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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Charge do Dia!!!


Flagra Complicado!!!

Mente que eu gosto: Porque acredito também em Papai Noel, Matita Pereira, Saci Perêrê, Coelhinho da Páscoa, então porque não acreditar mais uma vez que a saúde do Acre vai de vento em polpa....


 Estive lendo uma reportagem do Jornal O Rio Branco Net, de autoria da jornalista Ray Melo, que falava a respeito de uma visita do Deputado Walter Prado à unidades de saúde de Rio Branco e sobre sua impressão de que o Acre, poderá ser um dos melhores sistemas de Saúde do País.

A priori, isso soa como um horizonte que verdadeiramente deveria ser possível de alcançar, porém somos sabedores que isso não passa de uma balela politiqueira por parte do senhor Deputado em ano eleitoral, ou já nos esquecemos da prolatada saúde de Primeiro Mundo divulgada pela admnistração estadual em relação ao sistema de saúde do Acre.

Com todo o respeito ao Deputado e Delegado Walter Prado, o senhor entende é de segurança pública porque de saúde, o senhor está por fora, como diria nossa juventude. Temos uma saúde capenga em todo o estado, com péssimo atendimento, com diagnósticos duvidosos, porque pessoalmente já fui vítima de tamanhos equívocos  na área médica desse Estado. Como pode um sistema alcançar ou querer calgar posição de respeito num sistema nacional de saúde, se até pacientes com parada cardio respiratória, ainda são transportados em carros particulares, porque o serviço SAMU, ainda é deficiente nesse Estado. Como pode falar em qualidade de saúde se vemos pacientes com complexibilidade baixa, morrendo na Fundação hospitalar por falta de atendimento? Para que tentar enganar as pessoas, se o atendimento na grande maioria dos hospitais desse estado, inclusive no Pronto Socorro é péssima qualidade? Não sei pra que aqueles profissionais do Humaniza SUS? Deveria ser "Inferniza SUS".

Ora bolas, não é prédio bonito que vai melhorar o sistema de saúde do nosso Estado, é investimento senhroes políticos, é qualificação profissional e acima de tudo valorização do ser humano, tanto dos profissionais, quando dos usuários, coisa que infelizmente não acontece. em uma avaliação mais contextualizada, digo sem medo de errar que os hospitais e pontos de atendimento nos municipios de interior atendem com muita mais qualidade do que propriamente Rio Branco.

Então o que vejo nas impressões da "pseuda" preocupação do Deputado em questão, ou é uma intenção politiqueira ou a tentativa de enaltecer, ou promover alguem, e isso é inadimissivel... é vergonhoso e acima de tudo é um conto da carochinha....

Ah e para efeito de informação, o Deputado Walter Prado compõe a base aliada do Governo do estado do Acre, o que explica e muito a sua impressão da bela saúde do nosso Estado, garanto que ele não utiliza o SUS...

Veja na íntegra a reportagem a que me refiro...
Walter Prado diz que sistema de saúde do Acre poderá ser um dos melhores do País

Ray Melo,
Do oriobranco.net
Deputado visita unidades de saúde e avalia de forma positiva os investimentos do Estado no novo sistema público de saúde. Seguindo o cronograma de trabalho estabelecido para o recesso parlamentar, o deputado Walter Prado (PDT) continua as visitas nas unidades de saúde de Rio Branco. O parlamentar destacou a captação de recursos do senador Tião Viana (PT), que vem possibilitando novos investimentos e a modernização do sistema em todo o Estado.

Outro ponto, que segundo o deputado, merece ser elogiado, é o trabalho do secretário Adjunto, Sérgio Roberto, “que sem aparecer, mas com muita competência, revolucionou a forma de administrar a saúde pública do Acre”. Atualmente vinte e três unidades de saúde criaram seus Conselhos Gestores, o que tem agilizado no planejamento e na definição das prioridades de ação.

