei por permitir o segundo julgamento do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que pedirá um estudo à assessoria técnica da Casa para verificar se seria possível aperfeiçoar a legislação. Segundo informações da Agência Câmara, Chinaglia se disse "estupefato" com a absolvição do fazendeiro, por júri popular, em segundo julgamento.
Ele havia sido condenado anteriormente sob a acusação de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang.

O direito ao segundo julgamento está previsto no Código de Processo Penal quando o réu tem condenação superior a 20 anos de prisão. Chinaglia disse ser surpreendente que alguém condenado a 30 anos de prisão no primeiro julgamento, como aconteceu com Vitalmiro, seja absolvido em seguida. O réu foi a júri popular em três ocasiões (em 2005, 2007 e 2008), mas o julgamento do ano passado foi anulado por irregularidades. "Fica a sensação de que não se fez justiça, fica uma desconfiança em relação ao que o Judiciário decide. Pode haver uma falha na legislação", disse Chinaglia à Agência Câmara.

A Procuradoria Geral da República no Pará repudia a ação de absolvição
A Procuradoria da República no Pará deve pedir ao governo federal e ao governo estadual ainda nesta quarta-feira que aumentem o reforço policial nas áreas de conflito da Amazônia para evitar o aumento da violência na região. O Ministério Público teme que a absolvição do fazendeiro Vitalmiro Bastos Moura, acusado de ser o mandante do assassinato da religiosa Dorothy Stang, em 2005, encoraje outros crimes em áreas de conflitos por disputas de terras na região.

“A absolvição do fazendeiro foi um prêmio à impunidade. As pessoas que lutam contra os fazendeiros estão correndo sério risco de vida”, alertou, nesta quarta-feira, o procurador Felício Pontes Júnior, que revelou haver 300 nomes de lideranças ameaçadas de morte na Amazônia.

Segundo o procurador, há dezenas de focos de violência na região envolvendo madeireiros, latifundiários, garimpeiros e os povos da floresta, como ribeirinhos e indígenas. Na avaliação de Felício Pontes Jr, a absolvição de Vitalmiro repercutirá em maior violência nessa áreas.

O fazendeiro Vitalmiro Bastos Moura foi absolvido nesta terça-feira pelo conselho de sentença, no segundo julgamento a que foi submetido. O júri condenou a 28 anos de prisão em regime fechado o pistoleiro Rayan das Neves Sales, mas alegou não haver provas suficientes para condenar o fazendeiro.

O promotor Edson Souza declarou que pretende recorrer da decisão, argumentando que o pistoleiro mentiu. Em 2005, Rayan declarou que recebeu R$ 50 mil pela morte da missionária, mas no julgamento de terça-feira, voltou atrás.

Membro do Comitê Dorothy, criado logo após sua morte para dar apoio aos colonos, a missionária irmã Margarida afirmou que Dorothy Stang "não tombou por uma gleba de terras", mas porque revelou que, na região, há um consórcio do crime.

“Ela tinha uma caixa com documentos de vários nomes comprometidos com o crime organizado. Rayan era um matador de aluguel, não tinha terra na região nem era agricultor. Qual o interesse dele em assassinar Dorothy?” questionou.

Leia abaixo a nota oficial do MPF do Pará sobre o caso

O Ministério Público Federal (MPF) no Pará vem a público externar sua indignação contra a absolvição do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura da acusação de ter sido o mandante do assassinato da irmã Dorothy Stang.

Além de contrária às provas nos autos, a decisão - um verdadeiro prêmio à impunidade - é preocupante porque contribui para o acirramento da violência no campo.
Assim, entendemos que é fundamental e urgente o fortalecimento dos sistemas de segurança pública federal e estadual nas regiões de conflitos fundiários no Pará.

Caso isso não ocorra, o MPF teme pela concretização das ameaças de morte a trabalhadores rurais, índios, quilombolas, ribeirinhos, pescadores artesanais, defensores dos direitos humanos e religiosos que atuam no interior do Estado na defesa das minorias.

Por fim, é preciso lembrar que Vitalmiro Bastos de Moura responde à Justiça Federal por crimes ambientais e por manutenção de trabalhadores em condições análogas às de escravos.


