Caros Leitores, desde a sua criação o Blog Xapuri News, o intuito sempre foi de ser mais um espaço democrático de noticias e variedades, diretamente da Princesinha do Acre - Terras de Chico Mendes - para o mundo, e passará momentaneamente a ser o instrumento de divulgação das Ações da Administração, Xapuri Nossa Terra, Nosso Orgulho, oque jamais implicará em mudança no estilo crítico das postagens.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Para começar a semana ortograficamente relaxado

Um Sábado recheado de Esperança de um futuro melhor

No sábado fui convidado pelo Comando da Policia Militar de Xapuri, através do Capitão Denílson e sua equipe para conhecer as instalações do Clube da Associação da PM xapuriense, que fica localizado à aproximadamente dois quilômetros da cidade, com acesso pela estrada da borracha, como conhecemos o local “ladeira do Sumaré” e que apesar de ainda estar em construção já conta com uma excelente estrutura, contanto com um lindo açude, com decker e piscina para crianças, um campo de futebol, uma área em fase de acabamento para festas, casa para o policial residente e muito verde rodeando uma área de 4 hectares, sem contar com a questão do conceito ambiental já que a propriedade é cortada pelo antigo e tradicional igarapé “Fura” com uma belíssima mata ciliar presevada. Além da visita com o propósito de conhecer as instalações, serviu também para participar das atividades de atendimento das crianças e adolescentes atendidas pelos diversos projetos sociais desenvolvidos pela Policia Militar de Xapuri, e para um amistoso entre as crianças de Xapuri contra o time tricampeão estadual de futsal sub-12, que é a escolinha de futebol da PM de Rio Branco que não tiveram muita sorte com os xapuriense já que levaram três golaços e fizeram somente um, claro que todos saíram vitoriosos pela confraternização e especialmente a comunidade local em saber que as crianças estavam naquele dia realizando atividades saudáveis, tanto na questão física-motora quando na questão de aquisição de postura de verdadeiros cidadãos de bem.

Eram aproximadamente 200 crianças com idade entre 10 a 15 anos aproximadamente e que sinceramente dão um trabalho enorme para se dar atenção correta a todas da mesma forma, mas pude verificar o carinho especial que os policiais tem com todas elas, sendo este carinho recíproco, porque percebi que todas elas tem um respeito por todos eles muito grande e que carinhosamente chamam de professores.

Como sempre o Capitão Denílson, me acolheu muito bem dando total atenção e respondendo algumas duvidas que tinha em relação ao trabalho realizado. Com forte sentimento pela causa social o Comando da Policia de Xapuri, tem demonstrado em suas ações da Policia da Família de que se é possível combater a criminalidade sem truculência, mas com apoio da comunidade e principalmente investindo nas crianças e adolescente a dose certa de educação para a vida... “uma emoção que tenho é de ter presenciado, que antes dos projetos, quando a viatura da policia entrava em alguns bairros as crianças corriam com medo, hoje a situação inverteu, quando entramos no mesmo bairro as crianças se aproximam do carro para conversar com os policiais porque os conhecem por nome e sendo assim confiam plenamente nos mesmos” – Capitão Denílson.

È claro que todo o trabalho desenvolvido é uma ação que maiores frutos só serão obtidos à longo prazo, porém a mudança de comportamento já é visível nas crianças, o que demonstra que realmente o trabalho realizado está logrando êxito. Segundo o Comandante, que já convive com a comunidade xapuriense há alguns anos, observou que parodicamente o trabalho da Policia podia muito bem ser comparado com uma cena de uma torneira aberta jogando continuadamente água e os membros da corporação sendo um pano tentando enxugar, o que resolvia momentaneamente porém os índices de violência continuavam os mesmos, oque se pretende fazer agora com o trabalho social com as crianças e adolescentes é justamente fechar a torneira da criminalidade.

A contar a PM local desenvolve atividades do Proerd com todas as salas da quarta série (quinto ano) da Escola Plácido de Castro, atendendo aproximadamente cerca de 150 crianças mantendo-as longe da violência familiar e das drogas, com o projeto de Caopeira comunitária comandada pelo Policial Serismar Vasco, atende 50 crianças com atividades especificas de capoeira e de prevenção, que através de projeto financiado pela Fundação Elias Mansour e apoio de empresários locais equipou todas as crianças com o material necessário para a realização das atividades. Já na Escola Anthero Soares Bezerra a PM desenvolve o Projeto JCC, que é na verdade uma preparação de lideranças para a comunidade, já que tem um efeito multiplicador, pois os jovens capacitados é que repassam seus conhecimentos para os colegas de sala e para a comunidade, como é o caso de diversas blitz educativas realizadas com a colaboração desses adolescentes, e a grande parcela de atendimento é do Policia da Família realizado nos principalmente nos Bairros Pantanal, Laranjal e Sibéria que atende aproximadamente 400 crianças com atividades de prevenção e desportivas, portanto se contabilizarmos cerca de 600 crianças estão sendo beneficiadas diretamente por estas ações.

Segundo o comandante estas ações somente são possíveis pela forte sensibilidade que os membros da corporação tem, já que os policiais de Xapuri incorporaram de fato, ou como dizem no popular vestiram de fato a camisa dos projetos, outro fator importante é o apoio recebido do Poder Judiciário e do Ministério Público Local, já que através de aporte de capital dos Juízes e da Promotora será possível a aquisição de vestuário para praticas desportivas paras todas as crianças atendidas pela iniciativa.

No sábado aconteceu um encontro futebolístico, onde o Sargento Oziel que coordena a escolinha de futebol da PM de Rio Branco trouxe a equipe tricampeã do sub-12 para um amistoso com as crianças atendidas pela PM de Xapuri, onde alguns lances poderão ser conferidos no vídeo logo abaixo, e olha que a garotada bate um bolão viu. Segundo o Sargento Oziel essa é a segunda vez que as equipes se encontram na primeira visita aconteceu um empate de 5 a 5, e desta vez a equipe de Xapuri obteve vitória de 3 a . o clima de descontração foi geral com brincadeiras, mergulhos no açude do clube e várias brincadeiras, agora na hora da “pelada” a garotada levou o assunto a sério se comportou como gente grande e deu show de bola, sempre sob os olhares atentos dos coordenadores e das mães de alguns que nessa hora se transformam em verdadeiras animadoras de torcida.



