Caros Leitores, desde a sua criação o Blog Xapuri News, o intuito sempre foi de ser mais um espaço democrático de noticias e variedades, diretamente da Princesinha do Acre - Terras de Chico Mendes - para o mundo, e passará momentaneamente a ser o instrumento de divulgação das Ações da Administração, Xapuri Nossa Terra, Nosso Orgulho, oque jamais implicará em mudança no estilo crítico das postagens.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Imagem do dia!!!!

Com tantas noticias más, escolhi a foto ao ao lado para ser a imagem do dia, foto esta retirada pela querida aluna Suziane Mendes, em aula de campo realizada no final de semana passado no seringal cachoeira.

Que a beleza e a singeleza dessa pequena flor possa atrair bons fluidos positivos para o nosso dia e para esse fim de semana que se aproxima.

Abraços a Todos!!!!!

Não sei nem o que pensar mais!!!

Na noite de ontem, particpando sobre uma vídeo conferência, sobre as novas tendências de educcação baseadas na atual situação de hostilidade dos ambientes educaionais, no ambiente virtual de ensino da Usp - no qual estou tendo a grata satisfação de fazer um curso a distância - me deparei com a seguinte matéria sobre a temática extraída do jornal Globo.com: Falta Limite..., onde atenuava uma passagem com a seguinte exclamação: 'Estou com muita dor na costela', diz estudante vítima de trote no interior de SP Aluno aprovado em veterinária acabou no hospital, em coma alcoólico.Polícia e universidade investigam o caso.

Grifo meu: Fico a imaginar o ambiente familiar dos envolvidos.
Não sou chefe de familia. Mas sou filho.
E não fui criado numa família repressora.
Fui criado como um ser pensante, onde minhas opiniões eram sim respeitadas e minhas vontades também.
Mas fui criado com limites.
Quer chegar as 2 da manhã com 15, 16 anos?
Amanhã você chega a 1 e meia e se conseguir cumprir, a gente estende este limte.
Não conseguiu?
Se fudeu.
Teve um bom motivo? Qual?
Motivo aceito ou motivo negado.
Mas havia limites.
E eu tenho me perguntado se para estas pessoas não está faltando o mesmo...
Sempre fui livre, mas tive que conquistar essa liberdade. E liberdade é diferente de libertinagem, que na minha opinião é o que leva a derrocada de muitas famílias.
E respeito né? Porque, veja bem, sem respeito pelo outro, onde vamos parar?
Eu também entrei na faculdade e já saí dela.
Uma excelente faculdade.
E fiz festa. E passei por situações legais, bebi, dancei e matei formiga no grito.
E voltei pra casa feliz, e principalmnte me sentindo pleno, porque tudo isso veio para brindar a minha nova fase.
E fiz matemática hein, que não é um curso propriamente de badalações...
Mas isso que tem acontecido nos trotes é atrocidade, não é brincadeira.É maldade, não é rito de passagem.
É violência gratuita, não é comemoração.
É falta de respeito e principalmente, de limites.
Que devem sim, ser impostos pelos pais.
Volto a dizer, eu não sou chefe de familia, mas serei um dia, e pretendo criar meu filho de uma maneira que o mundo venha a se orgulhar dele. E se não se orgulharem, se não se envergonharem pra mim, já fiz um bom trabalho.
Pais, dêem limites aos seus filhos.
Não compactuem com o roubo do lápis na pré escola, com o fato deles responderem aos professores, com a brincadeira de mau gosto, com a violência gratuita.
Com a mentira, com a falta de caráter.
Não temam estar fazendo mau à eles.
Não tenham peso na consciência por trabalharem fora, e principalmente não achem que fechar os olhos para as burradas que eles fazem (e acreditem, nós fazemos burradas) é uma forma de aliviarem suas consciências pela ausência.
Porque isso, só vai fazer com que criemos monstros. E cá pra nós, se estes monstros ficassem apenas dentro de casa, sob os olhares atentos e condescendentes de seus pais, vá lá.
Mas não. Um dia, os monstros vão à rua, e daí, não sabem viver em sociedade.
Fiquei chateado com isso.
E fico ainda mais, porque sei que não será o último caso.
Vergonha!!!!

