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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

CHARGE DO JORNAL 'A GAZETA', ESPÍRITO SANTO

Forró temperado de tiros

Na noite de ontem 16/08 por volta das 21:00 no “Bar do Damião” ambiente bastante frequentado pelos forrozeiros de plantão, viveu momentos de sustos quando dois Jovens pretenderam resolver as suas desavenças à base da bala…

Segundo informações informais acerca do caso o Joven A.M.A efetuou tres disparos contra o também adolescente C. S. A que felizmente não for a atingido por nenhum dos disparos, mas que levou um grande susto em decorrência do fato ocorrido.

Segundo amigos dos envolvidos no caso, tudo ocorrera devido um desententimento ocorrido no dia anterior na Boate da Cidade.

A triste história pelo ponto de vista de segurança pública deixa-nos uma preocupante lição: “O porte de armas ainda continua sendo cultura por essas bandas” e ainda o mais preocupante de que os frequentadores destes ambientes não estão sendo revistados quando de suas entradas no local de festa, o que causa problemas de integridade fisica às pessoas que procuram tais ambientes para se divertirem.

Só para lembrar que porte de arma é crime… dá cadeira… disparo de arma de fogo em público, pior, e premeditação para tentativa de homicidio nem se fala. Graças a deus que os projéteis não atingiram nem o jovem envolvido na situação, muito menos alguém que ali estava…

Meu Xapuri está começando a ficar moderninho demais!!!! Como diria um grande locutor radialista de um programa da Radio difusora acreana…. Mundo do Cão….

Cruzes!!!!!!

Santa Raimunda do Bom Sucesso atrai milhares de devotos para caminhada religiosa

Assis Brasil recebeu neste final de semana, milhares de fies que participarão da caminhada religiosa em devoção a Santa Raimunda do Bom Sucesso, também conhecida como Alma do Bom Sucesso que se popularizou em toda região do Alto Acre e várias partes do Peru e da Bolívia.

A caminhada acontece todo dia 15 agosto e, segundo a coordenação da Paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, mais de três mil pessoas que visitaram o túmulo da Santa. O local fica a cerca de 35 km de Assis Brasil e parte do percurso é feito a pé como forma de sacrifício à Santa Raimunda numa caminhada de quatro horas, indo e vindo.

A caminhada é um verdadeiro desafio a fé dos devotos que enfrentam muitas ladeiras e estreitas pontes até chegar à capela da Santa. Durante o percurso muitas mães com crianças de colo, alguns deficientes físicos e idosos se esforçam para alcançar a multidão que canta e reza enquanto caminha de floresta adentro.

Muitos peruanos e bolivianos chegam ao município de Assis Brasil onde se preparam para enfrentar a caminhada. Alguns trazem consigo fotos, roupas e outros objetos de parentes e amigos para depositarem aos pés da imagem de Santa Raimunda. Muitos fieis também deixam na capela da Santa dinheiro, jóias e outros objetos valiosos que são recolhidos pela organização da Igreja Católica e guardados em um cofre.

Quem for participou do evento, foi levado em comitiva de carros que saia às 6 h da manhã da praça Central de Assis Brasil com destino a colocação Cumarú de onde começava a caminhada. Vários caminhões e camionetes foram mobilizados para transportar os devotos que estiverem no local de partida.

Bêbado resolve tirar cochilo no meio da BR 317 e causa acidente

O colono Sebastião Germano Martins, 46 anos, resolveu tomar todas depois de ir no enterro da irmã na tarde desta quarta-feira, dia 12, em Epitaciolândia que morreu de causas naturais.

Depois de tomar todas e mais algumas, resolveu voltar para casa, no km 23 da Estrada Velha já no final do dia, indo a pé, só que, depois de andar apenas dois quilômetros, resolveu que deveria descansar e deitou no meio da BR 317.

Por volta das 20h00, o motoqueiro Antonio Lima da Silva, de aproximadamente 30 anos, também ia para sua casa localizada na zona rural quando foi surpreendido pelo bêbado que estava no meio da estrada.

