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terça-feira, 8 de julho de 2008

Visita à Casa Kalume

Ontem depois do almoço, realizei visita na Antiga Casa Kalume em Xapuri, onde há muito tempo não entrava e para os amantes de Xapuri, sabem que uma conversa com o respeitável Senhor Antonio Zaine é algo que não se pode perder, o comércio em si praticamente não existe mais pois entre poucas mercadorias há grande número de objetos raros, que vão desde rifles Winchester calibre 44, apelidados de "papo-amarelo", trazidos pelos grandes seringalistas durante a Revolução Acreana à ferramentas dos seringueiros, recortes de jornais de épocas importantes da história do Acre, Livro tombro "diário" dos acontecimentos na princesinha, objetos pessoais de famílias tradicionais entre muitas outras coisas.

É Válido frisar que em nenhum outro lugar de Xapuri os visitantes vão encontrar tanta informação sobre a história do municipio como na Casa Kalume, antiga casa aviadora localizada no centro comercial da cidade que durante o século passado abasteceu grande parte dos seringais do município, na época, um dos maiores produtores de borracha do Estado. O local passou a ser nos últimos anos um dos pontos de visita obrigatória para turistas, estudantes e pesquisadores que vão ao município.

Nos dias atuais, a Casa Kalume não "avia" mais os seringais nem compra a produção de borracha e castanha, como fazia em épocas mais favoráveis, do ponto de vista econômico, quando a casa comercial chegou a enviar em um único carregamento cerca de 200 toneladas de borracha para Manaus, como pode ser comprovado em antigas guias de embarque guardadas até hoje.

Aberta desde 1916, a antiga Casa Kalume foi transformada em um museu informal pelo paulista de Corumbataí Antônio Assad Zaine, o "Prezado", como é carinhosamente conhecido pela população da nossa cidade. Nesse ano ele completa 81 anos, dos quais 53 inteiramente dedicados a Xapuri, o velho "Prezado" se tornou uma das figuras mais significativas para a preservação da história e da memória do município. "Ao chegar aqui percebi que essa era a terra em que nasci para viver. Foi uma paixão imediata pelo Acre que senti que finquei raízes e daqui não pude mais sair", explica ele.

Com uma dedicação incomum, ele conseguiu preencher o vazio deixado pela falência do modelo de atividade comercial baseada no sistema de aviação - troca da produção da borracha e outros produtos extrativistas por mercadorias - com a criação de um museu, onde estão reunidos elementos diversos da cultura do povo acreano, que organizados de forma cronológica retratam a trajetória histórica da cidade, desde a ocupação pelos primeiros nordestinos que aqui chegaram, passando pela Revolução Acreana, até os acontecimentos mais recentes do cotidiano social e político da "Princesinha do Acre".

Antônio Zaine convive com um grande número de objetos raros que vão desde rifles Winchester calibre 44, apelidados de "papo-amarelo", trazidos pelos grandes seringalistas durante a Revolução Acreana, espadas, instrumentos usados pelos seringueiros na extração do látex, artefatos de origem indígena, vasos vindos da Europa no início do século passado e até mesmo instrumentos de uso doméstico, como antigos ferros de passar à brasa, fogões de lenha e outros itens que revelam o estilo de vida levado pelos nossos antepassados.

Outro acervo que chama bastante a atenção de quem visita o museu é o de recortes de revistas e jornais antigos que relatam o desenrolar dos acontecimentos políticos e sociais da cidade e do Acre, retirados das mais antigas publicações do Estado. Algumas fotos mostram locais históricos de Xapuri ainda engatinhando, como, por exemplo, a construção do Instituto Divina Providência, administrado pelas freiras da Ordem das Servas de Maria Reparadoras, que entre os anos de 1927 e 1971 foi referência educacional para toda a Região Norte.

Como o espaço da casa comercial foi se esgotando, Antônio Zaine passou a utilizar o velho armazém de borracha e a casa da sogra Linda Gomes Fonseca, já falecida, situada na Rua Dr. Batista de Moraes, para acomodar o crescente número de objetos que a cada dia passam a fazer parte do acervo, formado principalmente por objetos antigos que foram abandonados por seus donos nos quintais das casas comerciais e residências localizadas na área mais antiga da cidade. Todo objeto antigo encontrado por um morador transforma-se, nas mãos do "Prezado", em uma peça do museu.

