Caros Leitores, desde a sua criação o Blog Xapuri News, o intuito sempre foi de ser mais um espaço democrático de noticias e variedades, diretamente da Princesinha do Acre - Terras de Chico Mendes - para o mundo, e passará momentaneamente a ser o instrumento de divulgação das Ações da Administração, Xapuri Nossa Terra, Nosso Orgulho, oque jamais implicará em mudança no estilo crítico das postagens.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Charge do Dia!!!

MOÇÃO DE DESAGRAVO AO POETA MAURO MODESTO

Durante o final de de semana, aproveitei um pouco para descançar e colocar material de trabalho em dia, preparar avaliações, relatórios de médias já que o ano letivo está prester a encerrar e ninguém merece ficar o mês de dezembro por completo trabalhando. Aproveitei para assistir o filme "A Queda", que trata dos últimos momentos de Adolf Hitler no poder, bem como o documentário "Caçadores de Tróya" que retrata a busca por vestígios da mais famosa batalha grega. Enfim, tive um final de semana "cult", e bastante enaltecedor, já que recebi vários telefonemas de amigos, alunos, ex-alunos, colegas de trabalhos e pessoas que sequer imaginaria que visitasse este espaço, fiquei deveras contente, oque me deu um novo fortalecimento em continuar reghistrando aqui algumas idéias, e divulgando algumas noticias e curiosidades que para mim, acredito que são interessantes às pessoas que como eu gostam de novidades e noticias interessantes.

Hoje logo pela manhã, assim que liquei meu PC li um email encaminhado pela amiga e Colega de Academia "Aleuda Tuma", que é a Presidenta da Academia de Letras e Artes de Brasiléia, dando conta de seu contato com o colega em comum o Poeta Mauro Modesto, que foi um dos amigos que tive a oportunidade de manter contato nesse Final de Semana.

Fiquei deveras contente em receber através da Aleuda, que é uma das visitantes frequentes desse espaço, que a Assembléia Legislativa do Estado do Acre realizara amanhã, terça-feira, dia 1º de dezembro, uma moção de desagravo ao poeta e acadêmico Mauro d’Avila Modesto, em conseqüência das falsas declarações da imprudente Joana D’Arc, que por um ato leviano, irresponsável, citou seu nome na CPI da pedofilia. A moção de desagravo assinada pela Assembléia Legislativa do Estado, é a mais pura manifestação de imparcialidade e de grandeza daquele poder, restaurando a verdade. O poeta acreano é um intelectual de valor e tem demonstrado durante esses quarenta anos o seu compromisso com o patrimônio histórico e cultural do Acre.

Já havia citado tal Sessão em postagem anterior, porém, mais uma vez endosso que nada mais natural e justo tal Sessão, que desmintirá de fato e de direito as inverdades proferidas sobre o Colega, embora já tenha sido devidamente desmentido o tal fato a Assembléia tem por justa condição assumir o erro em expor não somente o Mauro, como várias outros nomes que injustamente foram citados no evento.

O mais interessante é que chegou ao meu conhecimento que essa Moção de Desagravo é a primeira que acontece para um artista, escritor, poeta, professor, historiador e etc, com exceção de políticos e evidentemente que para prestigiar ao amigo Mauro, confirmei na manhã de hoje a minha presença na Sessão.

Por falar em Mauro, o Poeta esteve durante o Final de semana em Brasiléia com o objetivo de pensar junto a presidente algumas decisões culturais e históricas para os Cem Anos da cidade fronteiriça e progressista, que acontecerá em 2010.

Aproveito para agradecer o carinho com que o Colega Mauro, escreveu para a minha pessoa em agradecimento às minhas postagem À repeito do ocorrido.
"Prezado confrade Joscires, boa tarde!
Você é daquelas pessoas que realmente sabe deixar-me comovido e às vezes chego até a pensar, é verdade, chego até a pensar que sou uma figura importante na área cultural do meu querido e amado Acre. Ainda fico emocionado, meu caro acadêmico, quando faço uma nova leitura das suas defesas a favor da minha honra, da minha família, de meus amigos e da minha dignidade.
Obrigado pelas suas palavras referendadas de apoio, de amizade, de respeito, de carinho e de coragem, quando fui acusado covardemente, quando fui violentado nos meus direitos, causando-me um sofrimento psicológico e físico.Ainda bem, que desde o início do triste e lamentável episódio que o ilustre amigo tinha certeza que era uma acusação falsa, mentirosa, cretina, brutal e acompanhada de total falta de sensatez e responsabilidade.
Gostaria que o nobre acadêmico e amigo recebesse o meu muito obrigado.
O obrigado deste seringueiro metido a poeta, que há 40 anos dedica a sua vida em prol do desenvolvimento, intercâmbio e divulgação da cultura acreana.
Obrigado amigo, obrigado pelas defesas constantes que o ilustre acadêmico fez a favor da minha pessoa. Obrigado por saber que, a minha história e a minha biografia não permitem esse tipo de monstruosidade, da qual fui barbaramente acusado.
Aproveito, este momento, amigo e acadêmico, para agradecer também a centenas de pessoas que ficaram do lado da minha inocência.
Volto a dizer: deram um tiro covarde no coração desse construtor de versos e acertaram a sensibilidade e a alma do poeta.

Elegantemente lhe digo, obrigado amigo.

Saudações acadêmicas.
Mauro d'Ávila Modesto"


Ao amigo Mauro, não preciso nem tecer mais agradecimentos, já que o carinho e toda a atenção que dispensa em nossas conversas, já diz tudo...

Obrigado Mauro, por fazer esse Acadêmico mais altivante nas ações da cidadania cultural de nossa Região.

Violência no Acre aumentou 22% entre homens e mulheres

A morte violenta do comerciante José da Silva Martins, executado a tiros dentro de sua própria casa, é apenas mais uma que entra para a tétrica estatística divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revela que a quantidade de pessoas mortas por causas violentas no Acre aumentou 16,4% para os homens e 5,5% para as mulheres em 2008.

José da Silva Martins era dono da mercearia Três Irmãos, localizada na rua Santa Rita, 201, bairro Santa Inês e vinha sendo ameaçado de não chegar o natal vivo por uma quadrilha que lhe extorquia dinheiro e que foi denunciada pelo filho do comerciante na 2ª Regional. Na noite de sexta-feira, os bandidos cumpriram o prometido.

Em casa, na frente da família, um dos cinco marginais integrantes da quadrilha se apresentou e disse que estava ali para cumprir o que havia prometido executando o trabalhador com um tiro a queima roupa.

José Maria está entre os 185 casos de mortes por homicídios somente em Rio Branco. De acordo com a pesquisa, no total foram 358 óbitos, sendo 301 do sexo masculino e 57 feminino. O Acre também lidera a lista de crimes violentos cometidos contra a mulher. Os jovens entre 20 anos e 30 anos são as maiores vítimas, de acordo com o IBGE. Na média nacional, houve um crescimento de 14,5% de óbitos para o sexo masculino e 3,8% para o feminino.

Na capital, 16% dos jovens apresentam algum risco ou história de violência, de acordo com pesquisa desenvolvida pelo Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal.

Jairo Carioca - Da redação de ac24horas
js.carioca@hotmail.com
Rio Branco, Acre

Marina e o Monstro

Escrito por Rodolfo Salm
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/4006/9/

Recentemente, Marina Silva causou-me novamente grande decepção ao afirmar publicamente que "não há como fugir do aproveitamento energético do rio Xingu", em referência à construção da hidrelétrica de Belo Monte, ou "Belo Monstro", como o projeto também é conhecido em Altamira. Numa versão mais detalhada da notícia divulgada no site Amazônia, ela teria dito que não há como o Brasil fugir da "exploração sustentável" do Xingu, "já que precisa apresentar ao mundo metas de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa". Sendo preciso, porém, que "a construção de hidrelétricas preveja um programa de desenvolvimento sustentável que dê governança sustentável" ao empreendimento.

É surpreendente que ela siga argumentando nessa linha enquanto o seu programa de desenvolvimento sustentável para o asfaltamento da rodovia Cuiabá-Santarém não tenha sido sequer implementado e que, com o processo de asfaltamento, os desmatamentos já estejam explodindo na região, o que já acontecia quando ela estava no governo. Naquela época, quando, em momentos de desaceleração da economia, eram registradas quedas nas taxas de desmatamento, ela atribuía o fato ao "aumento da fiscalização", mas quando as taxas cresciam culpava o aquecimento da economia. Justamente como segue fazendo o seu sucessor.

A idéia da construção de hidrelétricas na Amazônia como alternativa às termelétricas e como forma de reduzir a emissão de gases do efeito estufa é outro equívoco da ex-ministra. É mais fácil visualizar os gases expelidos pela combustão de carvão ou derivados de petróleo, mas o apodrecimento da matéria orgânica causado pelas grandes inundações das barragens gera gases muito mais danosos para o aquecimento global.

Estudos do professor Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, e de outros cientistas respeitados de todo o mundo, mostram, por exemplo, que as hidrelétricas na Amazônia podem chegar a contribuir tanto ou mais para o efeito estufa do que termelétricas de potência equivalente. Tendo conhecimento de que o gás metano, oriundo em abundância do tipo de putrefação causado pelos lagos artificiais, contribui bem mais para o efeito estufa do que dióxido de carbono, Marina Silva não poderia propalar a mentira maior dos barrageiros, de que a energia oriunda da hidroeletricidade seria "limpa".

