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sábado, 24 de janeiro de 2009

O RIO JORDÃO COMO TESTEMUNHA

Moisés Diniz*

O lugar é sagrado para o povo kaxinawá do alto rio Jordão. Protegendo uma árvore secular, bancos saem da terra para receber uma dúzia de lideranças indígenas, que vieram dialogar comigo sobre os sonhos que os alimentam a incontáveis gerações. Entre a vegetação das margens do rio Jordão, como uma estrada de ferro que traz e leva sonhos, nosso encontro atinge o entardecer e o canto dos primeiros pássaros noturnos enche a mata com a sua sinfonia.

Eu acabara de chegar ao Jordão, após seis dias de viagem subindo o rio Tarauacá. Nosso primeiro encontro foi na foz do igarapé Sacado, distante sete horas de barco da cidade de Tarauacá. Lá a principal reivindicação foi a necessidade de se implantar o segundo grau, com mais de três dezenas de adolescentes tendo que se aventurar, sem dinheiro, casa e família, na cidade em busca do estudo que emancipa e renova sonhos. Há ainda a crônica ausência de ramais, que impede a instalação da energia elétrica, com dinheiro garantido, mas sem condições de implantar os postes.

No seringal Apudi a comunidade da família do ‘seu’ Calixto está como se uma penumbra pairasse sobre as moradias. O líder local, o Francisco, precisa de uma dose de entusiasmo e de novas idéias que quebrem a mesmice e o desânimo. A máquina peladeira de arroz estava desativada por causa de umas poucas peças. Não ficamos com conversa mole, enviamos o motor para conserto na cidade. Um barco de oito toneladas, motor Yamaha B18, fora entregue alguns dias antes da minha chegada. Ali não estava ausente o estado, desaparecera o sonho de embalar a vida e fazê-la cheia de luz. Era preciso a presença dos líderes urbanos e dos políticos que sempre estiveram no meio daquela gente simples e sonhadora, pois ‘não só de pão vive o homem’.

Na terra indígena Praia do Carapanã, do povo kaxinawá, passamos o dia visitando as sete aldeias, sob comando do cacique geral Jorge Leme e de seu filho Bené. Na aldeia Água Viva encontramos o jovem Edmílton produzindo um artesanato em madeira de encher os olhos. Nenhuma estrutura de apoio para que aquele artista da floresta produza belas peças em madeira, utilizando apenas um rústico e pequeno machado. Ficou ali registrada a necessidade de uma ação imediata da área de cultura do governo para incentivar a aldeia e seu artista. Se eu não tivesse ido lá nunca saberia que na aldeia Água Viva a arte imita a vida.

No seringal Sumaré, após três dias de viagem, um morro coberto de árvores adolescentes anuncia que uma morada foi abandonada e que seu dono realiza a sua última jornada. O velho líder rural e extrativista Chico Crente foi ao encontro de Deus e deixou os seus filhos cuidando do seu legado de luta e de resistência. O jovem Adelsom, seu filho, como delegado sindical, mobiliza e organiza as famílias do lugar em busca da sobrevivência e da felicidade. Naquele pedaço de tarde ensolarada, com o rio Tarauacá devolvendo suas últimas águas da grande enchente, senti um aperto no coração quando lembrei do velho amigo Chico Crente, na sua eterna alegria e jeito irreverente de viver e sonhar. Um dia para lembrar que a vida é tão fugaz como um beijo proibido, um sangramento.

Nos seringais União e Tamandaré, sob o comando dos líderes Raimundo Cavalcante e Raimundo Pipira, é gritante a ausência de mobilização social e de perspectiva para o povo do lugar. Assumi o compromisso de retornar em breve à região, encontrando um jeito de levar até aquele rio a presença do estado e devolver-lhe a alegria que alguém seqüestrou. Confesso que não foi um dia bom, saí deprimido e sequer pude desviar o desencanto nas fumaças do meu cigarro, pois estou lutando contra ele, como se combate um lobo.

Na reserva extrativista de Alagoas encontramos belas moradias de madeira, pintadas e cobertas de alumínio, mas percebi que faltava algo que embalasse aqueles homens rústicos e aquelas mulheres de olhar silencioso. Era como se eles estivessem num lugar que não disse ainda como eles devem produzir e se alimentar. O seu semblante era o de homens pobres no meio de um jardim de delícias onde, todavia, Deus postou um anjo a proteger a árvore da vida do olhar de cobiça. Aqueles homens estavam como Adão e Eva, proibidos de comer da árvore do meio do paraíso e sujeitos ao eterno Suplício de Tântalo, que contemplava os frutos e sentia seu aroma, mas não podia comê-los. Que pecado havia cometido o povo da reserva extrativista do Alto Tarauacá?