Antônio Zaine busca, atualmente, conseguir tornar oficialmente a Casa Kalume um museu, uma vez que, mesmo sem praticar a atividade comercial de forma efetiva há vários anos, ainda recaem sobre o estabelecimento os encargos tributários referentes à empresa Abib Kalume & Cia. Ltda. Pretende elaborar um projeto para apresentar ao governo do Estado, através da Fundação Elias Mansour, para restaurar e adequar o espaço que ele considera impróprio para guardar tantos elementos relacionados à história de Xapuri e do Acre.

"Uma história rica como essa não pode se perder pela falta de espaço e de um lugar mais adequado para guardar tanta memória. Espero que as autoridades se sensibilizem para me ajudar a valorizar essa história", diz, em tom de apelo, Antônio Zaine.

Uma história de amor e dedicação ao Acre
O paulista Antônio Assad Zaine chegou ao Acre no dia 9 de julho de 1954, segundo ele mesmo conta, a convite de seu primo Jorge Kalume, que depois seria governador do Acre (1967-1971), simplesmente para pescar. Ao aqui se apaixonou pelas belezas da região e logo adotou a cidade como a terra de coração, onde constituiu família (casou-se com a professora Déa Gomes, com quem teve dois filhos - o ex-vereador César Gomes Zaine e a professora Terezinha Zaine Sarkis) e estabeleceu-se definitivamente.

Trabalhou durante muitos anos na empresa da família Kalume, mas desde cedo já começou a se dedicar a guardar os registros da história da cidade e do Estado que o proporcionaram criar o museu da Casa Kalume ou o Museu do Prezado como muitos dizem, onde permanece, mesmo que informalmente, a escrever a história de Xapuri. Seu trabalho e dedicação ao município e ao Acre já foram mostrados para todo em Brasil através do programa Repórter Record, da Rede Record de Televisão.

Congresso religioso em Capixaba

Ontem tive a grata surpresa de visitar à noite o municipio de Capixaba, convidado a participar do Primeiro Avivamento das Denominações evangélicas da região, movimento este que reuniu significativo numero de pessoas que lotaram as imediações do mercado público daquele município. Acompanhado do meu amigo pessoal Pedro Leite e família estive presente das 20:30hs até quase Ás 00:00horas,, principalemnte revendo amigos e analisando de perto o evento.

A priori gostaria de parabenizar a comunidade evangélica de cabixaba e imediações incluindo a xapuriense que estava muito bem representada. o evento contou com a participação de cantores e pregadores de outros estados, cito: Goiás e Paraná que vieram dar seu testemunho e animar a festa religiosa entre eles o Pastor Paulo Marcelo que segundo informações destaca-se entre os 10 mais requisitados do Brasil na Assembléia de Deus.

Como sou meio cético para algumas pregações, mas muito respeitoso pela fé que é projetada nesse ambientes me pautei a adimirar respeitopsamente o ambiente e ficar sinceramente surpreso pelas expressoes de religiosidade impregnada naquele local, depois num pequeno feedback lembrei-me de que à alguns anos, as igrejas evangélicas era lugares cheios de pessoas que conheciam a Bíblia de capa a capa, que seportavam reverentemente durante o culto e não raro, as pessoas do mundo admiravam os evangélicos por sua fé e esperança, mesmo nos momentos mais difíceis.

São inúmeros os testemunhos de pessoas que aceitaram o doutrinamento ou costumeiramente como dizem "aceitaram Jesus" e fora para Cristo após conviver com um crente genuíno daqueles que realmente pregam por vocação e não por conhecimento teológico, este, normalmente descrito como alguém humilde, prestativo e sempre com um versículo bíblico na ponta da língua, para qualquer situação.

Lembrei-me num instante em que vi varias denominações juntas no evento em um verdadeiro ecumenismo de que os cultos nas igrejas evangélicas eram cheios de hinos e coros profundamente inspiradores, refletindo as doutrinas fundamentais da fé cristã. O ofertório era uma demonstra-ção de zelo e gratidão a Deus e o dízimo era um ato alegrede fidelidade ao Senhor. Quando o pastor subia ao púlpito,todos atentamente recebiam edificação através de uma pregação biblicamente fundamentada. A pregação da Palavra era o centro do culto.