Ação conjunta entre policiais de Xapuri e Epitaciolândia, capturam homicida foragido

Por volta das 11h00 da quarta-feira, dia 20, policiais civis da cidade de Xapuri e Epitaciolândia, sob o comando do Delegado titular das cidades, Mardilson Vitorino, conseguiram prender um homicida foragido desde o mês de Março do ano corrente.
, de 33 anos, foi preso no Bairro José Braúna, em Brasiléia, onde estava escondido há cerca de um mês. Segundo informações, no dia 14 de março, por volta das 11h00, o acusado usou de um revólver calibre 38 para matar Raimundo Nonato Maciel, com um tiro no peito.

O ‘curriculum’ da vítima não era dos bons. Já havia cumprido pena por homicídio por matar um tio e estava na cidade de Xapuri aprontando poucas e boas. Desde que foi solto, já tinha furado com uma faca um homem e roubado um ancião.

Segundo relatos, quando bebia vivia aprontando pela cidade e ameaçava as pessoas espalhando o medo, até o dia em que resolveu perseguir um sobrinho de Luis até sua casa. Foi quando armou-se com um revolver calibre 38 e disparou para cima com o intuito de assustar-lo.

Após ameaças, Luiz contou que resolveu procurar o ‘brabo’ da cidade para conversar. Ao chegar em um boteco, Raimundo estava escondido atrás de monte de tijolos e partiu para cima com uma faca em punho.

Luiz ainda deu um disparo para o chão na tentativa de intimidá-lo, mas, mesmo assim foi para cima. Foi quando não pensou duas vezes e efetuou outro no peito de Raimundo que caiu sem vida, daí então, fugiu tomando rumo ignorado. O mesmo acredita que, o que fez foi em legítima defesa.

Escondeu-se em Brasiléia e comprou pistola 9mm militar argentina na Bolívia

Desde então, Luiz estava escondendo-se por Xapuri até mudar-se para Brasiléia há cerca de um mês. Nesse período, disse que havia vendido a arma que usou para matar Raimundo pela Bolívia.

Pouco tempo depois, foi até a cidade de Porvenir, distante 32 km de Cobija, capital do Departamento (Estado) de Pando na Fronteira, onde comprou a pistola calibre 9mm, de uso exclusivo militar da Argentina pelo valor de R$ 400,00.

Depois de muito investigar, os agentes civis de Xapuri e Epitaciolândia uniram força e prenderam Luiz em casa, no Bairro José Braúna, onde não esboçou reação e entregou-se aos policiais.

O homicida foi transferido para Xapuri, onde cometeu o crime por volta de 12h20 e seria ouvido pelo delegado Mardilson Vitorino, que irá transferir-lo para a Capital onde ficará a disposição da Justiça até seu julgamento.

ESTE MERECE NOSSOS APLAUSOS!

Odilon de Oliveira, de 56 anos, estende o colchonete no piso frio da sala, puxa o edredom e prepara-se para dormir ali mesmo, no chão, sob a vigilância de sete agentes federais fortemente armados. Oliveira é juiz federal em Ponta Porã, cidade de Mato Grosso do Sul na fronteira com o Paraguai e, jurado de morte pelo crime organizado, está morando no fórum da cidade. Só sai quando extremamente necessário, sob forte escolta. Em um ano, o juiz condenou 114 traficantes a penas, somadas, de 919 anos e 6 meses de cadeia, e ainda confiscou seus bens. Como os que pôs atrás das grades, ele perdeu a liberdade. 'A única diferença é que tenho a chave da minha prisão.'

Traficantes brasileiros que agem no Paraguai se dispõem a pagar US$ 300 mil para vê-lo morto. Desde junho do ano passado, quando o juiz assumiu a vara de Ponta Porã, porta de entrada da cocaína e da maconha distribuídas em grande parte do País, as organizações criminosas tiveram muitas baixas.Nos últimos 12 meses, sua vara foi a que mais condenou traficantes no País.

Oliveira confiscou ainda 12 fazendas, num total de 12.832 hectares, 3 mansões - uma, em Ponta Porã, avaliada em R$ 5,8 milhões - 3 apartamentos, 3 casas, dezenas de veículos e 3 aviões, tudo comprado com dinheiro das drogas. Por meio de telefonemas, cartas anônimas e avisos mandados por presos, Oliveira soube que estavam dispostos a comprar sua morte.