Ao final da tarde as crianças receberam um lanche reforçado e conduzidas por micro ônibus da PM e nas próprias viaturas para suas casas.

Só tenho a agradecer à equipe que muito bem me recebeu a contar pelo Capitão Denílson, Moura, Airton, Serismar, Raimundinho, Leandro e Janeide Fadul e que podem contar com mais um apoiador para as ações.

Algumas fotos do sábado poderão ser conferidas no link abaixo

Feirão de Cultura

Na noite de sábado antes de participar do Tradicional Baile Anual da Ordem Maçônica de Xapuri, visitei alguns pontos da cidade xapuriense onde estava acontecendo as atividades do Feirão Cultural, que contou com a presença de expositores e artistas de Assis Brasil, Brasiléia. Epitaciolândia, Capixaba e Xapuri, achei a iniciativa interessantíssimas, mas na verdade oque faltou mesmo foi a presença maior do público, talvez porque mesmo devido os esforços dos organizadores a divulgação ainda foi falha, já que os eventos contou com a presença de poucas pessoas locais, para a envergadura do investimento realizado. Bem mas como os mais experientes dizem “cada um na sua” e eu não sou culpado do mal gosto das pessoas.

Sinceramente me encantei, inicialmente com os trabalhos manuais desenvolvidos em tecido pelas integrantes da Cooperativa Mãos de Mulher, que alicerçados no fundamento da economia solidária, além e profissionalizar suas cooperadas garante-lhe geração de renda. No seu estande encontrei toalhas de mesa, guardanapos e adornos sempre confeccionados em tecido e devidamente bordados ou ainda com apliques de fuxico e outras belezas, visitei os dois estandes de Assis Brasil, onde fiquei surpreso pela qualidade dos calçados em látex produzidos naquele município e mais surpreso ainda por saber que são confeccionados na Zona Rural é tipicamente uma demonstração da qualidade do artesanato local, daquele município, também foram expostas algumas obras de um escritor local.

Em visita ao estande das artes plásticas, pude constatar a qualidade das telas pintadas por artistas locais e visitantes, achei interessante da nova abordagem que os artistas utilizam, já que se era costumeiro ver apenas retratado o cotidiano amazônico e constatei que os artistas estão alçando vôos maiores expressando formas abstratas com misturas de cores que dão um colorido todo especial às obras. Ladeado pela amiga Carla Agente do Brasil Local do município de Capixaba comentei que algumas obras ali expostas não deixavam nada a desejar a outras que já havia visto em exposições fora do estado, oque significa que é imprescindível um apoio maior a estes artistas para uma política de comercialização dos seus trabalhos, sendo que isso perpassa inicialmente pela divulgação, torná-los conhecidos.Como sempre ocorre a noite fora encerrada com apresentações do grupo de capoeira local e projetos de dança.

Poeta Mauro Modesto lança “Do Outro Lado do Monte”


No sábado dia 26, sábado, às 20 horas, a Fundação Cultural Elias Mansour lançou o livro Do Outro Lado do Monte, de autoria do poeta Mauro d’Ávila Modesto. É o oitavo livro deste plantador de sementes, que nasceu à beira do Igarapé Cafezal, em Sena Madureira e devota a maior parte do seu tempo difundindo, Brasil a fora, a grandeza e a importância da cultura acreana. A obra foi editada pelo governo do Estado do Acre, através da Fundação Elias Mansour, com recursos obtidos da Lei nº 1.288/99.

Na mesma oportunidade, o presidente da Academia de Jornalistas e de Letras do Estado do Acre, acadêmico José Simplício da Costa, presidiu a cerimônia de posse da diretoria da Academia dos Poetas Acreanos. As solenidades foram no Memorial dos Autonomistas, seguidas de um coquetel.

A Diretoria da Academia dos Poetas Acreanos é formada pelos poetas e acadêmicos: Mauro d’Ávila Modesto, José Augusto Fontes da Silva, Francisco Pinheiro Dandão, Alan Rick Miranda, Edmari Costa Gomes, Renã Leite Pontes, Nilda Dantas, Francisco Reis da Silva Leite, Raimunda Araújo da Rocha, Marcelo de Paula Ribeiro, Valmir Souza de Araújo e Valdecir Ricardo Duarte.

Fonte: Página 20

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Imagem do Dia!!!


O Parque Nacional da Serra do Divisor, única região montanhosa no Estado do Acre, está localizado no Vale do Juruá, na fronteira com o Peru, e abrange os municípios de Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Porto Walter. A área divide as águas da bacia dos Rios Ucayali no Peru, e Juruá no Brasil. (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Feirão de Cultura de Xapuri

FEM e Sebrae promovem projeto com atividades artístico-culturais focado na dinamização, comercialização e circulação de produtos culturais acreanos
Escrito por André Cezar, Assessoria FEM   Transformar o município de Xapuri num centro de circulação e comercialização de produtos culturais durante três dias é o foco principal do Feirão de Cultura, projeto formatado a partir das discussões e ideias lançadas nos encontros da  Rede Acreana de Cultura, que é composta pelos parceiros Fundação Garibaldi Brasil (FGB), SESC, SESI e IPHAN.
As principais praças, os equipamentos culturais, escolas e pontos turísticos de Xapuri serão palco de várias atividades artístico-culturais, de 25 a 27 deste mês. A solenidade de abertura que acontece nesta sexta-feira, 25, às 17 horas, no palco de eventos da Igreja São Sebastião, na praça central do município, com a presença do Presidente da Fundação Elias Mansour, Daniel Zen, representantes do Sebrae, autoridades locais e parceiros.

O Feirão conta com uma programação que envolve palestras, oficinas e apresentações de grupos artísticos de Rio Branco, Xapuri, Capixaba, Brasiléia e  Epitaciolândia, além de atrações nacionais, como o escritor Carpinejar e a contadora de histórias Rubia, além da rodada de negócios e a mostra de produtos culturais.