Sem ainda nem mesmo ter começado oficialmente sua campanha, ao jogar a toalha para a questão de Belo Monte ela já traiu os índios e ribeirinhos que pretendia representar, e que seguem organizando-se e manifestando-se contra a barragem. Talvez não pudesse ser diferente, uma vez que, para concorrer à presidência, ela teve que se filiar ao Partido Verde, do filho de José Sarney, cujo grupo é responsável pela articulação política para viabilizar a barragem.

Como definiu o jornalista Carlos Tautz, no Blog do Noblat, Marina é uma candidata-factóide que "terminou seu ministeriado concordando com causas que inicialmente rejeitava com veemência – como a convivência entre soja transgênica e não-transgênica, a transposição do São Francisco e as usinas no rio Madeira - e, a rigor, só ganhou a projeção que tem por ser herdeira simbólica de Chico e não por defender uma alternativa ecologicamente viável para o país em seu todo". E "como ministra do Meio Ambiente, Marina nunca admitiu o óbvio: as usinas Jirau e Santo Antônio, que estão barrando o rio Madeira (RO) - e Belo Monte, no Pará, também por analogia -, são inviáveis do ponto de vista legal e ecológico, e dispensáveis do ponto de vista energético". Eu diria mais, acho que ela traiu Chico Mendes ao dar seu nome a um instituto criado para facilitar no IBAMA o trâmite do tipo de obras que o líder seringueiro, mártir da preservação da Amazônia, condenava.

É curioso ver Marina Silva em campanha na TV falando da malária e da hepatite que quase levaram a sua vida, esquecendo-se que muitos que hoje estão saudáveis em Altamira padecerão destes mesmos males com a construção desta barragem, o que tornaria o ambiente da nossa cidade mais insalubre. Desde sempre fui admirador de Marina. Escrevo estas críticas com a vaga esperança de que elas, aliadas ao protesto de muitas outras pessoas, ainda a façam rever suas posições em uma campanha acirrada, na qual o desenvolvimento e a conservação da Amazônia serão temas importantes. Não é porque nenhum dos outros pré-candidatos represente esperanças justificadas de políticas de preservação que vamos ser condescendentes com a sua declaração precoce e infeliz sobre a suposta inevitabilidade do barramento do Xingu, que certamente traria a sua destruição.

Por conta dela, fica o alerta aos nossos leitores: a não ser que ela mude claramente de opinião, o que eu temo ser muito difícil, não vale a pena nutrir falsas expectativas quanto à possibilidade de a ex-seringueira e ex-seguidora de Chico Mendes "salvar-nos" da destruição da Amazônia. O conto do ex-operário de esquerda que seria o antagonista do modelo de desenvolvimento dos ditadores militares já nos custou mais de vinte anos de espera vã. E a Floresta Amazônica não pode esperar muito mais.

Marina Silva é uma boa pessoa. Mas é politicamente frouxa: enquanto era ministra, lavou as mãos nas discussões sobre hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, no Madeira, delegando o assunto ao Ministério de Minas e Energia. Nunca comprou briga com cachorro grande. No caso do licenciamento das usinas do rio Madeira, Marina mostrou-se insensível (e silenciosa) aos argumentos técnicos sobre impactos na biodiversidade, nos peixes etc. Quando ela orquestrou as mudanças no IBAMA para instalar um setor de licenciamento mais "independente", tirando os técnicos mais críticos do licenciamento das usinas, as entidades pediram audiência com ela, sendo efetivamente blindada por alguns grupos ambientalistas que organizaram uma reunião com a ministra para publicamente elogiarem as mudanças no IBAMA. Desde então, quando perguntada sobre o rio Madeira, ela coloca como "êxito" o fato de que o MMA (ou o governo Lula) conseguiu diminuir o tamanho dos reservatórios, sendo que ela sequer participou das decisões sobre o desenho de engenharia das usinas.

Na verdade, apesar de a disputa no nosso sistema presidencialista ser bastante focada em poucas pessoas, nenhuma delas poderia de fato "salvar-nos da destruição da Amazônia". Marina Silva não compraria brigas de porte para questionar empreiteiros, que inclusive lhe dariam sustentação em uma campanha eleitoral viável. O que poderia nos salvar, quem sabe, são idéias. E, infelizmente, Marina Silva vive repetindo uma idéia que nem ela nem ninguém conseguem definir: "desenvolvimento sustentável", termo que salpica a cada duas frases proferidas ou, em certos casos, até duas vezes por frase. Sendo que há uma dezena de definições diferentes para o termo e nenhuma delas questiona o dogma de progresso e o mito do crescimento econômico. É preciso estudar as questões ambientais. "Biodiversidade" deve vir antes de "desenvolvimento sustentável". E deve ser reconhecida como um valor em si, de importância fundamental para toda a humanidade, e não algo que deve se pagar para ter o direito de existir.

Rodolfo Salm, PhD em Ciências Ambientais pela Universidade de East Anglia, é professor da Universidade Federal do Pará.

O que é a Política

O filho fala para o pai:

- Pai, eu preciso fazer um trabalho para a escola, posso te fazer uma pergunta?

- Claro meu filho. Qual é a pergunta?

- O que é Política, pai?

- Bem, vou usar a nossa casa como exemplo. Sou eu quem traz dinheiro para casa, então sou o ""Capitalismo"". Sua mãe administra (gasta!) o dinheiro, então ela é o ""Governo"". Como nós cuidamos das suas necessidades, então você é o ""Povo"". A empregada é a ""Classe trabalhadora"", e seu irmão nenê é ""O Futuro"". Entendeu, meu filho""?

- Mais ou menos, pai. Vou pensar...

- Naquela noite, acordado pelo choro do irmão nenê, o menino foi ver o que tinha de errado. Descobriu que o nenê tinha sujado a fralda e estava todo emporcalhado. Foi ao quarto dos pais e a sua mãe estava num sono muito pesado. Então, foi ao quarto da empregada e viu, através da fechadura, o pai na cama com a empregada. Como os dois nem percebiam as batidas que o menino dava na porta, ele voltou pro quarto e dormiu.

Na manhã seguinte, na hora do café, ele falou pro pai:
- Pai, agora acho que entendi o que é Política!

- Ótimo, filho! Então me explica nas suas palavras...

- Bom, pai, enquanto o Capitalismo ferra a Classe Trabalhadora, o Governo dorme profundamente. O povo é totalmente ignorado e o Futuro está todo cagado!
http://www.piadasdodia.com.br/mostrapiada.asp?id_piada=572

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Charge do Dia!!!!

Danou-se!!!

Sempre me pautei a ser justo nas minhas observações, parabenizar o que de fato merece reconhecimento e criticar aquilo que na minha concepcção raia as veiras da sandice intelectual, ou ainda de situações que por ventura não condizem com, aquilo que de fato contempla com a realidade. Sempre fui uma pedra no sapato em quaisquer lugar que esteja porque sem hipocrisia, consegui sempre chegar aum bom senso em opiniões, porém jamais deixei de expo-las. Sempre em toda oportunidade que tive até mesmo minhas ações foram sempre colocadas de forma pública e disponíveis a avaliação de todos.

Porém não há de me criticar que nunca fui justo, oportunizando às pessoas envolvidas nos meus comentários a defesa e o que de fato sempre primei pelo repseito às opiniões adversas às minhas. Oque jamais fui, foi "marionete", a serviço dessa ou daquela situação, prova disso é que minha passagem pela Admnistração Pública Municipal, fora de forma que jamais precisaei baixar a cabeça e concordar com alguma situação que me fosse ofertada por pressão, já que meus colegas profissionais que conviveram comigo naquela experinciência são testemunhas dos meus embates com o Executivo Municipal, na tentativa de reveter algumas situações ou ainda de tomar as devidas decisões q8ue condizessem com a minha obrigatoriedade da função investida.

Da mesma forma nunca fui inconsequente, de citar nomes ou ainda "meter o bedelho" na tentativa de lamear quaisquer pessoa em resposta a uma "pseuso" ofensa, ou que ainda tenha sentido que alguma verdade fosse de encontro com a minha postura Profissional. Mas é isso que vivo no momneto. Devido a minha postagem http://www.xapurinews.blogspot.com/2009/11/que-diabos-esta-acontecendo-com-xapuri.html em que trata de algumas situações sobre a minha querida Xapuri, fui metralhado pelo colega Raimari Cardoso, até mesmo com questões pífias, de desvairadas que preocupadas com o repaldo que este espaço tem, tentam macular a imagem, ou ainda tirar a credibilidade do que escrevo. Estou deveras decepcionado, já que na postagem a que me referi acerca da realidade de Xapuri, não citei nenhum nome, não fiz apelo hipócrita nem demagogo utilizando nome de ninguém para trampolim de projeção de imagem própria. Agora se alguma coisa ofende alguns Pseuso Profissionais, é por que de fato isso acontece, ou que na ferida ainda aberta por comportamentos de postura politiqueiras estão ainda mais vívidos doque nunca.

Não tecerei aqui nenhum comentário pessoal contra o Sr. Raimari Cardoso, até porque não sou menino de recado ou estou a serviço de outrem, digo apenas que "Os cães ladram mas a caravana não para" e de que "somente árvores que dão bons frutos é que são apedrejadas", muito menos procurarei situações que desgatem a sua figura pessoal, como o mesmo fizera com a minha pessoa, por que isso é de uma pequinez tão grande, mas tão grande que sequer merece ser comentado, outra porque eu tenho mais o que fazer, já que me parece que alguns colegas tem tempo para ver "estrume virtual" e republica-los, oque não é o caso desse espaço, muito menos desse humilde aprendiz de blogueiro que vos escreve.