Oque diz a sociedade Civil
Em nota no Blog do Jornalista Paraense Sakamoto podia se ler a missiva:
Caso Dorothy mantém licença para matar na Amazônia

Vitalmiro Bastos de Moura foi inocentado ontem, em Belém, de ter encomendado a morte da missionária Dorothy Stang, em fevereiro de 2005. A história ocupou o noticiário nacional e internacional durante um bom tempo, então não vou retomá-la. No primeiro julgamento, ele havia sido condenado, mas agora, devido a mudanças nos depoimentos de testemunhas, o juri o liberou por cinco votos a dois. Fogoió, o pistoleiro executor, desta vez, disse que fez tudo sozinho, da sua própria cabeça, ao contrário do que afirmou nos outros julgamentos. OK, faz de conta que eu acredito.

O promotor considerou um insulto post mortem contra Dorothy. Os movimentos sociais e pequenos agricultores presentes ficaram chocados. Deve haver recurso.

Enquanto isso, proprietários rurais ou grileiros que acreditam deterem o monopólio de violência em regiões em que o Estado é totalmente cooptado, subjulgado ou parceiro do poder econômico mantém sua licença para matar. Pois terão a certeza de que só peixe pequeno é condenado. Como é na maioria das vezes no Brasil.

Um lembrete: Vitalmiro Bastos de Moura continua na “lista suja” do trabalho escravo – cadastro oficial do governo federal que mostra quem cometeu esse crime em suas propriedades. Bancos públicos, algumas instituições financeiras privadas e empresas que assinaram o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo evitam relacionamento com os listados. Bida foi flagrado com 20 escravos na fazenda Rio Verde, em Anapu (mesma cidade em que Dorothy foi morta), que desenvolve criação de bovinos. A fazenda continua vendendo produção. Ou seja, tem gente financiando as atividades ilícitas de Vitalmiro. Direta ou indiretamente.

Em tempo: falando em licença para matar, sabiam que apesar de milhares de fazendas já terem sido palco de libertações de escravos, não há um fazendeiro sequer que tenha sido julgado, condenado, preso e cumprido pena na cadeia por esse crime? Isso, apesar do Código Penal prever de dois a oito anos de reclusão.

Bem reflitam, isso pode novamente acontecer!!!!

Riqueza e miséria na floresta




A riqueza natural do Parque Nacional da serra do Divisor, no Vale do Juruá continua a esconder o verdadeiro estado de miséria absoluta em que vivem os moradores da região.

A deputada Antônia Sales (PMDB) denunciou ontem o completo estado de abandono em que os agricultores vivem. As leis elaboradas por quem vive trancado em confortáveis salas com ar condicionado e não conhecem a realidade dos trabalhadores, obrigaram seringueiros e largar o extrativismo vegetal para se dedicarem à agricultura de subsistência.

O poder público, segundo a deputada, acha que com a criação de Reservas a vida das populações locais iria melhorar, porém ele não dá apoio para que isso aconteça. Os moradores reclamam porque foi prometida a criação de um programa "Bolsa-Floresta, com investimentos de R$400 milhões que nunca chegaram lá".

O fraco investimento na Educação da Região, com escolas inacabadas ou falta de professores e material didático, também foi denunciado pela parlamentar. O que se ver, segundo a deputada, é o pessoal jogado à própria sorte. O paraíso a eles prometido, nunca chegou.

Eles não sabem ao certo se são agricultores, seringueiros ou guardas florestais. O Governo, na visão de Antonia Sales, precisa ter mais sensibilidade para com essas populações. O rio Moa é a principal via de acesso a Serra do Divisor.

Partindo de Mâncio Lima, uma viagem de barco pode demorar até dois dias e meio. O mesmo percurso pode ser feito em sete horas, de voadeiras ou botes, quando os rios estão cheios. A beleza natural da região, sobretudo as cachoeiras, encantam os visitante, mas ao mesmo tempo, camuflam a vida sofrida dos ousam a dividir o espaço com a fauna e a flora.

Os moradores da Serra do Moa aguardam a promessa da criação de um programa “Bolsa Floresta”, um subsídio financeiro que seria mantido pelo governo federal, como forma de garantir a permanência das famílias na reserva. O Parque Nacional da Serra do Divisor possui área de aproximadamente 846 hectares, e está localizado no Estado do Acre, nos cinco municípios do Vale do Juruá.