Chegamos ao Jordão ao entardecer e os camaradas, que elegeram três vereadores e o vice-prefeito, me receberam com indisfarçável alegria. Além da protocolar visita ao prefeito em exercício, Elson Farias, o contato com os vereadores, a reunião com os camaradas, visitamos o núcleo da União do Vegetal e, com alegria, encontrei jovens que, no último novenário, andavam alcoolizados pelas ruas. Assumimos o compromisso de transferir solidariedade e apoio à União do Vegetal do querido Jordão.

As nove noites foram ocupadas, nessa ordem, por nove missas, nove leilões e nove festas com o cantor da terra Marazona. O povo de Jordão é tão alegre, festivo e irreverente que, além das reivindicações econômicas e sociais, o mais robusto pedido foi o de que ajudássemos para que a cidade realizasse um alegre carnaval. Jordão nos cativou e nós iremos ajudar e passar dois dias de carnaval lá, junto com o povo que sonha e ri nas cabeceiras do rio.

O último compromisso, no nono dia de viagem, foi a bela e mágica reunião indígena que abriu este relato. Sob a luz das estrelas e os riscos de luz dos pirilampos, o povo kaxinawá falou dos seus sonhos e da sua resistência em proteger a terra e seus valiosos recursos naturais. Escola de segundo grau, açudes, energia elétrica, saúde, apoio à sua produção cultural, sonhos de um povo que resiste ao branco capitalista e seu desejo estúpido de transformar a terra em dinheiro e em mercadoria. Os líderes indígenas não pediram financiamento individual e nem título pessoal da terra, eles querem viver e produzir coletivamente e proteger a riqueza que os cerca e protege as futuras gerações.

Minha despedida de Jordão é como um adeus em prosa e verso. A poesia dorme nas noites de festa e de contato com a pele de todas as utopias e a prosa é a necessidade de viver, dormir, comer, estudar e produzir, registrada nas demandas do povo que falou aos meus ouvidos e ao meu sentimento. Lutarei por Jordão com a certeza de que aquele povo tem a mesma gênese e a mesma utopia do povo semita que atravessou o mais antigo rio das civilizações. Jordão é nota mil.

*Moisés Diniz é Deputado pleo PC do B-AC

SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS: ANABOLIZANTES MAQUIADOS

Um em cada quatro suplementos vitamínicos vendidos em academias de ginástica tem substâncias de natureza hormonal não declaradas nos rótulos, aponta estudo do Instituto Adolfo Lutz
Anabolizantes maquiados
Por Thiago Romero
Agência FAPESP – Um estudo feito no Estado de São Paulo pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL) concluiu que um em cada quatro produtos comercializados em academias de ginástica como suplementos nutricionais para praticantes de atividade física tem substâncias de natureza esteroidal não declaradas nos rótulos.

O trabalho analisou 111 produtos comercializados na capital e no interior paulista, apreendidos pelos serviços de vigilância sanitária locais. As análises, realizadas por meio de técnica conhecida por screening por cromatografia em camada delgada, foram realizadas no Laboratório de Antibióticos e Hormônios do Instituto Adolfo Lutz, órgão vinculado à Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

Do total de 28 amostras (25,5%) que apresentaram substâncias esteroidais destinadas ao desenvolvimento de massa muscular, 7% tinham sais de testosterona em suas fórmulas. “A identificação dos sais indica que esses produtos contêm esteróides anabolizantes e estão sendo vendidos ilegalmente”, disse Maria Regina Walter Koschtschak, pesquisadora da Seção de Antibióticos do IAL que participou das análises, à Agência FAPESP.

“Em contrapartida, 18,5% dos suplementos analisados também apresentaram substâncias de natureza esteroidal, mas que não pudemos identificar com precisão devido à falta de padrões de comparação com outras substâncias puras.”

Esteróides anabolizantes são drogas fabricadas para substituir a testosterona, o hormônio masculino fabricado pelos testículos que ajuda no crescimento dos músculos (efeito anabólico) e no desenvolvimento das características sexuais masculinas (efeito androgênico).

“A importância do estudo está na demonstração dos riscos que muitos atletas no Brasil correm ao consumir substâncias desconhecidas, ainda mais se tratando de drogas perigosas que oferecem efeitos colaterais muito variados”, afirmou Maria Regina.