Um dos principais objetivos do projeto é promover e incentivar a economia da cultura gerando com isso produtos artístico-culturais, criando uma espécie de vitrine para que tenham alcance junto ao público do município. Para cumprir com esse objetivo e preparar a população para o evento, foram realizadas duas etapas de oficinas, uma básica e outra de aperfeiçoamento, que englobaram ações de Arte e Patrimônio, divididas em Teatro, Dança, Artes Plásticas e Produção Cultural.

Visando a ampliação dos trabalhos artísticos locais e a circulação dos produtos e da cultura acreana em âmbito nacional, será realizada ainda uma rodada de negócios com os produtores locais e nacionais permitindo a troca de experiências e informações.  

O Feirão é uma realização do Governo do Estado, através da Fundação Elias Mansour e o Sebrae-Acre.

“Lista negra” do TCU pode brecar candidaturas no Acre Blog do crica – AC24horas


Blog do Crica - Ac24horas

O Tribunal de Contas da União  – TCU, encaminhou ontem (segunda-feira) ao TSE a lista dos que tiveram as suas prestações de contas rejeitadas, e como tal podem ser barrados de ser candidatos com base na lei da “Ficha Limpa”.
Para que os condenados possam ser candidatos terão que conseguir uma sentença judicial que anule ou extinga as decisões do TCU para que possam registrar as suas candidaturas.
No Acre, são 92 ex-gestores públicos condenados. Entre eles os dois principais puxadores de votos do PP, o ex-prefeito de Rodrigues Alves, Francisco Wagner do Amorim, o ex-deputado José Bestene, cujo impedimentos de se candidatarem acaba com a chance do PP eleger deputados estaduais. Pega também a maior liderança da oposição, o ex-governador Flaviano Melo e o ex-prefeito Aldemir Lopes, ambos do PMDB. Do PT, atinge o ex-prefeito Francimar Fernandes. Do PTB atinge Josimar Coelho. Todos são candidatos na eleição deste ano.
A decisão, segundo entendimento do TSE, para cada caso, será do Tribunal Regional Eleitoral do Acre, que deve começar a analisar os pedidos de registros de candidaturas a partir de 5 de julho. Também são condenados por colegiados de juízes os ex-prefeitos Nilson Areal (PR), Juarez Leitão (PT), Vilseu Ferreira (PP), e a deputada Dinha Carvalho (PR). Se o TRE definir que o projeto “Ficha Limpa” pegará também os condenados pelo TCE-ACRE por rejeição de suas contas, a lista de inelegíveis no Acre deve triplicar. Mas, quem vai dar a última palavra a partir de agora é a Justiça eleitoral.
Quem diria!
A oposição, que já governou o Acre, teve a maioria dos prefeitos, deputados estaduais e federais e dos senadores, quem diria: vai depender nesta eleição da performance do candidato ao governo, Antonio Gouveia (PRTB), “Tijolinho”, para conseguir levar a disputa para o segundo turno. Mais do que ser uma tragédia política, a situação é, antes de tudo, cômica.

Ganha em folclore
Alguns acham que a entrada em cena da candidatura do Antonio Gouveia (PRTB), o “Tijolinho”, ao governo pela coligação PRTB-PSOL, não acrescenta nada à disputa entre a oposição e a FPA no campo majoritário. Discordo. Acrescenta em folclore e com certeza dará um toque de humor nesta campanha de final conhecido e que tinha tudo para não ter nenhuma graça. Por isso, viva o “Tijolinho”!

Luis Carlos Moreira Jorge

Há 30 anos matavam Wilson Pinheiro, em junho de 1980 com um tiro na nuca, pelas costas


BRASÍLIA — Nenhum mandante no banco dos réus, nenhuma nota do partido do qual foi um dos fundadores e agora mergulhado na campanha sucessória. Até meio-dia deste 21 de junho de 2010, os 30 anos do assassinato do líder sindicalista Wilson Pinheiro passam quase em silêncio.
Pinheiro foi morto em 21 de junho de 1980 com um tiro na nuca, pelas costas, a mando de latifundiários. Estava reunido numa sala, com outros dirigentes do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Brasiléia, no Acre. Além de presidente do sindicato, também presidia a Comissão Municipal do PT.
Para a compreensão da história de resistência acreana e amazônica, há diversos relatos minuciosos, cada vez mais vivos, na rede mundial de computadores. Se os assessores petistas se dessem ao cuidado de novamente apreciá-los, orientariam parlamentares a lembrar, na tribuna da Câmara e do Senado Federal, o herói de Brasiléia.
Pinheiro não era acreano, mas um amazonense. Em estudo publicado pela Fundação Perseu Abramo, o professor Francisco Dandão Pinheiro, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) em São Paulo, escreve:
”Uma casa de madeira sem pintura, em frente à pequena igreja da cidade, abrigava o Sindicato dos Trabalhadores Rurais local. Ali o trabalho era sempre maior do que o número de funcionários e voluntários para fazê-lo. O presidente, um homem alto, pele queimada pelo sol, mãos calejadas pelo ofício de seringueiro desde os primeiros anos de vida, apreciador de cigarros fortes, incansável na sua faina despedia-se de dois companheiros e resolvia ficar mais um pouco, para resolver alguns assuntos pendentes.
“Estava jurado de morte por fazendeiros da região, mas não dava muita atenção para as ameaças. Sentia-se seguro no seu ambiente de trabalho. Meia hora depois, a confiança de que nada poderia acontecer-lhe mostrava-se vã. De costas para a rua, olhando distraidamente para um aparelho de televisão, enquanto arrumava uns últimos papéis, sentiu a dor súbita de projéteis entrando pelo corpo.
“O silêncio de Brasiléia foi quebrado por quatro tiros. Wilson Pinheiro tombava sem vida. O movimento seringueiro acreano perdia o seu primeiro grande líder. E se desencadeava, imediatamente, uma onda de violência que iria, oito anos mais tarde, mudar a história das relações entre homem e meio ambiente no Brasil”.