A maior parte da área é coberta por Florestas Tropicais Abertas de Cipó e de Palmeira. A de Cipó destaca-se pelo relativo espaçamento entre as árvores, e abriga espécies vegetais como o juá, taperebá e o inharé, entre outras. Já a de Palmeira apresenta grandes agrupamentos das palmeiras existentes na região, tais como paxiúba-lisa, patauá, açaí, jaci, murumuru, paxiúba-barriguda, inajá e jarima.

Como ainda não possui infra-estrutura de apoio ao turista, as visitas ao parque só podem ser feitas mediante autorização prévia do Ibama.

Depois do Presidente do CNS criticar agora são alguns especialista que se dividem em opiniao quanto ao modelo de ocupação das Florestas Brasileiras

Especialistas afirmam que o primeiro passo é mudar o modelo de ocupação da região

O desmatamento na Amazônia não será resolvido com uma política de ‘caça às bruxas’, mas com propostas de médio prazo que devem ser seguidas por todos os setores envolvidos: órgãos públicos, cientistas, madeireiros, pecuaristas, sem-terra e agricultores. O primeiro passo é mudar o modelo de ocupação da região e, a partir daí, encontrar respostas concretas para o problema, disseram ontem especialistas reunidos no Museu Emílio Goeldi, em Belém (PA). Por Carlos Mendes e Cristina Amorim, do O Estado de S.Paulo, 07/05/2008.

Para estudiosos, dirigentes de órgãos de fiscalização e líderes de organizações não-governamentais, não há um receituário pronto para combater a devastação. O remédio deve ser encontrado em várias fontes e na dosagem certa.

Para o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara, a questão amazônica envolve muitos atores e cada um tem a sua própria fatia do diagnóstico. ‘Temos de juntar as partes. A melhor maneira de fazê-lo é por meio do diálogo’, diz Câmara. Segundo ele, é preciso acreditar nisso para não comprometer o futuro da região.

Em relação ao Pará, que sempre apresenta índices altos de desmatamento e outros crimes ambientais, o cientista observa um avanço. Ele reconhece que o Estado, hoje, está tentando criar mecanismos de proteção à floresta, mesmo enfrentando o problema do desemprego, principalmente o que atinge o setor madeireiro. ‘O que precisa ser entendido por todos é que o desmatamento não torna a Amazônia mais rica. Pelo contrário, ela fica mais pobre’, ponderou.

Para o diretor do Inpe, ’se alguns ficam ricos em curto prazo, no longo prazo o que eles fazem é jogar fora a riqueza da região’.

Sobre os números mais recentes da devastação, que apontam 65 km2 somente no Pará no primeiro trimestre deste ano, o cientista recomenda que a leitura correta a ser feita é a de médio prazo, comparando seis meses de um ano com o mesmo período do ano anterior. Se essa regra for seguida, há um nítido aumento do desmatamento.

O pesquisador Alfredo Homma, da Embrapa Amazônia Oriental, defendeu uma política agrícola para conter a devastação. Para ele, isso seria mais útil para deter o desmatamento do que políticas simplesmente ambientais, com aproveitamento de terrenos já sem árvores e recuperação de áreas degradadas.

CÓDIGO FLORESTAL

Em Brasília, a Comissão de Meio Ambiente da Câmara marcou para hoje a votação do projeto de lei que reduz a reserva legal na Amazônia de 80% para 50% da propriedade. Curiosamente, uma audiência pública para discutir o mesmo projeto está marcada para amanhã.

Hemoacre lança campanha “Doação de Vida, Doação de Sangue”

Objetivo é aumentar os estoques de sangue durante todo o mês do Dia das Mães

O Centro de Hemoterapia e Hematologia do Acre (Hemoacre) lança, a partir desta sexta-feira, 9, a campanha "Doação de Vida, Doação de Sangue", com o objetivo de aumentar o número de doadores de Rio Branco e, conseqüentemente, a quantidade de sangue do estoque do Centro, durante todo este mês de maio. A campanha vai começar com a conscientização dos quase 1,4 mil funcionários da Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre) sobre a importância da doação de sangue.

"Durante todos esses dias, o Hemoacre vai disponibilizar mais atendentes para receber não só os funcionários da Sesacre, como também toda a população", garantiu a gerente de Captação do Hemoacre, Joziane Amorim. Segundo a gerente, a maior preocupação é com a manutenção dos estoques de sangue, devido ao aumento da demanda nos hospitais por causa da realização de transplantes e do tratamento de pacientes com câncer, por exemplo.