Segundo ela, duas portarias de 1998 da legislação brasileira regulamentam os suplementos fixando identidade e características mínimas de qualidade, excluindo os produtos que contenham substâncias farmacológicas estimulantes, hormônios e outras substâncias consideradas como doping pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

O levantamento também apontou que 85,6% dos suplementos analisados não apresentavam informações de procedência e, das demais amostras, 5,4% eram nacionais e 9%, importadas. O trabalho mostrou ainda que a forma mais frequente de apresentação dos produtos foi a de cápsula, representando 41% do total de amostras analisadas, por apresentar uma maior facilidade na manipulação e incorporação de outras substâncias farmacologicamente ativas.

Consumo popular

De acordo com o trabalho, alguns dos fatores que contribuem para a explosão de consumo dessas substâncias são o apelo da publicidade, a prática do fisiculturismo e o culto exagerado ao corpo, que enfatiza o desenvolvimento muscular conhecido como vigorexia.

Além disso, a disponibilidade e o livre acesso pela internet aos suplementos nutricionais no comércio internacional e, no Brasil, o consumo nas academias de ginásticas sem orientação de profissionais de saúde resultaram na popularização do uso desses produtos por atletas profissionais e amadores.

“Como consequência da explosão do consumo dos alimentos para praticantes de atividade física e dos suplementos vitamínicos e minerais, estimativas mostram que o mercado mundial desses produtos movimenta cerca de US$ 46 bilhões por ano”, contou Maria Regina.

Os hormônios precursores de testosterona apresentam efeitos androgênicos e forte atividade anabólica. “Teoricamente, essas substâncias aumentam a produção de hormônios masculinos por meio do incremento da concentração de precursores exógenos de testosterona. De acordo com os regulamentos do COI, esses hormônios estão classificados na categoria de esteróides anabólicos proibidos”, explicou.

Outro estudo para a detecção de anabolizantes, coordenado pela Comissão Médica do COI, revelou que 94 das 634 amostras de suplementos nutricionais, provenientes de 215 fabricantes de 31 países, continham substâncias não declaradas que poderiam levar a um teste positivo de doping aos usuários desses suplementos.

De acordo com a pesquisadora do Instituto Adolfo Lutz, outro fator que influenciou o crescimento do consumo dos suplementos nutricionais foi a passagem do controle desses produtos, em 1994, nos Estados Unidos, do Food and Drug Administration (FDA) para o Dietary Supplement Health and Education (DSHEA).

“O DSHEA define os suplementos dietéticos como sendo aqueles que suprem as necessidades de um ou mais nutrientes, como vitaminas, minerais e enzimas. Além dessas substâncias, são permitidos extratos vegetais, aminoácidos, melatonina e precursores da testosterona, chamados de pró-hormônios, entre os quais a androsteniona, a dehidroepiandrosterona e o androstenediol”, disse Maria Regina.
A pesquisadora destaca que, quando ingeridas sem orientação médica, essas substâncias podem causar problemas como impotência sexual, desordens menstruais, insônia, dor de cabeça, acne, aumento dos níveis de colesterol, problemas cardíacos, crescimento indevido de pelos, aumento de agressividade, engrossamento da voz, aumento da pressão sanguínea e até infarto do miocárdio.

O BOLSA FAMÍLIA E O GATO MALANDRO

Segundo notícia da Agência Folha em campo Grande, repercutida pelo UOL, “um gato de estimação fez parte, durante cinco meses, da lista de beneficiários do Bolsa Família em Antônio João (300 km de Campo Grande), um dos municípios mais pobres de Mato Grosso do Sul. O animal, chamado Billy, foi inscrito com nome, sobrenome e data de nascimento por seu dono, Eurico Siqueira da Rosa, coordenador local do programa do governo.

Billy tinha número de identificação social, cartão magnético e vinha recebendo R$ 20 mensais do governo federal como complementação de renda.

A fraude foi descoberta durante a visita de um agente de saúde à casa do suposto beneficiário, em novembro passado.

Recebido pela mulher do coordenador, o agente quis saber por qual motivo a criança Billy Flores da Rosa não havia sido levada para fazer a medição e a pesagem, exigidas para os cadastrados no programa.

A mulher estranhou a pergunta: "Mas o único Billy aqui é o meu gatinho". O agente relatou o diálogo à prefeitura, que abriu sindicância.