“O senador Tião Viana trabalha com determinação. Com o uma equipe afinada, comandada pelo secretário Adjunto, Sérgio Roberto foi desencadeado o processo de gestão democrática e autonomia financeira, dando maior e eficiência na resolução dos problemas. Visitei várias unidades de saúde, em Rio Branco e constatei que a aplicação correta dos recursos, em médio prazo vai garantir a qualidade tão almejada pela população”, disse Prado.
O deputado acha precipitada a avaliação imediata, dos serviços implantados, mas avalia de forma positiva a população poder opinar e participar de forma direta, nas soluções e adaptações necessárias para a área de saúde. A saúde vem recebendo consideráveis repasses. De 2007 até Novembro de 2009, as unidades descentralizadas, já somam mais de 100 milhões de reais, em recursos. “Ainda temos muito a avançar, mas temos representantes determinados e qualquer avaliação imediata é precipitada. A população precisa participar, dar sugestões e num futuro próximo colher os frutos dos investimentos públicos”, comentou Walter Prado.

As metas foram estabelecidas, e segundo Prado, o desafio maior é a construção das unidades de saúde, um trabalho de alta complexidade. Com a construção do novo Pronto Socorro, o modelo implantado na capital, poderá ser implantado com sucesso, no interior do Estado, levando a toda população, serviços de qualidade na área de saúde.

“As Unidades de Pronto Atendimento (UPA), já fazem parte da realidade dos acreanos. O governo modernizou a forma de fazer saúde pública no Acre. O ano de 2010 será para consolidar e adaptar as formas de atendimento do novo sistema de saúde. Acredito que a obra do novo Pronto Socorro da capital será de fundamental importância. A população poderá contar com um dos melhores serviços de saúde do País” comemora Prado.

Walter Prado acredita que o próximo governador eleito, encontrará as melhores condições possíveis, para gerir o sistema, que segundo ele, até o final de 2010, estará pronto e funcionando com toda sua capacidade. “Para que a rede funcione, é preciso envolvimento e parceria de todas as unidades de saúde do Município e do Estado. Todo o sistema estará pronto e funcionando em sua plenitude, até o final de 2010. O próximo governador vai assumir com poucos problemas a serem resolvidos na área de saúde”, finalizou.


Agencia de Notícias do Acre
Estado atende atualmente 160 mil alunos em 256 escolas.
Os pais dos alunos que terminaram o ano letivo na rede estadual de ensino não precisam ir às escolas para fazer matrícula. O procedimento de validação da matrícula, neste ano, será feito automaticamente pelo sistema informatizado. A transferência eletrônica permite, de acordo com a coordenadora do Sistema de Gestão Escolar da Secretaria de Educação, Katiusia Paula de Souza, maior rapidez no processo de matrícula. “As matrículas escolares de alunos da rede estadual de ensino serão efetivadas automaticamente. Nosso foco é diminuir as filas e evitar transtornos”, esclarece a coordenadora.

As transferências também serão automáticas quando, por exemplo, o aluno terminou o último ano do ensino fundamental, e a escola não disponibilizar o ensino médio. A transferência será feita dentro do quadro de vagas de cada instituição de ensino.


As matrículas para novos alunos serão realizadas no período de 18 a 22 de janeiro nas próprias escolas. No ato da matrícula são necessários o comprovante de residência e certidão de nascimento do aluno. Jean Mauro, diretor de Gestão da Secretaria de Educação, destaca que a modernização do sistema garante o controle dos resultados das políticas que estão sendo adotadas na educação do Acre, na medida em que aponta a quantidade de alunos aprovados e faz o cálculo da necessidade de vagas, suprimindo a totalidade das demandas.

O Sistema Integrado de Gestão Escolar é um programa de gerenciamento acadêmico, desenvolvido pela Gerência de Tecnologia da Informação da SEE, e visa proporcionar agilidade e eficiência na gestão educacional no que diz respeito a matrículas, histórico escolar, relatórios gerenciais e demais documentos referentes à vida acadêmica.