Sem chance de desviar, bateu em Sebastião e caiu com a moto pela estrada sofrendo várias escoriações pelo corpo ficando desacordado. O Corpo de Bombeiros foi acionado até o local e prestou os primeiros socorros aos dois.

O motoqueiro e o bêbado dorminhoco foram levados para o hospital com várias lesões pelo corpo. A moto de Antonio teve sua frente toda quebrada devido à queda no asfalto e segundo informações, seu estado era considerado grave.

Já o ´bebum´, quando passar a ressaca e as dores, poderá ser responsabilizado pelo acidente e ter que pagar pelos danos por sua irresponsabilidade de querer tirar uma soneca no meio da estrada. Se fosse um carro, o resultado teria sido pior.

QUEM DISSE QUE ÍNDIO SEMPRE VIVE EM HARMONIA COM A NATUREZA?

Modelo de caça de índios Guajás no Maranhão não vem sendo sustentável
Antonio Carlos Quinto - Agência USP de Notícias: Mesmo sendo uma das bases da alimentação de índios Guajás da comunidade Awá, na região noroeste do Maranhão — divisa com o Pará —, a caça de algumas espécies de primatas pela comunidade indígena não vem sendo uma prática sustentável. Um estudo realizado no Instituto de Biociências (IB) da USP demonstrou que o número de bugios e macacos-prego abatidos está acima da capacidade de reposição populacional das espécies.

De acordo com o biólogo Helbert Medeiros Prado, que apresentou no IB um estudo sobre o tema, as análises que possibilitaram a constatação foram feitas por meio de exames de restos de ossos de animais. “Os fragmentos foram coletados em 1990 pelos pesquisadores Renato Kipnis, do IB, e Helder Queiroz, professor de pós-graduação do Museu Paraense Emílio Goeldi e da Universidade Federal do Pará”, explica Prado. Ele conta que o material era referente a um período de três anos de caça e colhidos no próprio acampamento indígena.

Pesquisadores do IB analisam em laboratório fragmentos de ossos dos primatas
Prado lembra que foram analisados no IB pouco mais de 19 mil fragmentos de ossos de diversos animais. “Só de primatas verificamos cerca de 7 mil”, estima o biólogo. Além de ossos de bugios (Alouatta belzebul) e macacos-prego (Cebus apella), o pesquisador também recebeu restos de macacos cuxiús (Chiropotes satanas) e macacos-de-cheiro (Saimiri sciureus). A partir da análise dos crânios foi possível estimar o quanto se caça a cada ano naquela região. Por intermédio de cálculos e modelos matemáticos, o pesquisador pôde comparar a relação entre a taxa de abate e quantidade de animais nascidos num período de três anos.

Acima do ideal

Os dados apurados apontaram que foram abatidos aproximadamente 312 bugios e 108 macacos-prego no referido período. “De acordo com um modelo de estudo denominamos que foram caçados cerca de 1,32 bugios por quilômetro quadrado por ano [km2/ano]”, explica Prado. Sendo assim, segundo um modelo ideal de sustentabilidade, o índice satisfatório seria de 0,09 animais por km2/ano para os bugios, e 0,35 animais por km2/ano, no caso dos macacos-prego — a pressão de caça foi de 0,46 animais por km2/ano. “Em ambos os casos fica a constatação de que não há um modelo sustentável de caça”, afirma o biólogo. Além da carne de animais e aquela obtida por meio da pesca, os Guajás também praticam a agricultura itinerante, sendo a mandioca um de seus principais itens em sua subsistência.

Partes de um macaco-prego capturado na região
Os dados gerados a partir do modelo matemático de sustentabilidade parecem estar corretos, uma vez que existe um consenso entre os Guajás do local de que nos últimos anos tem havido um declínio na quantidade de mamíferos de grande porte, especialmente de primatas, nas proximidades do assentamento. Isso tem forçado os índios a percorrerem distâncias cada vez maiores em suas atividades de caça – o que se configura uma forte evidência de caça não sustentável.