“O Sindicato era o local de trabalho dele”
BRASÍLIA — A filha Hiamar de Paiva Pinheiro, ex-vereadora pelo PCdoB em Brasiléia, prestou um depoimento no ano 2000, quando passavam 20 anos da morte do pai. Principais trechos:
“...Éramos oito filhos, sete meninas menores...”  “... Lembro de uma vez que meu pai precisou ir a um empate enfrentar pessoas armadas e não tinha sequer um canivete no bolso. Não sei dizer se ele era corajoso ou muito inocente pra fazer isso”.
“...No dicionário de meu pai não existia a palavra covardia. O pistoleiro que assassinou meu pai, sim, era covarde porque atirou pelas costas. Com certeza que se ele tivesse chegado frente à frente meu pai não teria corrido. Ele teria morrido do mesmo jeito, mas não teria corrido”.
“... foi gratificante a luta de meu pai porque levou em consideração o lado humano. Eu tenho muito respeito por essa luta, e se tivesse que voltar tudo novamente eu acharia maravilhoso” “...Quando ele não podia voltar pra casa, o sindicato era o local de trabalho e o local de morar também”
“... Uma semana antes de meu pai ser assassinado eu encontrei com ele.
Era uma segunda-feira, e na outra segunda-feira ele morreu. Ele ainda foi me deixar no caminho da escola. Eu lembro até do último filme que meu pai assistiu... (chorando) Até hoje me pergunto por que ainda não me acostumei. Já se passaram 20 anos... Mas eu não consigo, toda vez é assim.” “... Inspiro-me na luta de meu pai” “Ninguém resgata a luta de ninguém porque cada um já nasce com a sua”.
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, do qual ele foi o segundo presidente, surgiu com 890 sócios-fundadores e alcançou quatro mil na época dos “empates” (movimento que impedia peões e capatazes de fazendeiros de derrubar a floresta para a formação de pastagens. Foi o maior fenômeno de organização popular amazônica. (M.C.)

Esquecimento, uma ferida que não cicatriza


BRASÍLIA — No Brasil é assim: o marketing de herói funciona conforme o lobby, a claque, a conveniência. Pelo visto, reconhecendo-se o seu valor, Chico Mendes teve peso mundial na conservação do verde amazônico. A família dele já foi indenizada pela União, com direito a uma sessão solene no Senado Federal em três de dezembro de 2008.
Projetaram Mendes mundialmente. Já Pinheiro, sacrificado oito anos antes, permaneceu coadjuvante de um cenário ainda não desmontado, porque lhe usurparam imagem, nome e papel histórico na organização de trabalhadores rurais e de seringueiros naqueles confins acreanos.
Por defendê-los nos seus ideais, o então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional, junto com o ex-sindicalista e ex-deputado federal João Maia, entre outros.
Em reconhecimento à luta de Pinheiro, o PT criou uma Fundação com o nome dele, em São Paulo, a mais de 3,6 mil quilômetros de distância do Acre. Mas a entidade deixou de existir, cedendo lugar a um vazio nesse aspecto da luta amazônica pela posse da terra.
Talvez tenha sido esse, aliado à desinformação ou ao esquecimento de militantes e parlamentares mais jovens, o motivo da omissão do partido em apoio à família Pinheiro na sua peleja judicial contra a Warner Bros. Outra explicação plausível não há. (M.C.)

Ação contra empresa cinematográfica no STJ


BRASÍLIA —A família do Wilson Pinheiro espera, com paciência redobrada, o dia em que o advogado Paulo Dinelli ingressar no Superior Tribunal de Justiça com ação de indenização no valor de R$ 4 milhões contra a empresa cinematográfica Warner Bros, pelo uso de imagem e da história do sindicalista no filme “Amazônia em chamas” (1994).
Inicialmente, o pedido entraria em abril no STJ. Houve contratempo e o ato foi adiado. Entre outras entidades, a Bancada Federal Acreana e a Confraria das Revoluções Acreanas apóiam o pleito da família. Estranho é o governo acreano não apoiar publicamente a ação reivindicatória. Para fazer o filme, a WB não consultou a família desse personagem.
“Amazônia em chamas” continua disponível nas locadoras de vídeos do Brasil e do mundo. Rodado no México, o filme ensaiou uma biografia do líder ecologista Chico Mendes, na defesa dos direitos humanos na Amazônia. E pôs Pinheiro, um negro alto, na fita, na pele de um loiro, mediano. Chapelões mexicanos substituíram as cabeças aquecidas pelo sol forte de Brasiléia e nas quais, quando muito, só cabiam bonés.
Estrelado pelo porto-riquenho Raul Julia — que morreu poucos meses depois de seu lançamento — e pela brasileira Sônia Braga, “Amazônia em chamas” surpreendeu o público brasileiro por falhas técnicas e de conteúdo.

Seleção a brasileira

Excelente matéria publicada no (Correio da Cidadania) no dia 11 de junho escrita pelo jornalista Gabriel Brito e demonstra acima de tudo o sentimento brasileiro nesta Copa de 2010.

Finalmente se passaram quatro anos e estamos novamente às portas de mais uma Copa do Mundo. São dias demais de torcida, trabalho, jogos, expectativa, até darmos de cara com um novo mundial. Tudo para desaguar no segundo carnaval da temporada no país, no entanto, com adesão e comoção populares ainda mais intensas. Todos gostam de futebol e da seleção quando os melhores do mundo se reúnem para disputar uma taça.

Sem rivais por perto, não nos resta outra a não ser torcer em uníssono por uma mesma camisa, partilhar uma preferência apaixonada e confraternizar sem distinções qualquer seja o resultado. Experiências únicas na vida, daria pra dizer. Todos esses momentos nos são transmitidos logo quando vamos ver nossa primeira copa, cercados por parentes e agregados, veteranos de outras epopéias canarinhas, que nos contam as misérias que os craques brasileiros já fizeram mundo afora contra outras esquadras.

Todo esse prólogo para admitir que, apesar de todos os maus tratos sofridos por essa instituição do futebol mundial, é muito difícil não torcer por um sismo no país no próximo 11 de julho, provocado pelo delírio da sexta estrela no peito. Mas também é preciso admitir, lamentar, praguejar, que esta seleção é um dos maiores atentados à essência do futebol brasileiro, um acinte provocado por uma cadeia de pessoas e mentes medíocres – e que ainda querem ensinar-nos a ser brasileiros.

