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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Um quilo de cocaína some de delegacia na Capital do Acre

A Corregedoria-Geral de Polícia da Polícia Civil, por meio do delegado André Luiz Monteiro, apura com rigor o suposto desaparecimento de um quilo de pasta de cocaína da sede da Delegacia Geral de Polícia de Senador Guiomard.

Quando Edgar Pessoa (41) caminhava pela AC-40 com uma mochila cheia de cocaína, ele foi preso e colocado na unidade de recuperação social Francisco D’Oliveira Conde.

A descoberta foi feita dias depois quando o delegado Messias Ribeiro, que preside o inquérito, mandou que o produto apreendido fosse examinado pela Polícia Técnica. Para surpresa de todos, peritos constataram que o material contido no pacote era pasta de amendoim.

Isso fez com que Edgar Pessoa fosse liberado imediatamente. Na apreensão, o material foi submetido a um exame de constatação, tendo o policial constatado pasta de cocaína.

O delegado André Monteiro confirmou que a informação é verdadeira e que abriu uma sindicância para apurar o que realmente ocorreu.

“Por enquanto, estamos apenas em fase de apuração, seria precipitação de nossa pare falar se alguém é culpado, pode inclusive ter ocorrido um erro no exame de constatação. Vamos fazer uma investigação minuciosa. Se alguém foi culpado, não tenham nenhuma dúvida, será responsabilizado”, concluiu Monteiro.

FONTE: A TRIBUNA

Lições de Vida - Por Paulo Coelho

Da ira
Para lutar bem, é fundamental ver com clareza os rumos do conflito.
O bom combate é necessário. Mas o bom combate não aceita o ódio, porque o ódio cega. Para evitar esta cegueira, o guerreiro procura olhar as coisas boas que seu adversário lhe fez durante todo o tempo em que conviveram juntos. Tenta ver o que o levou a ter esta reação violenta, quais os ferimentos que lhe causou sem querer.

Busca descobrir o que fez um dos dois desistir do diálogo. E lembra-se: o combatente cego está perdido no meio da batalha. Ninguém é totalmente bom ou mau. O guerreiro pensa nisto, quando pensa em seu adversário.

Da força
Palavras de Mahatma Gandhi:“Quando um homem se submete a outro, através do medo, não está seguindo sua natureza; apenas aceita a lei que lhe é imposta através da força. Quem aceita o castigo injusto, quem se submete à força bruta do outro, ainda não alcançou o autoconhecimento”.

“O perdão é a virtude dos bravos. Aquele que é forte o bastante para vingar um erro, também sabe perdoar no momento exato - e consegue reprimir seu desejo de vingança. Evidente que não se pode esperar que o rato perdoe o gato - mas não somos ratos”.

“A força bruta sempre será derrotada no final. Já vi fracos enfrentarem os mais fortes apenas com o poder do espírito, que vence em todas as circunstâncias”.

“No dia que renunciarmos ao medo da força bruta, aceitaremos nossa própria força espiritual”.

Dos sinais
Os sinais da vida são como os sinais de trânsito: por via das dúvidas, é melhor respeitá-los. Há momentos de parar, e momentos de seguir adiante.

Quando estamos perdidos, seguimos o fluxo - mas prestando atenção em alguma coisa que irá nos indicar a direção certa. Quando é proibido seguir adiante, sempre existe um caminho para contornar o obstáculo.

Mas - como também acontece com os sinais de trânsito - muitas vezes achamos que tal indicação não serve para nada; e não obedecemos. Furamos o sinal vermelho uma vez, outra vez, sem que aconteça nada. E nos acostumamos a agir assim - até que um dia…

Por isso, atenção. Não seja imprudente com os seus sonhos. Não use sua sorte em bobagens.

Das pequenas coisas
Os nossos olhos estão sempre voltados para os grandes realizadores: artistas famosos, empresários multinacionais, líderes que mobilizam massas. Mas, se perguntarmos a qualquer um deles como conseguiram chegar ao topo, uma parte da resposta será: “eu prestei atenção nas coisas pequenas”.

C. Lobo lembra um mito nórdico a respeito: quando o príncipe Balder nasceu, um profeta disse a sua mãe que ele morreria ainda criança. Desesperada, ela implorou a todos os reinos, forças e elementos, que poupassem seu filho. Todos concordaram.

Ao voltar para casa, viu um pequeno cogumelo - mas não lhe pediu nada, porque lhe parecia insignificante. Foi este cogumelo venenoso que o menino Balder comeu.
Célia Lobo - carta

Do camundongo
Os nossos limites não dependem da condição externa, mas de nossa ousadia. Se temos uma oportunidade, precisamos também evoluir por dentro - ou nada dará resultado.

Uma fábula indiana conta: um camundongo vivia deprimido com medo do gato. Um grande mago teve pena dele, e transformou-o em gato. Mas aí ele ficou com medo de cachorro; o mago transformou-o em cachorro. Então ele começou a temer o tigre; o mago, paciente como sempre, usou seus poderes para transformá-lo em tigre. A partir daí, ele passou a temer o caçador. O mago desistiu e transformou-o novamente em um rato, dizendo: “nada do que eu fizer irá ajudá-lo, porque você jamais entendeu seu crescimento; continua com a mesma coragem de um camundongo”.

Do tédio
Os monges Zens, quando querem meditar, sentam-se diante de uma rocha: “agora vou esperar esta rocha crescer um pouco”, dizem. Tudo a nossa volta está mudando constantemente.

A cada dia que o sol nasce, ilumina um mundo novo. Aquilo que chamamos de rotina, está cheia de novas propostas e oportunidades. Mas, como estamos por demais acostumados com ela, não percebemos que cada dia é diferente do anterior.

Hoje, em algum lugar, um tesouro lhe espera. Pode ser um pequeno sorriso, pode ser uma grande conquista - não importa.

A vida é feita de pequenos e grandes milagres. Nada é aborrecido, porque tudo está mudando constantemente.

O tédio não está no mundo, mas na maneira como vemos o mundo.

Como dizia o poeta T.S. Eliott: “percorrer muitas estradas/ voltar para casa / e olhar tudo como se fosse pela primeira vez”.

Da discussão
“O homens estão sempre tentando convencer os outros, mas jamais estão convencidos de suas próprias idéias” disse Tufiq ao discípulo. E contou a seguinte história:

“Numa cidade da Pérsia viviam dois sábios, respeitados por todos. Um deles era ateu, o outro espiritualista”.

“Um dia, a população organizou um debate entre os dois. No meio da praça, os sábios discutiram do nascer do sol ao entardecer. Cada um defendeu seu ponto de vista”.

“No final do debate, os dois voltaram para casa. Com a cidade já às escuras, o ateu foi até o altar do templo, ajoelhou-se, e pediu perdão a Deus por seus erros passados. Nesta mesma noite, o espiritualista acendeu uma fogueira no quintal e queimou todos os seus livros, convencido de que não existia mundo espiritual.