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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Morte das Tradições Culturais em Xapuri

Acredito que hoje acordei meio nostálgico, e a primeira coisa que me surpreendi ao ler a liuturgia diária é que percebi que já estamos no penultimo dia de junho, mês de festas juninas que tradicionalmente em Xapuri “pipocam arraiais por todos os lados” e estranhamente esse ano arraiais, quadrilhas, comidas típicas e outras tradições ligadas a época estão escassos, para não dizer que não ocorreu um seguer durante todo o mês. O que está acontecendo? Perdemos a memória? Ou simplesmente estão esquecendo das raízes culturais da nossa cidade?

Ocorreu-me também as lembranças dos típicos arrais e famosos da União Baiana, comunidade a 30 km de Xapuri pela BR 317, que na igreja Santa Luzia, reunia a comunidade rural desde o entroncamento ao araxá, eram noites de intensa alegria onde colonos, fazendeiros, seringueiros, autoridades religiosas e a juventude divertiam-se ao som da sonfona tocada pelo Pedro Macedo e seus companheiros. Comíamos muita pamonha, cural, milho assado, biscoitos de araruta, porco assado, aos adultos quentão, caipirinha e muito, mas muito vinho Dom Bosco mesmo. Presenciei muitas vezes a caminhada pelas brasas da Foqueira pelos tradicionais baianos e mineiros daquele lugar.

Lembrei-me que mesmo garoto e durante boa parte de minha adolescência ficávamos nesses arraiais brincado de forma saudável, sem álcool, cigarro ou outras drogas, além dos namoricos escondidos o que mais gostávamos era mesmo de ficar acordados até quase de manhã até que as tradicionais fogueiras de quase três metros estivessem somente com cinzas quentes para que pudéssemos assar batatas doces e milho verde duramente cultivado para aquela ocasião.

Eram épocas felizes que me fazem relembrar de pessoas muito trabalhadoras que ajudaram a moldar o estilo da agricultura e da cultura mineira, paranaense, baiana e mato-grossense com a já rica cultura local, pessoas como o senhor Luiz Apolinário, José Júlio, Nicesa, Henrique, Dr. Arlindo, Sebastião Tigre, José Leite, Zico Almeida, Ambrósio, Padre Danilo, Familia Maciel, Seu Arthur, Quintino Almeida, França, Familia Pereira, Sergio Persigati, Jonas, Romulado, Famlia Alves e claro minha familia como tantas outras. Famílias estas que praticamente desapareceram do município com algumas exceções.

Na cidade falar de cultura caipira e não lembrar da grande precursora seria um crime, quem não lembra com muitas saudades da Dona Raimunda Marcelino, aliás que na minha idade nunca brincou quadrilhas ou de fitas com a Dona Raimunda Marcelina nos tradicionais arraiais da Igreja Católica? Quem não recorda daqueles arrais que cada escola fazia onde era mais um momento em que toda a comunidade escolar, pais, alunos, professores, funcionários e comunidades tinham para se encontrar e bater um bom papo.

Os arraiais em Xapuri antes de mais nada eram momentos e lugares de intensa ordem democrática, onde desde as famílias mais tradicionais às mais “desconhecidas” se misturavam, onde autoridades e aqueles que causam dores de cabeças a elas se relacionavam cordialmente, onde brigas políticas eram esquecidas, discussões religiosas eram deixadas para depois, ou seja eram momentos de alegria saudável de harmonia.

Lembrei dos primeiros festivais de cultura caipira que inclusive este blogueiro juntamente com mais seis pessoas organizou no ano de 1993, contando com pouco apoio de algumas pessoas e muita força de vontade, recebemos quadrilhas 5 municipios vizinhos, tempos de Nozinho, Jubilene e sua incansável irmã, de Viviane Tenório, Gutemberg, Rosa (In memorian) entre tantos outros amigos.

Mas a ficha caiu.. Aliás os créditos.. Praticamente não temos mais nada de identificação com a cultura caipira isso porque não estamos fomentando a necessidade de passar aos jovens xapurienses de que é necessário regatarmos e mantermos algumas origens. Temos fortes laços tradicionais com a cultura nordestina e a cada dia estamos esquecendo desse alicerce que nos tornou um povo aguerrido, hospitaleiro, solícito e feliz com a vida. Percebo que não somente a cultura caipira mas outras culturas populares também estão se esvaindo, podem até dizer que é falta de apoio institucional, falta de recurso, mas infelizmente temos que observar que nos últimos anos fizemos uma dura ligação de CulturaXdinheiro e isso foi a sentença de morte de atividades culturais principalmente em Xapuri.

Devemos sim inovar, buscar outras coisas interessantes, mas jamais esquecermos das nossas tradições, talvez daqui a alguns anos, alguns de nossos jovens, filhos e garotada em geral nem saiba mais oque é festa junina.