"Convocamos testemunhas e exigimos que o coordenador comprovasse a existência da suposta criança que ele cadastrou", disse à Folha a secretária de Assistência Social do município, Neuza Carrillo.

O processo de cadastramento das famílias é de responsabilidade do município. O coordenador, disse a secretária, é encarregado de receber e verificar a documentação dos candidatos ao benefício. Ao final dessas etapas, cabia a ele incluir os dados no sistema on-line do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

"Os documentos não são remetidos a Brasília, somente as informações. Ele se aproveitou disso para criar um cadastro inteiramente falso, com dados como nome, peso e data de nascimento, e depois batizou a invenção com o nome do gato."

Ouvido ao final da sindicância, Rosa admitiu a fraude. Funcionário municipal concursado desde 2006, ele foi afastado em dezembro. Na semana passada, pediu exoneração do serviço público.

Para a secretária, o caso é "absurdo, mas isolado". Ela defende a necessidade de alteração das normas de controle. "Se houvesse um setor em Brasília encarregado de receber e verificar a documentação, fraudes como essa se tornariam mais difíceis do ocorrer."

A prefeitura decidiu recadastrar as 891 famílias que recebem o Bolsa Família na cidade.

Em Antônio João, causou comoção o rumor de que, por conta da fraude, os pagamentos seriam suspensos. "O único benefício bloqueado foi o do gato", disse Carrillo.
A Folha não conseguiu contato com o ex-coordenador.

Em nota, a secretária-executiva-adjunta da pasta de Desenvolvimento Social, Rosilene Rocha, disse que o caso "mostra o esforço que nós estamos fazendo para auditar o cadastro, fazer cruzamento de dados e checar os beneficiários". RODRIGO VARGAS
da Agência Folha em Campo Grande

De Gaule tinha razão quando disse a frase que o Brasil não é um país sério.

Se procurarem, vão achar cobras, lagartos e outros bichos mais, enquanto do outro lado, parece que existem muitas antas trabalhando na função errada.

Pequeno comentário sobre a nova mudança na ortografia brasileira

Desde a data de 1º de janeiro deste ano está em vigor o novo acordo ortográfico firmado entre os países de língua portuguesa. Na verdade, trata-se da concretização de algumas mudanças da forma de escrever tanto no Brasil como em Portugal, diferentemente dos acordos anteriores, ou sejam, de 1943 e 1971, que foram efetuados apenas internamente.

Embora este acordo entrasse em vigor em 2009, vinha sendo preparado e discutido desde 1986, somando-se 23 anos, tempo em que as partes envolvidas chegaram a um consenso. A intenção inicial dos países lusófonos seria a unificação da língua portuguesa, em que as diferenças fossem reduzidas ao mínimo possível, o que efetivamente não ocorreu, conforme exemplificam as palavras; refletimos (Brasil) - reflectimos (Portugal) e polêmica ( Brasil)- polémica (Portugal).

A finalidade precípua deste acordo é a eliminação dos sinais, e, segundo os seus responsáveis, os mesmos não expressam nada mais. Esta circunstância gera divergências, uma vez que para alguns estudiosos, o acordo procede, porém para outros, não.

Conforme opinião do literato e professor Evanildo Bechara, titular da área de lexicografia e lexicologia da Academia Brasileira de Letras e decano dos gramáticos brasileiros, líder na etapa final de negociação do acordo: “ - É bom, depois de mais de 100 anos tentando colocar o português nos trilhos do bom senso, já está de bom tamanho”.

Na minha visão, como simples blogueiro, e professor não da área, mas que adora escrever, considero esse acordo dispensável, pois entendo que cada país deve ter a sua própria nomenclatura e esta elaborada através de normas criadas e aprovadas num consenso único, proveniente do resultado de estudos com a interação do corpo de docentes de todo o Brasil, notadamente qualificados, ao invés da participação apenas dos “Papas” das grandes entidades acadêmicas politicamente indicados.

Mas para não ser do contra, já baixei as novas regras e estou dando uma de estudioso...

Fonte; Revista VEJA, edição nº 2093, de 31 de dezembro, de 2008.

Da ‘deseducação’ social. E conseqüente baixa no IDCH - Índice de Desenvolvimento do Caráter Humano

EDUCAÇÃO [Do lat. educatione.] Substantivo feminino. 1. Ato ou efeito de educar(-se). 2. Processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social:

MORAL [Do lat. morale, ‘relativo aos costumes’.] Substantivo feminino. 1. Filos. Conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada. [Cf. amoral (4 e 5) e ética.] 2. Conclusão moral que se tira de uma obra, de um fato, etc. Substantivo masculino. 3. O conjunto das nossas faculdades morais; brio, vergonha. 4. O que há de moralidade em qualquer coisa.

