Eleições para reitor da Ufac

Nome de eventuais candidatos ao cargo já são comentados nos corredores da instituição

Mesmo estando prevista para acontecer somente em julho deste ano, as eleições para reitor e vice-reitor da Universidade Federal do Acre (Ufac) já é um assunto bastante comentado nos corredores da instituição, principalmente após o início do ano letivo. Alunos, professores e outros funcionários especulam possíveis nomes que concorrerão ao cargo máximo da faculdade.

Entre os docentes que aparecem na lista de eventuais candidatos a reitor estão Olinda Batista Assmar, atual vice-reitora da Ufac, Carlito Cavalcante e Carlos Franco (ambos professores-doutores do Departamento de Economia) e Pascoal Muniz.

Para Olinda, independentemente de quem assuma o cargo que hoje pertence ao professor-doutor Jonas Filho (que não pode mais se candidatar, pois já está no segundo mandato), o novo reitor deve ser uma pessoa compromissada com a universidade pública e gratuita, que continue buscando articulações com poderes constituídos e dê seqüência aos bons projetos que estão em andamento na instituição.

“Hoje a Ufac está presente em todos os municípios do Estado com curso de formação de professores. Temos o curso de Economia disponível em pelos menos seis cidades acreanas, sendo que em Cruzeiro do Sul deve ser iniciado o curso de Jornalismo já no próximo ano. Paralelamente, tivemos um salto muito grande no campo de pesquisa e pós-graduação nos últimos anos, implantando diversos cursos de mestrado e doutorado e realizando parcerias nessa área com importantes faculdades do país. Esse trabalho precisa ter continuidade”, destaca a vice-reitora.

Quanto à especulação de seu nome como provável candidata, Assmar diz que as pessoas cogitam essa hipótese pelo fato de ela já ter concorrido ao cargo, além de ser a atual vice-reitora da instituição. “Ainda não decidi se serei ou não candidata. Até porque eu não sei se irão querer que eu continue atuando na reitoria”, desconversa Olinda.

Outro eventual candidato ao cargo máximo da instituição é o professor Carlito Cavalcante, que inclusive já foi reitor da Ufac. Segundo ele, a disputa para ocupar a função em questão é muito importante e abre perspectiva de o próximo reitor, com um conjunto de docentes, concretizar cada vez mais projetos para ajudar no desenvolvimento do Estado.

“Entendo que esse é um momento de construção de candidatura. Meu nome foi incentivado e acredito que é importante participar desse processo, pois a universidade passar por um essencial momento”, enfatiza Cavalcante.
De acordo com ele, o mais relevante em uma eleição para reitor é o momento em que a comunidade acadêmica discute a universidade que se almeja ter, e que caminhos devem ser trilhados para isso.

“O ideal é termos a instituição voltada para as questões regionais, porém, sem perder o caráter de universidade. Se há um grupo de pessoas acreditando que possa desempenhar um bom papel como reitor, não vejo problema algum em enfrentar esse desafio”, pontua Carlito.

O mandato do atual reitor vai até o dia 11 de novembro, sendo que a eleição para o cargo será realizada até o mês de julho, com o resultado de todo o processo eleitoral devendo ser entregue até 11 de agosto em Brasília.

Prazo para declaração de IR se encerra no fim do mês

prazo de entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF) pela internet termina às 20 horas (horário de Brasília) do dia 30 de abril. Até lá, o documento também poderá ser entregue por meio de disquete nas agências do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal ou em formulário impresso nos Correios, ao preço de R$ 3,50.

O contribuinte que deixar para a última hora correrá o risco de enfrentar congestionamento na internet ou fila nas agências dos Correios ou nos bancos. Até o final do mês anterior, mais de oito mil acreanos já haviam entregue o documento, evitando assim possíveis problemas futuramente.
No Acre, a previsão da Receita Federal é que sejam entregues aproximadamente 52 mil declarações até o término do prazo, superando assim o índice do ano passado, quando 49.217 contribuintes efetuaram o procedimento.

A multa mínima para que não declarar até o prazo é de R$ 165,74 e a máxima de 20% do imposto devido. Neste ano, a Receita anunciou alterações como a obrigatoriedade de informar o número do recibo do ano passado. Outra exigência é que as informações sobre abatimentos com despesas, como educação e saúde, venham acompanhadas do CPF ou CNPJ do beneficiário. O registro do CPF dos dependentes maiores de 18 anos também é obrigatório.

