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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Imagem do Dia - Boa Companhia

(Foto: Diego Gurgel)
As margens do rio Acre convidam a um programa familiar em fim de tarde: pai e filho contemplam as águas mansas que cruzam as cidades da região leste do Estado, como a capital Rio Branco.

Governo boliviano continua expulsando brasileiros que vivem na área de fronteira

Escrito por Alexandre Lima
www.oaltoacre.com

Vivendo em barracos ao lado de um córrego e praticamente passando fome com vários filhos, duas famílias estão em terrenos localizados atrás do Bairro José Hassem, na cidade de Epitaciolândia há vários dias depois que foram expulsos da Bolívia por agentes do governo.

O caso de Marinelda Castro dos Santos, de 22 anos, casada, mãe de quatro filhos menores, carrega o quinto no ventre com cinco meses de gravidez. Contou que morava na região de Porto Rico, distante cerca de 45 km da capital de Pando, Cobija, no meio da selva boliviana há 10 anos.

Seu esposo se encontrava trabalhando em uma colônia de um parente para poder tirar o sustento dos seus filhos. Sua agonia e de sua família começou há cerca de três meses quando agentes do governo da Bolívia passaram a ‘visitar’ constantemente os brasileiros dizendo que teriam que ir embora.

Sua sobrevivência juntamente com seu esposo e filhos era tirada da criação de pequenos animais, plantação e extração da borracha e castanha. Em seu depoimento, afirmou que foram muitas visitas que passaram a ser seguidas de ameaças de morte.

Temendo por suas vidas, resolveram deixar tudo para trás levando apenas os pertences pessoais, algumas galinhas e cachos de banana. Marinelda disse ainda que existe mais brasileiros na região de ‘Caramano 35’ na estrada de Porto Rico e margens do Rio Tahuamanu, que estão sendo ameaçados mas não querem sair.

Isso acontece no exato momento em que um acordo firmado entre Evo Morales, presidente da Bolívia, e Inácio Lula da Silva, do Brasil, em recente visita ao país boliviano e comprova que seus comandados estão perseguindo os brasileiros que tem esperança em ficar.

Na quinta-feira, dia 01, uma comitiva com Diplomatas e Políticos inauguraram uma Embaixada no vilarejo batizado com o nome de Evo Morales, presidente da Bolívia, com o intuito de ajudar os brasileiros. Como foi anunciado antes, as expulsões dos brasileiros comprova que a Bolívia não tem nenhum interesse em cumprir acordos. Segundo uma ONG que está atuando na intermediação, existiria apenas cerca de 300 famílias sob risco de perder suas terras.

Somente num dia, na cidade de Evo Morales, vizinha de Plácido de Castro (Acre), cerca de 500 foram procurar esclarecimentos sobre seus direitos e se teriam alguma garantia de voltar para o Brasil, país de origem. Não se sabe ainda o número exato de brasileiros na faixa de fronteira, mas, pode ultrapassar 1.500.

Os que fugiram com medo de ser presos por estarem sem qualquer documento, falam que, quando chegava um agente do Governo boliviano nas casas, corriam para dentro da mata com seus filhos e só voltavam após saberem que estariam seguros. Isso acontece até hoje e quando são pegos, além de detidos, são humilhados até irem embora.

Enquanto isso, o Brasil continua com a política de boa vizinhança, dando guarida para milhares de bolivianos sem que nada aconteça e que vivem da ilegalidade vendendo contrabandos pelas ruas Rio Branco, da Capital do Acre, quando não, muitos são pegos tentando ingressar no País com drogas e inflando as prisões.

Enquanto isso, gente simples como Marinelda, de 22 anos, seus quatro filhos, moram num “caixote” na esperança de poder dar algo melhor à eles. Na sua memória, a frase que ficou gravada depois da última ‘conversa’ com o agente do governo boliviano: “é melhor ir embora do que correr risco de vida juntamente com seus filhos”.