CÍVICO [Do lat. civicu.] Adjetivo. 1. Relativo aos cidadãos como membros do Estado.

CARÁTER [Do lat. charactere < gr. charaktér.] Substantivo masculino. 4. Qualidade inerente a uma pessoa, animal ou coisa; o que os distingue de outra pessoa, animal ou coisa: 5. O conjunto dos traços particulares, o modo de ser de um indivíduo, ou de um grupo; índole, natureza, temperamento: O seu caráter agressivo dificulta-lhe o relacionamento; O caráter latino difere do caráter germânico. 6. O conjunto das qualidades (boas ou más) de um indivíduo, e que lhe determinam a conduta e a concepção moral:

Da leitura de palavras específicas e suas respectivas significações, do sábio “pai dos burros”, Dicionário de Português, já nos remonta há um pouco de tempo atrás, quando havia, obrigatoriamente, nos cursos primários e ginasiais, as famosas aulas de EDUCAÇÃO, MORAL E CÍVICA (Civismo) – EMC. “O curso chato; que falava um monte de besteiras, etc. e tal... Mas era até legal!”

E era uma maravilhosa oportunidade (acrescendo-se aos ensinamentos de Religião, que também eram obrigatórios), de se ter um pouquinho mais de contato com princípios tão ‘enraizadores’ necessários na formação de uma personalidade; para que se tenha a sorte de conseguir ser, pelo menos uma boa pessoa; melhor ainda se aprendido desde a infância; desde bem pequeno, pois noticiam os médicos que a formação do caráter se dá até os 07 anos de idade.

Quer dizer, se nesta idade se conviveu com a deseducação, com a falta de princípios éticos e moralizadores de conduta; se se conviveu com a balbúrdia, o resultado é mais certo que a somatória de dois mais dois.

E RELIGIÃO, em si, é responsável pela maior fatia de responsabilidade na contenção de “momentos violentos”; e na maior aceitação do ser humano próximo não como um intruso, se ele porventura estiver agindo errado; mas, sim vê-lo como mais __ “Um filho de Deus brincado com a sorte de nascer humano, _ e não um sapo _”.

É um resgate importante e que, lamentavelmente falta aos nossos infantes; independentemente de que doutrina ele siga. O importante é ter e respeitar um referencial, de muitos nomes, mas que chamamos mais popularmente de Deus.

Cada um crê à sua maneira; e há até quem acredita que tudo caminha para uma purificação da terra em uma bola de metal preciosíssimo; e com inteligência, adquirida da evolução da tecnologia e informática, e até possibilidade de sermos futuros “átomos” inteligentes, a compor o mega, hiper, super ciberespaço chamado Universo. Criação magnífica de Deus, Alá, Buda, etc.

Não me assusta a idéia que ainda serei um ‘cluster no “Windows” de Deus’, ou um arquivinho executável (.exe); este sim, que por sua capacidade maior de força de comando, pode ser considerado dos mais importantes. E há aqueles que podem ser considerados só um arquivinho .BAK, ou .TMP; vai lá se saber a capacidade de cada um.

DA EDUCAÇÃO; como núcleo central da equação, é donde advêm os subsídios para se ter um quadro equilibrado, consubstanciado pro EDUCAÇÃO, MORAL E CIVISMO de sua população.

É de um quadro assim que um país precisa. É o modelo Japonês ainda prevalecendo; por exemplo, de lá, quando mais velho, ser considerado experiente, e não um lixo a se jogar às custas da Previdência Social.

Um País que convive com um conflito deprimente, de no mercado de trabalho, ter vaga e faltar vaga; resultado pela deseducação; incompetência da autoridade administrativa, de preparar seu povo para ter educação profissional suficiente para agregar-se no mercado de trabalho. Tem vaga e falta candidato qualificado; e aí vem até a oportunidade de mencionar que o País está tão aquém de um índice razoável em padrão de educação, que ocupa a 74ª Posição no Ranking Mundial, sendo superado até por países que nem televisão tem ainda.