Segundo a gerente de Captação, a doação de sangue é simples, não dói e não causa nenhum problema de saúde. Para se tornar um doador de sangue e ajudar a salvar vidas, basta procurar o Hemoacre. Os únicos requisitos mínimos são: ter idade superior a 18 anos e peso corporal acima de 50 quilos, e evitar alimentação gordurosa no dia da doação. Um dos benefícios de quem doa sangue é o acompanhamento periódico do estado de saúde, devido aos exames clínicos realizados a cada doação feita.

Serviço
Hemoacre - Avenida Getúlio Vargas, 2787 - Vila Ivonete - Tel.: 3248-1380

Rapidinhas da Regional do Vale do Acre

Segundo Informações recebidas ontem via cellular do Municipio de Epitaciolândia deram conta de que a Policia Federal apreendeu a pick-up Hilux de placas MZY-2024, que de acordo com a documentação pertence à Câmara Municipal de Epitaciolândia e foi interceptado por uma justificativa interessante da polícia: transportava pessoas que iam tirar o título eleitoral.

Cuidados devem ser observados por certas Prefeituras e demais órgaos públicos, já quem avisa amigo é viu... A PF anda fazendo umas amostragens de como será fechando o cerco para os abusados que usam do poder econômico para garantir suas reeleições.

Se essa moda pegar em todos os municipios do Vale do Acre, já sei até no que vai dar...

Encontro de Escritores e Leitores acontece amanhã


A Academia Acreana de Letras, em parceria com o Governo do Estado do Acre, através da Fundação Elias Mansour

A Academia Acreana de Letras, em parceria com o Governo do Estado do Acre, através da Fundação Elias Mansour, retoma o projeto Encontro de Escritores e Leitores com o lançamento do livro "Política Educacional no Estado do Acre (1963-1995) - A Trajetória da Formação Docente", de Álvaro Sobralino de Albuquerque Neto, nesta sexta-feira, 9, às 19h30, no Theatro Hélio Melo.

Como explicitado no título, o livro enfoca a questão da trajetória da formação docente no Estado do Acre, no período delimitado. Resumo de uma Tese de Doutorado, a pesquisa analisa a coerência das propostas oficiais da política educacional acreana e as metas obtidas, contribuindo historicamente à análise da política educacional regionalizada, escassa de bibliografia sistematizada sobre o tema.

"As razões que levaram à realização deste trabalho foram de várias ordens, principalmente intelectual, decorrente do desejo de conhecer e compreender, e prática, decorrente do desejo de conhecer com vistas a fazer algo de maneira mais eficiente ou eficaz" explica o autor. "A identificação com o tema teve início no início dos anos 70, ao concluir minha formação para atuação no magistério primário, prosseguindo com meus estudos em Pedagogia".

O autor centraliza sua análise na ação estatal sem preocupação de realizar um inventário exaustivo sobre a educação acreana. Ao contrário, trata-se de um estudo introdutório que pretende ampliar o debate sobre o tema enfocado. "A análise de conteúdo da política educacional acreana foi submetida a uma interpretação à luz de um referencial teórico-crítico, construído através de minha experiência acadêmica de estudante e professor e, ainda, através de estudos específicos realizados sobre o tema" explica. Cônscio das limitações de sua obra, o autor convida o leitor a apresentar suas críticas e sugestões.

O autor - Álvaro Sobralino de Albuquerque Neto é Doutor em Educação pela UFMT, Mestre em Educação pela Universidade Sagrado Coração de Bauru-SP. Professor aposentado pela UFAC, atualmente é o Coordenador de Pós Graduação do IESACRE e Membro da Academia Acreana de Letras.

Escritores e Leitores - O Encontro de Escritores e Leitores tem por finalidade promover a interação entre autores e leitores, contribuindo para o exercício da cidadania, na medida em que permite ao individuo a compreensão do significado das vozes que se manifestam no debate social e cultural no meio em que a obra é produzida.