É indubitávelmente necessário constatar nesse caso, que tem alguma coisa estranha em a Rádio Educadora 06 de Agostoe seu reprentante-mor, estar sendo mais uma vez uma extensão da assessoria da Frente Popular de Xapuri, e tentar reverter tudo de contrário que se é prolatado aos quatro ventos da cidade, iludibriando a população. porque senão vejamos, qualquer que seja o comentário, efetuado no Blog serviçal e na Rádio amordaçada, que dispense o mínimo de linhas ou tempo possível, é posteriormente explicado e com devidas ressalvas enaltecedoras. Tenha dó...

É muito fácil, macular irresponsavelmente aimagem de alguém, como foi o caso da Fundação Chico Mendes recentemente efetuada também, por aqueles espaços de imprensa, que não primou pela decência nem pelo equilíbrio, muito menos pela avaliação do bom senso, fato esse novamente visto nesta situação.

O bom disso tudo é que este espaço continuará a fazer oque ele na sua criação foi objetivado, que é de externar opiniões, doa a quem doer, esse humilde jovem também não se intimidará, com esse ou aquele bloqueiro que vier a "piti", por alguma situação mal explicada, também não me darei à baixa índole de "fofocar", "fazer biquinho" com alguma crítica, pois isso ao contrário de meus colegas, me enaltecem e fortalecem a minha pessoa. FALEM O QUE QUIZEREM SÓ CUIDADO PARA NÃO MORDEREM A LíNGUA.

Ademais, vejo que este espaço está bem visitado e incomodando e é isso mesmo que ele se propõe...

Aos visitantes inteligentes e que realemnte gostam de ser imparciais e ter acesso a realidade, parabens pela escolha, aous demais chafurdem e procurem besteirinhas porque aqui também tem...;

Tenham todos uma excelente Sexta-feira!!!!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Charge do Dia

Estarei hoje visitando duas comunidades rurais, oque me deixará impossibilitado de escrever algo neste espaço, mas garanto que no retorno à noite, ou mesmo amanhã haverá publicações novinhas

Boa terça a todos!!!!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Charge do Dia!!!

Que diabos está acontecendo com Xapuri

Bem, dizem que quem mexe com maribondos, quer umas boas picadas, porém outro adágio popular sempre nos lembra que quem estar na chuva é para se molhar, então vamos ficar molhados. Ontem escrevi sobre a impressão que Xapuri dá aos visitantes quando aqui chegam, teci alguns comentários sobre a situação de alguns locais desta pacata cidade e principalmente, como muita gente não tem coragem de falar oque pensa, oque na verdade não se enquadra quanto à minha postura, que sempre foi de externar a a realidade, mesmo diante de situações em que estou em minoria maciça, exponho posições que contrariam de fato muita gente, e muitas vezes deixam determinadas pessoas “fula da vida”, ontem escrachei o verbo a falar sobre a “pseudo” tendência turística de Xapuri, e o incomodo foi imediato.

A postagem fora realizada às 09:00 horas e exatamente às 10:30, já havia recebido 4 ligações de pessoas, que segundo as mesmas são formadoras de opinião de Xapuri e que achavam perigoso esse tipo de comentário, já que poderiam estimular comportamentos aversivos à cultura de Xapuri... “são muito tapados mesmo”, comportamentos aversivos ou postura crítica e não mais comportamento de animais adestrados? Por que na verdade o que vejo é um emburricamento da sociedade local em não quererem enxergar fatos que são vergonhosos do ponto de vista da construção da cidadania... bolas para que tipo de impressão algumas pessoas podem ter a respeito de Xapuri, quando veem tais publicações... temos que ser sinceros, realistas e acima de tudo inteligentes para compreender o que se passa por Xapuri, já que acredito que devo estar perdendo o jeito, porque até mesmo eu não estou entendo p... nenhuma.

Sempre tive muito orgulho da população xapuriense, pelo seu histórico de lutas, não as bravejadas pela imprensa ou pelos movimentos existentes apenas nas pastas e livros, porém o meu orgulho sempre se pautou na postura crítica do povo xapuriense, na vontade de ver acontecer o que é correto, nas diversas situações em que não se calaram e deram a reposta imediata no devido momento, foi assim quando elegeram Júlio Barbosa, porque mesmo sendo uma cidade tradicionalmente de direita, deram uma resposta aos grupos políticos daquele momento, foi assim nas diversas eleições que o lula perdeu aqui em Xapuri, e fiquei mais orgulhoso ainda, quando em 2004, quando todos vilipendiavam os direitos do então candidato Vanderley Viana à prefeitura, a população o elegeu e da mesma forma o retirou do poder em 2008, dando novamente uma resposta concreta e de forma ímpar ao sinistro que os aflitava, mas sinceramente... acho que essa postura amoleceu, vejo ultimamente todos calados, amordaçados, cabisbaixos enfim acovardados.

O que aconteceu também com os meios de comunicação do governo e seus subalternos? Já que em ocasiões anteriores qualquer pingo d'água em Xapuri era transformado em um verdadeiro tsunami, e agora tudo é paz e amor, estamos em um verdadeiro paraíso, quando alguém se levanta contra alguma situação, os meios de comunicação “Chapa Branca”, já que são uma extensão da assessoria a serviço do Governo e das Prefeituras da Frente Popular, se amotinam contra a noticia, e coitado do jornalista ou do profissional de imprensa que pensar em falar alguma coisa que milindre os “todos poderosos”, vai para na “coxichina” ou em lugar bem pior. Lembram do jornalista Washington Aguino? Aquele que todos os dias na Rádio Difusora Acreana, disparava sua metralhadora transloucada nos inimigos políticos do Jorge Viana. Que todos os dias tinha notícia pútrefa sobre a administração anterior, caiu na besteira de criticar posturas do governo e hoje vive no ostracismo profissional e esquecido por aqueles que o incentivava.

Temos exemplos claros no próprio município, onde o único meio de comunicação a rádio educadora 06 de agosto, era na verdade que me desculpe seus administradores “uma extensão da bancada de oposição” à administração anterior e hoje está calada, amordaçada, surda, muda para algumas situações, já que somente vincula oque não macula a imagem petista no governo.

A última, é a crítica ao AC24 horas, por criticar a postura do Governo e da Prefeitura quanto à manutenção do Portal de Entrada da cidade, querem vender a idéia de que a população não está nem aí para o fato do destino do Portal.... mentira escabrosa.... não vamos agora se intitular donos da verdade e procuradores da população xapuriense. Vamos ser no mínimo realistas, de independentemente de qualquer coisa, aquela obra exigiu dos cofres públicos recursos financeiros, e agora somente, repito somente por questões políticas querem queimar estes recursos implodindo a obra. Vou ser mais claro ainda, será que a população não percebe que na verdade oque se pretende é apagar todos os vestígios de passagem do ex-prefeito pela prefeitura, impedindo que qualquer um que seja olhe para alguma coisa e diga que foi o Vanderley que fez? Será que os meus queridos Xapurienses não perceberam ainda que a disputa política ainda não se encerrou desde final de 2008, quando democraticamente e de forma justa e correta elegeram o para governar Xapuri? Tirem suas viseiras senhores....

Mas oque mais me deixa indignado é o fato de algumas pessoas ainda quererem convencer-me que tudo está à mil maravilhas.. tenham dó....

Acorda Xapuri... temos que colaborar com a administração atual, porém isso não significa que temos que ser omissos, que temos que ser cegos para fatos que contradizem com a verdade, temos que acreditar em tudo que se é propagado? Não... temos que ser verdadeiramente éticos e acima de tudo buscar os fatos verdadeiros...

Findo, apenas dando uma alfinetada.. cadê os vereadores mesmo? Também estão amordaçados, também estão senso complacentes com tudo isso? Ou será que estão com medo do embate? São ou não são representantes de Xapuri? Acordem Vereadores...

Enfim, tudo isso acontecendo e continuamos nós aqui sentados dando milho aos pombos... ou melhor aos urubus...

De novo a noticia e o Fuso Horario Acreano

O Plenário da Camara Fderal aprovou, por 223 votos a 123 e 5 abstenções, o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 981/08, do deputado Flaviano Melo (PMDB-AC), que prevê a realização de um referendo no estado do Acre para saber se a população é a favor ou contra a mudança de horário determinada pela Lei 11.662/08. A lei, em vigor desde junho do ano passado, diminuiu de duas para uma hora a diferença de fuso horário em relação a Brasília.

A matéria será enviada ao Senado para votação.

La vamos nos denovo.....

Ministro da Saúde diz que Brasil deve começar a produzir vacina contra a dengue em cinco anos

O Brasil deve começar a produzir, no prazo de cinco anos, uma vacina contra a dengue. A afirmação foi feita nesta segunda-feira, 23, pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante evento de combate à doença no estado do Rio de Janeiro.

Segundo o ministro, há uma pesquisa sendo desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, e uma indústria farmacêutica particular para desenvolver a vacina.

“É a primeira vez que um laboratório público e uma multinacional se associam para desenvolver uma tecnologia para um problema de saúde pública brasileiro”, disse Temporão.

De acordo com o ministro, estão sendo investidos 60 milhões de euros (cerca de R$ 155 milhões) na pesquisa. O governo brasileiro é responsável por metade do investimento e o laboratório privado, pela outra metade.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Charge do Dia!!!!