Interessante que entre as mudanças perceptíveis está a forma de diálogo com o público o linguajar carismático e sentimental empregado, antes, algo mais formal, puro, mais surrealista mesmo nas igrejas pentecos-tais, não era muito diferente.

Percebi ontem no evente que as Igrejas evangélicas estão numa fase de transição para o novo, percebi que que alguns grupos evangélicos são vistos como mais uma "tribo" urbana, assim como os sufistas ou os hippies, que tem música própria, gírias e slogans próprios.

O culto reverente, virou entretenimento. O momento de destaque no culto, continua sendo a meditação na Palavra de Deus, proclamada por um pastor bem preparado teologicamente, mas também um momento de "louvor" (momento musical), dirigido por bandas com caros aparelhos de som.

As letras dos hinos não falam mais em grandes profetas e coisas antigas, mas em situações práticas e cotidianas vivenciadas por todos e com ações de forte apelo emocional. O ofertório apesar de ser momento de fé para com as promessas de Deus para os desavisados pode ser considerado como barganha com Deus.

Percebi no pouco momento de presença naquele local que a doutrina é colocada está no mesmo nível de plano,a "adoraração". porem o ponto principal é a conjutura social de amizade entre o povo evangélico a sua postura diante da sociedade é sempre louvável.

Acredito que momentos como o que pude presenciar em Capixaba deve acontecer sempre, já que é um espaço de fé, um momento de resgate do plano de Deus para com a humanidade e independentemente de mudanças ou não o importante é que comportamentos religiosos sejam moldados dentro de uma perspectiva de formação de pessoas de bem para a familia e para a sociedade como um todo.

Queremos promover Justiça Social ou Justiça individual

Devido a minha insônia crônica e por ter amigos que compartilhar do mesmo problema que eu, passei boa parte da madrugada no msn conversando filosoficamente sobre a justiça brasileira e principalemnte sobre os caminhos e o desejo de muitos em promover uma verdadeira justiça social, tão necessária à sociedade brasileira. Estranahmente no meu almoço alguns cidadãos que neste pleito eleitoral estão à disposição da escolha da população estavam discutindo o mesmo tema, me empolquei e entrei na conversa, mas depois de um certo tempo me veio o feliz desejo de aprofundar no assunto e acabei decobrindo coisas interessantes a respeito do tema em questão, descobri por exemplo que parece ter sido o filósofo social neo-escolástico Luiz Taparelli, falecido em 1862, quem pela primeira vez usou a expressão justiça social e que foi adotada pela Igreja.

S. Tomás de Aquino, segundo muitos autores, não teria conhecido a noção de justiça social, produto dos conflitos sociais dos tempos modernos. A justiça social seria uma quarta espécie de justiça, ao lado das distinções clássicas entre justiça comutativa, distributiva e legal.

Para alguns pensadores como Vermeersch, e Lachance a justiça social se equipara à justiça legal, que persegue a ordenação do bem comum. Já para outros mais atuais e socialemnte comprometidos como Haring e F. Utz, ela compreende apenas as exigências do direito natural do bem comum, com exclusão das exigências legais. podemos ainda ter outras linhas de pensamento compreendendo-a entre a justiça legal e a justiça distributiva, de que ela não é mais que a harmonia entre as três formas clássicas de justiça, concretamente concebidas. De que a justiça social refere-se aos grupos e classes da sociedade, ao passo que as outras formas de justiça são diretamente ligadas ao Estado. De que a justiça social é dinâmica, e as outras estáticas: a justiça social seria o vir a ser das outras espécies de justiça.

A expressão hoje é do domínio público, mas sua definição depende da concepção político-econômica de cada autor. Há tanta dificuldade em defini-la quanta existe para definir o bem comum, que é o elemento fundamental de qualquer doutrina de justiça social. A noção econômica de justiça social é a mais difundida: justa distribuição da renda ou riqueza, de acordo com as necessidades e a capacidade das pessoas; aumento do nível de renda das massas; diluição progressiva das diferenças de classe; fazer com que um número cada vez maior de pessoas participe da propriedade dos meios de produção e do consumo de bens. Questão totalmente diferente, é saber qual o melhor regime político para atingir a justiça social: pode haver mais justiça social em regimes de força do que em democracias desorganizadas ou puramente formais.