Como todos sabem, o Brasil tinha uma excelente e vencedora seleção para a Copa de 2006, mas uma monumental onda de soberba tomou conta do escrete, tendo a CBF transformado a preparação num picadeiro para a mídia e os anunciantes. Com uma geração de talentos tragada pelo marketing incessante e um Parreira conformado antes da hora, a seleção fracassou de forma asquerosa, perdendo para uma combalida mas determinada França, sem praticamente dividir uma bola ou criar uma chance de gol.

Como nunca se vê em outros assuntos, o país exigiu cabeças. Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Roberto Carlos, Adriano tinham de perder a cidadania brasileira e era urgente a volta do compromisso com a amarelinha, o que exigiria drástica mudança de filosofia, pois a seleção tinha ido desfilar, e não jogar, na Alemanha. Havia 100% de razão nas críticas.

No entanto, nunca foi feita uma análise completa do fiasco, de forma a atingir os verdadeiros responsáveis. E agora pagamos caríssimo por tal ‘negligência’. Para botar ordem na casa, o presidente da CBF Ricardo Teixeira nomeou Dunga, o capitão do tetra, para o cargo imediatamente inferior ao de Lula.

Sua missão era acima de tudo reavivar o patriotismo, o orgulho e o compromisso dos atletas com a seleção, de modo que a torcida não perdesse (ainda mais) o afeto pelo time, cada vez menos identificado com a nação. Com os torcedores já tendo de se conformar em ver nossas maiores jóias pela TV em campeonatos europeus, uma seleção desinteressada em honrar as tradições nacionais no futebol simplesmente perderia sua razão de ser. Mais uma vez, correto.

Nem tanto ao céu, nem tanto a terra 
No entanto, quem inventou o circo de 2006 não foi Ronaldo, Ronaldinho, Roberto ou algum outro subalterno. Foi a CBF quem decidiu comercializar o período de treinos da seleção, vendendo ingressos para encher o pequeno estádio de Weggis (SUI) todos os dias e abrindo as porteiras para seus patrocinadores montarem tendas e enchê-las com seus famosos VIPS, trazendo todo tipo de pária da sociedade de celebridades e futilidades para o seio da família verde e amarela.

O responsável único por isso se chama Ricardo Teixeira, que está mais senhor do que nunca no futebol nacional e chefia como quer a caravana da alegria da Copa de 2014. O ex-genro de João Havelange preside a CBF desde 1989 e escapou ileso das famosas CPIs do futebol de inícios da década, quando incontáveis falcatruas ficaram claras. Nada como uma prestativa bancada de parlamentares ligados à lama futebolística para garantir impunidade e uma triunfal volta por cima.

Voltando ao assunto, Dunga chegou mostrando que as mudanças não eram de discurso, e desde as primeiras convocações abriu mão das estrelas agora desmoralizadas – inclusive as responsáveis pelo penta. Renovar era preciso, até por uma questão geracional, e aos pouco Dunga foi montando seu novo time, centrado no mantra do compromisso e do patriotismo.

Alternando bons e péssimos jogos, ganhamos a Copa América contra a Argentina em 2007. Com os bons jogadores que sempre tem, o Brasil pode ser respeitável mesmo mal montado. O time evoluiu, venceu a Copa das Confederações em 2009 e fechou as eliminatórias em primeiro lugar. Tudo nos trinques. O Brasil passara o ciclo pré-Copa refeito. E com um time mais definido, portando claras dificuldades e valiosas virtudes.

A seleção de Dunga baseia seu jogo numa forte e segura defesa. Seu meio campo possui dois volantes limitadíssimos, que dificultam o primeiro passe e quase impedem que o time tenha grande posse de bola. A esperança é Kaká, que sofreu com lesões durante seu atribulado ano, inclusive uma pubalgia. No ataque, Luis Fabiano e Robinho impõem respeito, mas não chegam à categoria de avantes de feliz memória nossa. Fora isso, há uma grave lacuna na lateral esquerda desde o fim da era Roberto Carlos.

A esperança é que Elano, Ramires ou o lateral direito reserva Daniel Alves dêem um jeito na meia-direita, o que já qualificaria o meio brasuca. Por abrir mão da escola de técnica e refinamento, não temos um meio que retenha tanto a bola. O que nos obriga a ter boa retaguarda e letal contra-ataque, atributos alcançados por Dunga em seu trabalho.

Porém, é muito pouco para o Brasil. Contrariando o discurso inicial, a renovação dunguista foi mais moderada do que se pensava. Diversos volantes que apareceram nos últimos anos foram ignorados; Ronaldinho Gaucho se apagou, retomou a forma, mas foi descartado; Neymar e Paulo Henrique Ganso assombraram o país com suas magias no Santos, mas não foram considerados, pelo que se verá adiante.

Brameiros 
No esperado 11 de maio, dia da lista final de jogadores, os novos tempos prometidos mostraram sua face oculta. Dunga fez uma convocação ultraconservadora, ignorou os novos talentos, levou jogadores em péssima fase sob a alegação de serem parte do grupo, comprometidos, e abriu fogo contra a imprensa e meio mundo.

Acostumados a acusar duas ou três teimosias dos técnicos ao longo das copas, deparamo-nos com uma lista em que queríamos trocar uns 10. Doni, Julio Baptista e Kleberson passaram o ano na reserva de seus times e foram lembrados. Michel Bastos e Gilberto foram chamados para a lateral esquerda sem atuarem na posição em seus respectivos clubes – Michel é meia-direita no Lyon (FRA)! Apenas quatro atacantes e nenhuma opção para Kaká.

Anunciado o atentado, Dunga vociferou contra tudo e todos, ressaltando que aquele grupo de escolhidos era o dos jogadores que haviam ‘fechado’ com ele, estavam compromissados e tinham idéia da importância de vestir a camisa da seleção. E que por coerência e lealdade deveriam ser mantidos, a despeito do que se passa em campo. Foi talvez a única ocasião em que um treinador (e a entrevista durou quase duas horas) não se apoiou, em momento algum, em argumentos técnicos para justificar suas escolhas.

Como se não bastasse, seu auxiliar-pastor Jorginho rompeu o protocolo da coletiva, tomou a palavra e disparou um inesquecível sermão de brasilidade. Exclamou que somos todos brasileiros, que todos devem torcer e ser patriotas e que a imprensa deve ter pacto de sangue com o time, pois um título traria benefícios a todos, especialmente a profissionais que trabalham ligados à área. Fora isso, é claro que podemos ser críticos.