Sem muitas Novidades!!!

Estive durante o final de semana alheio aos acontecimentos xapurienses, precisava descançar um pouco e respirar ares da capital acreana, aproveitei para rever alguns amigos, ir a show, e principalamente namorar...

O que me deixou deveras triste é que algumas pessoas da Capital estão bastante interessadas com o "pseudo" progresso que Xapuri está prolatando aos ares Acreanos, já que alguns amigos de passagem pela terrinha, tiveram acesso a uma séire de noticias que mostravam que Xapuri estava de vento em polpa, com desenvolvimento visivel nas áreas sociais e econômicas, porém segundo o relato dos mesmos, oque realmente presenciaram na chegada à Cidade na sexta-feira, foi abandono total, ruas cheias de capim, lixo nas vias públicas, a entrada da cidade nem se fala...

Está na hora dos nossos administradores reverem algumas promessas de campanha e começarem a mudar de fato a cara de Xapuri...

Essa mudança indubitavelmente, deve começar pela aparência, já que até a entrada da cidade parece com uma favela, como se pode falar em cidade turística com a aparência de Xapuri?

Sinceramente, temos que ser realistas, só temos turistas nesta cidade devido o nome do Chico Mendes e seguer cuidar do local de visita o município como um todo não faz, e digo isso não sendo como responsabilidade somente da prefeitura, cadê o governo que tanto propaga as Políticas ambientais que o Chico pregava, mas deixa um esgoto fético a céu aberto passando próximo ao Centro de Memória em Homenagem ao Líder Seringueiro? Não sejamos hipócritas ao ponto de imaginar que alguém virá aqui só por nome, é necessário que tenhamos condições de receber e receber bem estes visitantes...

Não temos uma rede de restaurantes que atenda com comodidade nossos visitantes... qual dos nossos restaurantes ou pensão é climatizado?... Não temos pessoas qualificadas para atender os nossos turistas... quem é responsável por atender e guiar os mesmos?... não temos nenhuma atração que prenda o interesse de nossos visitantes, é entrar, conhecer o Museu Xapury, a Casa Chico Mendes, a Casa Branca "com capacete" porque corre o risco de alguma peça de madeira cair na cabeça, comer algum doce da Dona Maria Cosson ou da Dona Carminha e pronto... ir embora...

Todos são sabedores que sou um apaixonado por esta cidade, e já declarei isso em diversas oportunidades,porém sou realista e de forma alguma serei conivente com a venda de uma imagem falsa da cidade onde moro, chega de proselitismo, chega de manobras eleitoreiras, chega de ganhar dividendos usandoo nome de Xapuri e de Chico Mendes, é hora de trabalhar por Xapuri, nçao de forma demagoga, como já conhecemos, mas de maneira que realemnte transforme de fato a princesinha, que de princesinha infelizmente não está tendo nada...

Triste, escrevo este artigo, porém mais triste estou vendo a realidade....

Polícia Federal prende foragido acusado de matar PM na Capital

Por volta das 16h30 da sexta-feira apssada, agentes da Polícia Federal prenderam dois suspeitos de terem matado o policial militar Edvânio da Silva Figueiredo, morto com dois tiros quando tentava impedir um assalto na Capital no início do mês, onde trabalhava de segurança em horários de folga.

O principal acusado, Gilssem Berg, estava na companhia de um menor de idade, os dois foram detidos quando entravam pela tranca que faz divisa entre às cidades de Epitaciolândia e Cobija. Os dois foram levados para a sede da delegacia da polícia federal em Epitaciolândia onde foi montado uma ‘blindagem’ por medida de segurança.

Segundo informações, estaria previsto entre às 19 e 20h00, a transferência dos dois suspeitos para Rio Branco, capital do Acre, distante cerca de 245 km da fronteira, com um forte esquema de segurança da Polícia Federal.

Metade dos municípios do Acre é inadimplente para obter dinheiro federa

BRASÍLIA - O Acre quer repetir, em 2010, a condição de estado brasileiro que mais obteve, per capita (por pessoa) a liberação de recursos provenientes de emendas ao Orçamento Geral da União.

Numa reunião acalorada, na qual parlamentares situacionistas e oposicionistas discutiram nesta terça-feira o melhor relacionamento com o governo estadual, o coordenador da bancada federal, deputado Fernando Melo (PT-AC) disse que as obras estaduais foram avaliadas em R$ 150 milhões, dos quais, R$ 137 milhões serão transferidos pela União.

Doze dos 22 municípios, pouco mais da metade, estão inadimplentes. O vice-presidente da Associação dos Municípios do Estado do Acre (Amac), Wagner Sales (PMDB), prefeito de Cruzeiro do Sul, denunciou "desperdício de recursos" - quase R$ 38 milhões deixaram de ser empenhados - apelou com veemência contra "a maldita contrapartida". "Daqui para dezembro restam R$ 76 milhões para serem empenhados", disse.

Segundo Sales, esse resultado "faz os ministérios sorrirem, satisfeitos". Olhando para os colegas prefeitos, incentivou-os a "bater de frente". "Contrapartida para quê, se os municípios são pobres e não têm como sobreviver sem recursos federais?. Resultado disso é que sémpre somos obrigados e retirar 10% a 20% dos recursos que seriam destinados prioritariamente à saúde e à educação". O deputado Ilderlei Cordeiro (PPS-AC) sugeriu à bancada redigir uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO, nº 12.017 de 12 de agosto de 2009) para diminuir essa contrapartida.

Os municípios devem entrar com limites mínimo e máximo de 2% e 2% até 50 mil habitantes e 4% a 8%, acima desse total, localizados em áreas prioritárias definidas no âmbito da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), nas áreas da Sudene, Sudam e Sudeco. De 8% a 40% para os demais municípios. Esses limites podem ser reduzidos mediante justificativa do titular do órgão concedente, quando se destinarem a ações de assistência social, segurança alimentar, combate à fome, defesa civil, educação básica, segurança pública, habitação, saneamento ambiental, erradicação da pobreza, urbanização de assentamentos precários, perímetros de irrigação, regularização fundiária, defesa sanitária animal e vegetal, entre outras.

Em municípios com populações inferiores a 25 mil habitantes que tenham Índice de Desenvolvimento Humano Municipal abaixo de 0,600, ou localizados em faixa de fronteira, ou em regiões integradas de desenvolvimento, desde que os recursos transferidos pela União se destinem a ações de interesse social que visem a melhor qualidade de vida. Ou ainda, em municípios com registros de certificação de comunidades remanescentes de qilombos, ciganos e ind

Inadimplência foi uma palavra repetida várias vezes no encontro, ao qual compareceram cerca de 70 pessoas, entre prefeitos, parlamentares, assessores e jornalistas, nos plenários 14 e 15. O procurador-chefe do Ministério Público Estadual, Edmar Monteiro, fbrincou: "Nós não temos nenhum tipo de inadimplência", proclamou. Segundo Monteiro, os promotores residem atualmente nas comarcas, inclusive nas mais próximas de Rio Branco, e delas só se locomovem com ordem por escrito".

Marina Silva critica uso da máquina no processo eleitoral

BRASÍLIA - A pré-candidata do Partido Verde, senadora Marina Silva, criticou, em entrevista exclusiva ao iG, o uso da máquina pública no processo eleitoral. Ela disse que as regras que evitam o favorecimento precisam ser cumpridas e que atos de governo não podem se transformar em verdadeiros comícios. “É preciso termos o devido cuidado, tanto da parte de quem está na máquina, quanto da sociedade, para que não sejam feitas burlas indiretamente, sob o pretexto de que se está fazendo a gestão pública e a fiscalização”, disse: "Lula admite que a base rachou nos Estados, mas quer coesão na candidatura presidencial"

Diante da pergunta sobre o “efeito Marina” na agenda dos candidatos, a senadora Marina Silva admitiu que um tema, relegado a segundo plano, agora é central. Para ela “chegou a hora da questão ambiental”.

Marina criticou o Ministério da Ciência e Tecnologia por não ter divulgado até agora o cálculo de quanto o Brasil emite de gases de efeito estufa em cada atividade econômica, o chamado “inventário de emissões”. Ela tentará convocar o Ministério ao Senado para explicar o atraso dos dados. Segundo ela, não ter essas estatísticas enfraquece a posição brasileira em Copenhague.


iG: Existe mesmo o efeito Marina? A senhora acha que mudou a agenda dos outros candidatos?
Marina Silva: Tivemos, sim, uma mudança na agenda e nas posições políticas. O Brasil estava com esse tema relegado a segundo plano. Eu acho que houve um alinhamento dos candidatos com a agenda estratégica do País. Com a discussão que está acontecendo no mundo: a mudança de modelo de desenvolvimento em função do aquecimento global. Um tema que estava ao largo do processo de 2010 adquiriu centralidade. Eu diria mesmo que o assunto nesse momento, em função de Copenhague, assume o topo da agenda nacional. É positivo. Essa demanda está no mundo inteiro. Pelo trabalho das ONGs, sociedades cientificas, empresários setores do Congresso. Estamos indo com metas. No Congresso podemos instituicionalizar estas metas. O Governo de São Paulo também tem metas. É um ganho histórico para o Brasil. Espero que não seja uma posição só de conjuntura.

iG: A senhora acredita que eles mudaram a idéia sobre a questão ambiental?