Masa para entender toda essa questão técnica eu acredito que o elemento que se beneficiará com uma justiça social bem aplicada será o povo, porém um povo só se torna realmente justo quando conhece, de forma clara e objetiva, o real significado da palavra justiça.

Infelizmente, o princípio de justiça ainda não é muito bem compreendido pelo povo brasileiro. Uma das causas é que, na Língua Portuguesa, a palavra justiça também é utilizada para referir-se a órgãos do Setor Judiciário, (Justiça do Trabalho, Justiça Federal, Justiça Internacional, etc...). Essa duplicidade na linguagem ajuda a confundir os cidadãos menos esclarecidos.

Já é hora de os brasileiros se conscientizarem de que a palavra justiça refere-se, antes de tudo, a um princípio de eqüidade, de igualdade proporcional; um princípio de sabedoria que deveria ser utilizado pelo Governo em todas as áreas e, principalmente, pelo Poder Judiciário.

Nós brasileiros ainda não entendemos a importância sócio-econômica de se levar a sério o princípio de justiça. A maioria dos cidadãos conhece apenas duas situações: ser beneficiado ou ser prejudicado. Infelizmente, a Educação brasileira não nos ensinou a discernir estes extremos e a adotar situações intermediárias. É no ponto médio, entre o benefício e o malefício, que encontramos o que é justo para todos.

Em linhas gerais, ser justo é não oprimir nem privilegiar, não menosprezar nem endeusar, não subvalorizar e tampouco supervalorizar. Ser justo é saber dividir corretamente sem subtrair e sem adicionar (sem roubar ou subornar). Ser justo é não se apropriar de pertences alheios e dar o correto valor a cada coisa e a cada pessoa. Ser justo é estabelecer regras claras sem dar vantagem para uns e desvantagem para outros. Ser justo é encontrar o equilíbrio que satisfaz ou sacrifica, por igual, sem deixar resíduos de insatisfação que possam resultar em desforras posteriores.

A ausência de uma boa educação, nesse sentido, tem propiciado comportamentos extremistas (ora omisso, ora violento) por parte da maioria dos cidadãos. Observe que até pouco tempo a maioria dos brasileiros preferia se calar mesmo diante das inúmeras explorações do nosso dia-a-dia. O maior problema, conseqüente desse tipo de comportamento surge com o decorrer do tempo. A falta de diálogo, para se estabelecer o que é justo e correto, faz o cidadão prejudicado se cansar de ser omisso e partir pra violência (ir direto ao outro extremo). Essas reações têm acontecido até mesmo entre parentes e vizinhos. Por isso, precisamos nos reeducar. Os cristãos, em especial, precisam ensinar ao povo o que é justo e correto para que os cidadãos não se tornem omissos e saibam estabelecer o diálogo ao perceber toda e qualquer injustiça. Se cultivarmos um padrão de comportamento realmente justo, ninguém acumulará motivos para se tornar infeliz, desleal, subornável ou violento.

Em todos os casos de injustiças (profissionais, comerciais, de relacionamento etc.) a pessoa prejudicada deve primeiramente ir até a pessoa injusta lhe pedir que corrija a injustiça. Se não surtir efeito deve levar pelo menos uma outra pessoa para que também dê testemunho (reclame) daquela injustiça. Se, apesar disso, a pessoa injusta não se corrigir, aí então deve levar o caso ao conhecimento das autoridades competentes para que elas determinem a solução. É muito importante entendermos que primeiramente deve haver duas tentativas de diálogo, só depois destas tentativas é que o caso deve ser entregue às autoridades.

Por outro lado, as autoridades precisam agir de maneira totalmente imparcial (sem se inclinar para nenhum dos lados), em respeito aos ensinamentos bíblicos que ordenam que: nem mesmo para favorecer ao pobre se distorça o que é justo, e que sempre se use o mesmo padrão de peso e de medida para qualquer pessoa, seja pobre, rico, analfabeto, doutor, mendigo, autoridade, etc... A sociedade precisa entender que é a prática correta do princípio de justiça que produz a paz social viabilizando a prosperidade de forma ordeira e bem distribuída.