Quem deve declarar

As regras para obrigatoriedade de entrega da DIRPF não sofreram grandes alterações, estando obrigada a apresentar declaração a pessoa física que:
* Recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 15.764,28;
* Recebeu rendimentos isentos, ou não tributáveis, em valor superior a R$ 40 mil;
* Participou do quadro societário de empresa como titular, sócio ou acionista, ou de cooperativa;
* Obteve receita bruta de atividade rural superior a R$ 78.821,40;
* Teve posse ou propriedade, em 31 de dezembro, de bens ou direitos, superior a R$ 80 mil;
* Passou a condição de residente no Brasil em 31 de dezembro.

Cruzeiro do Sul, onde a porca da FPA torce o rabo

É em Cruzeiro do Sul onde a porca da Frente Popular do Acre torce o rabo. As suas principais lideranças no município tiraram o corpo fora da candidatura a prefeito. O vice-governador César Messias (PP) não quer nem ouvir falar nesta possibilidade. Seria exigir demais que abandonasse as mordomias do cargo para voltar a uma prefeitura cheia de problemas. E ademais o César é seguidor do ditado de que não se abandona um amigo no poder. Seja um novo amigo como o PT ou não. O deputado federal Gladson Cameli (PP), outro que teria uma certa possibilidade de entrar na disputa com chance também pulou fora do barco. Consta que seu pai Eládio Cameli lhe deu um puxão de orelha quando aventou a possibilidade. O tio Orleir Cameli é outro que teria ficado bravo, afinal o sobrinho serve para fazer junto com o primo César pressão política para conseguir obras para as suas empresas na rodovia 364. E se tem algo que o ex-governador adora é fazer obras públicas. Neste meio termo das discussões sobre o nome para prefeito de Cruzeiro pegaram o pobre do prefeito de Rodrigues Alves, Francisco Deda (PP), lhe deram toda corda, este transferiu seu título de eleitor para Cruzeiro do Sul certo que seria o candidato, mas os Camelis lhe deram uma rasteira. Há muito tempo os Camelis já vinham conversando com o empresário Zinho Santos (PP) para ser o candidato e o Deda comendo banha. Embora nem o Deda e nem o Zinho sejam bons candidatos, com densidade eleitoral, ainda assim o Deda com certeza teria mais votos do que o Zinho. As primeiras rodadas de pesquisas estão mostrando isso. Também quem manda o Deda acreditar em Papai Noel! O Zinho é conhecido em Cruzeiro do Sul como um empresário mal sucedido, que não conseguiu levar com sucesso os negócios do pai, que foi um abastado comerciante. Sem atributos políticos, uma pessoa que não tem trânsito no povão, que sempre viveu enfurnado na sua empresa, assim é o Zinho. O pior é que o vice-governador César Messias pegou o pobre coitado e lhe convenceu que é uma grande liderança e poderá ganhar a eleição. Nass pesquisas que eu vi sobre a eleição de Cruzeiro do Sul o Zinho puxa como diria o saudosos advogado João Aguiar, o rabagésimo lugar. Este é o quadro na FPA.

A oposição ao governo tem os candidatos favoritos a prefeito. O deputado federal Iderley Cordeiro (PPS) aparece liderando todas as consultas populares. Rompeu com o ex-deputado Wagner Sales (PMDB) . É que o Wagner espertamente tinha aceitado que fosse feita uma pesquisa de opinião pública para se saber qual a melhor das candidaturas. Aceitou quando só tinha o irmão do Iderley, o Irlândio Cordeiro, na lista. Ao tomar conhecimento que o Iderley Cordeiro seria também pesquisado pulou fora e rompeu o acordo. E agora cada um está para o seu lado. O Iderley fez uma série de promessas para se eleger, e muita gente reclama que não as cumpriu, principalmente em Cruzeiro do Sul. O Wagner Sales, ao contrário do que muita gente pensa, nunca teve excelente votação em Cruzeiro do Sul. Sua base eleitoral sempre foi o Alto Juruá, nos municípios de Taumaturgo e Porto Walter. Sua mulher foi bem votada em Cruzeiro nas últimas duas eleições, podem argumentar. Mas é bom lembrar que nas duas últimas campanhas foi vice de Flaviano Melo e de Marcio Bittar, e usou a estrutura destes candidatos para favorecer a mulher. Nada mais justo politicamente. Mas o que mais se ouve em Cruzeiro do Sul nas rodas da classe média é que Iderley Cordeiro e nem Wagner Sales seriam bons administradores.