MS: A questão ambiental forçou uma inflexão política e nas duas candidaturas. Não vejo isso como negativo. Acho que é positivo. O frei Leonardo Boff me falou esses dias que não tem nada mais forte do que uma idéia cujo tempo chegou. Acho que é o momento em que as pessoas percebem isso. Alguns ainda muito refratários, muito receosos de se aproximar desse tema, como se ele fosse algo que pudesse fazer no fim perder popularidade. Mas esta é a nova demanda social e política. Eu venho dizendo há muitos anos que essa é a utopia desse século. Nós que nos mobilizamos pela democracia - tanto eu, quanto Serra, quanto Dilma -, eles mais pelo preço que pagaram por isso - quando chegou o tempo certo, nós conseguimos. Agora, a hora da questão ambiental chegou. O fundamental de tudo isso é que a sociedade brasileira está nos dando a imensa oportunidade de fazermos as mudanças que os próximos 20, 30 anos exigem de nós. Às vezes, temos que tomar decisões e enfrentar desafios sem o relativo acordo social que nos dê sustentabilidade política para fazê-lo. Nesse momento, há uma grande parte da sociedade que está acenando com a força política para que façamos as mudanças. E não temos o direito de nivelar o Brasil por baixo no debate com os que querem continuar com o mesmo paradigma do século XX e até mesmo do final do século XIX. As pessoas estão nos dando a chance de transitar e, numa campanha política, obviamente que esse acordo social é mais palpável porque a sociedade vai se mobilizar.

iG: A proposta brasileira prevê um corte no que estiver emitindo de gases de efeito estufa em 2020. Ou seja emissões futuras. A Europa prevê corte em relação ao que emitia em 1990. Isso piora a proposta brasileira?
MS: Não temos um inventário atual de quanto emitimos. Nossos números são de 1994. O Ministério da Ciência e Tecnologia tem adiado infinitamente a divulgação desses dados. O governo chegou a um número graças a projeção feita pelo Ministério do Meio Ambiente. Mas ninguém sabe a base de cálculo. O melhor seria pegar 2005 para ter uma idéia melhor do desvio de rota que estamos fazendo. São Paulo está fazendo a conta a partir de 2005. Temos que pegar a base de 2005 e condicionar a um inventário a ser divulgado no ano que vem. E ter novo inventário a cada três anos.

iG: Como podem propor cortar as emissões se não sabem exatamente quanto emite hoje?
MS: Vou fazer, inclusive, um requerimento convidando o Ministério da Ciência e Tecnologia para que dê explicações na Comissão de Meio Ambiente do Senado. Por que esse inventário não é público? A proposta brasileira fica mais frágil quando, em um Fórum Internacional o Brasil, assume compromissos mas sem uma base concreta de dados. Acho importante o Ministério do Meio Ambiente ter feito a projeção na falta dos dados do Ministério da Ciência e Tecnologia.

iG: A campanha de 2010 parece já ter começado. A senhora acha que o Brasil precisa de regras mais claras no uso da máquina das eleições ou o para o momento da pré-eleição?
MS: Nós temos regras para o uso da máquina. O que há necessidade é que as regras sejam cumpridas. É preciso evitar o favorecimento. É preciso termos o devido cuidado tanto da parte de quem está na máquina, quanto da sociedade, para que não sejam feitas burlas indiretamente, sob o pretexto de que se está fazendo a gestão pública e a fiscalização.
Esses atos são corretos e devem ser feitos, mas não podem ser transformados em verdadeiros comícios. Deve haver uma vigilância para que as regras sejam cumpridas. Em relação à pré-campanha, acho que há falta de um regramento e, na ausência desse regramento, quem está na máquina opera no sentido de fazer sempre da sua atuação, em momentos de inauguração, ou outro qualquer, um verdadeiro ato político. E quem não está numa função executiva fica sem saber como operar. Deveríamos ter normas sobre o que os candidatos podem fazer legalmente ou não numa pré campanha.

iG: O ministro Juca Ferreira fez uma crítica à candidatura presidencial do Partido Verde. Na sua opinião ele deveria deixar o ministério?
MS: O Juca é uma liderança importante do partido, ministro da Cultura. Como secretário executivo, fez um trabalho muito importante junto ao nosso querido Gilberto Gil. Tanto fez, que foi o seu sucessor. No início, manifestou suas opiniões e o PV é um partido democrático, que decidiu majoritariamente ter uma candidatura própria. Depois, o próprio Juca, enfim, colocou que ele estava alinhado com o projeto e a decisão da minha filiação e da candidatura ou não. É legitimo que as pessoas tenham suas posições. Foram manifestações depois daquele momento inicial. A decisão de sair ou não do governo, é uma decisão política que ele terá que tomar e o partido, com certeza, fará a discussão de uma forma aberta. Se ele se candidatar, terá que sair. Se não, teremos que discutir como será esse encaminhamento. O fato de estarmos no governo cria uma situação mais complexa para ser manejada. Mas as últimas declarações do ministro Juca têm sido muito de compor com o projeto e buscarmos a melhor forma de caminharmos juntos.

iG: A senhora já decidiu, então, que será candidata...
MS: (Risos) Estamos trabalhando. O partido tomou a decisão de ter a candidatura própria e me colocou como a pré-candidata. Estamos trabalhando nessa direção e a decisão será tomada no ano que vem. Precisamos trabalhar as condições para a candidatura. E, obviamente, que o partido tem se empenhado muito e me sinto honrada de estar nesse lugar.

Piada Sobre o Lula

Enterro do Lula
Fizeram então uma reunião em Brasília para decidir onde ele seria enterrado.
Um sem-terra sugeriu:
- Deve ser enterrado em Garanhuns. É a terra dele.
Então um bêbado, que não se sabe como entrou na reunião, disse com aquela entonação típica dos bebuns:
- Em Garanhus pode… Só não pode em Jerusalém!!!
Ninguém deu bola para o que ele disse.
Um petista falou:
- O companheiro deve ser enterrado em São Bernardo. Foi lá, junto com a gente, que ele viveu e fez sua carreira sindical e política.
O bêbado mais uma vez interveio:
- Em São Bernardo pode.. Só não pode em Jerusalém!!!
Novamente, ninguém lhe deu ouvidos.
- Nem em Garanhuns, nem em São Bernardo, interveio um Pemedebista:
- Deve ser enterrado em Brasília, pois era Presidente da República e todos os presidentes devem ser enterrados na Capital Federal.
E o bêbado novamente:
- Em Brasília pode… Só não pode em Jerusalém!!!
Aí, perderam a paciência e resolveram interpelar o bebum:
- Por que esse medo de que o Lula seja enterrado em Jerusalém?
E o bêbado respondeu:
- Porque uma vez enterraram um cara lá, e ele RESSUSCITOU !!!!

O que é isto, a escola?

Wilson Correia*
Em 2005, participei do IV Seminário das Licenciaturas da então Universidade Católica de Goiás, ocorrido entre os dias 6 e 7 do mês de março. A palestra de abertura coube ao renomado António Nóvoa, autor pela universidade de Genebra, Vice-Reitor da Universidade de Lisboa e Professor na Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) e Paris V (França), dentre outras. Naquele Seminário ele dizia:

1 Sobre a especificidade da escola:
“A escola não é o princípio da transformação das coisas. Ela faz parte de uma rede complexa de instituições e de práticas culturais. Não vale mais, nem menos, do que a sociedade em que está inserida. A condição da sua mudança não reside num apelo à grandiosidade da sua missão, mas antes na criação de condições que permitam um trabalho diário, profissionalmente qualificado e apoiado do ponto de vista social. A metáfora do continente (os grandes sistemas de ensino) não convém à escola do século XXI. É na imagem do arquipélago (a ligação entre pequenas ilhas) que melhor identificamos o esforço que importa realizar” (p. 11).

2 Teorias sobre pedagogia e escola:

“Ao longo do século XX, concepções pedagógicas, psicológicas e sociológicas da infância foram-se misturando com 'ideologias de salvação', alimentando a ilusão da escola como lugar de 'redenção pessoal' e de 'regeneração social'. No mesmo tempo histórico, a demissão das famílias e das comunidades das suas funções educativas e culturais ia transferindo para as escolas um excesso de missões” (p. 11).

3 Reformas e assoberbamento de tarefa pela escola:

“Para além do ‘currículo tradicional’, vagas sucessivas de reformas foram acrescentando novas técnicas e saberes, bem como um conjunto interminável de programas sociais, culturais e assistenciais: educação sexual, combate à droga e à violência, educação ambiental e ecológica, formação para as novas tecnologias, prevenção rodoviária, clubes europeus, actividades artísticas e desportivas, oficinas dos mais diversos tipos, grupos de defesa do artesanato e das culturas locais, educação para a cidadania... A lista poderia ocupar o resto deste artigo. Ninguém duvida que, isoladamente, cada um destes programas é da maior relevância. Mas, vistos no seu conjunto, ilustram bem a amálgama em que se transformou a nossa ideia de educação” (p. 12).

4 Da sociedade sem escola à escola sem sociedade
“Sociedade sem escolas, escreveu Ivan Illich, em 1970. Escolas sem sociedade, constatamos nós hoje. ‘Sem sociedade ‘, porque estamos perante uma ruptura do pacto histórico que permitiu a consolidação e a expansão dos sistemas públicos de ensino e que constituiu uma das grandes marcas civilizacionais do século XX. ‘Sem sociedade ‘, porque hoje, para muitos alunos e para muitas famílias, a escola não tem qualquer sentido, não se inscreve num projecto pessoal ou social. Não conseguiremos ir longe nas nossas reflexões, se não compreendermos o alcance desta dupla ausência de sociedade, que, paradoxalmente, projecta sobre os professores expectativas e missões que jamais poderão cumprir” (p. 12).