Xote do Urubu

Eu como tudo, eu como tudo cru, até couro de cobra de sucuriju.
Sobrevoando essa cidade, meus Deus que estado de calamidade, neste estado de calamidade.
Teve um tempo em que eu andava arretado, eu fui a Xapuri ver se caçava um veado, mas não tinha nada que decepção, só couro de cobra esticado no chão.
Estiquei a viagem e fui pra Brasiléia, pra ver se rangava um courinho de veia e atravessei pro lado boliviano, e dei de cara foi com um veterano, de arma na mão dizendo ele é o cão, de arma na mão dizendo é um gavião.
Meio baleado fui pra Assis Brasil, pra aquelas bandas puxa quem me viu, cai na boca dos índios Jaminawá, me levaram despenado pro pajé observar.
Já despenado fui lá pra Feijó, chegando lá tomei logo um cipó, e na miração meu Deus que confusão, só couro de cobra esticado no chão.
Até um sapatão que eu vi do mirante, dei um razante mas não era couro cru, era couro de cobra de sucuriju.

A poesia acima é dos compositores Pia Vila e Felipe Jardim, chamada Xote do Urubu. Esses camarada eram de arrepiar quando o assunto era festival de música no Acre. O Famp – Festival Acreano de Música Popular - deixou muitas boas lembranças na mente da galera que curtiu o movimento cultural nas décadas de 80 e 90.

O HOMEM APAIXONADO

Alan Rick Miranda *

Como é tolo o homem apaixonado...
Perde-se em devaneios e encantamentos...
É manipulável... Frágil... Desleixado.
Traem-lhe as idéias e o discernimento!

De uma tristeza sua face se invade
Seu olhar é perdido e sem destino
No peito, se lhe bate uma saudade...
Chora com um pranto de menino...

Como é tolo o homem apaixonado!
Que se encanta por coisinhas tão pequenas
Gotas de chuva no telhado...
Rosas, margaridas, alfazemas...

E por estar assim... ensimesmado...
Busca o amparo de um sorriso
Um abraço... um afago, por mais vago...
Trazem-lhe o consolo tão preciso.

O homem apaixonado não é nada
E é tudo e tanto ao mesmo tempo...
Tem seu leito nas alcovas ou calçadas...
Seja grande ou pequeno o seu tormento.

E por mais que lhe confortem os amigos
Seu desejo é como brasa incandescente
E essa agrura só aflige a quem sofrer
Da mesma dor que o apaixonado sente.

*Alan Rick Miranda, poeta, cronista e jornalista acreano.

Há 44 anos, o primeiro Governador eleito do Acre foi deposto

Esta quinta-feira não é um dia qualquer no calendário.

Foi exatamente no dia 8 de maio de 1964 que o primeiro governador constitucionalmente eleito pelo povo acreano, José Augusto de Araújo, foi deposto do cargo numa ação orquestrada pelo capital Edgar Pedreira Cerqueira Filho, que contou com a cumplicidade da Assembléia Legislativa.

Na foto, o governador aparece ao lado do então deputado Maria Maia, que também foi vítima da ditadura.

Nos dias de hoje, a Assembléia Legislativa é presidida por Edvaldo Magalhães, um comunista convicto.

Há 44 anos, o governador José Augusto foi deposto justamente porque os militares e deputados lhe acusaram injustamente de ser comunista. São coisas como essas que reforçam o preço alto da democracia.

José Augusto de Araújo foi eleito com apenas 32 anos. Ganhou com o slogan “O Acre para os acreanos”. Implementou algumas medidas ousadas, que bateram de frente com a oligarquia política e econômica local. Foi triplamente golpeado. Sofreu golpe do seu partido (PTB), da Aleac e dos militares.

Em fevereiro de 1964, o governador se ausentou do Estado para fazer tratamento de saúde no Rio de Janeiro. Teve que voltar mais cedo porque a situação política no Acre não lhe era favorável.

No dia 8 de maio, às 14h35, mandou telegrama ao comandante da 8ª Região Militar, em Belém, onde dizia conhecer as denúncias feitas contra ele pelos deputados Aluízio Queiroz e Eloy Abud, ambos do PSD. Negou ser comunista. Foi um dos seus últimos atos. Às 21 horas do mesmo dia entrega a carta de renúncia..

Mesmo incentivado a reagir, o governador preferiu evitar o derramamento de sangue. Fez uma carta de renúncia simples. Leia o teor: “De acordo com a alínea B, item II, do Artigo 24, da Constituição do Estado, comunico a esta Assembléia que, nesta data, renuncio ao cargo de governador do Estado do Acre, para o qual fui eleito em 7 de outubro de 1962”.