Entra em cena a prefeita Zila Bezerra (PT) brigando pela reeleição. Os seus adversários dizem que ela não fez nada pela cidade, e que agora só começou a trabalhar devido as eleições. Ela argumenta que ao contrário, executou muitas obras só que não teve dinheiro para divulgação. Se foi isso ou não a sua imagem negativa se cristalizou. As últimas pesquisas indicam isso. Mas a Zila é uma guerreira. E como costuma dizer: “estou pintada para a guerra”. O problema é que a prefeita, e disso se queixam os que estão mais próximos dela, não tem o mínimo de organização política. Para se ter uma idéia, até para falar com ela, dizem os aliados, é a coisa mais difícil do mundo. Deu sorte de ter pegado de vice o ex-deputado federal João Tota, que tem inegável prestígio no município. Mas sem uma campanha organizada isso pode valer muito pouco. O amadorismo é um péssimo companheiro. A sua principal estratégia é falar quase sempre em suas emissoras que se mais obras não fez é porque existe uma perseguição do governo com Cruzeiro do Sul, e principalmente pelo fato dela não ser uma prefeita ligada à FPA, explorando desta maneira o bairrismo dos cruzeirenses. Também não poupa a bancada de deputados federais, aos quais costuma tratar como inimigos do povo cruzeirense. Se queixa de ser prefeita e deputado federal ao mesmo tempo. Isso é suficiente para reverter seu desgaste? O tempo dirá. Mas uma coisa é certa: se continuar fazendo uma campanha amadora, na base do improviso, sem uma boa articulação política, as suas chances de sucesso serão diminuídas. Mas a Zila é como Fenix, costuma ressurgir das cinzas. Com todos prós e contra não está fora do páreo. Mas, existe Fenix no Juruá? É a grande interrogação.

Tem ainda a candidatura do Josa da Farmácia (PTN), mas vou parar por aqui porque comentá-la seria demais para o meu colesterol.

Feijoada não é cabo-eleitoral

“Foi assim que o Jorge Viana se elegeu”. A frase dita pelo jornalista Washigton Aquino em seu programa de televisão, bem retrata o grotesco episódio da ação determinada pela justiça contra as comemorações do aniversário do PMN e do deputado federal Sérgio Petecão (PMN). Não estou defendendo que se pise no Código Eleitoral, mas a liberdade de expressão, uma garantia constitucional.l O equívoco não foi da Polícia Federal , que apenas cumpria um mandato judicial. Mas do Juiz Marcelo Coelho. O magistrado pode até estar recheado de boas intenções, até eu creio que tenha agido no sentido de evitar um crime eleitoral, mas deveria ter antes de tomar a decisão se cercado de cautela, até pelo instituto de presunção de inocência. Como diz Jack o Estripador, vamos por partes: não há nada no Código Eleitoral que impeça um partido de comemorar seu aniversário de fundação. Nem um político. Não existe candidatura nenhuma a prefeito, porque não aconteceram as convenções. Se não existe candidato não há como se punir alguém por fazer campanha. O PC do B comemorou o aniversário do partido com a presença de seus deputados, distribuindo bolo em uma solenidade na Assembléia Legislativa. O PMDB recentemente comemorou com um grande churrasco em Brasiléia uma aliança com o PTC e PSDC. O PT comemorou outro dia com bolo seu aniversário. Cometeram crimes à luz da legislação? Querem transformar a feijoada do Petecão em cabo-eleitoral? Não,é, em hipótese alguma. E por que o PMN não pode fazer o mesmo tipo de comemoração de forma tranqüila? E com mais um adendo: era também o aniversário do Petecão. Há poucos dias num programa de rede nacional o jornalista Jô Soares entrevistou o deputado federal Fernando Gabeira (PV), e este falou que era candidato, discorreu sobre suas metas para a prefeitura do Rio de Janeiro, e não se falou em punição. Estamos numa democracia, e as eleições no Acre não devem ser disputadas fora deste contexto. Qual é a influência que um prato de feijoada no aniversário de um partido pode influenciar uma disputa de prefeitura? Eleição, senhores da justiça, é uma festa, um congraçamento, não pode ser realizada sob uma camisa de força. Ou a justiça eleitoral daqui é diferente da justiça eleitoral do Rio de Janeiro que, não deu um pitaco nas entrevistas dos candidatos a prefeito Marcelo Crivella (PRB) e Fernando Gabeira (PV) na Rede GLOBO? Ou então, restaure-se a eleição biônica. Muitos como eu, que não tem nenhum compromisso com a candidatura do Petecão, não sou seu cabo-eleitoral, nunca votei nele, consideraram esta atitude uma ratada jurídica sem tamanho. Se fosse em jornalismo isso se chamaria “barrigada”. Este ato falho da justiça era comentado ontem em todas as rodas. E com reprovações gerais. Acho que merece uma posição de todos os partidos. Se hoje foi com o PMN, amanhã pode ser com outro partido.

