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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Projeto Ruas do Povo causa Dano Ambiental ao Igarapé Santa Rosa

Considerado um dos projetos de maior alcance popular e político o projeto “Ruas do Povo” é  visto pelo  Governo do Estado e pelos prefeitos dos municípios  que estão sendo beneficiados, como uma “carta na maga” ou uma “tábua de salvação” para as próximas eleições municipais, já que  o projeto atinge diretamente um grande numero de pessoas é de se esperar  que  imbuídos   por um espirito  obrigação em retribuir as benfeitorias a população possa direcionar seus votos aos candidatos apoiados pela administração estadual.

É inegável que o projeto em si é de uma importância e necessidade tamanha, prova disso  são as condições em que se encontravam as ruas beneficiadas, em especial as ruas da “terrinha” em que tenho conhecimento. Porém o projeto começa a apontar alguns problemas. Estive recentemente em Assis Brasil e pude constatar em rápida conversa com alguns moradores  que os mesmos começam a se queixar que um dos problemas após a pavimentação é que o nível da rua ficara mais alto que de seus terrenos oque está causando com as primeiras chuvas um represamento das aguas nos quintais e esquinas. Em Brasiléia a grande discussão é qualidade dos serviços, já que algumas das primeiras ruas beneficiadas a menos de 2 meses  atrás  começam a mostrar problemas estruturais, inclusive com a necessidade de alguns “remendos”.

Em Xapuri além dos problemas de algumas reclamações sobre a “qualidade” dos serviços principalmente de acabamento está agora o de crime ambiental. A empresa  responsável pela pavimentação dos 8 km de ruas de Xapuri, capta através de caminhão “pipa” agua para compactação do solo a ser pavimentado  no igarapé Santa Rosa, logo após o término da Rua Rótere no  Bairro Cerâmica, porém o que está mais do que provado que de forma criminosa está danificando aquele recurso hídrico além de contaminação do solo e de animais.
Após ter recebido a denuncia (inclusive com fotos para efeito de comprovação) de que a empresa estaria de forma desrespeitosa derramando óleo queimado à margem daquela corrente de agua, fiz uma visita no local e constatei  sem cuidado algum a bomba de sucção é abastecida praticamente dentro do igarapé o que a cada procedimento boa parte do combustível , vai diretamente para dentro d’água.  Nas imediações das margens é visível  a quantidade de óleo queimado espalhado pelo chão, que chega inclusive a formar um pequena crosta que seque pelo declive diretamente para  o igarapé.
Em alguns pontos próximos à ponte Santa Rosa (local da captação de agua), é possível constatar uma  crosta superficial sobre a agua de produtos oleosos, que em decorrência da quase inexistente correnteza  está estagnada em vários pontos ao longo da extensão da corrente de agua.
Não é a primeira vez que o Igarapé Santa Rosa sofre tamanha agressão, devido quase toda sua  extensão estar   dentro de campos, nos últimos anos sofreu com a extinção de sua mata ciliar o que o levou a uma redução no volume de agua e no movimento de sua agua. Outro grande impacto fora o despejo de resíduos de material sintético de alguns postos de lavagem (diques)  no seu leito, porém o que e é vergonhoso nesse caso é que a agressão parte diretamente a partir de um projeto de Governo.
Em 2009 e 2010, projetos de revitalização do Igarapé Santa Rosa foram inclusive aprovados com recursos  públicos, porém as ações resumiram a algumas visitas in loco, fotinhas e festival de diárias, porque nada de efetivo fora desenvolvido, com exceção de discursos e marketing nada de concreto é possível  ver dos recursos utilizados.
Em 2003 em uma atividade acadêmica percorremos boa parte da extensão daquele Igarapé e naquela época contatamos que o órgão ambiental local (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) sequer sabia onde nascia e onde terminava o igarapé e de que naquela época não havia nenhuma atividade voltada para aquele recurso hídrico, o que me faz lembrar que diante dos fatos nada mudou acredito que se atualmente haja algum estudo ou ação por parte da pasta do Meio Ambiente local, deve estar mais do que esquecida.
Acredito que antes de mais nada, está mais do que na hora do Ministério Público e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente tomar as providências cabíveis necessárias, ou só porque o dano ambiental é em decorrência a  execução do Programa de Governo do Tião Viana pode?
E depois ainda insistem em dizer que Xapuri é cidade ecológica. Imaginem se não fosse!!!

Acre é o terceiro estado com mais casos de agressão à mulher, aponta estudo

Um estudo comparativo elaborado pela Secretaria de Políticas Públicas revela que o Acre é o terceiro estado do país com mais casos de agressão à mulher, ficando atrás apenas de Sergipe e Maranhão.
Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres foram assassinadas no Brasil. O estudo comparativo entre os meses de janeiro a julho de 2009 e 2010 foi o último publicado e adotado como referencial até a próxima publicação. Nele, o Acre figura como o 3º estado onde mais as mulheres são agredidas, ficando atrás apenas de Sergipe e Maranhão. Uma pesquisa da Contag revela o quanto os números oficiais estão longe da realidade. De acordo com os resultados obtidos 22,8% das mulheres agredidas não tomam nenhuma providencia a respeito dos abusos sofridos, e, entre as que denunciam, apenas 3,5% abrem inquérito policial. Em 82,2% dos casos o agressor e o companheiro ou ex.

As notícias recentes informam do crescimento de agressões contra a mulher em todo o Estado. Só em agosto e setembro, Sena Madureira registrou 18 casos na unidade. Nesta semana, a agressão a uma grávida em Feijó, que foi atacada a facadas pelo companheiro, estarreceu a sociedade.

A gravidade da situação levou a um encontro da secretária da Mulher, Concita Maia, com a deputada federal Perpétua Almeida. Juntas, elas traçaram um plano de combate à violência contra a mulher. O plano deve levar para os bairros da Capital mutirões pluri-institucionais com o objetivo de enfrentar o problema.

O objetivo é fazer um enfrentamento de todas as formas de violência presentes na sociedade: a violência social, a cultural, a econômica que muitas vezes não são evidenciadas como deveriam. Por exemplo, apesar de as mulheres estudarem mais que os homens, recebem menos que eles, trabalhando nas mesmas funções. Em média, as mulheres ganham 40% menos que os homens.

“Essa é uma forma de violência institucionalizada na sociedade machista, que apesar de ilegal, porque na justiça a mulher ganha à causa por discriminação, ainda e fartamente praticada no Acre. O que é uma dupla injustiça porque na maioria das vezes essas mulheres discriminadas e com salários insuficientes sustentam as famílias”, desabafou a Perpétua Almeida, que se colocou à disposição da secretaria para enfrentar a situação.
Juntas elas pretendem lançar o Plano de Combate a Violência contra a Mulher nos bairros da capital. O programa amplo visa também identificar e divulgar novas oportunidades de trabalho para mulheres, incentivando-as a buscar alternativas de geração de renda
(Assessoria)