Assim, subentendia-se que só aqueles iluminados eleitos eram seres humanos capazes de se sacrificar pela seleção e entrar em campo imbuídos do espírito necessário a uma grande guerra. Sim, pois a Copa do Mundo é batalha, como atesta um famigerado comercial de TV, que transforma brasileiros de cerveja na mão em cavaleiros medievais em busca do hexa.

Com o tetra ainda vivo em si, Dunga bancou até o fim a queda de braço com seus detratores. Montou um time à sua imagem e semelhança, ignorando outras variantes de futebol. Escolheu jogadores, se não brilhantes, esforçados, que ‘compraram’ a idéia. Alguns, até por saberem da sorte que têm de integrar a seleção, se tornaram devotos dos ditames dunguistas. Os melhores, por sua vez, são disciplinados e exemplares. Não há espaço para transgressão. Talvez não houvesse para Garrincha. Ensimesmado em suas vivências e convicções, Dunga prefere morrer com suas idéias a viver com a dos outros. Não se pode duvidar de quem levanta uma taça de Copa do Mundo e se lembra em primeiro lugar de seus críticos.

E assim parte a seleção para a Copa do Mundo, carregando todos aqueles sentimentos rememorados nas primeiras linhas. Com um técnico limítrofe e recalcado, um pastor e o novo livro de Augusto Cury na concentração, patrocinadores fazendo brasileiros trocarem o samba por armaduras e lanças das Cruzadas e Don Teixeirone no comando de tudo (até 2014). E exigem que sejamos patriotas.

Pode deixar Dunga, pois o pior é que seremos mesmo. Temos direito, afinal, esperamos quatro anos para ter gosto deste país. Esse ópio é do bom e na Copa estaremos todos alucinados em busca do hexa.

Gabriel Brito é jornalista.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Imagem do dia..

As imagens que marcam o dia de hoje é do canteiro de cravos de defuntos ( Nome Científico:Tagetes patula Sch. Bip.) da  Família: Asteraceae
 e que também é popularmente conhecido por tagetes-anão, cravo-francês, flor-de-estudante entre tantas outros nomes

Estas flores encantam a minha vista todos os dias quando abro a porta da minha casa, e tem um significado todo especial, já que são sementes trazidas do município de Jordão por onde em 2009  neste ano visitei e devo retornar agora no final de julho por questões profissionais.

Para os que assim como eu gostam de flores o  meu dengo é um planta herbácea anual, de caule curto, ramificada, originária da América do Norte, de 20-30 cm de altura, de folhagem densa com cheiro característico.

As flores são reunidas em capítulos densos, simples ou dobrados, solitários, em tonalidades variáveis de amarelo, alaranjado e marrom-avermelhado. 

É cultivada a pleno sol, quase que exclusivamente em bordaduras ou conjuntos isolados formando maciços compactos desenhados, em canteiros com terra enriquecida com húmus. É uma das poucas espécies de ciclo anual que pode ser cultivada em regiões tropicais durante o período do verão. 




Muito trabalho pouco tempo

Continuo ainda meio distante do blog devido os inúmeros compromissos assumidos nos últimos meses, desta vez iniciando o Projeto Professor virtual, que tratará de reforço para alunos do ensino médio da Escola Estadual de Educação Básica, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos Divina Providência, nas áreas das ciências exatas (Matemática, Física e Química) com fito à preparação para o Enem e  vestibular.

Por início a abordagem do projeto é apenas a de transposição didática de novas metodologias de ensino com as novas tecnologias educacionais, com uso de laboratório de informática, laboratório de ciências naturais e o laboratório virtual ChemLab.

Alguns exercícios são gravados e colocados à disposição dos alunos via internet, conforme o vídeo abaixo:

No sentido de melhorar o relacionamento com as novas tecnologias os alunos estão sendo incentivados a criarem blogs para exporem suas impressões sobre a nova dinâmica de aprendizagem, caso obtenhamos êxito nessa nova empreitada, isto poderá ser o exemplo prático de que com exemplos simples e muita boa vontade pode-se mudar a educação.

Vídeos de aulas, correções de exercícios, apresentação de trabalhos dos alunos, poderão ser acessados no blog:
 www.profjoscires.blogspot.com    

Instituto do Acre oferecerá 380 vagas no segundo semestre

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac) vai oferecer 380 vagas para formação profissional no segundo semestre deste ano. O estado, assim como Mato Grosso do Sul, Amapá e Distrito Federal, não contava com escola federal de educação profissional até o lançamento, em 2005, do plano de expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Nesta segunda-feira, 21, o reitor do instituto, Elias Vieira de Oliveira, empossa os primeiros professores e técnicos administrativos da instituição aprovados por concurso público. Estão em construção os campi de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira e Xapuri

“O Ifac nasce integrado com a tradição desta terra. Os cursos que oferecemos são resultados do mapeamento do crescimento do estado”, enfatiza o pró-reitor de ensino, Degmar Anjos. Ele salienta que os cursos oferecidos foram definidos após estudo realizado pelo Instituto Dom Moacyr, órgão do governo estadual, e audiências públicas.

A partir de agosto, serão ofertados cursos subsequente e pós-médio e de educação de jovens e adultos em sintonia com os arranjos produtivos locais. Em Rio Branco, os estudantes poderão fazer os cursos de segurança do trabalho, cooperativismo e manutenção de informática; em Xapuri, de meio ambiente e agroecologia; em Sena Madureira, de agroecologia e cooperativismo e, em Cruzeiro do Sul, de agropecuária e controle ambiental.


Os cursos serão semestrais. O pós-médio, para pessoas que já tenham concluído o ensino médio ou equivalente; o de educação de jovens e adultos, para aquelas com mais de 18 anos que concluíram o ensino fundamental ou tenham o médio incompleto.