E não se perca de vista que dentro dum quadro educacional fortalecido, com incentivo aos trabalhadores na linda missão de educar os nossos filhos, realocação de profissionais para corrigir os índices deficitários de informação; e incentivar o aluno, já desde a sua formação, princípios simples, mas consagradores de cidadãos. Pois, como a alguns anos atrás, cada um de nós, brasileiros, tinha orgulho de ouvir o Hino Nacional na Escola; era obrigatório pelo menos uma vez por semana. Hoje em dia não é mais. Isto associado a muitos outros fatores demonstra uma bola de neve perigosa, e presente na questão educacional brasileira. Aqui não se está ensinando muito bem o civismo, mas sim, como no caso das escolas públicas; __ como se conquista uma escola e alunos para consumir drogas e/ou traficar; No tiro, na bala! _ Tristemente.

Dentro do campo educação, era esclarecido o quanto é necessária a Educação para qualquer comunidade, para qualquer cidadão, e para qualquer um que pretenda viver em comunidade; e olha que até dentre os Índios, tem regras a serem seguidas; balizas de comportamento para se poder estar entre outros pares. Não há na história quem tenha efetivamente conseguido permanecer uma vida toda fora de uma comunidade; e, portanto sem ter experimentando de seus mandamentos, e até ajudando criá-los, se o caso e dada à oportunidade, dentro do binômio: possibilidade versos necessidade. A balança para não “dar mais a césar do que é de césar”.
Há os mais pobres; estes, infelizmente até a alma é pobre; e guinam-se para os seus universos sombrios. __ A eles só resta pedir ajuda a Deus _.

A respeito da agressividade humana, e diga-se agressividade comum, não agressividade “bandida”, criminosa.

Hobbes vê a agressividade do homem como o resultado do desejo incontido de atacar e lutar; Freud diz que a agressividade é uma manifestação consciente do instinto de morte. O Padre Antônio Vieira num de seus mais famosos sermões diz: “O homem é um animal sociável, e nisso nos distinguimos dos brutos, embora nos considere piores feras que as feras, porque somos feras com entendimento e vontade”.

O pesquisador Ashley Montagu ao contrário, questiona esta agressividade inata do homo sapiens, ele afirma que há obviamente uma componente genética, mas esta não é a determinante, o que realmente determina uma maior ou menor disponibilidade para a agressividade é a experiência acumulada ao longo dos anos de existência do indivíduo em interação com seus genes. Montagu elenca algumas formas de agressividade:

1. Agressividade predatória: provocada pela presença de uma presa natural;
2. Agressividade Antipredatória: determinada pela presença de um predador;
3. Agressividade Territorial: que surge da necessidade de defesa do território de um intruso;
4. Agressividade de domínio: Desafio à posição de um animal no grupo ou a seu desejo de possuir um objeto;
5. Agressividade Maternal: provocada pela ameaça à prole;
6. Agressividade de desmame: provocada pela tentativa de independência dos jovens, quando os pais atacam, ainda que suavemente seus bebês;
7. Agressividade disciplinar dos Pais: no sentido de corrigir os erros dos filhos;
8. Agressividade Sexual: provocadas pelas fêmeas com o objetivo de acasalar-se ou estabelecer uma união prolongada;
9. Agressividade Gerada pelo Medo: provocada pelo confinamento, impossibilidade de escapar do perigo;
10. Agressividade de Macho: provocada pela presença de um competidor;
11. Agressividade Irritável: provocada pela presença de algo ou alguém que gere irritação;
12. Agressividade Instrumental: provocada pela mudança no meio ambiente. (...)

Isto, o crescimento destas formas de agressividade, é conseqüência da DESEDUCAÇÃO. Falta de educação. Um dos fatores conseqüenciais, dentre inúmeros outros existentes.

E muitas das vezes, no capitulo onde se discute a falta de educação e escolas dando lugar aos Centros de Detenção, acabam por ir parar em presídios, submundos de crendices e até sonhos de futuro; que muitas vezes até não chega. Mas pelo menos sonharam!

O crime urbano e suas características: [ ]

“O ato criminoso ou delituoso, assim tipificado nos diplomas legais, é uma convenção do consciente comum adquirido pelo conjunto social dos grupos humanos ligados por desejos e interesses comuns, onde a vontade do coletivo deve prevalecer sobre o individual desde que o objetivo final seja o de promover a justiça. Assim, apenas para exemplificar nosso conceito de crime, está escrito no Art. 1º do CPB, “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”, e no Art. 157, “Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência”, temos a aceitação comum de que apoderar-se de algo que não lhe pertence é um crime, é ato errado descrito na norma positiva e punível na forma da lei específica.