'Os agentes descobriram planos para me matar, inicialmente com oferta de US$100 mil.' No dia 26 de junho, o jornal paraguaio Lá Nación informou que a cotação do juiz no mercado do crime encomendado havia subido para US$ 300 mil. 'Estou valorizado', brincou. Ele recebeu um carro com blindagem para tiros de fuzil AR-15 e passou a andar escoltado.

Para preservar a família, mudou-se para o quartel do Exército e em seguida para um hotel. Há duas semanas, decidiu transformar o prédio do Fórum Federal em casa. 'No hotel, a escolta chamava muito a atenção e dava despesa para a PF.' É o único caso de juiz que vive confinado no Brasil. A sala de despachos de Oliveira virou quarto de dormir. No armário de madeira, antes abarrotado de processos, estão colchonete, roupas de cama e objetos de uso pessoal. O banheiro privativo ganhou chuveiro. A família - mulher, filho e duas filhas, que ia mudar para Ponta Porã, teve de continuar em Campo Grande. O juiz só vai para casa a cada 15 dias, com seguranças. Oliveira teve de abrir mão dos restaurantes e almoça um marmitex, comprado em locais estratégicos, porque o juiz já foi ameaçado de envenenamento. O jantar é feito ali mesmo. Entre um processo e outro, toma um suco ou come uma fruta. 'Sozinho, não me arrisco a sair nem na calçada.'

Uma sala de audiências virou dormitório, com três beliches e televisão. Quando o juiz precisa cortar o cabelo, veste colete à prova de bala e sai com a escolta. 'Estou aqui há um ano e nem conheço a cidade.' Na última ida a um shopping, foi abordado por um traficante. Os agentes tiveram de intervir. Hora extra. Azar do tráfico que o juiz tenha de ficar recluso. Acostumado a deitar cedo e levantar de madrugada, ele preenche o tempo com trabalho. De seu 'bunker', auxiliado por funcionários que trabalham até alta noite, vai disparando sentenças. Como a que condenou o mega traficante Erineu Domingos Soligo, o Pingo, a 26 anos e 4 meses de reclusão, mais multa de R$ 285 mil e o confisco de R$ 2,4 milhões resultantes de lavagem de dinheiro, além da perda de duas fazendas, dois terrenos e todo o gado. Carlos Pavão Espíndola foi condenado a 10 anos de prisão e multa de R$ 28,6 mil. Os irmãos , condenados respectivamente a 21 anos de reclusão e multa de R$78,5 mil e 16 anos de reclusão, mais multa de R$56 mil, perderam três fazendas. O mega traficante Carlos Alberto da Silva Duro pegou 11 anos, multa de R$82,3 mil e perdeu R$ 733 mil, três terrenos e uma caminhonete. Aldo José Marques Brandão pegou 27 anos, mais multa de R$ 272 mil, e teve confiscados R$ 875 mil e uma fazenda.

Doze réus foram extraditados do Paraguai a pedido do juiz, inclusive o 'rei da soja' no país vizinho, Odacir Antonio Dametto, e Sandro Mendonça do Nascimento, braço direito do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. 'As autoridades paraguaias passaram a colaborar porque estão vendo os criminosos serem condenados.' O juiz não se intimida com as ameaças e não se rende a apelos da família, que quer vê-lo longe desse barril de pólvora. Ele é titular de uma vara em Campo Grande e poderia ser transferido, mas acha 'dever de ofício' enfrentar o narcotráfico. 'Quem traz mais danos à sociedade é mega traficante. Não posso ignorar isso e prender só mulas (pequenos traficantes) em troca de dormir tranqüilo e andar sem segurança.'

Cão farejador da PF descobre mais de 9 quilos cocaina

Na terça-feira passada, na cidade vizinha de Epitaciolândia durante a realização de uma fiscalização em um ônibus com destino à Rio Branco, a Polícia Federal descobriu quase 10 quilos de droga em poder do casal R.A.L. de 23 e J.F.S de apenas 19 anos. O cão farejador Eno, rapidamente apontou duas malas no ônibus que iria em direção à Rio Branco. Sendo assim, os policiais federais que faziam a fiscalização de rotina no ônibus encaminharam os donos e as malas à Delegacia de Polícia Federal quando foi constatada expressiva quantidade de cocaína disfarçada no fundo das malas além de dentro de diversas quinquilharias como brinquedos e artesanatos andinos.