É triste mas infelizmente é a realidade.

Xapuri, Brasileia, Assis Brasil e Senador Guiomard recebem veículos para fiscalizações de trânsito

Ação continuada pretende reforçar atividades de segurança pública nos municípios
Sete motocicletas foram entregues pelo governo do Acre, através do Detran, a batalhões de Polícia Militar, visando reforçar as fiscalizações de trânsito no interior do Estado. Desses veículos, dois foram destinados a Brasileia, um a Assis Brasil e dois a Xapuri – municípios que fazem parte do Comando de Policiamento Ostensivo (CPO) III -, além de mais dois a Senador Guiomard.

A diretora-geral do Detran, Sawana Carvalho, juntamente com o comandante da Polícia Militar, coronel Anastácio, percorreu os três municípios, evidenciando a importância de fortalecer a parceria entre os segmentos da segurança pública, para obter resultados positivos em prol da população, principalmente na área do trânsito.

“Essencialmente, o Detran é educação, engenharia e fiscalização. Por isso, ações educativas e de engenharia vêm sendo satisfatoriamente desenvolvidas nesses municípios e a entrega dessas motocicletas tende a fortificar a fiscalização que é feita”, ressalta.

“Parcerias dessa natureza são sempre bem-vindas, principalmente em nossa região de fronteira, que recebe frequentemente um grande fluxo de veículos provenientes da capital, outro municípios vizinhos e até mesmo da Bolívia. Sendo assim, esses veículos chegaram num ótimo momento e vêm se somar aos nossos esforços de intensificar a fiscalização”, afirma o comandante da CPO III, tenente-coronel Aires.

Outras seis motocicletas foram entregues anteriormente em Sena Madureira, Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul. Os próximos municípios serão Tarauacá, Feijó, Acrelândia e Plácido de Castro, num total de 11 municípios contemplados.
Igor Martins (Assessoria Detran)

MPF/AC quer que Jorge Viana e Monteiro devolvam R$ 4,6 milhões ao Estado



O Ministério Público Federal no Acre (MPF/AC) ajuizou ação de improbidade administrativa contra o ex-governador e atual senador Jorge Ney Viana Macedo Neves e seu secretário de segurança pública à época dos fatos, Antônio Monteiro Neto, por ilícitos ocorridos em 2005, quando da compra de material para o sistema de inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP/AC), cujo recurso, no valor de R$ 249 mil, era oriundo de convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça.
Ex-gestores estaduais teriam fraudado licitação em 2005
A ação narra que o ex-governador e o ex-secretário dispensaram licitação fora das hipóteses previstas em lei, bem como deixaram de observar as formalidades legais pertinentes à dispensa. A justificativa para a dispensa ilegal foi a de que haveria necessidade de sigilo para a aquisição de equipamentos para o sistema de inteligência da SSP/AC. Porém, na compra foram incluídos materiais de escritório e de consumo que nada tinham de sigilosos, tendo, inclusive, a própria Procuradoria Geral do Estado (PGE) alertado os gestores sobre a necessidade de licitação para os itens da compra que não fossem sigilosos, sendo este alerta ignorado por Jorge Viana e Antônio Monteiro.

Análise feita pela perícia da Polícia Federal demonstrou que, diferente do objeto constante do contrato, descrito como “equipamentos e materiais de inteligência”, a compra foi de materiais de investigação, perícia forense e papiloscópicos. Os peritos também afirmaram que as aquisições poderiam ser divulgadas e realizadas licitação sem comprometer a segurança nacional, dada a natureza e utilidade dos equipamentos. A análise contábil da licitação demonstrou o superfaturamento de 13 a 300% nos valores pagos, equivalente a R$ 46 mil de sobrepreço.

A ação de improbidade, assinada pelo procurador da República Paulo Henrique Ferreira Brito, demonstra que a PGE também alertou os réus para a necessidade de justificar a dispensa de licitação em favor da empresa Ferreira & Ferreira Ltda, já que na pesquisa de preços apresentada no processo havia orçamentos com preços menores que os cobrados pela empresa contratada. Por conta dos descuidos demonstrados na condução da compra, Antônio Monteiro foi denunciado pelo MPF/AC na seara criminal pelos mesmo fatos (Processo Nº 5829-32.2011.4.01.3000 - 1ª Vara Federal no Acre).

Se forem condenados, ambos podem ter que devolver o valor de até R$ 4,6 milhões, equivalentes a 100 vezes o valor do sobrepreço, além de, entre outras coisas, perderem os direitos políticos pelo prazo de cinco a oito anos e ficarem proibidos de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de até cinco anos.

Fonte: MPF/ACRE