Perpétua garante que brasileiros não serão expulsos da fronteira

A única decisão por enquanto é que o processo de desocupação não está definido. Não existe data para a retirada dos brasileiros do território boliviano, uma vez que estão sendo estabelecidos novos prazos
Perpétua Almeida participou da implantação do Consulado Sazonal.Autora do requerimento que pedia a criação de uma subcomissão Especial na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional para acompanhar a situação das famílias brasileiras residentes na faixa de fronteira do território boliviano, a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), fez questão de participar nesta quinta-feira (01/10), da implantação do Consulado Sazonal.

O Consulado que é diretamente vinculado ao Ministério das Relações Exteriores através do Departamento Consular de Brasileiros no Exterior, chefiado pelo embaixador Eduardo Gradilone, tem o objetivo de dar suporte às famílias brasileiras. Responsável também pela vinda da comitiva do Itamaraty, uma vez que levou o problema ao conhecimento do presidente Lula, durante uma viagem, a parlamentar comunista acompanha toda a movimentação.

"As ações foram fundamentais para restaurar a tranqüilidade na fronteira. Não podemos ser irresponsáveis a ponto de fomentar a revolta. Conseguimos acabar com o prazo que o governo boliviano havia dado para a desocupação da fronteira e estamos construindo juntos a solução, embora ainda seja necessário fazer um encontro de informações", destacou a deputada comunista referindo-se aos dados apresentados pelos representantes da OIM- Organização Internacional de Migrações.

O relatório da OIM aponta a existência de um número contestado de habitantes na área de fronteira, em parte porque o cadastramento foi feito durante o período chuvoso em que o acesso é dificultado. Muitas residências foram cadastradas apenas como fechadas, por terem sido visitadas quando os moradores estavam ausentes. Muitos brasileiros simplesmente se recusaram a responder o questionário aplicado pela OIM.

Do total de quinhentas e setenta e três famílias, cento e nove se recusaram a responder o questionário, sessenta e oito casas foram registradas como desabitadas e outras vinte e quatro residências foram dadas como abandonadas.

As discrepâncias foram detectadas pela comitiva do Itamaraty chefiada pelo embaixador Eduardo Gradilone, chefe do departamento de do Ministério das Relações Exteriores, nos quatro dias de estudo que incluíram reuniões com autoridades brasileiras e bolivianas, representantes das famílias da fronteira e membros da OIM.

A base da intermediação do ministério das relações exteriores do Brasil será divida em três alternativas: apoio e acompanhamento do assentamento das famílias brasileiras que optarem por permanecer nas agrovilas bolivianas; apoio e acompanhamento do assentamento dos que decidirem retornar ao Brasil, onde um assentamento especial deverá ser criado para acomodá-los e o acompanhamento dos processos de naturalização dos que optarem pela naturalização boliviana por possuírem esposas ou filhos nascidos naquele país.

"Existem muitos dados não esclarecidos no relatório da OIM. A permanência do consulado vai ajudar a checar todas as informações do relatório", disse o embaixador Eduardo Gradilone.
A ação diplomática que teve curso durante essa semana foi integrada pela presidência do Incra, Secretaria Nacional de justiça, gabinete de segurança da presidência da República e pela área política do Itamaraty, sob o comando do embaixador Eduardo Gradilone.

A inauguração do consulado em Puerto Evo Morales contou com a presença do ministro conselheiro na embaixada de La Paz, Alfredo Camargo, cinco deputados estaduais, prefeitos e vereadores dos municípios de fronteira, além das pessoas afetadas pela medida, em sua maioria agricultores que querem uma decisão.

O consulado começa a funcionar nesta sexta-feira (02/10) sob a responsabilidade de um funcionário do Itamaraty e de um da embaixada em La Paz. Eles vão colher as denúncias dos brasileiros, estabelecer parcerias com os órgãos que participaram do debate, distribuir material informativo e esclarecer os brasileiros.