Interpelados pelos policiais o casal que residia em Ipatinga, estado de Minas Gerais, disse que a droga iria para o Sudeste onde teria vários destinos incluindo grandes centros urbanos brasileiros.

O casal está custodiado na Delegacia de Polícia Federal de Epitaciolândia enquanto aguarda translado para a penitenciária da Capital.

Advogados cobram até R$ 100 mil para defender doares ilegais de campanhas eleitorais no Acre

A lista com os 46 nomes de pessoas e empresas que doaram, inadequadamente, valores financeiros para candidatos e partidos nas eleições de 2006 e 2008 está tirando o sono de muitos e enchendo o bolso de poucos. Pelo menos é isso que se observou nos últimos dias, quando envolvidos procuraram escritório de advocacia em Rio Branco na tentativa de se defenderem das acusações feitas pela Procuradoria Regional Eleitoral.

Os nomes caíram na malha fina da Justiça Eleitoral depois de cruzamento de informações do Tribunal Superior Eleitoral com a Receita Federal. Depois de analisar todas informações fornecidas pelos partidos, a justiça descobriu que muitos candidatos usaram de má fé na hora de suas prestações de contas.

De posse dos dados o Tribunal Regional Eleitoral do Acre descobriu também que muitos partidos e candidatos usaram nomes de pessoas e empresas sem a devida autorização. “Isso constitui crime e a punição poderá ocorrer, inclusive, com a perda de mandato de quem cometeu tal ilegalidade", disse um especialista em direito eleitoral.

Pelas informações fornecidas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Acre, as multas para os infratores vão de R$ 2 mil a R$ 60 mil. Em caso de candidato estes podem sofrer perda de mandato, ficar inelegível por quatro ou mais anos e ainda responderem processo criminal por falsidade ideológica.

Um dos escritórios mais procurados é a banca JBjurídica, que tem a frente o renomado advogado Odilardo Marques. Uma defesa prévia não por menos de R$ 20 mil e um acompanhamento exclusivo em todas as fases do processo é cobrado R$ 100 mil.

Roberto Vaz - da redação ac24horas
Rio Branco, Acre

Consciência das tendências

Escrito por Gabriel Perissé
A tendência é escrever menos, ou mais ou menos. A tendência é ser curto e grosso. A tendência é tomar ciência e ir em frente. Queimar o chão. Pular miudinho. Trocar em miúdos e ainda pedir desconto.

Textos longos, para quê? Parágrafos complexos e labirínticos — neles estou perdido.

Menos adjetivos. Menos conjunções. Menos confusões. Menos alusões. Menos. Menos.

Raciocínios rebuscados me buscam à noite, e eu os ponho para fora de casa. Quero imagens, elas são a última palavra, quero palavras simples, sou um escritor sem pretensões.

Esqueçam a nostalgia, não reclamem da rapidez generalizada, da fragmentação, do excesso de informação — estamos todos envolvidos e resolvidos, crie uma senha de seis dígitos.

Não, não é protesto, nem vingança, não é necessidade de afirmar uma determinada civilização, um projeto melhor, uma escola literária, uma forma de ler e pensar mais elaborada, não é questão de princípios, não se trata de saber a finalidade do que quer que seja.

Escrevo porque sim. Leio porque sim. Penso estar pensando.

As tendências são as que estão aí, tomo consciência de que o pouco é muito, o nada é tudo, o longo é curto, o dentro está por fora, o alto me rebaixa.

E lá vou eu e as palavras. Escolho ou sou escolhido, tanto faz. O texto que escrevo me leva e traz. Só queria, verdade: só queria um pouco de paz.

A respiração da escrita: inspirar, expirar, importar, exportar, in, ex, in, ex, inalar, exalar, inscrever, excrever (com "x", sim), in, ex, in, ex, in...
— Doutor, ele continua respirando?
— Ele quem?
— O texto, doutor!
— Ah, sim, o texto. Parece que sim.

O que aparece de repente some, o que desaparece já voltou, o certo duvida, o duvidoso vence, o inusitado entedia, o eterno termina.