Acampamento típico usado como retiro de caça dos Guajás
Os Guajás ocupam uma área de aproximadamente 1.700 km2. Prado lembra que as terras indígenas correspondem a 20% da Amazônia Legal Brasileira. “Cerca de 50% do total de áreas protegidas na Amazônia consistem em terras indígenas. Em algumas regiões da Amazônia, como no noroeste do Maranhão, existe uma forte associação entre a presença de terras indígenas e a permanência da cobertura florestal”, descreve. “Nas últimas duas décadas verifica-se cada vez mais, no entanto, que a presença de cobertura vegetal por si só não garante a conservação da biodiversidade de forma abrangente, sobretudo onde há a pressão de caça é intensa”, explica.

Prós e contras
Em seu estudo Prado detectou fatores que atuam positiva e negativamente à sustentabilidade de caça no local. “Podemos destacar como fator favorável, por exemplo, a ausência de comércio de carne de caça entre os Guajás daquela comunidade, além de algumas expedições de caça de longa duração, o que distribui a pressão de caça por uma área mais ampla”, descreve. Ele lembra ainda que no caso dos bugios, houve uma maior quantidade de machos abatidos em relação às fêmeas, o que reduz o impacto sobre a espécie.

Por outro lado, há fatores negativos, como o aumento demográfico indígena naquela comunidade: em 1993 eram 94 na comunidade Awá. Hoje são 150. Há ainda o uso de armas de fogo. “No final dos anos 1980 haviam somente duas armas de fogo na comunidade. Em 1993 quase todos tinham armas de fogo. Atualmente, cerca de 70 possuem os armamentos.”

A pesquisa de mestrado O impacto da caça versus a conservação de primatas numa comunidade indígena Guajá, foi orientada por Renato Kipnis, pesquisador do IB, e Walter Alves Neves, professor do IB, além da colaboração do antropólogo Louis Carlos Forline, da Universidade de Nevada e do Museu Paraense Emílio Goeldi.

Em carta, escritor Mauro Modesto se defende de acusações de Joana

O escritor Mauro Modesto rebate as afirmações feitas pela advogada Joana D'Arc Santana durante a CPI da pedofilia. Modesto diz que ainda não conseguiu entender o tamanho absurdo, o tamanho da agressão que a advogada praticou contra ele. O escritor afirma que está triste, consternado e preocupado com tantas injúrias e injustiças, Veja carta abaixo:

Por favor, respeitem o meu histórico e a minha biografia!

Traiçoeiramente, deram-me um tiro para acertar o coração e acertaram a alma do poeta. Estou chocado, alarmado com a declaração dessa senhora, na CPI da pedofilia. Não a conheço. Não sei de quem se trata.

Não faço idéia de quem ela se refere quando menciona uma determinada "avó".

Ainda não consegui entender o tamanho absurdo, o tamanho da agressão que essa senhora praticou contra a minha pessoa. Estou triste, muito triste, consternado e preocupado com tantas injúrias e injustiças.

Estou preocupado porque não sei onde vai desaguar tanto ódio, tanta insensatez, tanta irresponsabilidade. Estão transformando inocentes em criminosos. Confundem o homem bom com o mau. Trocam, estão trocando Deus pelo demônio.

Quero dizer à sociedade acreana que essa covardia insana, essa ofensa não atingiu tão somente a minha sensibilidade, atingiu, também, os meus filhos, as minhas netas, os meus irmãos, meus familiares, os meus amigos e acima de tudo, atingiu o que de melhor existe no meu Estado, que é a nossa bandeira de luta em favor do nosso engrandecimento cultural, histórico, econômico e social.

A invejável história do Acre é tingida de sangue heróico e agora a cultura acreana é tingida pela covardia e por falsidades inescrupulosas.

Mente Insana - A origem dessa maledicência só pode ter saído de uma mente insana, doentia. É muita maldade contra uma pessoa que dedica sua vida inteira defendendo os valores culturais do Brasil, o patrimônio histórico e cultural do Acre.