O aumento do número de matrículas realizadas no Acre foi confirmado pela divulgação dos dados do Censo Escolar, que mostra os dados estatísticos de todo o país. O crescimento das matrículas foi de 2,7% em 2008, o terceiro melhor desempenho do país e o 1º do Norte. No ensino fundamental o incremento foi de 6,6%, sendo o segundo do Brasil e o 1º do Norte e no ensino médio, o aumento foi de 8,1%, o melhor entre todos os Estados.

Grifo meu: Agora é esperar para ver essa tecnologia toda de fato acontencer, já que infelizmente o que temos visto nas nossas escolas são na verdade os recursos tecnocnológicos não sendo utilizados por falta de recursos humanos devidamente qualificados, ou porque os instrumentos estão ultrapassados!!!

Coisas da Política Acreana

 Por: Luis Carlos Moreira Jorge
Candidato dele mesmo

Um tucano emplumado fez ontem o comentário: “o Tião Bocalom não tem o apoio dos deputados Donald Fernandes e Luiz Gonzaga, do Márcio Bittar, da Toinha Vieira, do José Vieira, do Normando Sales, na sua ânsia de disputar o governo. O Bocalom, no PSDB, é candidato dele mesmo”. Pelo comentário, o ninho tucano virou casa de caba.

Esta é a questão
Mas, uma coisa ninguém pode tirar do Tião Bocalom: é tinhoso!. Não é de hoje que os seus adversários tentam lhe tirar da presidência do PSDB e não conseguiram o intento.

Sendo sincero
Para ser sincero, ainda tem uma pessoa que defende sua candidatura ao governo: deputado federal Sérgio Petecão (PMN).

Só deu ele
Recebo a revista “O Acre em Copenhague”. Nas dez páginas da publicação do governo estadual, o governador Binho Marques aparece em quatorze poses fotográficas.

Quem lê
É o tipo da publicação que só lê quem a redigiu, quem revisou e quem mandou fazer.

Respeite seu companheiro!
Marcus Vinicius, historiador petista, deveria ter cautela ao se referir negativamente ao ex-governador Orleir Cameli. O “Barão” é hoje o “guru nórdico” do PT no Vale Juruá.

Aliado antigo
É uma aliança que vem dos três últimos meses do governo Cameli. Se a sua gestão fosse tão desastrada, esta simbiose com o PT não haveria e não perduraria até hoje.

Fechado em copas
O ex-governador Jorge Viana continua fechado em copas quando se trata do nome para a segunda vaga do Senado na FPA. Como curió em muda, não emite um pio.

Após o carnaval
Esta é uma definição que vai ser empurrada pelo PT para depois do carnaval.

Porta-bandeira
Encontro o Abrahim Farhat, petista histórico, que vai logo pedindo: “Lhé, coloque na sua coluna que no PT sou um dos maiores defensores de uma aliança com o PMDB”.

Comentários uníssonos
Já entrevistei as principais lideranças da oposição e não ouvi de nenhuma delas um só comentário elogioso á candidatura do Tião Bocalon (PSDB) ao governo.

Não pode criticar
São críticas, se válidas quanto ao fato de Tião Bocalon colecionar desafetos, por outro lado, em termos de densidade, a candidatura do Rodrigo Pinto (PMDB) não lhe supera.

Seis por meia dúzia
Colocar o Rodrigo como candidato único da oposição não é garantia de uma vitória ao governo. Eleitoralmente, trocar o Bocalom pelo Rodrigo é trocar seis por meia dúzia.

Grande dilema
Este é o grande dilema. Para se sacar a candidatura de Tião Bocalom ao governo a oposição teria que ter um nome com maior densidade eleitoral, e não tem este nome.

Fora do processo
Teria se um Flaviano Melo (PMDB) e um Márcio Bittar (PSDB) fossem postulantes ao governo, mas estes estão fora do processo da disputa.