A esperteza, a exploração e a má fé, são técnicas ilusórias que têm vida curta e acidentada. As instituições governamentais, empresas privadas e negócios pessoais, estabelecidos com injustiças, com espertezas, com explorações e má fé, são comparáveis a construções sobre areia porque desmoronam nos dias de tempestades (crises, pragas, acidentes, novas concorrências, etc.). Mas, os negócios estabelecidos de forma justa, com justiça nos preços, nos salários, nos serviços e nos relacionamentos em geral, são comparáveis a construções sobre rocha porque permanecem de pé mesmo depois de grandes tempestades.

Portanto, precisamos abandonar a mania subdesenvolvida de gostar de levar vantagem em tudo, e cultivar a mania desenvolvida de gostar de fazer e receber justiça em tudo. Já é hora de entendermos que a vantagem que se leva hoje se transforma no prejuízo de amanhã, enquanto a justiça que se pratica hoje se transformará no lucro de amanhã.

Comportar-se de forma realmente justa, tanto na hora de dar ou de vender, quanto na hora de cobrar ou de receber, é condição primordial para um povo se tornar pacífico e bem-sucedido.

Bem que alguns candidatos desse pleito de 2008 poderiam aproveitar e realizar uma auto-avaliação sobre sua condição de agente promotor de justiça social e se contextualizar com a realidade xapuriense!!!

É de rir para não chorar



Uma investigação criminal que estava sendo realizada pela Polícia de Portugal por meio de escutas telefônicas teve que ser interrompida.
Razão: os investigados saíram de férias.Bem que o delegado poderia ter solicitado a concessão de alguns dias de férias aos policiais, para que pudessem seguir no encalço dos meliantes…

Pérólas da Justiça Brasileira

Numa audiência ocorrida há muitos anos na Comarca de Andradina (MG), o réu compareceu vestindo uma camiseta daquelas que se vendem em feiras populares, onde se lia: “Tem um corno me olhando”.

O juiz, bastante sensato e cortês, deixou que a audiência transcorresse normalmente. Somente ao final da audiência, dirigiu-se polidamente ao réu, aconselhando-o para que, quando precisasse comparecer a lugares que exigissem certa formalidade, evitasse vestir roupas com esse tipo de frase.

O réu escutou com muita atenção, agradeceu e pediu desculpas, dizendo que não havia percebido a impropriedade do traje. Dito isso, foi saindo da sala de marcha a ré.

o promotor e o juiz ficaram observando aquela esquisitice, sem entender nada. Somente quando o réu alcançou a saída da sala, precisou se virar para abrir a porta. Foi então que puderam ler o que se encontrava estampado nas costas da camiseta: “E continua me olhando…”.

Enquanto o réu se afastava correndo da sala, ainda pôde ouvir as gargalhadas que deixou para trás.

(História relatada por Antenor Moinhos Trevelin Junior, falecido promotor de Justiça, a Rogério de Oliveira Conceição, que a publicou na comunidade Pérolas Jurídicas do orkut. Eu vi no blog Pérolas Jurídicas)

Binho Marques camuflou sua visita ao campo de urucum

Por: Luiz Carlos Moreira jorge
Existem coisas que não se explicam. Uma delas foi a blindagem em torno da viagem do governador Binho Marques ao campo de prospecção de petróleo de Urucum. A assessoria do governo não deu uma linha. Não por incúria, mas por recomendação do próprio governador. O restante da imprensa passou batido. Também fui na marola, coisa que não costuma acontecer.

Conversei por telefone com o secretário de imprensa Itaan Arruda sobre o estranho silêncio: “o Binho pediu descrição”. Limitou a comentar. O que não dá para entender é esta tal de “descrição”. Todos sabem que o Binho é contra a pesquisa de petróleo no Acre (alguém conhece uma posição firme de sua parte na defesa deste tema?), que também é contra a implantação de usinas de álcool na Amazônia. São posições xiitas sobre as quais se pode discordar, mas há que se respeitá-las. Mas, entre isso e ir camuflado ao estilo James Bond conhecer uma experiência da Petrobrás que obteve sucesso é algo até certo ponto cômico. Não seria sua ida ao projeto que mudaria as suas convicções sobre estes dois temas. Quiça esta sua ida camuflada tenha sido por temor de um patrulhamento dos grupos que odeiam estas duas idéias, e pelos quais o Binho tem uma espécie de amor platônico. E assim como foi sua ida ao campo de Urucum, sem nem uma linha na imprensa oficial, também foi sua chegada: nem uma declaração a este respeito. Eu não vou me admirar nem um pouco se sair uma matéria da Assecom dizendo que quem foi para esta viagem não foi o governador Binho Marques, mas um sósia que se fez passar por ele. Tudo é possível, tudo é possível.