São 40 longos anos de bons serviços prestados à boa causa do Acre, ao desenvolvimento permanente de novos conhecimentos, de novas idéias, visando sempre o aprimoramento, a divulgação e o intercâmbio da cultura acreana.

Declaração Irresponsável - Essa senhora fez uma declaração irresponsável, desprovida de qualquer prova ou indício que seja. Uma declaração de forma absurda merece toda reprimenda jurídica que dispõe o cidadão, porquanto garantido e amparado constitucionalmente, em defesa da intimidade, honra, personalidade e dignidade da pessoa humana.

A sociedade não pode estar sujeita a esse tipo de ato, de manifestações e desapreço gratuitos sem verificar a veracidade dos fatos e jogando na lama nomes de pessoas por qualquer "achismo".

Comunico à sociedade acreana e aos meus amigos que estarei enviando na próxima segunda - feira ao relator da CPI da pedofilia, um requerimento com a urgência que o caso requer, de cópia das declarações da senhora Joana D' Arc para as providências legais cabíveis, ao mesmo tempo em que me coloco, totalmente, à disposição daquela Comissão Parlamentar para sanarmos, juntos, essa atrocidade, extreme de quaisquer dúvidas, com as devidas ações investigativas, como por exemplo: oitivas da "avó" mencionada e/ou qualquer outro representante legal da suposta criança-vítima; acareações; exames periciais/laboratoriais; enfim, ações que possam encerrar quem, como, quando e onde o suposto fato ocorreu.

Mauro Modesto.
"Bem-aventurados os aflitos. Bem-aventurados os famintos e sequiosos de justiça, pois que serão saciados". (S. Mateus, 5:6).

OBESIDADE: TENDÊNCIA PODE ESTAR RELACIONADA À PRESENÇA DE UMA BACTERIA NA BOCA

Estudo feito nos Estados Unidos com participação brasileira encontra forte associação entre a ocorrência de obesidade e a presença de uma bactéria encontrada na boca

Boca da obesidade

Agência FAPESP – Um estudo feito no Instituto Forsyth, em Boston, Estados Unidos, com participação brasileira, encontrou forte associação entre a ocorrência de obesidade e a bactéria Selenomonas noxia, encontrada na boca.

A pesquisa, publicada no Journal of Dental Research, foi desenvolvida por Max Goodson com a participação do professor Francisco Carlos Groppo, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Para o estudo, foram selecionados 313 pacientes saudáveis do sexo feminino, que apresentavam sobrepeso ou obesidade de nível 1 (circunferência de cintura entre 80 e 88 centímetros). Os resultados, de acordo com Groppo, apontaram um grau elevado da presença do microrganismo em mais de 90% das mulheres.

“A bactéria foi encontrada em quantidade muito superior ao normal nas pessoas obesas, a tal ponto que seria possível identificar um indivíduo obeso simplesmente pela presença de certa concentração dessa bactéria em sua boca”, disse Groppo à Agência FAPESP.

A contribuição de Groppo para o estudo começou durante seu pós-doutorado, realizado em Boston em 2002. Atualmente, o cientista recebe apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio a Pesquisa – Regular, com o projeto “Efeito da homeopatia e fitoterapia sobre parâmetros morfológicos em alveólo e glândulas salivares de ratos irradiados”.

“Esse é o primeiro estudo que aponta uma bactéria da boca como tendo implicação na obesidade. Sabemos que várias outras doenças têm implicação direta com bactérias da boca”, explicou Groppo, que é pesquisador na área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica da FOP.

A bactéria Selenomonas noxia não depende de oxigênio para sobreviver e é frequentemente encontrada em pacientes com periodontite. “Ela não surge do nada. Para se fixar, precisa de condições especiais, que envolvem uma sequência de eventos distintos”, explicou.

Apesar da descoberta, o pesquisador afirma que não é possível ainda tirar conclusões definitivas. “Não dá para saber se é a bactéria que causa a obesidade ou se a patologia é que provoca a alta concentração da bactéria”, disse.