Todos recriminam os paradigmas, e eles se tornaram paradogmas ainda mais cruéis. Eu mesmo já pensei que poderia salvar o mundo com uma frase esmerada. Que nada!

No entanto, quem desiste já dexistiu. Dexistir com "x", sim, com "x" — a decisão de quem abre mão, pendura as chuteiras, joga a toalha, lava as mãos, sai pela porta dos fundos, de fininho.

Continuar, portanto. Escrever, portanto. Muito ou pouco, isso não importa...

Importa, e muito!

Escrever é abrir aquela porta que alguém fechou há tanto tempo. Talvez eu mesmo a fechei, sem querer. Escrever sempre! E exportar.

Gabriel Perissé é doutor em Educação pela USP e escritor

Endemia, Epidemia e Pandemia

Endemia
É uma doença localizada em um espaço limitado denominado “faixa endêmica”. Isso quer dizer que, endemia é uma doença que se manifesta apenas numa determinada região, de causa local.

Para entender melhor: endemia é qualquer doença que ocorre apenas em um determinado local ou região, não atingindo nem se espalhando para outras comunidades.

Enquanto a epidemia se espalha por outras localidades, a endemia tem duração continua porém, restrito a uma determinada área.

No Brasil, existem áreas endêmicas. A título de exemplo, pode ser citada a febre amarela comum Amazônia. No período de infestação da doença, as pessoas que viajam para tal região precisam ser vacinadas. A dengue é outro exemplo de endemia, pois são registrados focos da doença em um espaço limitado, ou seja, ela não se espalha por toda uma região, ocorre apenas onde há incidência do mosquito transmissor da doença.

Epidemia
É uma doença infecciosa e transmissível que ocorre numa comunidade ou região e pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico. Isso poderá ocorrer por causa de um grande desequilíbrio (mutação) do agente transmissor da doença ou pelo surgimento de um novo agente (desconhecido).

A gripe aviária, por exemplo, é uma doença “nova” que se iniciou como surto epidêmico. Assim, a ocorrência de um único caso de uma doença transmissível (ex.: poliomielite) ou o primeiro caso de uma doença até então desconhecida na área (ex.: gripe do frango) requerem medidas de avaliação e uma investigação completa, pois, representam um perigo de originarem uma epidemia.

Com o tempo e um ambiente estável a ocorrência de doença passa de epidêmica para endêmica e depois para esporádica.

Pandemia
A pandemia é uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras.

Para entender melhor: quando uma doença existe apenas em uma determinada região é considerada uma endemia (ou proporções pequenas da doença que não sobrevive em outras localidades). Quando a doença é transmitida para outras populações, infesta mais de uma cidade ou região, denominamos epidemia. Porém, quando uma epidemia se alastra de forma desequilibrada se espalhando pelos continentes, ou pelo mundo, ela é considerada pandemia.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a pandemia pode se iniciar com o aparecimento de uma nova doença à população, quando o agente infecta os humanos, causando doença séria ou quando o agente esparrama facilmente e sustentavelmente entre humanos.

Os critérios de definição de uma pandemia são os seguintes: a doença ou condição além de se espalhar ou matar um grande número de pessoas, deve ser infecciosa.

Para saber mais: o câncer (responsável por inúmeras mortes) não é considerado uma pandemia porque não uma é doença infecciosa, ou seja, não é transmissível.

Exemplos de Pandemias
AIDS, tuberculose, peste, gripe asiática, gripe espanhola, tifo, etc.

É importante saber que: o vírus ebola e outras doenças rapidamente letais como a febre de Lassa, febre de Vale de Racha, vírus de Marburg, e a febre de hemorragia boliviana são doenças altamente contagiosas e mortais com o potencial teórico de se tornar pandemias no futuro.

PALAVRA DO DIA

INDICIAMENTO
Em 18 de fevereiro, a Promotoria Suíça fez o indiciamento, por falso testemunho, da brasileira residente no país que declarou ter sido vítima de um ataque de grupo neonazista, que lhe teria marcado o corpo com a sigla de um partido local e lhe provocado um aborto, relato que foi desmentido por autoridades locais, com base em alguns laudos médicos.

Com o indiciamento, a jovem não poderá deixar o país durante as investigações e, se comprovado que sua história é falsa, poderá ser condenada a prisão.

