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quinta-feira, 21 de julho de 2011

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Coisas de Professor...

Indústria Cinematográfica Xapuriense

Não é novidade alguma que nas últimas décadas os valores culturais, sociais e principalmente os morais vem se alterando de acordo com a vontade de uma sociedade que em nome do desenvolvimento, da globalização, da evolução se torna permissiva e altamente transgressiva aos valores morais que mantém a ética e a particularidade das pessoas possíveis a serem respeitadas.

Como Xapuri sempre está a frente pelo menos nas questões que nada enaltecem a história desse rincão amazônico, pudemos perceber nos últimos anos que a cada vez mais a juventude se torna decadente e cotidianamente joga os valores morais no lixo – e bota lixo nisso – indubitavelmente a modernidade da juventude xapuriense chega a extremos que ultrapassa a compreensão até das “cabeças mais tolerantes e moderninhas”.

Quando o assunto é consumo exagerado de bebidas alcoólicas, álcool e outras drogas não quero nem chover no molhado, se é na questão de propagar que já são “pseudo-independentes” de que não devem nada a ninguém é comum ver adolescentes de 12 anos dizerem abertamente que satisfação nem mais para os pais são obrigados a dar... ledo engano.

Não quero e nem tenho intenção alguma de ser moralista ou puritano, mas em uma área de modernidade os Jovens xapurienses ultrapassaram todos os limites imagináveis de liberdade que chega a ser interpretado como promiscuidade, com irresponsabilidade pessoal e com a família. O nível de liberdade sexual atingida pelos nobres jovens xapurienses é tão grande que somente a atividade sexual que deveria ser algo de cunho individual que deveria dizer respeito apenas ao casal não é mais suficiente, tem que ser registrado por celular e câmeras digitais e divulgadas abertamente nos sites do gênero como youtube, pornotube, redtube e tantos tubes pela internet afora.

Não obstante a questão de divulgar na rede mundial de computadores é comum nos celulares de adolescentes entre 12 e 18 anos constar nos arquivos de vídeos, imagens de relações sexuais de conhecidas e conhecidos fazendo caras e bocas e muitas vezes com um, dois ou mais parceiros/as.

Ultimamente dois vídeos estão fazendo o maior “sucesso” entre a comunidade juvenil, em ambos pessoas conhecidas, mostram intimidade com a câmera e demonstram performance artística pornográfica que causaria inveja a muitos dos atores e atrizes da carta de contratos da empresa Brasileirinhas a maior do gênero no Brasil.

Não é de hoje que situações como essa ocorrem, claro que não são os primeiros e tão pouco serão os últimos já que para uma juventude que não consegue mais interpretar sequer o que são valores morais, infelizmente acontecimentos como esses ainda serão frequentes e costumeiros, até porque para as mulheres não a auto-valorização ou o conhecimento necessário para buscar na justiça a reparação dos danos causados, quanto para os homens isso usando palavras de um dos “atores” é divulgação do produto.

Numa sociedade em que o nível de masculinidade de um homem é medido pela proporcionalidade de mulheres que consegue levar para cama situações como essa podem até na maioria das vezes ser encarada como normal ou coerente com os “novos tempos”, porém para aqueles que ainda se preocupam com a estrutura familiar, com a educação para a vida da juventude isso é algo deplorável, asqueroso e acima de tudo prova de que nossa juventude entrou em um processo de “imbecilização” que exponencialmente cresce de forma avassaladora.

Não quero aqui discutir o mérito de porque se filma ou deixa de filmar suas relações sexuais, nem mesmo a questão de divulga-las abertamente, nem mesmo tenho capacidade de compreender a cabeça de alguém que sujeita a esse tipo de situação, mas pelo menos posso garantir que se trata antes de tudo de um desvio comportamental que carece senão de punição judicial, no mínimo de tratamento psiquiátrico.

De forma bem humorada ainda há aqueles que jogam a culpa no processo de inclusão digital pela rapidez em que as “novidades” são divulgadas.

Com esses acontecimentos vem a célebre pergunta: De quem é a culpa mesmo? Vou radicalizar e ser o mais honesto possível... A culpa é dos pais por não manter um diálogo aberto e franco com os filhos, já que infelizmente as relações entre pais e filhos ainda são pautadas na condição de que não se pode falar isso ou aquilo e quando se fala em educação é somente através de exemplos, ou seja escolhe alguém como ponto de referência para massacrar com palavras duras o comportamento dos filhos... A culpa é das igrejas que travestidas em um pudor que sequer existe nos ambientes internos alijam os jovens de discussões necessárias para a vida cotidiana, cuidar do espirito é importantíssimo porém cuidar do agora se torna imprescindível, infelizmente vemos um certo “adestramento” nem tão bem estruturado que quando na menor oportunidade as mesmas posturas pudicas tornam-se em comportamentos que até os existentes na extinta Sodoma ficariam no chão.

A culpa é das escolas que não abrem em seus currículos situações que possam levar os jovens a discutir seus problemas, seus anseios, suas duvidas e por consequência continuam a fortificar o modelo de concepção de uma sociedade irraigada em preconceitos e pudores. A culpa é da sociedade que se “embecilizou” com a grande liberdade de expressão, de comportamentos adquiridos nas ultimas décadas, mas não se preparou para usufruir desse direito. É a mesma sociedade que critica alguns comportamentos, mas os fortalece ao mesmo tempo quando não oferece uma resposta para que sejam estirpados aqueles que não se traduzem em construção de uma situação de respeito as especificidades individuais e coletivas.

Enfim a culpa é acima de tudo da juventude, que abobalhada não se valoriza, que se vende por uma cerveja, por uma blusa, tênis ou qualquer como diria o mais simples xapuriense “biribute”. Uma juventude que prefere usar o tempo disponível em orkut, msn, facebook, televisão e tantas besteiras mais que aplicar pelo menos 1 hora diária além das que passa na escola na preparação para o prosseguimento de seus estudos. Uma juventude que não conhece a realidade, que não conhece o meio em que vive... que não se conhece. Não tem valores morais, porque sequer sabe oque isso significa. Não pode compreender o que seria ética e honra porque são desprovidos da capacidade de refletir além do que vestir no final de semana na boate ou de como beber nas festinhas, ou ainda de como irá para os ramais nas madrugadas.

Claro que temos jovens que merecem todos o respeito e possuem um senso de responsabilidade não encontrado em muito adultos, temos inclusive exemplo de jovens que despontam como grandes nomes no mesmo timbre das grandes personalidade xapurienses, porém uma grande parcela da juventude de Xapuri está degradada.

E viva a decadência!!!