Ponto de segurança
É exatamente neste fato político que Bocalom se apega para manter sua candidatura ao governo contra tudo e contra todos dentro da oposição.

Aguardando respostas
Mandei umas perguntas não combinadas á senadora Marina Silva (PV). Como não são melosas, como as que costumam lhe fazer, não sei se ela vai responder.

Campo minado
Sena Madureira virou um campo político minado, dividido entre o grupo do ex-prefeito Nilson Areal e do atual prefeito Wanderley Zaire, por conta do rompimento de ambos.

Fogo cruzado
Se acontecer uma nova eleição em Sena Madureira, de qual lado ficarão os dirigentes do PT: com Nilson Areal ou com Wanderley Zaire?. É a grande pergunta.

Capítulo inicial
Este é um capítulo de uma novela belicosa que apenas está começando.

Não pode se criticar
Todo prefeito se cerca de pessoas de sua confiança, por isso não há como criticar o prefeito Wanderley Zaire pelas mudanças efetuadas no secretariado.

Jogo político
Isso fez e sempre fará parte do jogo político, esteja quem estiver no poder.

Gente de valor
É salutar quando se vê a ex-governadora Iolanda Lima voltando á política, porque entrou honesta e saiu honesta do governo, o que geralmente não é muito comum.

Novo rumo
Normando Sales (PSDB) virou candidato a deputado estadual. Ao contrário de quando era postulante ao Senado, para a Aleac tem chance.

Não é delagacia
Chega e-mail de Tarauacá enviado por um vereador sobre um empresário que espanca a mulher em via pública. Meu caro vereador, isso aqui não é Delegacia da Mulher!

Partidos e Candidatos começam o ano de 2010 aguardando para fechar alianças políticas


Por: Stalin Melo
Do oriobranco.net
O ano de 2009  terminou praticamente como começou. Sem muita movimentação e, à exceção da desfiliação da senadora Marina Silva do PT e o lançamento da sua pré-candidatura à Presidência, sem grandes novidades. À oposição faltou cabedal para se articular melhor no cenário político para 2010. Aos dirigentes da Frente Popular – a coligação governista – interessou mais deixar tudo como está para ver como é que fica.

Nesse cenário de pedras de jogo do xadrez que quase não se movimentam é que o ano de 2010 vai começar a funcionar a partir de fevereiro, quando terminar o recesso legislativo e quando o calendário eleitoral do Tribunal Eleitoral obrigar partidos, coligações e candidatos a definir quais rumos seguirão até outubro.

Há nove anos sem ganhar uma eleição majoritária de grande porte no Estado, os partidos de oposição insistem na tese de lançar mais de uma candidatura ao governo quando o cenário político tende claramente a uma polarização política. Unida, pode virar o jogo que, por enquanto, está desfavorável. Mas da maneira como insistem em caminhar alguns dirigentes podem permanecer mais alguns anos fora do poder.

Do lado do governo, o candidato majoritário está praticamente definido – o senador Tião Viana (PT) – que em tese ainda tem mais quatro anos de mandato. Também está definida, por enquanto, a primeira vaga ao Senado – o ex-governador Jorge Viana – mas a segunda vaga ainda permanece aberta. Nesse quadro, antecipar o debate não é algo que interessa politicamente aos dirigentes dos partidos governistas.

Mas nem tudo são flores para o governo e nem tudo são espinhos para a oposição que, no Acre, segundo alguns analistas políticos, sai para o embate com pelo menos 40% dos votos (percentual que tem se repetido nas duas últimas eleições majoritárias). O caso mais evidente de que um olhar mais atento pode mostrar uma outra realidade política foram as eleições extraordinárias ocorridas em Feijó em novembro passado.

Isso não significa que o candidato da Frente Popular não entrará na disputa do ano que vem como favorito. Em tese, o senador Tião Viana terá à sua disposição uma poderosa máquina governamental trabalhando para elegê-lo e uma memória eleitoral de, pelo menos, duas eleições majoritárias bem sucedidas. O problema, nesse caso, fica por conta do “cansaço” do poder.