Assessoria de Imprensa do Ifac

O Projeto Ficha Limpa vai valer para essas eleições e conheço candidatos que não vão poder concorrer” afirma desembargador Arquilau em entrevista

Durante a entrevista cedida à rádio e TV Juruá o desembargador explanou diversos assuntos freqüentemente comum ano eleitoral. Nesse momento o TRE no Acre está dado um prazo para os partidos realizarem suas convenções e até o dia 05 de julho todos os candidatos deverá entregar a documentação para que seja realizado o registro eleitoral.
O Presidente falou sobre o projeto Ficha Limpa que deve valer a partir dessas eleições de 2010. Segundo ele vai está valendo também as condenações anteriores dos pré-candidatos. “ Graças a Deus o projeto ficha limpa vai está valendo para as eleições 2010, eu por exemplo conheço pré-candidatos que não vão poder concorrer as eleições neste ano” falou claramente o desembargador.
O Presidente garantiu que o TRE vai está fiscalizando intensamente os pré-candidatos no que diz respeito a propagando eleitoral antecipada. Falou da realização do referendo sobre o fuso horário do Acre que deve acontecer somente no 2º turno e finalizou a entrevista falando a respeito do concurso público que o TRE está realizando para preencher o quadro de seus funcionários. O desembargador afirmou que está sendo estudada a possibilidade de aumentar as vagas para os municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Brasiléia e Tarauacá.

TCU e outros três órgãos abrem inscrições nesta segunda-feira

Salário chega a R$ 21.766 no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Cargos são de nível médio e superior.
Pelo menos quatro órgãos públicos abrem inscrições nesta segunda-feira (21) para 428 vagas em cargos de nível médio e superior. O salário chega a R$ 21.766 no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, no Rio Grande do Sul.

São eles: Tribunal de Contas da União, Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, no Rio Grande do Sul, Tribunal Regional Eleitoral do Acre e Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do Distrito Federal.

TCU
O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu concurso público para preenchimento de 20 vagas ao cargo de auditor federal de controle externo com especialidade na área de tecnologia da informação. A remuneração inicial é de R$ 10.775,00 para jornada é de 40 horas semanais. A lotação é no Distrito Federal.

O cargo exige diploma de nível superior em tecnologia da informação ou diploma de nível superior em qualquer área acompanhado de certificado de especialização, mestrado ou doutorado (mínimo de 360 horas) em TI. As inscrições devem ser feitas das 10h de 21 de junho até as 23h59 de 11 de julho pelo site www.cespe.unb.br/concursos/tcu2010. A taxa é de R$ 95,00. O concurso terá duas etapas, com realização de provas objetivas e discursivas na primeira fase e Programa de Formação. As provas objetivas e discursivas de conhecimentos gerais e específicos serão realizadas pelo Cespe/UnB, nas datas prováveis de 14 e 15 de agosto, em Brasília, cidade onde também ocorrerá o Programa de Formação, sob responsabilidade do TCU.

TRF-RS
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, no Rio Grande do Sul, lançou nesta segunda-feira (31) concurso para preenchimento de uma vaga de juiz federal substituto. O salário é de R$ 21.766. Os candidatos devem ter nível superior em direito e ter exercido, no mínimo, três anos de atividades jurídicas.

As inscrições devem ser feitas das 13h de 21 de junho às 18h de 20 de julho, no site www.trf4.jus.br. A taxa de inscrição é de R$ 160. O concurso será composto por prova objetiva seletiva, prova discursiva, prova prática de sentença civil, prova prática de sentença penal e prova oral. As provas objetivas estão marcadas para 29 de agosto, às 8h, nas cidades de Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Florianópolis (SC).

TRE-AC
O Tribunal Regional Eleitoral do Acre lançou concurso para preenchimento de 7 vagas para cargos de nível médio e superior – uma vaga é reservada a deficientes. Os salários são de R$ 3.993,09 para nível médio e de R$ 6.551,52 para nível superior. São 2 vagas de analista judiciário na área judiciária, que exige nível superior em direito, e 5 de técnico judiciário na área administrativa, que exige nível médio.

As inscrições devem ser feitas das 10h de 21 de junho às 14h do dia 2 de agosto pelo site www.concursosfcc.com.br. A taxa é de R$ 85 para analista judiciário e de R$ 75 para o cargo de técnico judiciário. Os candidato serão submetidos a provas objetivas e, para o cargo de analista, discursivas. A aplicação das provas objetivas está prevista para 5 de setembro.

Distrito Federal
A Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do Distrito Federal (DF) lançou edital para 400 vagas de professor de educação básica do magistério público – 20% das vagas serão reservadas a deficientes. Os salários variam de R$ 1.381,67 a R$ 3.720,24. Os candidatos precisam ter licenciatura ou bacharelado nas áreas oferecidas, de acordo com o cargo de interesse.

As vagas são para as áreas de atividades, administração, artes, biologia, contabilidade, eletrônica, farmácia, filosofia, fisioterapia, informática, física, francês, inglês, espanhol, língua portuguesa, matemática, odontologia, psicologia, química, sociologia, telecomunicações e música (diversos instrumentos). A carga horária será de 20 (R$ 1.381,67) ou de 40 horas semanais (R$ 3.720,24). As inscrições devem ser feitas de 21 de junho a 29 de julho pessoalmente, na Central de Atendimento ao Candidato da Fundação Universa, no SGAN 609, Módulo A, Asa Norte, Brasília, das 10h às 17h, em dias úteis, ou pelo site www.universa.org.br. A taxa é de R$ 58 para carga horária de 20 horas semanais e de R$ 73 para carga horária de 40 horas semanais. A seleção será composta por prova objetiva, prova oral, prova prático-oral e avaliação de títulos e de experiência profissional. A primeira etapa está marcada para o dia 12 de setembro.

Esquerda, direita, volver e muito pelo contrário.


Recebido por email: www.visaopanoramica.com  
O Brasil é um país “sui generis” em matéria de política. E, quando eu digo isso, não me refiro à deslavada falta de vergonha na cara e a ânsia com que nossa classe política vai ao pote de bondades ou se farta nas tetas da República.

Somos uma das poucas (ou a única) nação do mundo que não têm partidos “de direita”. Sim, porque mesmo que a petralhada insista em dizer que todo não filiado ao PT seja “de direita”; na realidade as coisas são bem diferentes.

Se você perguntar a qualquer integrante de qualquer partido – ou mesmo consultar os seus manifestos de fundação – perceberá que ninguém é conservador ou assume uma posição “de direita”. São todos “progressistas” e “socialistas”. Isso porque, aqui no Brasil, “de direita” virou sinônimo de mal e de algo “contra o povo”. Assim, somos uma nação de esquerdistas.