Curiosamente, segundo ele, a Selenomonas noxia é do mesmo grupo de microrganismos que, no passado, foram encontrados no intestino e estavam relacionados com a obesidade. “Além disso, ela está associada também a abortos”, disse.

Continuação da pesquisa
Segundo Groppo, o estudo poderá servir como indicador para caracterizar uma pessoa como obesa ou não. “Observando a concentração dessa bactéria, é possível diagnosticar se determinado indivíduo é obeso, tamanha a precisão na associação”, afirmou.

O estudo permite levantar algumas hipóteses. “Talvez o organismo dos obesos possa gerar nutrientes específicos para essa bactéria, fazendo com que ela se multiplique além do normal. Também é possível que a bactéria produza substâncias químicas na boca que, uma vez absorvidas, poderiam aumentar a sensação de fome”, disse.

O estudo continuará simultaneamente em Boston e em Piracicaba. “O professor Max Goodson vai estudar a evolução das bactérias nas crianças. E eu vou começar a fazer uma série de testes in vitro”, explicou.

Groppo alerta para a necessidade de cuidados com a saúde bucal. “É preciso frisar para a população em geral a necessidade de procurar atendimento odontológico. Esse estudo é mais uma mostra de que a saúde começa pela boca”, disse.

O artigo Is obesity an oral bacterial disease?, Max Goodson e Carlos Groppo, pode ser lido por assinantes do Journal of Dental Research em http://jdr.sagepub.com/cgi/content/full/88/6/519.

Insegura segurança

Escrito por Gabriel Perissé Excesso de segurança aumenta a insegurança. E o inseguro crônico é insaciável - quanto mais pensa e inventa modos de se salvar, mais se aproxima do abismo.

É que os seguros todos não asseguram tudo. Sempre há, debaixo da cama, no vão da escada, atrás da porta, na curva da estrada, na rua de cima, na casa ao lado, no fim da linha, virando à direita, virando à esquerda, subindo por aqui, descendo por ali... sempre há perigos à espreita.

O problema é justamente este! Norte, sul, leste, oeste... em todos os cantos há falsos amigos, ameaças, cupins e traças, suspeitos, interesseiros, oportunistas e nazistas, assaltantes, farsantes, ladrões, vilões, espertalhões, psicopatas e piratas!

Quanto mais cadeados, mais assustados ficamos com os especialistas em desencadear nossos segredos.

Quanto mais cofres, mais alarmados ficamos com os arrombadores de nossas riquezas.

Quanto mais engenhosa a senha que nos protege, mais convidativa ela é para os decifradores da nossa intimidade.

Pois aí reside o perigo maior, contra o qual não existe nenhuma defesa.

Quanto mais seguros, mais inseguros, mais vulneráveis, mais temerosos de que a segurança não segure o bastante. E a verdade mais certa é que a segurança sempre deixa uma pequena, ou grande, margem de riscos imprevisíveis.

De tanto querer segurar, prever, prevenir, a insegurança gera novos problemas, novos perigos, novos pavores, novas desconfianças, novas insônias.

O cinto de segurança pode prender o motorista no carro em chamas.

O seguro contra incêndio pode deflagrar para sempre o fogo do medo.

O remédio que previne demais pode provocar novas e incuráveis doenças.

Evitar a dor a qualquer custo pode levar a torturantes torturas.

As chaves e trancas podem me impedir de fugir a tempo.

A segurança sufocante torna o segurado cada vez mais taciturno, obrigando-o a fazer terapia para não se sentir ainda mais inseguro, para não cair na depressão (e cairá!), para não se ver oprimido pelos muros que levantou com tanta ansiedade.

A insegurança providencia novos seguros e os novos seguros produzem novas incertezas, mil e uma invasões.

Não é superstição, nem cisma tola, é filosofia de vida arraigada, que com o tempo chega aos limites da morte.

Seguro contra a vida insegura, esta vida que nos dá rasteiras, que nos apronta surpresas o tempo inteiro.

Seguro contra o mundo imperfeito, contra a sociedade traiçoeira, contra tudo e contra todos!

Gabriel Perissé é doutor em educação pela USP e escritor.