A única decisão por enquanto é que o processo de desocupação não está definido. Não existe data para a retirada dos brasileiros do território boliviano, uma vez que estão sendo estabelecidos novos prazos. A opção de permanecer na fronteira entretanto está totalmente descartada.

"A iniciativa de instalar o consulado é de extrema importância, porque tanto os brasileiros como os bolivianos vão saber que o governo brasileiro está presente e atento às questões. Acaba com a boataria e até mesmo com o incentivo equivocado que muitos podem estar dando para a permanência dos brasileiros na fronteira estrangeira, forçando o conflito entre povos irmãos e ferindo a soberania de um país independente. Não podemos esquecer que os brasileiros que se encontram nessa situação desconfortável foram empurrados para fora do país pelo latifúndio e é dever do Estado brasileiro estender-lhes a mão, como agora está começando a fazer", comemorou a deputada Perpétua Almeida.

Coisas de Acre

Você já deve ter visto meninos e meninas da Tailândia, de Madri, de Paris, de Atenas, do Crato, de Jaboatão dos Guararapes, de Salvador, das ruas e dos morros do Rio de Janeiro. Viu também os de Heliópolis, São Miguel Paulista e até alguns da Amazônia. E os de Rodrigues Alves?

Cá estão eles, bonitos, inocentes, ao lado das mães e da professora. Rodrigues Alves é um município farinheiro com cerca de 8 mil habitantes, a 632 quilômetros de Rio Branco, capital do Estado do Acre. Fica ao lado de Cruzeiro do Sul, mais perto do Peru do que da capital do próprio estado, das grandes cidades amazônicas e alguns milhares de quilômetros distantes de São Paulo e de Brasília.

MP vai investigar compra de marmitex do restaurante da sogra de secretário

O promotor de Justiça do município de Acrelândia, Rogério Voltolini Muñoz, vai fazer uma verdadeira auditoria nas contas da prefeitura municipal do município, por conta de uma denuncia que aponta, em tese, ato de improbidade administrativa pela compra de marmitex que era feita à luz do dia, no restaurante da sogra do secretário de obras, o José Valci.
Além de notificar o prefeito Carlinhos César (PSB), o promotor requereu todos os empenhos e autorizações de pagamento, acompanhados das respectivas notas fiscais, relativos aos pagamentos desde abril do corrente ano, de despesas decorrentes de alimentação, encaminhando ainda as cópias dos procedimentos licitatórios ou a justificativa para a não deflagração dos correspondentes certames.

O fiscalizador do erário público entendeu através da denúncia, indícios de não ter acontecido procedimento licitatório, segundo Muñoz "uma vez comprovados, podem configurar improbidade administrativa por ofensa aos princípios da impessoalidade, legalidade, moralidade administrativa, dentre outros, além de, eventualmente, configurar também infração penal".

Por telefone, o secretário municipal de obras, José Vilceu, falou pouco, disse apenas que as denuncias são inverídicas e que o fornecimento de marmitex para secretaria de obras é feita através do restaurante Churrascaria Brasil. "Mas lá não é da minha sogra", respondeu Vilceu.

O prefeito Carlinhos César (PSB), ordenador de despesa da prefeitura não quis falar sobre o escândalo que pode trazer sérias conseqüências a sua administração.

Jairo Carioca - Da redação de ac24horas
js.carioca@hotmail.com

Não trabalhamos com estúpidos

Escrito por Bruno Padron, Porpeta
O treinador Hélio dos Anjos, do Goiás, soltou mais uma de suas "pérolas" em entrevista coletiva. Afirmou que não trabalhava com homossexuais ao ser perguntado sobre um suposto ciúme do elenco com relação à contratação de Fernandão. Se a homofobia fosse considerada crime, o futebol, ao menos, não reproduziria tais barbaridades.