Os deputados estavam combinados com Edgar Cerqueira. É tanto que a Aleac ficou em sessão permanente desde as 14 horas do dia 8 de maio. Todos os segmentos econômicos, oligárquico e políticos estavam empenhados na deposição do governador eleito.

O primeiro ato que confirmou a preparação prévia para a cassação de José Augusto foi encenado quando o então presidente da Aleac, José Ackel Fares, abriu a sessão para pôr em votação a Emenda Constitucional nº 3, que propunha a eleição, em dois dias, de um governador, em caso de vacância. A matéria fora aprovada em dois turnos, em meio a muito constrangimento.

Às 22 horas, o deputado Geraldo Reis Fleming leu a carta renúncia de José Augusto de Araújo. Em seguida, José Ackel Fares comunicou que recebeu, por meio dos líderes de bancada, o nome de Edgar Pedreira Cerqueira como candidato a governador.

O militar foi eleito indiretamente por deputados do PSD e PTB. A sessão foi encerrada às 23h40. O governador da ditadura assumiu no dia seguinte, às 11 horas. Começou ali uma das fases mais escuras da nossa história Acreana.

Um dia após a renuncia, José Augusto viajou para o Rio de Janeiro. Em 1965, retornou ao Acre. Foi preso. Passou sete meses prestando esclarecimentos em processos abertos por Edgard Cerqueira. Nesse período teve que ser internado no Hospital de Base de Rio Branco, em estado grave, acometido por infarto.

Retornou ao Rio e recebeu outra intimação para depor, desta vez, em Belém, onde permaneceu dois meses e sofreu outro infarto. No leito do hospital que recebeu notícia de sua cassação do mandato e dos seus direitos políticos por 10 anos.

Edgar Cerqueira deixou claro, logo no discurso de posse, que não admitiria ser contrariado. O curioso é que deputados que lhe deram apoio passaram a ser perseguidos, sob a acusação de serem comunistas.

Nascido em Cruzeiro do Sul em 1930, José Augusto teve uma carreira política meteórica. Quando estudava História no Rio de Janeiro, chegou ao cargo de secretário-geral da UNE. Ingressou na política partidária somente 1958, quando ficou na suplência de deputado federal. Em 1960, assumiu o mandato por quatro meses, quando aproveitou para se projetar.

Se ainda fosse vivo, José Augusto de Araújo completaria 78 anos no dia 3 de julho. Mas morreu cedo. Seu coração não resistiu tanta pressão. Morreu no dia 3 de abril de 1971, no Rio de Janeiro. Tinha apenas 40 anos.

Para encontrar fundamentação suficiente sobre o período de cassação do governador José Augusto de Araújo, o editor do blog pesquisou no texto “O golpe militar no Estado do Acre, Brasil: denuncismo, fragilidade democrática e hipertrofia do Executivo”, de autoria do professor do Departamento de História Ufac Francisco Bento da Silva. Vale a pena fazer uma boa leitura do material.

Ex-Deputado Roberto Filho e Jr. seu filho, apesar de presos ainda causam dor de cabeça à Justiça

Desde a semana passada o Ministério Público Estadual está vivendo dias de guerra. Promotores e procuradores estão divididos depois de uma decisão do promotor José Admilson de emitir um parecer favorável á liberdade do ex-deputado Roberto Filho e Bebeto Júnior, presos no quartel da Polícia Militar desde dezembro do ano passado.

Para o promotor, pai e filho não ameaçam as investigações, as testemunhas e a instrução criminal.

Acontece que parte do MPE é a favor da manutenção da prisão, principalmente a promotora Alessandra Garcia, que estava na lista das pessoas ameaçadas de morte pelo ex-deputado.

O parecer está nas mãos da Juíza da Segunda Vara Criminal, Denise Bonfim. A magistrada não fala sobre o caso, mas pode dar a sentença definitiva do caso ainda na semana que vem. Isso acabaria com a expectativa do Ministério Público, da sociedade e principalmente da família, que acusa a justiça e manter pai e filho presos ilegalmente.

Roberto e Bebeto foram acusados de planejar a morte de um Juiz, uma promotora e um suplente de deputado. A prova seriam conversas gravadas com o matador. Se passaram 5 meses da detenção e nenhum material com a prova foi revelado.