A palavra "indiciamento" vem da junção do verbo "indiciar" com o sufixo "mento" e, no texto acima, é utilizada no sentido jurídico, designando a ação ou resultado de submeter um indivíduo suspeito a inquérito criminal ou adminsitrativo.

Definição do Dicionário Aulete
(in.di.ci:a.men.to): substantivo masculino.
1. Ação ou resultado de indiciar
2. Acusação, denúncia
3. Jur. Ação ou resultado de submeter indivíduo suspeito de delito a inquérito criminal ou administrativo
[Formação: indiciar + - mento. Sin. ger.: indiciação, incriminação.]

DA SALA DE AULA

Extraido do ambiente de aprendizagem virtual da USP - Ela estava andando por uma rua calma, a caminho da escola, e fazia tempo que esse caminho não lhe era mais agradável. Não lhe disseram na faculdade que todos aqueles conteúdos interessantes não seriam nem um pouco atraentes para seus alunos. Tentara se impor de várias maneiras: falando bem baixinho para obrigá-los a ficar em silêncio e prestar atenção nela, eles a ignoraram completamente; gritando bem alto para que fossem obrigados a ouvi-la, eles gritaram mais alto do que ela e, ainda por cima, ganhara uma dor de garganta nada confortável. Tentou também tornar a matéria mais atraente contando histórias interessantes e curiosidades sobre as grandes descobertas da matemática e sobre a vida dos grandes matemáticos, eles não prestaram atenção por mais de dez minutos. Deu prova surpresa, ponto negativo, perdeu noites de sono e até agora só o que conseguiu foi um desencanto terrível. Aquele caminho que tinha sido pleno de esperança e sonhos de sucesso agora era apenas o desagradável caminho para o seu trabalho. Aqueles alunos que pareciam a esperança de futuro, os futuros bons cidadãos do mundo sobre cuja formação ela teria empenhado um papel decisivo eram agora os pestinhas que torturavam seus dias e atrapalhavam seu sono.

E havia aquele aluno da sexta série, o pior de todos, ele era a laranja podre que estragava todas as outras, talvez a classe pudesse até ser controlável se não fosse pela liderança negativa daquele pestinha cheio de cinismo e desafiador. Quem ele pensa que é? Não tem nem doze anos e acha que é superior a todo mundo, inclusive (e principalmente) a ela, professora formada, uma das melhores alunas da sua turma na faculdade. Tinha vontade de estourar um tapefe bem dado naquele sorrisinho carregado de cinismo. Depois parava e tinha vontade de estourar um tapefe bem dado na sua própria cara, o que é que estava fazendo? Como podia se sentir no direito de ter raiva de uma criança? Ela que sempre adorou crianças e que nunca iria encostar um dedo em nenhum de seus filhos quando os tivesse. Essa escola a estava deixando louca.

Estava pensando seriamente em mudar de profissão, o antigo sonho de ser professora afundou-se na frustração e decidiu prestar um concurso para funcionária pública. Trabalharia na Receita Federal e esqueceria esse assunto de dar aulas já que se descobriu incompetente para isso. Se passasse no concurso trabalharia horas fixas e não muito mais horas do que aquelas que passa dentro da escola, como acontece agora; teria um salário fixo também e não receberia mais esse holerite totalmente incompreensível que chega todo mês; não precisaria mais esperar três meses para receber o primeiro pagamento cada vez que mudasse de escola e, o que era melhor, não teria mais que suportar os alunos e sua indisciplina e falta de respeito para com a figura do professor. Não veria mais aquele aluno da sexta série e não se sentiria culpada por sentir vontade de bater nele. Perfeito!

Enquanto estava envolta nesses pensamentos passava por um vasto espaço onde havia um campo de futebol com duas traves sem rede e lá estava ele, seu aluno mais detestado, soltando pipa. Ela olhou por alguns minutos e ele não a viu, olhos pregados na pipa grande e colorida que voava imponente sobre o bairro. Aquela visão como que ligou alguma coisa dentro da sua cabeça e ela sentiu o coração dar um pulo alegre no peito. Aquilo se chamava esperança, descoberta, certeza, encontro, eureka??? Acelerou o passo, ansiosa para entrar na sala de aula, com pressa, pela primeira vez em muitos meses, de ver-se diante dos alunos dentro da sala de aula.