Isso me levou, tempos depois, a fazer uma palestra em uma Semana dedicada a debates sobre formação de professores, na qual eu defendi, basicamente, quatro teses. Ei-las:
Nós, profissionais da educação e sociedade brasileira, podemos tomar como desafios:

1 O resgate da escola como instituição social.
Penso que a escola não é uma empresa e nem deve atuar na sociedade sob a lei da oferta e da procura, mas como instituição social que lida com um bem socialmente produzido, o conhecimento sistematizado nos âmbitos da filosofia, da ciência e das artes. Desse modo, a escola lida com o bem comum, com a coisa pública, como o que pertence ao mundo do nosso. Não é sem motivo que as entidades privadas que oferecem serviços educacionais o fazem sob a concessão desse direito por parte do Estado, exatamente porque em nossa sociedade, o Estado é a instituição maior que cuida do gerenciamento do bem comum (ou que deveria cuidar). À medida em que ela se torna um espaço ao qual se tem acesso mediante a capacidade de pagar, quebra-se o caráter de todo conhecimento, que é produzido pelo conjunto da sociedade e isso acarreta mecanismos de exclusão, quebra o pacto social fundado na igualdade e redunda em negação da possibilidade de desfrute da condição de uma vida cidadã.

2 A concepção da escola como institucionalmente articulada.

A escola faz parte de uma rede de instituições sociais e como tal deveria ser entendida. A escola não está acima das outras instituições sociais, não está abaixo das instituições sociais, e, muito menos, do lado de fora da rede de instituições sociais. Ela age (ou deveria agir) de mãos dadas com outras instituições sociais e com elas compartilhar o trabalho de contribuir para um projeto de nação. Desse modo, em pé de igualdade, a escola deveria ser compreendida como aquela instituição que tem limites e alcances condicionados pelo conjunto de instituições sob as quais as pessoas se encontram. A escola não é maior, melhor ou mais importante do que nenhuma outra instituição social, ainda que lhe caiba a tarefa socialmente significativa que é a de lidar com o conhecimento sistematizado.

3 O resgate da especificidade da escola.
A sociedade conta com uma rede de instituições sociais, como foi dito, as quais são reservadas missões mais ou menos delimitadas, de modo que sabemos o que as igrejas fazem, o que o exército faz, o que uma empresa faz, o que a família faz, e assim por diante. Também deveríamos olhar para a escola e ter clareza sobre o papel que ela desempenha no seio da sociedade. Escola não foi feita para lidar com assuntos religiosos, assuntos relativos à formação pessoal-familiar das pessoas. Escola não foi feita para lidar com temas ligados ao cuidado humano, cujas tarefas, voltadas para a formação pessoal, deve estar a cargo da família. Desse modo, a escola não deve substituir a empresa, o banco ou quaisquer outras instituições com as quais se relaciona. A escola pode e deve centrar-se nas tarefas atinentes à sua especificidade, identificada com a mobilização (produção, transmissão e aplicação) dos saberes socialmente produzidos e metodológica e sistematicamente organizados da filosofia, da ciência e das artes. O que passar disso poderá ser contado como assoberbamento da escola e poderá ser computado como aquilo para o que ela não existe, como aquilo com que ela não pode e não tem condições de fazer.

4 A tarefa de fazer com que a sociedade esteja na escola, assim como a escola possa estar na sociedade.
Historicamente, a escola pode ser encontrada como a instituição que nasce para formar a elite. Nas sociedades modernas capitalistas, passamos a conviver com uma escola para quem manda e com outra, para quem deve obedecer. Uma escola para os intelectuais e gestores da sociedade; outra para as classes populares, para os trabalhadores, os pensados, os administrados. Nos dias atuais, o estilo de vida baseado no ter, cujos exemplos de pessoas bem-sucedidas são aquelas ligadas ao acesso à riqueza, ao ter, esse modo de vida jogou para escanteio o valor do saber. Passa pelo resgate do valor social e cultural da informação, do conhecimento e do saber esse resgate aí do sentido social da escola. Um desafio e tanto, porque, na condição de empresa, agindo sob a lei de mercado, a escola expulsou a sociedade de seu interior. Como agência formadora para o mercado de trabalho e do cidadão, ambos identificados com a figura do consumidor, o especificamente humano embutido na ciência, na filosofia e nas artes também foi expulso da escola. Aí o social também ficou de fora. Trabalhar no sentido de reposicionar valores humanos e sociais envolvidos nessa parte refinada da cultura simbólica que é o saber sistematizado parece ser a via para que o desafio de fazer com que escola e sociedade se encontrem no interior das salas de aula possa ser levado a cabo.

Como disse antes, esses são desafios que visualizo no debate sobre a escola. Estamos caminhando no sentido do enfrentamento de cada um deles? Não sei. Talvez outras perguntas nos ajudem a pensar nessa questão: Que modelo de homem e de mulher estamos formando em nossas escolas? Estamos formando eles para eles mesmos: o humano para o humano? Que modelo de sociedade estamos pressupondo quando desempenhamos nossas funções? Que sociedade queremos para nós, nossos filhos, para as novas gerações? Queremos um modelo de sociedade mais humana, mais justa, igualitária, solidária ou uma sociedade individualista, pobremente materialista e desigual, em que as brechas para a barbárie sufocam a vida boa e a boa vida que podemos alcançar?
Questões para debate, julgamento e ação, atos sem os quais nunca conseguiremos responder a contento a pergunta-título aí de cima: O que é isto, a escola?


__________
Referência: NÓVOA, A. ‘Dilemas actuais dos professores: a comunidade, a autonomia, o conhecimento’. In: ARAÚJO, D. S.; BRAGA, M. D. A. & CAPUZZO, Y. C. (Orgs). ‘Perspectivas para a formação de professores: contribuições do IV Seminário das Licenciaturas’ (Anais). Goiânia: Ed. da UCG, 2005, p. 11-28.

*Wilson Correia é filósofo, psicopedagogo e doutor em Educação pela Unicamp e Adjunto em Filosofia da Educação na Universidade Federal do Tocantins. É autor de ‘TCC não é um bicho-de-sete-cabeças’. Rio de Janeiro: Ciência Moderna: 2009. Endereço eletrônico: wilfc2002@yahoo.com.br

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Charge do Dia!!!

Visita ao Parque Zoobotanico da UFAC

Estive na quarta feira em visita ao Parque Zoobotanico da Universidade Federal do Acre, onde tive a oprtunidade juntamente com o Professor Raimundo Nonato, titular da cadeira de Biologia do Divina Providencia e alunos finalistas do 3º ano, de conhecer alguns dos projetos desenvolvidos naquela instituiçao, por pesquisadores acreanos que aos troncos e barrancos desenvolvem estudos de valorizaçao e busca de conhecimentos da nossa extensa flora acreana e xapuriense.

Fiquei sabendo que que o mesmo foi criado em 1979, compreendendo uma área de 100 ha,representada por formações vegetais secundárias em diferentes estágios de regeneração e por um remanescente de mata primária pouco perturbada. O PZ pauta-se em três grandes pilares: biodiversidade, ecologia e manejo de ecossistemas, e educação.porém suas tividades só iniciaram em 1979, quando a Reitoria da UFAC designou uma comissão para a elaboração do projeto de implantação para a criação de um setor que atendesse principalmente ao curso de biologia, e futuros trabalhos relacionados ao meio ambiente.

Segundo a Universidade a área tem um histórico de ocupação bastante interessante que o "Campus" Universitário , onde se localiza o Parque Zoobotânico, fazia parte do seringal Empresa, de propriedade do Sr. Capitão Manoel Julião de Souza. Posteriormente, João Batista de Oliveira, apelidado de "João Seringueiro", posseiro da área, tornou-se proprietário onde veio a extrair látex em 9 (nove) estradas de seringa, montou também uma serraria manual para o beneficiamento de madeira e praticou agricultura de subsistência com um pequeno excedente destinado ao mercado local. Segundo depoimentos de antigos moradores locais, essas atividades ocorreram entre 1947 a 1950.

Esgotado o potencial madeireiro, houve uma retratação no mercado da borracha e, sobretudo, uma política de incentivo à agropecuária pelo governador, Sr. José Guiomard dos Santos. Em conseqüência disso, João Seringueiro dividiu sua área em pequenos roçados para subsistência, pomares, mata secundária e pequenas pastagens.

É bom frisar que na área que constitui hoje o Parque Zoobotânico, existiam 9 (nove) propriedades totalmente ou parcialmente nela inseridas, onde se desenvolviam o cultivo de árvores frutíferas, poucos roçados e, em quase todas, pastagens. Apartir do ano de 1975, teve início ao processo de desapropriação da área pelo Governo do Estado e, posteriormente, a doação ao governo Federal para a construção do Complexo Arquitetônico do "Campus" da UFAC.