Esse sentimento de justiça ou injustiça, na nossa opinião e ressalvados casos específicos, é o que tem levado, em muitos casos ao uso premeditado da violência, pois, o bicho homem busca incessantemente se sentir em equilíbrio social e economicamente com os seus semelhantes, mesmo que para atingir tal percepção da condição venha a adotar comportamentos e posturas condenáveis.

Quando observamos hoje as desigualdades sociais, os ambientes diversos de desenvolvimento físico e mental de indivíduos de mesma espécie, homens e mulheres que são iguais de nascimento, pois todos nascemos nus, mas que essa igualdade para neste ponto, podemos refletir que estaria ai uma das causas da proliferação da violência e do crime nas áreas urbanas, o desejo insatisfeito de ter aquilo que não se tem e que durante o crescimento é negado pelas oportunidades, ou falta delas”.

São aqueles que, criticados; no ser humano é comum do ser racional é corrigir o erro; mas preferem estufar o peito e tentar arrebentar ventos e mares adiante; e sempre tem conseqüência, o tão tradicionalmente famoso: “quebrar a cara”; __ Eu bem que avisei!... _

É a escola de Deus chamada vida; é o trilhar do destino, pelo seu caminho reto, e que quando insistimos dele sair, tomamos bordoadas como quem insiste em sair de uma locomotiva em movimento; rebordosas conseqüenciais.

MORAL. As conseqüências da ganância pessoal, e falta de outros aculturamentos, como o religioso e até o patriótico, estão fazendo-nos vítima de deformação no quesito MORAL; falta de respeito às regras de conduta mais basilares do mundo, para o convívio harmônico em um grupo de pessoas.

Acima de tudo, moral é regra, assim como tem a regra de três na matemática, e mais as da química; física; etc., e, mais e principalmente, as regras do “padrão social do homem”, regras de modelação de determinados comportamentos; e regra para refutar outros em absoluto. Como o fato mais comum, hábito mais comum, de se contar uma mentirinha; inventar uma historinha...

Ladrão não começa pós-graduado. Ele começa de baixo, dos pequenos furtos, etc. E muitas vezes fomentado pela necessidade. ISTO É OUTRO FATO MARCANTE PARA A DEFORMAÇÃO DO CARÁTER E DA MORAL DE UM CIDADÃO.

O abastado, se pego roubando, deveria pagar em dobro, pela não presença do fator preponderante, que seria “in casu”, a necessidade.

O necessitado, pagar uma pena justa, e sair com moral suficiente, pelo menos para arrumar um emprego.

As empresas não contratam 'novatos' porque não têm experiência; e mais experiente não quer, por ser velho; com ficha de antecedente criminal suja, então, é que acabou a carreira do homem. Nunca mais arrumará emprego.

Chega às raias de risível, a eficiência para emporcalharem nomes de pessoas, lançando-as nos Cadastros de Registros Criminais... E mais ainda como ineficientes para retirar tais cadastros; ainda que assim o mande a Lei.

São calabouços operacionais burocráticos onde a ineficiência e inoperância prevalecem, de sorte que um carimbo pode demorar meses para ser localizado e aposto num determinado papel, se este não já tiver se perdido, no caminho entre uma mesa de alguém que manda cumprir, e o andar pelo boy que leva para repassar o serviço para quem tem que carimbar, para outro assinar, para outro levar, para outro publicar, para outro descadastrar, para outro certificar, etc.

O absurdo da mácula pichada por sobre a FICHA SOCIAL do Cidadão eternamente, ainda que ele tenha sido condenado injustamente, dentro de algumas ‘condenações bestiais’ que se observa País afora.

Não é à-toa que estimativas dão conta de que mais de 60% dos presos deveriam estar na rua, permitidos pelo Código Penal, Código de Processo Penal e Lei das Execuções Penais (que os próprios Promotores e Juízes das Execuções não seguem). E que bestialmente não os soltam, por não saberem o que fazer com o “lixo social”, nem terem competência para corrigir o erro, e reintegrar o ente mal formado de, para a sua sociedade.

É o que visa a Pena; Finalidade do instituto cumprimento de pena. Da Lei.

Outro dado mais alarmante ainda é que mais de 40% dos presos são inocentes. E se assim o são, suas prisões demonstram despreparo dos operadores do direito, desumanidade, e acima de tudo, desrespeito até para com a Lei, não a cumprindo, e condenando sem provas suficientes. O famoso “in dúbio pro societá”, ao invés do consagrado brocado: “IN DUBIO PRO REO”.