Não sei quem fez a denúncia ao Juiz Marcelo Coelho. Custa me crer que tenha sido anônima. Mas, se quem formulou a denúncia pensou que poderia prejudicar a candidatura do Petecão, o transformou em vítima. Continuem agindo assim: é tudo que o Petecão quer. Em política, se transformar alguém em vítima é uma tremenda burrice por parte do adversário. O Jorge Viana passou o tempo todo servindo de saco de pancada, e podem ter certeza que o fato de virar vítima colaborou em muito para vencer várias eleições. O mais grave de todo este episódio é que não foi constatado nenhum crime eleitoral. E não falta de um culpado prenderam o bolo de aniversário. Escapou a feijoada porque esta já tinha sido consumida. E o anão Montana Jack, que se escondeu debaixo da mesa. Democracia política, já!

Feijoada não é cabo-eleitoral, tampouco faz campanha.

Deputada Federal Perpétua aloca R$ 1,8 milhão para novo estádio de Cruzeiro do Sul

Obra sai em 4 anos, segundo otimismo dos dirigentes. Governador receberá projeto em 30 dias

A deputada federal Perpétua Almeida confirmou a alocação de mais R$ 800 mil em emenda individual ao orçamento de 2008 para a construção do Estádio de Futebol de Cruzeiro do Sul. Este valor será somado a R$ 1 milhão alocado ao orçamento do ano passado, também frutos de emenda individual da deputada, devidamente empenhados, e aos R$ 5,7 milhões captados pelo Governo do Acre através do contrato assinado semana passada com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A deputada havia se comprometido em alocar os recursos durante uma reunião com os dirigentes da Liga Desportiva de Cruzeiro do Sul, no ano passado, quando ela ainda coordenava a bancada do Acre em Brasília. Do encontro, participaram alguns vereadores, presidentes de clubes, diretores de arbitragem e o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Edvaldo Magalhães. “Esta é a maior reivindicação de todos. A estrutura de que nós dispomos hoje é decadente, não oferece conforto nem condições dignas de um representante cruzeirense no Campeonato Acreano de Futebol”, lembrou o presidente da liga, Ailton Cassiano.

Os dirigentes da liga já informaram aos desportistas da cidade sobre a notícia, com a perspectiva de que a construção do novo estádio seja concluída nos próximos 4 anos. O projeto, sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Obras Públicas, terá sua versão final apresentada ao governador Binho Marques nos próximos 30 dias, de acordo com informações da diretora executiva da Seop, Roberta Rocha. “A arquitetura será semelhante à adotada no novo Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul”, disse Roberta.

Perpétua Almeida conseguiu sensibilizar parte da bancada acreana a também destinar verbas para a construção do estádio, que ganharia caráter regional. Enrique Afonso destinou R$ 700 mil ao orçamento do ano passado e outros R$ 800 mil para este ano; Gladson Cameli (R$ 700 mil), Fernando Melo (R$ 500,00) e Ilderley Cordeiro (800 mil) alocaram os respectivos recursos ao orçamento de 2008.