Com a criação do curso de biologia, houve a necessidade de implantar o Parque Zoobotânico, no ano de 1979. Fruto de reivindicações por parte do Departamento de Ciências da Natureza, que pleitearam a criação de uma reserva ecológica. Como prioridade e dentro dos objetivos propostos a criação do Parque Zoobotânico, houve, principalmente, a proposta de produção de mudas nativas, que visava a introdução de espécies vegetais florestais, ornamentais e madeireiras. Com o número crescente de atividades o Parque Zoobotânico foi adquirindo uma infra-estrutura que gerou autonomia científica, didática e administrativa, o que vem agilizando o cumprimento dos seus objetivos primordiais: Contribuir com o desenvolvimento regional na geração de produtos relacionados a pesquisa, conhecimento da florístico da região, preservação, educação ambiental e envolvendo importantes aspectos da flora e fauna amazônica, bem como capacitando recursos humanos em diferentes campos de atuação.

Segundo seus Coordenadores os objetivos principais do parque é:pesquisar como valorarizar os recursos, a ecologia das espécies com potencial de uso e de produtos, a sustentabilidade do extrativismo e da produção; Universidade Federal do Acre PARQUE ZOOBOTÂNICO; desenvolver tecnologias apropriadas para processamento e criar e expandir o mercado e a comercialização de produtos florestais, de forma a garantir a interação entre a educação, o desenvolvimento econômico e os mecanismos de manutenção dos processos ecológicos da região.

Na visita conheci o Projeto Arboredo, um dos setores do Parque Zoobotânico (PZ) e teve sua origem no chamado "Experimento Arboreto", instalado no início da década de oitenta. O experimento foi idealizado com o intuito de estudar o comportamento de cerca de 150 espécies arbóreas, em sua maioria nativas da região amazônica, em diferentes condições de luminosidade, com objetivo de gerar informações que subsidiem projetos de recuperação de áreas degradadas, principalmente através de Sistemas Agroiflorestais (SAF's). Em 1992, ao completar dez anos de experimento, o Arboreto constituiu-se como projeto de pesquisa, com objetivo de compartilhar resultados com pequenos produtores rurais e populações tradicionais do Estado do Acre, propondo modelos de sistemas agroflorestais com as espécies mais promissoras. As primeiras ações de campo foram na Reserva Extrativista "Chico Mendes", em parceria com o Centro de Formação do Seringueiro e financiamento da Fundação Ford. A partir de 1996, o Arboreto iniciou uma parceria com a Comissão Pró-Índio do Acre (CPI/AC), no intuito de assessorar o Programa de Formação de Agentes Agroflorestais Indígenas. A partir de 1998, o Arboreto vem desenvolvendo um programa piloto de capacitação agroflorestal junto a 13 famílias do Projeto de Assentamento Dirigido Humaitá, localizado no município de Porto Acre/AC. O projeto teve início com um diagnóstico sócio-ambiental, seguido de um planejamento comunitário de atividades, cujos resultados revelaram potencialidades, levantaram problemas enfrentados pela comunidade, bem como possíveis ações que pudessem solucioná-los. No início de 1999, baseado nas demandas da comunidade, teve início o programa de capacitação em sistemas agroflorestais e a instalação de áreas experimentais através de pesquisa participante.

No final de 1999, o Arboreto inicia um trabalho com as comunidades indígenas Apurinã de Boca do Acre/AM. O objetivo do projeto é validar a metodologia de educação agroflorestal desenvolvida pelo Arboreto como método pedagógico adaptável às diferentes realidades sócio-econômicas e culturais de pequenos produtores e populações tradicionais da Amazônia, e, ao mesmo tempo, contribuir para o etnodesenvolvimento sustentável das comunidades envolvidas no projeto. Paralelamente aos trabalhos de pesquisa/extensão agroflorestal, o Arboreto, em uma área experimental no campus da UFAC, mantém dois hectares de sistemas agroflorestais e testa tecnologias agroflorestais, tais como: coquetéis de leguminosas, cercas-vivas, plantio na taboca, árvores de serviço, barreiras vivas contra fogo e espécies madeireiras de rápido crescimento.

Atualmente, o Arboreto vêm subsidiando políticas públicas através de uma parceria com a Secretaria de Produção do Governo do Estado do Acre (SEPRO), com objetivo de capacitar técnicos extensionistas de sete municípios acreanos. O programa de capacitação em sistemas agroflorestais, denominado "Educadores Agroflorestais", vem sendo desenvolvido paralelamente à capacitação de produtores assentados no Projeto Pólos Agroflorestais idealizado pelo atual Governo do Estado. porém estar fechando suas portas, já que o que me pareceu foi que os reponsáveis pelo projeto estão dando as costas para o mesmo.

Pude também visitar o Herbário onde fica arquivado a coleção de exemplares vegetais, disponíveis para a consulta, doação, referência e outros fins específicos.Sua principal missão é o levantamento da flora Acreana. Constitui-se em um centro de referência da flora estadual, com mais 15.000 de exsicatas já determinadas e disponibilizadas em banco de dados. Executa projetos que visam gerar conhecimentos sobre etnobotânica e botânica econômica, e outros que visam detectar e identificar os padrões fitogeográficos do Estado, verificando quais as áreas prioritárias para conservação, fornecendo assim subsídios ao zoneamento ecológico-econômico.

Segundo o Professor Ferraz, que foi nosso orientador durante a visita o Herbário é responsável pelo levantamentamento da Flora do Acre; Estágio para alunos dos cursos de Biologia, Eng. Florestal e Eng. Agronômica;realiza cursos de aprendizagem de técnicas de coleta e montagem de material botânico; Recebe alunos das escolas estaduais, municipais e federais;realiza palestras em eventos especiais, tais como: Semana do Meio Ambiente, Flora, etc. e presta apoio às comunidades dos municípios e países vizinhos disponibilizando nossos recursos humanos e científicos.

Vistei o SETEM (Setor de Estudos do Uso da Terra e Mudanças Globais) do Parque Zoobotânico da UFAC, que desenvolve pesquisas relacionadas ao uso da terra - aspectos biofisicos e sócio-econômicos e suas implicações nas mudanças climáticas globais, bem como a formação de recursos humanos, fortalecendo a comunidade científica regional e populações tradicionais. Para isso, conta com uma equipe multidisciplinar de professores, pesquisadores e estudantes da UFAC.

Segundo a Professora que me atendeu todo o trabalho de pesquisa é cuidadosamente repassado para a comunidade através de cursos de curta duração, seminários e workshops nos municípios que fazem parte da área de estudo, na região leste do Estado do Acre.

Visitei também o Laboratório de Entomologia que cuida especificamente de estudar os insetos da nossa região, bem como o Laboradório de Produtos Florestais não madeireiros, que busca em pesquisas alternativas economicas viáveis para a população florestal do nosso estado, inclusive com pesquisa aqui no município e Xapuri no seringal Rio Branco, com a viabilidade de extração do móleo de copaíba e da Seiva de Jatobá que segundo os pesquisadores é o Viagra da Amazônia, inclusive experimentei..

Tive a oportunidade de conhecer o Laboratório de sementes, sob coordenação do Professor Ferraz, que desenvolve projetos que buscam gerar informações técnicas sobre aspectos de dormência, germinação, armazenamento de sementes e desenvolvimento de plântulas de espécies arbóreas regionais de valor econômico. Além de estudar o comportamento de sementes de espécies arbóreas regionais quanto aos aspectos ligados á germinação, dormência, armazenamento e desenvolvimento de plântulas.

Visitei também o arcevo paleontológico da Universidade e fiquei pasmo de saber que o Acre faz parte da renomada lista que envolve pesquisas científicas na área da paleontologia no Brasil, junto a Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Ceará, entre outros, inserido no contexto tanto no tocante à qualidade e capacidade técnica, desenvolvidas pelo Laboratório de Paleontologia da Universidade Federal do Acre (Ufac), como por abrigar um vasto tesouro de fósseis animais, encontrados às margens do rio Acre, desde Assis Brasil até Boca do Acre, Alto rio Juruá e outras localidades. Segundo teorias, esses animais existiram durante o Pleistoceno, período que vai de 2 milhões a 12 mil anos atrás.

Sítios arqueológicos acreanos já saíram daqui umas duas mil peças importantes para a ciência, envolvendo vários grupos de jacarés, como os gaviais, que só existem hoje na Índia, o bico-de-pato, bico-fino, os purussauros gigantes, vários mamíferos, preguiças gigantes, grandes roedores, do tamanho talvez de rinocerontes, que deveriam ser presas dos purussauros, inúmeras espécies de tartarugas, enfim, uma fauna imensa relacionada com a água”,

Enfim, tive literalmente um dia recheado de cultura e novos conhecimentos, fiquei cansado de percorrer trilhar, matas, corredores dos prédios universitários, mas vasleu a pena, porque estou extasiado de informações.

TÁCIO DE BRITO - PEGO DE BUCHA

Escrito por Luiz Calixto
Deputado Estadual e editor do Blog 'A Trincheira'


Sempre que vejo o Tácio de Brito por detrás do balcão da sua drogaria no bairro da Floresta tenho dúvidas se ele realmente meteu a mão no dinheiro do DERACRE, para merecer condenações.

Se meteu, escondeu muito bem porque não ostenta sinais de riqueza.

Nesta sentença da Justiça Federal provavelmente ele está pagando o pato pelo gabiru-mor Jorge Viana, governador à época da roubalheira.

Leia no blog do Altino sobre a condenacão dele e de outros.

Centralizador , Jorge não permitia que nenhum contrato fosse assinado ou majorado sem o seu prévio conhecimento e autorização.

Só os bobos e aqueles que têm os pés no chão, e as mãos também, acreditarão que os reajustes foram decisão exclusiva do então diretor do Deracre.

Nem Tácio e nenhum outro secretário tinha autonomia para decidir, pricipalmente, sobre reajustes.

