Um estudo comparativo elaborado pela Secretaria de Políticas Públicas revela que o Acre é o terceiro estado do país com mais casos de agressão à mulher, ficando atrás apenas de Sergipe e Maranhão.
Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres foram assassinadas no Brasil. O estudo comparativo entre os meses de janeiro a julho de 2009 e 2010 foi o último publicado e adotado como referencial até a próxima publicação. Nele, o Acre figura como o 3º estado onde mais as mulheres são agredidas, ficando atrás apenas de Sergipe e Maranhão. Uma pesquisa da Contag revela o quanto os números oficiais estão longe da realidade. De acordo com os resultados obtidos 22,8% das mulheres agredidas não tomam nenhuma providencia a respeito dos abusos sofridos, e, entre as que denunciam, apenas 3,5% abrem inquérito policial. Em 82,2% dos casos o agressor e o companheiro ou ex.
As notícias recentes informam do crescimento de agressões contra a mulher em todo o Estado. Só em agosto e setembro, Sena Madureira registrou 18 casos na unidade. Nesta semana, a agressão a uma grávida em Feijó, que foi atacada a facadas pelo companheiro, estarreceu a sociedade.
A gravidade da situação levou a um encontro da secretária da Mulher, Concita Maia, com a deputada federal Perpétua Almeida. Juntas, elas traçaram um plano de combate à violência contra a mulher. O plano deve levar para os bairros da Capital mutirões pluri-institucionais com o objetivo de enfrentar o problema.
O objetivo é fazer um enfrentamento de todas as formas de violência presentes na sociedade: a violência social, a cultural, a econômica que muitas vezes não são evidenciadas como deveriam. Por exemplo, apesar de as mulheres estudarem mais que os homens, recebem menos que eles, trabalhando nas mesmas funções. Em média, as mulheres ganham 40% menos que os homens.
“Essa é uma forma de violência institucionalizada na sociedade machista, que apesar de ilegal, porque na justiça a mulher ganha à causa por discriminação, ainda e fartamente praticada no Acre. O que é uma dupla injustiça porque na maioria das vezes essas mulheres discriminadas e com salários insuficientes sustentam as famílias”, desabafou a Perpétua Almeida, que se colocou à disposição da secretaria para enfrentar a situação.
Juntas elas pretendem lançar o Plano de Combate a Violência contra a Mulher nos bairros da capital. O programa amplo visa também identificar e divulgar novas oportunidades de trabalho para mulheres, incentivando-as a buscar alternativas de geração de renda
(Assessoria)
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