Quando um clube anuncia uma grande contratação, daquelas de impacto, existem inúmeras decorrências da mesma. Se por um lado dirigentes e torcedores soltam fogos de artifício comemorando o feito, por outro, questões como salários pagos bem acima da média do elenco e tratamento diferenciado podem provocar crises internas entre os jogadores.

O noticiário sobre o time do Goiás vem colocando esta questão à mostra. Depois da chegada de Fernandão, após a empolgação inicial, surgiram boatos de que o grupo estava insatisfeito com a presença dele.

Principalmente porque seu salário era bastante superior ao dos outros que, até aquele momento, colocaram o Goiás entre os quatro primeiros colocados do Campeonato Brasileiro, na zona de classificação para a Libertadores. Mas também por supostos privilégios ao meia-atacante.

Fernandão não é mais um garoto. Assim como Ronaldo, no Corinthians, não pode submeter-se à mesma carga de treinamentos feita por um jovem de 22 anos de idade.

Embora se saiba que algumas estrelas do futebol, ao retornarem para campos brasileiros, inserem cláusulas em seu contrato de trabalho que lhes permitem algumas regalias, como a dispensa de alguns dias de treinamento. Será o caso?

Mas todo boato no futebol não é fruto da imaginação da imprensa. Às vezes ela aumenta, mas não inventa. A fertilidade das notícias sempre tem um dirigente ou um jogador como fonte. Em geral, tudo feito em off.

Embora muitas das notícias sejam desprovidas de averiguação, servindo apenas ao furo de reportagem, interesses eleitorais internos dos clubes ou jogadores forjando descontentamento, já de olho em alguma proposta mais interessante de outro time.

Mas quando a notícia aparece, toma conta das entrevistas e algumas respostas são exigidas pela imprensa e pelos torcedores. Daí, a depender do entrevistado, podem variar as versões ou até mesmo o tom usado sobre uma determinada versão, que pode ser previamente combinada.

Hélio dos Anjos, às vésperas de um jogo contra o Flamengo, no Serra Dourada, arranjou uma forma bastante controversa para conclamar a torcida do Goiás a comparecer ao estádio. Disse que achava uma vergonha ter goianos torcedores de times de outros estados. Gerou uma polêmica desnecessária, desrespeitando o direito individual à escolha do seu time do coração. Dito isso, mais um jogo do Flamengo no Serra Dourada com maioria rubro-negra nas arquibancadas.

Agora, ao responder sobre o suposto "ciúme" do grupo com Fernandão, Hélio afirmou que ciúme era "viadagem" e ele não trabalhava com homossexuais.

Mal sabe, ou sabe muito bem e não quer dizer, que a homossexualidade no futebol é algo mais comum do que se imagina, embora não amplamente divulgada. Ou seja, ele pode estar trabalhando ou já ter trabalhado com vários. O que o tornaria ainda um mentiroso. Além disso, já não é o único caso recente de discriminação por orientação sexual no futebol.

Até os dias de hoje, o nome do meio-campo Richarlyson, do São Paulo, não é gritado pela principal torcida organizada do clube no início dos jogos. Isso porque houve boatos, levantados por um dirigente palmeirense e negados pelo jogador, diante das ameaças dos dirigentes são-paulinos, sobre a homossexualidade do jogador. Desde então, ninguém fala mais sobre o assunto.

Pouco importa se, de fato, o jogador é ou não homossexual. Importa que o tratamento dado à questão pelo mundo do futebol é discriminatório, passando inclusive pela negação da existência "desse tipo de coisa" no futebol.

Outros, como Raí, ex-jogador do São Paulo, afirmam que a homossexualidade é freqüente no meio. Estaria mentindo? Provável que não. O que evidencia tudo que está abaixo do tapete.

Uma legislação que puna a homofobia não acabará com ela, mas pode cumprir o papel de colocar em pauta este debate, seja na sociedade como um todo, seja em meios mais hostis, como o futebol.