Mas, se analisarmos de perto a situação; perceberemos que nem o “dono e proprietário” da alcunha “de esquerda” é um partido “de esquerda”. Afinal de contas, como ser “de esquerda” compactuando e fazendo todo tipo de alianças com a mais fina flor do ranço autoritário e filhotes da ditadura como faz o PT? Alguém aí, em sã consciência, vai dizer que José Sarney, Fernando Collor, Renan Calheiros, Milton Temer e tantos outros que são amados e idolatrados por Lula são “esquerdistas” e elementos “progressistas” com “forte visão humanística”? Certamente, num último estertor para tentar tornar palatáveis essas alianças espúrias, você dirá que tudo isso é em nome da governabilidade. Sim; “eu acredito”.

A “indigência programática” aqui é tão explícita que os próprios partidos tradicionalmente “de esquerda radical” não conseguem se entender. Todos querem “o bem do povo”, “um país forte” e expulsar o “imperialismo estadunidense”. Mas, ao invés de unirem-se e lutarem pelo que acreditam; ficam se debatendo e se dividindo ao menor sinal de contrariedade aos interesses pessoais dos líderes ou de seus integrantes.

Foi assim nas eleições que Lula perdeu, o PT ao invés de buscar alianças com os partidos “de esquerda” em pé de igualdade, queria apenas impor sua “força” e desejava que os outros partidos se curvassem aos seus desejos. Os outros, por sua vez, sob o manto da desculpa de lutar para ganhar relevância no cenário nacional, recusavam-se a unir forças e insistiam em candidaturas sem qualquer esperança apenas para “divulgarem o programa” na propaganda eleitoral gratuita. Com isso, a esquerda brasileira tomava “na cabeça” eleição após eleição.

Só com a união de esforços conseguiu-se, enfim, eleger Lula finalmente em 2002. Mas, ao invés de pacificarem-se e se consolidarem como orientação política definitiva, os partidos “de esquerda” começaram a sucumbir ante a sede de poder que tomou conta do PT e, mesmo este, iniciou um processo de divisão interna que ainda é sentido hoje. Os interesses pessoais, a fome de cargos e a sede insaciável por status ou pela paternidade de todas as “salvações” propostas para o país; levaram a frágil coalizão a explodir em milhões de pedaços e a perder relevância rapidamente.

Assim, para continuar com seu plano de dominação, o PT teve que se aliar com as oligarquias, e com os “Filhotes da Ditadura” que tanto dizia odiar. De uma hora para outra, “malditos sanguessugas”, “coronéis oligarcas” e toda sorte de membros e representantes da “direita burguesa, exploradora e atrasada” passaram a ser considerados “aliados com biografia” e ganharam a alcunha de “amigos”.

Agora, com mais uma eleição chegando, a “esquerda” brasileira dá mostras de que mais uma vez os interesses pessoais e as rusgas provocadas pelas vaidades feridas é que determinam a ideologia de quem milita nesses partidos “autênticos”.

O PSOL, dissidência mais importante do PT e atual “dono e proprietário” do termo “de esquerda” – na concepção da palavra – pois, até pelo PT é chamado de “radical”; ameaça explodir em pedaços pelas declarações de Heloísa Helena em favor de Marina Silva. Tanto PV quanto PSOL e todos os outros partidos e pessoas que deixaram o PT por acreditarem que o partido traiu os ideais e violou o seu próprio programa ao se aliar com o que há de pior na política nacional (e realmente o fez); mostram com clareza absurda e de forma triste como as vaidades pessoais e os interesses escondidos a sete chaves são os verdadeiros determinantes dos rumos partidários e da orientação ideológica das pessoas aqui no Brasil.

Se PV, PSOL e outros acham que o PT é o “Novo Satã” e o novo “imperialismo oligárquico”, muito mais simples seria uma união de todos em uma larga frente “purista” que conclamaria os dissidentes ainda filiados ao PT e todos os eleitores que se encantam por essa orientação para “derrotar” o “grande mal”.

Mas, o que fazem na realidade? O PV lança Marina Silva como candidata – que realmente é a figura de maior expressão nacional que esse pessoal tem – e o PSOL – por rusgas pessoais e interesses não atendidos – lança um candidato sem qualquer expressão e sem a mínima chance de tomar um sorvete no dia da eleição; quanto mais se eleger para algo. A única figura que poderia fazer frente à Marina no aspecto de relevância nacional seria Heloísa Helena. No entanto, esta já passou pelo crivo das urnas e obteve um resultado pífio – também provocado pela divisão das esquerdas à época.

Agora, o próprio PSOL ameaça implodir apenas pela constatação óbvia – feita por Heloísa Helena – de que a candidata do PV é muito mais relevante do que o “ilustre desconhecido” Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). Não que Plínio seja alguém sem relevância ou realmente desconhecido. Mas, é inegável que entre Plínio e Marina, esta última ganha “de lavada” em matéria de reconhecimento nacional, imagem carismática e relevância no atual cenário político.

Assim, como nas eleições que antecederam a tomada de poder de Lula, a “esquerda” se divide e reduz a sua força para deixar o caminho aberto para o PT transformar a eleição num plebiscito e vender a idéia de que apenas ele é “de esquerda” e o PSDB é o fantasma “da direita”.

Enquanto isso; PSDB, DEM e os outros partidos que teoricamente fariam o contraponto aos desvarios autoritários do PT e do radicalismo inconseqüente do PSOL também se declaram “de esquerda” em sua essência por serem partidos com profunda “preocupação social”.

Nisso tudo, o único pensamento que me conforta (ou atormenta – por lançar-me na desesperança e na perspectiva de que nada mudará tão cedo – pelo menos para a melhor) é o mesmo citado pelo Guto Cassiano. Como ele diz ( e me parece cada vez mais evidente) em relação a política nacional no Brasil; a única diferença entre “de esquerda” e “de direita” é ditada pela mão que se usa para roubar e enganar o povo. Além disso, a conclusão óbvia é de que os partidos “de centro” são, na verdade, ambidestros.
Pense nisso.