Informações extras oficiais indicam que as fitas com a gravação de Roberto Filho e o suposto matador estariam no MP. Não foram divulgadas as conversas porque o material está inaudível (a gravação não pode ser ouvida, nem com equipamentos). Sem as fitas não existem provas de que o ex-deputado estaria planejando a morte de alguém e a prisão ilegal.

OS CRIMES - Mas a sentença que será proferida não é de acusação por planejar a morte de juiz, promotor ou suplente de Deputado. No ano passado Lenice Barros, Bebeto Júnior e Roberto Filho foram acusados e atear fogo na casa onde a família morava para pegar um milhão de reais de uma seguradora.

No mesmo processo o trio responde por 3 crimes.
O primeiro de incêndio criminoso. De acordo com a perícia, na casa foram encontrados 6 focos de incêndio, como se tudo fosse proposital. A pena para esse tipo de infração é de 3 a 6 anos de prisão;
Depois vem falsidade ideológica, a família usou notas fiscais falsas para requisitar o seguro. Pena de 2 a 6 anos;
O terceiro crime seria de coação a um funcionário da seguradora, somando o juiz, a promotora que trabalharam no caso, a penalidade varia entre um e 4 anos. Condenados, cada um pode ser pegar no mínimo 7 anos de prisão, como são réus primários, ficam pouco mais de dois anos. Só que podem recorrer da decisão da Justiça de primeiro grau, mas continuam presos.

Agripino diz que foi 'mal interpretado' no depoimento de Dilma

Líder do DEM no Senado afirmou que ministra foi 'esperta' e 'usou a emoção'. Para ele, ministra deve voltar ao Congresso.

O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), afirmou nesta quinta-feira (8) ter sido mal interpretado em sua intervenção no depoimento da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), em que citou a ditadura militar.

"Fui mal interpretado", ele disse. Para Agripino, a ministra foi “esperta e astuta” e “usou a emoção” para não responder a pergunta, que tinha como pano de fundo o suposto dossiê com gastos do governo Fernando Henrique Cardoso.

No depoimento realizado na quarta-feira (7), Agripino invocou uma entrevista em que a ministra dizia ter mentido quando foi torturada no regime militar para criticar os “regimes de exceção”. Segundo o líder, sua intenção era mostrar que a prática de dossiê é típica desses regimes.

“A ministra, espertamente, pegou um elemento da minha fala e emocionalizou. Ela fugiu do objetivo da pergunta e com esperteza política usou da emoção para conseguir se vitimizar”, disse o líder do DEM.

Agripino disse não ter ficado satisfeito com as explicações de Dilma sobre o dossiê. Para ele, a ministra deve voltar ao Congresso após a conclusão do inquérito da Polícia Federal sobre o caso.

Brasil mantém pontuação máxima em ranking de Relações com Investidores

O Institute of International Finance (IIF), associação global que reúne as principais instituições
financeiras do mundo, divulgou uma segunda atualização do seu ranking de Relações comInvestidores (RI) e Práticas de Transparência dos países emergentes mais ativos no mercado de dívida. O Brasil manteve-se na primeira colocação do ranking, sendo o único país a alcançar a nota
máxima, 38 pontos.

O estudo de 2008 incluiu seis novos países, totalizando 38, alguns considerados 2investment grade como Chile, China, Coréia do Sul, México, Rússia e Brasil , o mais
novo membro desse seleto grupo.

O ranking foi elaborado com base em 20 critérios de avaliação, que buscaram identificar a qualidade e a tempestividade da disseminação de informações macroeconômicas e fiscais; a qualidade e facilidade de navegação do site de RI; o grau de acessibilidade da equipe de Relações com Investidores; e a eficiência dos canais de comunicação entre os investidores e a instituição.

No Brasil, duas instituições são responsáveis pelo relacionamento com investidores. O Banco
Central do Brasil (BCB) é responsável pela comunicação de temas relacionados à política
econômica em sentido mais amplo. Já a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do Ministério da
Fazenda, é responsável pela divulgação de temas relacionados à política fiscal e à dívida pública.
Pela primeira vez, as áreas de RI de ambas as instituições satisfizeram todos os critérios avaliados, recebendo pontuação máxima.