Caros Leitores, desde a sua criação o Blog Xapuri News, o intuito sempre foi de ser mais um espaço democrático de noticias e variedades, diretamente da Princesinha do Acre - Terras de Chico Mendes - para o mundo, e passará momentaneamente a ser o instrumento de divulgação das Ações da Administração, Xapuri Nossa Terra, Nosso Orgulho, oque jamais implicará em mudança no estilo crítico das postagens.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Enquanto isso no horário da Propaganda Eleitoral!!!!

Tipos de Candidato

Charge do Dia!!!
Jornal Gazeta Online

Frases de Eleitores Xapurienses

- Após discurso enfadonho e altamente ofensivo
"Superficialmente degradante e totalmente sem sentido, ou seja isopor na agua, por que se fosse merda dissolvia e mudaria de estado, o isopor não continua na mesma só boiando"

- Após ouvir Candidato Majoritário trocando origens de recursos para aquisição de maquinário
"Se o Ministério do Meio Ambiente já dá dinheiro para comprar tratores, e se com dinheiro da Secretaria Municipal de Saude pode-se comprar vacina para aftosa, de onde sairá dinheiro para construir Escolas? Do Ministério do Turismo ou da Previdencia Social?"

-Frase filosófica de um eleitor defensor de seu candidato numa rodinha de conversa
"O homem pode defender-se dos ataques; contra o elogio ele está sempre indefeso. Agora quando ele não recebe nem ataque nem elogio, aí ele pode colocar uma corda no pescoço porque ele não vale piçirica nenhuma"

- Frase preocupante sobre o comportamento de um determinado candidato
"Pra que reclamar da postura do cara, todo mundo é culpado porque o caráter de um homem é formado pelas pessoas que escolheu para conviver." aiaiaiaiaiaiaiaiai

- Depois de um determinado Candidato a vereador ter dito que abalaria a camara se chegasse lá.
"Osama Bin Laden de Xapuri, só consequirá cumprir essa promessa se tacar uma bomba lá"

- Depois de repetir tres vezes que era um dos poucos candidatos de Xapuri que tem ficha limpa.
“Todos dizem isso. Imaginem se fossem fichas sujas"

- A mais vulgar que pude ouvir, depois de um não ao pedido feito a um candidato
"Olha, desculpe as palavras.. mas dessa vez vou escrachar… político é como ladrão porco… além de roubar deixa m…. para trás. Que me desculpem as excessões"

Xapuri e a Política do Achismo

Estou de Bom humor hoje e escreverei sobre a política palaciana Xapuriense, até porque me vejo na obrigatoriedade de expor minhas angustias. Pelo pouco que tenho frequentado os comícios dos diversos candidatos prefeitáveis de Xapuri, tenho percebido que prevalece a Politica do Achismo nos discursos. Percebi que predominantemente os nobres candidatos se utilizam do termo ...eu acho que isso está errado... eu acho que deveria ser assim... Bom nada contra os discursos, mas que deveriam pelo menos ter certeza das suas propostas, é o minim que cidadãos eleitores conscientes esperam.

Em uma desses momentos agradáveis de presença em um determinado comício pude quantificar 9 vezes a palavra "acho" no discurso de um prefeitável, ai achei demais...

Não podemos cultuar uma filosofia do achismo e sim termos plena certeza do que queremos produzir como conhecimento prático que poderá transformar sonhos em realidade, e o achismo deixa para os filósofos e pára os artistas.

Se formos conceituar literalmente oque representa esse achismo nada mais será do que uma tendência parapatológica da consciência de teorizar sem fundamento técnico e sem autovivência expressando excessivamente o ponto de vista teórico ou suposições sobre vários assuntos através da expressão eu acho que. ou seja mera criação teórica de alguma coisa que desconhecemos profundamente.

O pior de tudo isso é que em simples palavras esse achismo político nada mais é do que uma tendência em avaliar as situações segundo as próprias opiniões ou intenções, muitas vezes sem justificação, oque se torna perigoso, já que esse tipo de postura é relacionado com o coportamento de leigos e já que geralmente eles que não se reconhecem como tais, são um perigo para as campanhas. Opinam sobre tudo, sem conhecer absolutamente nada.

Se relacionarmos esse tipo de situação para a vida cotidiana podemos citar exemplificamente o efeito dos meios de comunicação na vida das pessoas. Essa relação confere a qualquer um, condições para opinar sobre programas de rádio e TV, se uma determinada logomarca ficou boa, ou se a foto de fulano foi bem tirada ou não, e etc.

Na área politica o problema surge quando uma pessoa (influente por ser amigo ou parente do candidato), sem qualquer conhecimento técnico, insiste em fazer julgamentos baseados na intuição, desprovidos completamente de vivência, ou de entendimento específico da área.

É bom lembrar que gente assim não consegue compreender que a diversificação de conhecimentos independente de experiencia ou não, é salutar para uma saudável politica, principalemnte em terras xapurienses.