Na sala chamou o aluno e ele respondeu de má vontade, como sempre. Pediu que viesse até sua mesa e fingindo ignorar seu ar desafiador começou a falar com ele num tom amigável:

— Hoje, quando eu estava vindo pra escola vi você no campinho soltando pipa, você sabe fazer pipa?
— Sei sim, aquela lá fui eu que fiz. — Falou brincando com uma régua que havia sobre a mesa.
— Você me ensinaria a fazer pipa?
— A senhora não sabe? — O olhar que ele pregou no rosto dela era de espanto.
— Não, quando eu era criança meu pai não deixou que eu aprendesse porque dizia que pipa é brinquedo de menino.
— Eu ensino sim. — Ele estava visivelmente alegre, ia mostrar suas habilidades.
— Estou pensando em fazer aqui na classe uma aula de fazer pipa, a classe inteira participando e você ensinando a mim e mais alguns alunos que não saibam, o que você acha?
— Legal professora, eu topo.
— Então deixa eu contar pro resto da turma o que a gente vai fazer. — E ela se levantou para falar com a classe, mas ele foi mais rápido e gritou.
— Aí pessoal, cala a boca um pouco que a professora tem um negócio legal pra falar.
O coração dela deu outro pulinho alegre no peito. Começou dando certo!

Aquela aula foi só de conversa. Planejou junto com eles como fariam as pipas, levantou a lista do material necessário e os preços, organizou grupos para que cada aluno que sabia fazer pipas ensinasse um grupo de alunos que não sabia, e fez com eles os cálculos de quanto custaria o material de cada grupo. Planejou, anotou, pediu e aceitou sugestões, e quando bateu o sinal, despediu-se de uma classe animada, sorridente e amiga para fazer a mesma coisa na outra classe e depois na outra (eram três classes naquele dia).

Chegando em casa montou rapidinho um projeto e iniciou um relatório registrando os resultados obtidos na primeira aula. Nos dias seguintes as aulas foram agitadas. Enfrentaram algumas dificuldades, mas a boa vontade era tanta que tudo acabava sendo contornado. As pipas ficaram prontas e marcaram a aula, com a devida autorização da direção, para irem todos até o campinho soltar pipas. Deu para incluir nos trabalhos uma aula de cidadania, quando levantou dados e conversou com todos sobre a inconveniência de se usar cerol e, com a ajuda e participação da professora de português, contou a eles uma bonita história de bilhetinhos que eram levados aos céus por pipas coloridas que uma menina romântica empinava nas tardes de sol. Teve a ajuda também do professor de educação física que entrou na “brincadeira” e foi junto com a garotada para o campinho usando também sua aula e aproveitando para, discretamente, falar de postura.
No campinho, pouco antes dela sair e deixar os alunos mais um pouco com suas pipas, acompanhados do professor de educação física, aquele aluno que antes lhe causava o desejo de dar-lhe um tapa e que agora despertava nela a vontade de dar-lhe um beijo na carinha esperta, chegou perto dela e chamou.

— Professora. — parecia um pouco sem jeito.
— Fala Thiago. — ela olhou sorrindo para o bonito rosto rosado.
— Olha professora, — falava enrolando a linha na grande lata de óleo. — a senhora é legal, eu não vou mais fazer bagunça na sua aula não, prometo.
— Combinado então, agora somos amigos, certo? — e ela cedeu ao impulso de dar um beijo na carinha dele.
— Certo! — O sorriso era largo e verdadeiro como poucas coisas na vida são. — Tchau professora!

Ela voltou para sua aula e já estava com mais dois projetos em fase de aperfeiçoamento dentro de sua cabeça. Depois do dia de soltar pipa, o trabalho foi fechado com os desenhos das pipas feitos com lápis coloridos em cartolinas que foram coladas nos corredores da escola. Ótima aula de medidas, cálculos, perspectiva. Esses foram os primeiros de muitos projetos e o concurso, e a Receita Federal ficaram esquecidos para sempre porque ela acabou de descobrir, graças a um aluno rebelde, que sua vocação real era mesmo o magistério.