Ocorre que o governador manda, determina, mas não ordena despesas e nem deixa suas digitais em nenhum lugar.

Essa é a velha história do papagaio que come milho e o periquito leva a fama.

Portal de Xapuri volta a sofrer ameaças de implosão

Obra construída pelo ex-prefeito Wanderlei poderá ser derrubada pela administração petista. Impasse gera polêmica entre católicos extremistas e equipe de governo.

Os moradores do município de Xapuri estão revoltados com o descaso da atual administração com a obra do Portal de Entrada da cidade que há cinco meses encontra-se em ruínas, depois que uma carreta bateu em suas estruturas. Interditada por medidas de segurança pela secretária de obras do município, nenhuma ação foi feita para recuperar as estruturas do cartão postal da cidade.

Há denuncias de que o atual prefeito, Francisco Ubiracy Machado de Vasconcelos, o Bira (PT), vai implodir a obra que foi inaugurada pelo ex-prefeito Wanderlei, e que homenageou a Ilustre Família Figueiredo em nome de Augusto Castelo Branco de Figueiredo e à Igreja Católica, com a colocação no Portal das imagens de São Sebastião, padroeiro da cidade.

Segundo o reporterr Jairo, que entrou em contato com a admnistração, por telefone, o secretário de obras, Renato Souza, não descartou a possibilidade, mas disse que aguarda um laudo técnico que será expedido pelo CREA/AC.

"Se o laudo recomendar que o Portal seja destruído, a prefeitura vai fazer e reconstruí-lo em outro local já que um laudo do Detran/Ac, já havia condenado a localização do portal, próximo de uma curva", esclareceu.

O que parece ser uma decisão simples, apenas de engenharia, está mexendo com o sentimento de famílias tradicionais da cidade. Grupos extremistas católicos [que pediram para não se identificar] não concordam com a mudança de local da obra que fixou no alto do pórtico as imagens de São Sebastião [Padroeiro do município] e de São Cristóvão [protetor dos motoristas]. Para eles, o Portal tornou-se um símbolo de respeito e de bênçãos aos que visitam Xapuri.

"O local foi benzido e protege os motoristas que passam pelo Portal", disse o devoto.

Essa não é a primeira vez que a obra sofre ameaças. Em fase de construção, ela chegou a receber uma notificação de demolição por parte do Governo Estadual. Procurado pelo ac24horas, fomos informado que o prefeito Bira encontra-se em Brasília. O assunto toma de conta das esquinas e das repartições públicas de Xapuri.

Jairo Carioca - Da redação de ac24horas

Ministro da Saúde confirma revalidação de diplomas em 4 meses

Escrito por Assessoria da Deputada Perpétua Almeida
“O Brasil precisa de vocês. 2010 será o ano da revalidação dos seus diplomas”, anunciou o ministro José Gomes Temporão (Saúde), na tarde de ontem, em Brasília, durante audiência com os médicos formados no exterior. A Universidade Federal do Acre (Ufac) está confirmada entre as 21 instituições que aderiram ao projeto piloto para a realização de provas teóricas e práticas, previstas para março do próximo ano. O edital com as regras que irão disciplinar os exames, no entanto, sairá em janeiro.

Quase a totalidade dos prefeitos acreanos já manifesta apoio à luta dos profissionais, que dependem do registro no Conselho Federal de Medicina (CFM) para exercerem a profissão. Pela manhã, durante reunião com os ministros da área social, após ter declarado apoio institucional e pessoal aos médicos, ordenou pressa na condução do caso.

Ao todo, foram listadas 455 cidades brasileiras sem nenhum profissional na área de saúde. “É inaceitável”, observou Temporão, que conheceu, a partir de uma explanação da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) os avanços obtidos até então do Acre, um dos mais adiantados na atenção aos profissionais diplomados na Escola Latino-Americana de Medicina (Élan), sediada em Havana, Cuba. O

“Em nome dos mais de 50 acreanos formados em Cuba e outros mais de 5 mil que hoje cursam Medicina na Bolívia, encaminhamos um compromisso oficial do governo Binho Marques, do Ministério Público Federal, Ufac e da Bancada federal em Brasília. Nossa meta é fechar um termo de ajustamento de conduta, a fim de garantir a permanência desses médicos por no mínimo dois anos no interior do Acre. Eles querem trabalhar, estão capacitados para isso, e o Acre, embora tenha investido bastante nesta área ainda se ressente de profissionais nas regiões mais pobres de seu território. É uma realidade brasileira a carência de mão-de-obra para salvar vidas”, explicou a deputada.

Janilson Lopes, que preside a Associação Nacional de Pais e Médicos Formados em Cuba, refez o apelo para que o governo reconsidere a complementação pedagógica como uma segunda chance de aprovação caso os médicos sejam reprovados nos exames práticos e teóricos. O assunto será tratado em novas reuniões de forma a atender as reivindicações dos médicos mas sem ferir a autonomia das universidades, às quais caberia decidir se abririam ou não a complementação das disciplinas Regulamentação do SUS e Epidemiologia como uma segunda chance àqueles que não alcançarem a média de aprovação nas provas teóricas e práticas. “No mínimo, iremos incentivar as universidades a isso”, concluiu o ministro.

VOCÊ SABE QUE ESTÁ FICANDO UM LOUCO DO SÉCULO XXI QUANDO:

1.Você envia e-email ou MSN para conversar com a pessoa que trabalha na mesa ao lado da sua;

2. Você usa o celular na garagem de casa para pedir a alguém que o ajude a desembarcar as compras;

3. Esquecendo seu celular em casa (coisa que você não tinha 10 anos atrás), você fica apavorado e volta pra buscá-lo;

4. Você levanta pela manhã e quase que liga o computador antes de tomar o café;

5. Você conhece o significado de naum, tbm, qdo, xau, msm, dps...;

6. Você não sabe o preço de um envelope comum;

7. A maioria das piadas que você conhece você recebeu por e-mail (e ainda por cima ri sozinho...);

8. Você fala o nome da firma onde trabalha quando atende ao telefone em sua própria casa (ou até mesmo o celular!!);

Você digita o '0' para telefonar de sua casa;

10. Você vai ao trabalho quando o dia ainda está clareando, volta para casa quando já escureceu de novo;

11. Quando seu computador para de funcionar, parece que foi seu coração que parou;

11. Você está lendo esta lista e está concordando com a cabeça e sorrindo;

12. Você está concordando tão interessado na leitura que nem reparou que a lista não tem o número 9;

13. Você retornou a lista para verificar se é verdade que falta o número 9 e nem viu que tem dois números 11;

14. E AGORA VOCÊ ESTÁ RINDO CONSIGO MESMO;

15. Você já está pensando para quem você vai enviar esta mensagem;

16. Provavelmente agora você
vai clicar no botão ''Encaminhar''...
É a vida...fazer o quê...
foi o que eu fiz também...

Feliz modernidade

Bar ruim é lindo, bicho

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de cento e cinqüenta anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de cento e cinqüenta anos, mas tudo bem.)

No bar ruim que ando freqüentando ultimamente o proletariado atende por Betão – é o garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas, acreditando resolver aí quinhentos anos de história.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar “amigos” do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura.

– Ô Betão, traz mais uma pra a gente – eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte dessa coisa linda que é o Brasil.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte dessa coisa linda que é o Brasil, por isso vamos a bares ruins, que têm mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gâteau e não tem frango à passarinho ou carne-de-sol com macaxeira, que são os pratos tradicionais da nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gâteau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, gostamos do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne-de-sol, uma lágrima imediatamente desponta em nossos olhos, meio de canto, meio escondida. Quando um de nós, meio intelectual, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectuais, meio de esquerda, freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim.

O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e, um belo dia, a gente chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e, principalmente, universitárias mais ou menos gostosas. Aí a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevette e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.

Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantêm o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam cinqüenta por cento o preço de tudo. (Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato). Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se dão mal, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão Brasil, tão raiz.

Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda em nosso país. A cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelos Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gâteau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda que, como eu, por questões ideológicas, preferem frango à passarinho e carne-de-sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca, mas é como se diz lá no Nordeste, e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o Nordeste é muito mais autêntico que o Sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é bem mais assim Câmara Cascudo, saca?).

– Ô Betão, vê uma cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?

Nota do Editor do Blog
Texto gentilmente cedido pelo autor. Também parte integrante do volume As Cem Melhores Crônicas Brasileiras, organizado por Joaquim Ferreira dos Santos.

O BRASIL EXPLICADO EM GALINHAS

Achei essa piada do Luis Fernando Veríssimo e achei hilárica.
Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.
D - Delegado
L – Ladrão

D - Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia!
L - Não era para mim não. Era para vender.
D - Pior, venda de artigo roubado... Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!
L - Mas eu vendia mais caro.
D - Mais caro?
L - Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.
D - Mas eram as mesmas galinhas, safado.
L - Os ovos das minhas eu pintava.
D - Que grande pilantra... (mas já havia um certo respeito no tom do delegado..... )
D - Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...
L - Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio.. Ou, no caso, um ovigopólio..
D - E o que você faz com o lucro do seu negócio?
L - Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.

O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois perguntou:

D - Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?
L - Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior...
D - E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?
L - Às vezes. Sabe como é.
D - Não sei não, excelência. Me explique.
L - É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora fui preso, finalmente vou para a cadeia. É uma experiência nova.
D - O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.
L - Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!
D - Sim. Mas primário, e com esses antecedentes. ..

Luis Fernando Veríssimo.