Cuidado candidatos tem muita gente assim do lado de vocês, e isso pode levar vocês a uma derrota rapida e sofrida, abra o olho... Agora se esse Leigo, Achista for voce mesmo, desista, joque a toalha e pule do ring.

Falta de quitação eleitoral compromete candidaturas

Dos 258 recursos recebidos até esta sexta-feira (29) pelo Tribunal Superior Eleitoral sobre impugnação de candidaturas em todo País, 66 discutem falta de quitação eleitoral. Deste total, 18 já tiveram decisão do TSE sendo apenas uma positiva, no sentido de conceder o registro de candidatura. O restante, entre as 18 avaliadas, ficou prejudicado por falta de quitação eleitoral.

A certidão de quitação eleitoral é o documento que comprova que o cidadão está em dia com suas obrigações eleitorais e em pleno exercício de seus direitos políticos. A quitação eleitoral é um dos documentos exigidos para o registro de candidatura e, a sua ausência, é motivo para recusa do pedido pela Justiça Eleitoral.

A necessidade do documento está prevista no artigo 11 da Lei das Eleições (9.504/97). A lei, contudo, não discrimina o que caracteriza a falta de quitação eleitoral. O TSE vem firmando alguns entendimentos a partir da interpretação da legislação eleitoral.

Se o candidato não votou em eleições passadas, não justificou a ausência e não pagou multa até o requerimento do registro de candidatura, está em falta com suas obrigações eleitorais e, portanto, não recebe a certidão de quitação. Falta de pagamento de multas por propaganda antecipada ou irregular também impede o recebimento da certidão. Segundo, ainda, entendimento do TSE a falta de prestação de contas também acarreta no prejuízo da certidão.

(Fonte: ASCOM-TSE / 02.09.08 – 11h40)

Os grampos do poder paralelo

Escrito por Léo Lince
Uma frase, destacada na página de opinião da "Folha de S. Paulo" (2/9/2008), fornece a chave de decifração do atual momento político brasileiro. A professora Raquel Rolnik, estudiosa séria, afirmou que "o Estado brasileiro, em todos os níveis, perdeu a capacidade de formular projetos. Opta por uma interlocução privilegiada com os empreiteiros".

A afirmação terrível veio a propósito de um absurdo plano de obras viárias oferecido por construtoras para "servir de orientação" aos candidatos que disputam a eleição paulistana. No mesmo dia, o jornal estampa o propósito dos governadores Serra e Cabral de construir uma nova rodovia ao lado da Dutra, outro absurdo originário da mesma procedência.

O ideário da supremacia absoluta do poder privado, inaugurado na era Collor, consolidado no período Fernando Henrique e levado ao seu ponto culminante no governo Lula, está na raiz de todos os nossos desacertos, não apenas no contexto analisado pela professora Rolnik. O momentoso caso dos telefones grampeados, por exemplo, não passa de mais uma manifestação do mesmo fenômeno.

Os barões da telefonia privatizada estão em guerra. Os oligopólios que lutam para restabelecer o monopólio, desta vez privado, neste setor essencial e altamente rentável, operam na base do vale-tudo da máquina mercante. É o retorno a um contexto medieval, onde o poder dissolvente do dinheiro controla tudo. O cerne do poder público foi tomado de assalto pelos barões do poder privado, financiam o intestino grosso da pequena política e mandam nos poderes da república dilacerada.

Com os recursos da moderna tecnologia, qualquer araponga pode grampear sem autorização judicial. Tanto os que brigam entre si acoitados no aparato estatal, quanto os "empreendedores" da iniciativa privada. Os donos das empresas telefônicas, então, nem se fala. Bebem na fonte. E usam a posição privilegiada no reforço do interesse próprio. Todos se lembram, no início do processo de privatização da telefonia, dos famosos grampos da Telebrás. Até o presidente da época, FHC, foi grampeado. E os brasileiros tomaram conhecimento de expressões como "no limite da irresponsabilidade", "telegangue" e "rataiada". Agora, em vias de mais um rearranjo de poder na estrutura de um serviço público essencial que jamais poderia ser privado, retorna ao noticiário a grampolândia dos barões assinalados.

Sem poder público digno deste nome, controlado democraticamente pela cidadania e capaz de se sobrepor aos pontos fortes do poder privado, a República é retalhada em postas e se decompõe por falência múltipla dos órgãos. O mau exemplo vem de cima aos borbotões e contamina a totalidade do tecido social. Os tiranetes no varejo das drogas ilícitas, as milícias que se apropriam de territórios nas grandes metrópoles, as religiões de rebanho que montam impérios, as grandes corporações que dominam a economia, as máquinas eleitorais do interesse puro se equiparam como expressões da catástrofe que nos ameaça.

Quando o poder público se deixa dominar pela ideologia privatista, a sociedade passa a funcionar como um aglomerado de hordas. Guerra de todos contra todos, insegurança generalizada. Quando o poder soberano que emana do povo perde a primazia, tudo é permitido aos poderes paralelos dos mais variados calibres. O totalitarismo do mercado se afirma nos grampos do poder paralelo.

Léo Lince é sociólogo.