... Restará a qualquer infeliz que padecer de tal constrangimento, o relento e possibilidade de tentar se instalar camelô na rua; mas certo que a Prefeitura pega pesado;... E do contrário, terá que fazer negócio com as máfias; e estas são impiedosas. Até com vidas...

Falta Moral ao Brasileiro, na forma hipotética, de se fazer o cara cheio de coragem e com disposição para estufar o peito e dizer eu sei; eu faço. E fazer. E falta moral como quesito indispensável num cidadão, como o dom de respeitar ao próximo, de pensar que conforme teoria budista, “para toda ação tem uma reação”. E de que fazendo o mal, ainda que não da mesma pessoa, por circunstância da Vida, da Natureza, se pagará. E casos mais tristes há; como o de doenças graves, bem no momento final da vida; que o esqueleto já está cansado!

CIVISMO. Ato de amar despretensiosamente. Como amar o seu País; amar o seu Povo; as suas Terras; os seus Mares; Rios; seus Animais...

Ato de parar defronte a bandeira hasteada;... De respeitar o comando do quartel quando vem passando pela nossa frente. E respeito necessário, tanto em homenagem aos futuros combatentes, defensores da nossa segurança, quanto a nós mesmos, por necessitarmos amar o País que moramos. Dentre muitas outras causas tão prementes quanto, mas que desnecessário mencionar.

O homem que não ama e não respeita seu País, não tem condição de conviver em uma sociedade harmônica; pelo menos não harmônica de sua parte. E como conseqüência, não respeitando as diretrizes de sua pátria, não respeitará Pessoas, Animais, quiçá as Terras, Plantas, etc.

São regras simples, mas que devem ser ensinadas, como o faço para com o meu filho Pedro Henrique Thomaz de Espinosa Xavier, nascido em junho de 2001, que muito experto, já aos 06 anos, veio me explicar que ele já sabia que: “Nada na vida é de graça. Que por tudo nós pagamos, até mesmo tendo que ficar bonzinho, quando se é criança”.

E dentro da educação dele, insiro fortemente estes respeitos sociais, que estreitam com o envelhecer, e que se não bem aculturados, pode se travestir em desrespeito até aos Cidadãos. “A falta de sentimento para com o próximo”.

É tão bom ver o próximo feliz! Como o dissera o sambista: “Se malandro soubesse como é bom ser honesto; ele seria honesto só de malandragem”.

E se tudo isto for apimentado de uma boa religiosidade, não dogmática / doentia, mas um sentimento confortável de “Estar nos Braços de Deus”, com certeza os amanheceres serão muito mais claros; sorridentes e alegres. E Põe alegria nisto!...

Vergonha Brasileira

A violência na Faixa de Gaza, e os atos atômicos do Irã é um dos assuntos mais comentados do momento. Nós, brasileiros, lamentamos as perdas pelas quais aquela região esteja passando. No entanto, esquecemos de que nosso país enfrenta uma brutal onda de violência.

Segundo relatório da ONG Human Rights Watch o Brasil apresenta sérios casos de violações dos direitos humanos, entre os quais destacam-se a má atuação da polícia, elevada taxa de homicídio, precariedade do sistema carcerário e a violência urbana.

Com notícias más a respeito de nosso país o mundo passa a ter uma imagem cada vez mais negativa do Brasil. Nossa nação tem sido referenciada como um país violento e com violações dos direitos humanos. Isso é péssimo para o turismo, uma vez que afasta os turistas de nossas belezas naturais.

Antes de se abismar com a violência do Oriente Médio, o brasileiro deve ter pena de si mesmo por viver em um país onde, de vez em quando, é tido por organismos internacionais como um país injusto.

A educação de qualidade é o caminho certo para colocar o Brasil no caminho certo, onde a população tenha mais segurança e conforto. Ainda vamos sofrer bastante até conseguirmos trilhar um caminho mais justo!

Ah!!! para os não fluentes em inglês a tradução da charge extraída do New York Post:
Israel: "Temos ogivas e nos recusamos a ser inspecionados pelas Nações Unidas!"
Paquistão: "Temos ogivas e vamos continuar com nossos testes de armas nucleares!"
India: "Temos ogivas e vamos continuar com nossos testes de armas nucleares!"
Estados Unidos: "Não se preocupem! Eles não representam uma ameaça a paz mundial, já que são nossos aliados! He! He! He! He!"