Algo que faria Hélio dos Anjos, ao menos, pensar duas vezes antes de falar tais bobagens. Poderia ser processado, ou até preso. Mas, com certeza, não usaria o espaço privilegiado que o futebol possui na mídia para destilar preconceitos.

Sabemos que os sexuais não são os únicos. Existe racismo, xenofobia, e todos os outros que permeiam nossa sociedade. Mas o futebol precisa dar outro exemplo, afinal os personagens da bola são referências de comportamento para muitos jovens. Hoje, infelizes referências.

Ele pediu desculpas pela declaração preconceituosa, mas as ruas provam que o limite chegou ao fim. Muita gente morre no dia-a-dia por pensamentos e atitudes estúpidas como a dele, e desculpas já não são mais suficientes.

Bruno Beneduce Padron é bancário.
E-mail: brunopadron@yahoo.com.br

Os três Brasis

Escrito por Plínio de Arruda Sampaio
A dificuldade maior para entender este nosso país é que não há um Brasil: o Brasil é três. Há o Brasil de 50 milhões de pessoas, com uma renda per capita comparável à dos países europeus de nível médio. Este país é dono de 323 milhões de hectares de terras aráveis, detentor das maiores reservas de água potável do planeta; de enormes reservas de gás combustível e de petróleo; da quarta província mineral e do décimo parque industrial do mundo. Para explorar essa riqueza, dispõe de uma força de trabalho versátil, disciplinada e dócil. A parte superior desse contingente populacional (o 1% de brasileiros, 2 milhões de pessoas) tem uma renda mensal de 20.000 dólares, que declina gradualmente até patamares de 1.500, 2000 dólares mensais – um conjunto de 50 milhões de gente endinheirada.

Este Brasil vai muito bem, obrigado. Se melhorar, piora.

O Brasil nº. 2 tem cerca de uns 120 milhões de pessoas e uma boa parte desse total não vai indo de todo mal. Ou melhor: não percebe que está recebendo uma educação insuficiente, cuidados de saúde precários, aposentadorias aviltadas, e que, amanhã, vai pagar tudo isso. Mas, hoje, o gasto que faz com o dinheiro que está recebendo é suficiente para ajudar a diminuir o impacto da crise econômica em nosso país.

O problema grave dessa porção majoritária da Nação é a alienação, no que esta tem de empobrecimento intelectual e de corrosão do caráter. O pavor de ser rebaixado ao andar térreo impede que esse enorme contingente populacional se solidarize com os marginalizados do consumo e da cidadania. Por isso, esse enorme contingente populacional constitui uma força conservadora e, em algumas situações, até mesmo reacionária.

O Brasil nº. 3 é onde uns 60 milhões de brasileiras e brasileiros amargam uma vida de frustrações e de miséria.

Este Brasil vai de mal a pior. Porém, não se dá muito conta disso, porque está recebendo um subsídio mensal do governo e, com essa quantia, engana a fome.

Uma das seqüelas perversas da sua pobreza é a cadeia de corrupção a que ela dá origem: começa quando o narcotráfico contrata o menino para fazer entrega de droga e culmina nos mais altos estratos da pirâmide social e nos escalões superiores do Estado.

Os problemas desse Brasil fraturado não são apenas a carência material dos mais pobres e o sofrimento que tal carência carreta, mas a impossibilidade de coesão social, sem a qual nenhum aglomerado humano consegue superar a barbárie e transformar-se em uma Nação civilizada.

Portanto, quem nasceu no Brasil nº. 1 carrega consigo um problema moral: a difícil opção entre o desfrutar irresponsável do seu status financeiro e social, e o arriscar carreira, status e até mais, a fim de construir com os outros dois Brasis uma Nação, autônoma, justa, solidária, capaz de partilhar da luta por uma Humanidade livre da dominação capitalista.

Dessa opção depende o valor moral de cada um dos milhões que vivem bem.