Reforma Ortográfica: Aspectos Dicotômicos

Como sabemos a partir deste ano, embora ainda não obrigatória, está valendo a reforma ortográfica da língua portuguesa em oito países que falam o português (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste). A obrigatoriedade se dará do ano de 2013 para frente. No Brasil, mesmo que a mudança na grafia de nossas palavras não tenha sofrido tanto impacto como em Portugal, sabe-se que não foi tão bem vinda, no entanto, é bom, desde já, os brasileiros irem se acostumando com as transformações ortográficas; mais que uma simples mudança, as reformas parecem uma tradição. É a terceira vez, em menos de 65 anos, que a ortografia, para os brasileiros, é modificada: a primeira ocorreu em 1943 e foi duramente combatida por intelectuais de todo o País, a citar um dos maiores filólogos da língua portuguesa, Napoleão Mendes de Almeida, que a considerava ilógica. Entre os nomes que não aceitaram a reforma da década de 40, ostenta-se o do parnaibano Jonas Fontenele da Silva, então membro-fundador da Academia Amazonense de Letras e um dos três pilares que representava a trindade de ouro do simbolismo piauiense. Em soneto, demonstrou sua amargura:

A ortografia nova é o meu tormento!
Ela tem mil caprichos de mulher.
“Escreva torto e leia quem puder”!
Aconselhou-me um velho rabugento...

Sempre toda palavra tem um acento,
Todo cuidado a acentuação requer.
Procurei um vocábulo qualquer
No Dicionário e – foi baldado o intento!

A palavra “sómente” não existe
No dicionário de Antenor Nascentes,
Na segunda edição – parece chiste. –

Pertence aos “nomes feios” e indecentes?
E eu escrevi? Eu me arrependo, triste,
Quase arrastei na lama os meus parentes!...

Em 1971 veio a segunda reforma e agora em 2009 a terceira, silenciosa e sorrateiramente. O Brasil, como dito, já a emprega, mas os países da África que falam nosso idioma ainda não marcaram data para iniciarem a mudança. Para nós, “lingüiça” era com o “u” sendo pronunciado, agora, não mais existe o sinal diacrítico, o trema, e restará aos nossos netos apenas a tradição oral dessas palavras; nesse ritmo, a geração seguinte, cansada de decorar as palavras que deverão ser pronunciadas como se existisse o sinal que anunciaria a pronúncia puxada do “u”, não tardará a baixar o decreto: “fica correta tanto a pronúncia com o ‘u’, como sem”; o que será aceito em unanimidade.

A avaliação que se faz não traz apenas uma visão pessimista em relação ao caminho que a língua portuguesa tem trilhado nas últimas décadas. Da mesma forma que podemos reconhecer que certas mudanças, antes de ocorrerem, já eram lógicas (emprego das letras k, w e y), algumas, embora sujeitando-nos a uma mudança de impacto, melhoraram, em muitas, o emprego de certas regras, a citar, a hifenização, também devemos expor a tendenciosa justificativa de que o português era a única língua do mundo não unificada e que tal reforma uniria as diversas nações; blefe, pura ilusão. O remédio, agora empregado, servirá, por pouco tempo, apenas como um singelo “analgésico”. Não estamos a falar de países próximos, muitos menos de continentes de cultura e economia equiparadas. Portugal enquadra-se entre os países desenvolvidos, o Brasil no grupo dos emergentes, e os países da África, aqui já citados, são nações que enfrentam sérios problemas com a pobreza e a fome, logo, nos é sabido: os fatores econômicos têm forte influência nos aspectos culturais; assim, tomando por base a língua como cultura, chega-se ao denominador de que quanto mais as culturas estiverem dispersas, mas distantes estarão as chances de uma unificação vernácula. A unificação, sim, ocorrerá, mas para apenas uma pequena parcela de cidadãos, ou seja, a elite intelectual dos países aderentes à reforma.

É mais do que lógica a constatação de que o Brasil, na sua condição de país “meio-termo” (em desenvolvimento), está sendo o menos prejudicado com o impacto dessa mudança. Finalizo esta breve análise com a citação de um dos mais respeitados nomes do estudo filológico da última flor do Lácio, Napoleão Mendes de Almeida (1911-1998): "Se os aracnídeos têm épocas e lugares de reprodução, as pragas lingüísticas estão libertas das estações do ano e das limitações geográficas".