Tião Viana terá que explicar aos eleitores do Estado por que os três mandatos da Frente Popular (dois do irmão Jorge Viana e um do governador Binho Marques) não foram ainda suficientes ainda para colocar o Acre em uma situação social e financeira melhor e explicar por que o desenvolvimento sustentável, por aqui, ainda é apenas uma mera retórica no discurso oficial.

Mas a oposição tem problemas. Problemas para apresentar uma alternativa econômica e social melhor para o Estado e mostrar que pode fazer uma administração mais eficiente. Vive assustada com os “fantasmas” do passado, com um currículo que também não é muito melhor do que o apresentado hoje pela Frente Popular.


FPA: candidaturas pré-definidas
Pelo menos no que diz respeito à candidatura ao governo, a Frente Popular saiu na frente da oposição. Desde o final de 2008 era apontada como certa a pré-candidatura do senador Tião Viana (PT) ao governo do Estado. Não que essa indicação tenha surgido de uma discussão democrática interna, mas porque o peso dos caciques políticos da coligação é bem maior.

Nesse sentido, Tião Viana tem percorrido todos os municípios do Estado. Oficialmente não faz campanha. Tratam-se de visitas como parlamentar, mas por onde passa deixa não somente os remédios do programa “saúde itinerante”, mas também a mensagem subliminar da sua condição de pré-candidato. E por diversas vezes a oposição tem denunciado essa “desvantagem” na tribuna da Assembléia Legislativa (Aleac).

Em todo o caso, não se pode dizer que não há consenso. Ao contrário, palavra firmada, compromisso realizado. Os dirigentes da Frente Popular têm feito questão até mesmo de desmentir boatos de que o ex-governador Jorge Viana poderia concorrer novamente ao cargo. Jorge, em princípio, é o candidato “natural” da coligação a uma das vagas ao Senado. É apontado como favoritíssimo e o terno da posse no dia primeiro de fevereiro de 2011 no Senado estaria apenas contando os dias para sair do armário.

Não que falte projeto político à oposição, mas falta essa unidade consensual dentro dos partidos que almejam voltar ao poder. Na frente popular a ordem é não brincar com as pré-candidaturas e, nesse caso, a estratégia para 2010 é colocar panos quentes na proposta do deputado federal Fernando Melo (PT) de realizar uma pesquisa para ver quem disputará, pela coligação, a segunda vaga ao Senado.

Entre os dirigentes, há um interesse muito maior de patrocinar a pré-candidatura do presidente da Aleac, Edvaldo Magalhães (PC do B), ao Senado. Por dois motivos importantes. O primeiro porque a escolha contempla, de cara, um forte e importante aliado da coligação. E segundo porque Edvaldo Magalhães, intrinsecamente à realização do programa Assembléia Aberta, dissemina o seu nome – como faz e faria qualquer político – por onde passa.

Já o debate em torno do lançamento da pré-candidatura do deputado federal Henrique Afonso (PV) está praticamente fora de cogitação. Nem ele mesmo ainda se decidiu – possa ser o que faça em 2010 – sobre a disputa da vaga do Senado. Quem faz isso por ele são seus aliados, os dirigentes das principais igrejas evangélicas do Estado, que aliás, não ratificaram sua decisão de permanecer na frente popular depois que decidiu deixar o PT, partido pelo o qual se elegeu em 2006.


Oposição: a salada completa
Entre os partidos de oposição, até o presente momento, não há qualquer definição sobre candidaturas. O tucano Tião Bocalom, desde que perdeu as eleições municipais de 2008 em Rio Branco para o prefeito Raimundo Angelim (PT), tem se apresentado como o candidato preferencial das oposições. O discurso deu acerto até mais ou menos o meio do ano. De lá para cá, o PMDB não tem mostrado muito a vontade para dialogar com os tucanos, principalmente com o grupo político do próprio Bocalom.

Nesse contexto, aparece a pré-candidatura do vereador Rodrigo Pinto que é importância para os peemedebistas por pelo menos dois motivos. O primeiro porque coloca para a militância a tese – sempre defendida – de que o PMDB precisa ter uma candidatura majoritária própria. E a segunda é que joga para escanteio qualquer acordo com os tucanos.

A caravana da democracia, cuja versão se iniciou na pré-campanha de 2006, voltou a se repetir este ano. Só que agora com um discurso um pouco diferente. Os dirigentes dos vários partidos pregaram a unidade das oposições ao mesmo tempo em que não abdicaram da candidatura própria ao governo. A formação de uma chapa única, defendida por um setor importante das oposições, ainda parece uma onda no mar das indefinições.

A falta de diálogo ao governo não representa quase nada diante da indefinição quanto às vagas ao Senado. Os tucanos chegaram a ensaiar uma prévia para saber quem seria o escolhido para disputar o cargo. Venceu o ex-deputado Sérgio Barros, contrariando as expectativas iniciais do grupo político ligado a Normando Sales. Quem assistiu a tudo isso de camarote foi Marcio Bittar.

Inicialmente, ele pretende disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados, mas não esconde de ninguém o desejo de concorrer a uma vaga ao Senado, desde que seu nome seja consensual. Por esse caminho a trilha política está muito mais demorada. Nem Barros, nem Sales e nem mesmo o empresário Fernando Lage desistem da idéia de concorrer ao cargo. Isso sem falar que ainda tem o deputado estadual Luiz Calixto.

Mais comedido, entretanto, Calixto prefere deixar o debate para o ano que vem. Quadro qualificado, o parlamentar tem se mostrado fiel ao projeto político da oposição há pelo menos oito anos. Juntamente com Márcio Bittar, ele defende a tese de que os partidos de oposição devem lançar candidaturas únicas tanto ao governo quanto ao Senado priorizando, nesse caso, a definição em torno de um projeto político.

Pelo sim, pelo não, as indefinições da oposição devem ser resolvidas até o primeiro semestre. Se até lá essas questões não estiverem fechadas e os partidos decidirem mesmo lançar vários candidatos ao Senado e mais de um nome ao governo, estarão repetindo os mesmos erros de campanhas anteriores. Afinal, não são apenas nove anos repetindo os mesmos erros, mais do que isso, são nove anos sem aprender com as derrotas e com as lições das urnas.


Saudades do MDA
A última grande e importante eleição majoritária ganha pela oposição no Estado foram as eleições municipais de Rio Branco, em 2000, quando o deputado federal Flaviano Melo ganhou do então candidato Raimundo Angelim (hoje prefeito no segundo mandato) com a diferença de aproximadamente três mil votos.

Naquele momento, isso se tornou possível, mesmo com a frente popular no comando do governo desde 1999 com o primeiro mandato de Jorge Viana porque existia, com todos os problemas e diferenças, o que se chamou de Movimento Democrático Acreano (MDA). Era – e é – uma aliança desdenhada pelos governistas porque sabem que uma oposição unida é capaz de derrotar a frente popular nas urnas.

E o MDA somente se tornou possível porque havia lideranças políticos, algumas até sem mandato parlamentar, que faziam as decisões políticas acontecerem e darem certo. Era o caso, por exemplo, do empresário Narciso Mendes – hoje fora da política partidária – que tinha poder de decisão e sabia fazer a leitura de todo o processo eleitoral.

Desde então, divergências aconteceram e as lideranças de oposição não mais conseguiram se juntar em torno de um projeto político coletivo. “recriem o MDA com outro nome”, chega a sugerir um oposicionista, na tentativa de que formar uma única chapa majoritária. Os próprios números e prognósticos, em tese, ajudam os partidos, que parecem não enxergar o quadro para 2010.

Há um quadro político favorável no Vale do Juruá que precisa ser trabalhado. Em Tarauacá e em Feijó os partidos de oposição podem alargar os espaços, mas precisam melhorar o desempenho e dizer para a população o que pretendem fazer caso cheguem ao poder. Em Sena Madureira e em Rio Branco – este o principal pólo político do Estado – a situação é bastante dividida. O quadro somente é desfavorável nos municípios do Alto Acre, onde a frente popular governa todos os municípios.



O fator Marina
Mas as eleições de 2010, no Estado, terão um componente diferenciado. A frente popular, que costuma apresentar suas principais estrelas, estará desfalcada de uma delas - senadora Marina Silva – que se filiou ao PV para disputar a Presidência da República. Em tese, Marina continua na frente popular, mas suas divergências com o grupo político comandado pelo senador Tião Viana e pelo ex-governador Jorge Viana são cada vez mais latentes. Há um respeito mútuo, evidente, mas o racha político está declarado.

Tão declarado que ainda esta semana a senadora chegou a declarar que não está descartada da possibilidade do deputado federal Henrique Afonso disputar o Senado por uma raia própria, independente da vontade dos dirigentes da Frente Popular. Se isso acontecer, significa que para montar um palanque à sua candidatura à Presidência, poderá haver ainda uma candidatura ao governo, ainda que sem grande densidade eleitoral.

Quem está no meio desse caminho é o governador Binho Marques (PT). Autodefinido com um “técnico”, Binho foi alçado à condição chefe do Executivo estadual sob o teto político dos irmãos Viana e da própria Frente Popular. Entretanto, amigo e quase irmão de Marina Silva desde longa data, vive o dilema de apoiá-la no plano federal e tentar não contrariar sua linha política no plano estadual.

Como candidata à Presidência, dificilmente Marina ganha esta eleição, mas independente do resultado sairá do palco eleitoral de 2010 como uma estrela que pode brilhar em 2014 e até mesmo influenciar nas decisões políticas no Estado. Em seu caso, como está longe dos dirigentes da frente popular e não tem a menor pretensão de se aproximar do que hoje é a oposição, Marina certamente poderá criar aquilo que comumente vem a ser uma terceira via política.

Derrubada de buritizeiros em Cruzeiro do Sul mobiliza autoridades ambientais



Uma área de nascentes de igarapés em uma parte periférica do Bairro da Cohab em Cruzeiro do Sul se tornou um cemitério de buritizeiros, no local ninguém se responsabiliza pela derrubada das palmeiras.
As águas do igarapé correm entre as palhas secas e troncos de buritis que estão apodrecendo no local. Os moradores da área não se responsabilizam pelo dano ao meio ambiente, todos dizem que não sabem quem devastou o buritizal. O pedreiro Antônio Elias Pereira, explica que é contra a derrubada de buritizeiros em áreas desabitadas, mas justifica que algumas árvores precisaram ser tombadas, porque segundo ele estariam colocando em risco a vida dos moradores e principalmente das criança por ficarem bem próxima das casas.

O trabalhador braçal, José da Costa Silva, conta que mora em uma propriedade que pertence ao ex-prefeito de Mâncio Lima, Luiz Helosmân e não houve autorização para ninguém tombar as palmeiras. Ele também entende que alguns buritizeiros que estejam ameaçando a segurança das famílias devem ser derrubados.

Um pouco ao lado em uma outra nascente de igarapé, a derrubada de buritis é ainda maior e a área é desabitada, ficando mais difícil uma justificativa para os crimes ambientais. A dona de casa, Marlez da Silva Borges, que mora ao lado da devastação, explica que está a pouco tempo no local e quando chegou com a família as palmeiras já tinham sido tombadas.

Isaac Ibernon, chefe local do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC), já tomou conhecimento da situação e garante que providencias estão sendo tomadas. Ele disse que uma equipe do órgão já esteve no local com a Promotoria de Meio Ambiente e um relatório está sendo confeccionado para identificar os culpados e definir soluções para amenizar o impacto ambiental.

www.tribunadojurua.com - Genival Moura