Agora mudando de assunto: eu não previ que o diretor do Detran, Cesário Braga, era forte, que tinha padrinhos poderosos e como tal não morreria pagão? Foi mais além, virou santo. Não vai demorar e teremos o primeiro santo acreano: São Cesário. Denunciado por um casal por abuso de autoridade no trânsito, ameaças, e supostamente estar dirigindo embriagado, com tudo registrado em boletim de ocorrência na delegacia do Bujari, Césario saiu de acusado para vítima. Com direito até de manifestação de solidariedade de setores da PM. Vou dar uma sugestão ao “ Doutor Cesário” (é assim que exige ser chamado pelos subalternos): pedir que seus defensores entrem com um pedido de beatificação junto ao padre Asfury. Eu não tenho nem dúvida que será deferido depois deste milagre de passar de acusado para vítima. E após a beatificação é mandar fazer imagens à sua semelhança e colocar em altares nas mesas dos seus subordinados. E todas as terças-feiras serem rezadas novenas para São Cesário. Ave Maria……….

Quando vejo esta correria da assessoria da candidatura do deputado federal Sérgio Petecão (PMN) à prefeitura de Rio Branco, em plena campanha atrás de equipamentos, de profissionais regionais para tocar sua campanha (seu marqueteiro alagoano teria sido contratado por 250 mil reais), vejo que voltam a se repetir todos os pecados da oposição: a bagunça, a improvisação, o amadorismo. Fosse algo organizado, o candidato, que é um nome palatável nas camadas com menor poder aquisitivo, estaria agora se dedicando exclusivamente à sua campanha, e não estar batendo cabeça com estes pormenores. Depois ficam com raiva quando comparo as oposições a times de peladeiros, que só se reúnem na hora do jogo. Acabou o tempo que se ganhava eleição no Acre na base do amadorismo. O que acontece é que o Petecão deve estar pensando que é candidato a deputado federal, onde basta montar algumas estruturas e a eleição está garantida. Candidatura majoritária é mais embaixo. Há que se ter propostas, o universo de eleitores para se convencer é bem mais amplo, e aí as coisas não se resolvem com tapinhas nas costas. O Angelim não é imbatível. Ninguém é. Até o Titanic que era tido como insubmergível, acabou afundando. Mas, do jeito que o grupo de marketing que cerca o Petecão está tocando os primeiros acordes da campanha, com cada instrumentista dando uma nota diferente na música, o prefeito Angelim no mínimo deve estar agradecendo. Ou o Petecão manda sua orquestra se afinar ou vai acabar fazendo sarau apenas no pé de Apui. Sem direito nem a tocar nas sextas-feiras no Senadinho.

E para fechar: pelos números que vi ontem não mudou nada em Xapuri. A candidatura do PT continua atolada. O grande problema é que o partido não tem mais o domínio absoluto da zona rural. Isso foi patente na última campanha, onde o candidato Raimundão (PT) perdeu na urna do seringal Cachoeira, uma espécie de santuário ecológico do PT, para o Wanderley Viana. A máquina do PT vai ter que roncar muito os motores e usar bimbarra (alavanca feita com pau) para desatolar a candidatura petista naquele município.

Luis Carlos Moreira Jorge, blogueiro nas horas vagas

Real Norte - Cobrança de Fiscalização

A greve desencadeada pelos colaboradores da empresa Real Norte que opera no transporte coletivo rodoviário no Acre serviu para revelar um fato que há muito vem prejudicando a empresa.

Desde 2004, com a entrada do transporte coletivo alternativo, operado por toyoteiros, taxistas, caminhoneiros e motoristas de vans, a empresa vem registrando ano apos ano, queda no faturamento causado pela atuação ilegal dos clandestinos.

Um levantamento realizado pelo departamento de tráfego da Real Norte, aponta que o estado deixa de arrecadar anualmente, cerca de R$ 500 mil reais com taxas de embarque e outros impostos no setor.

O problema é tão grave, que numa entrevista concedida no dia 30 de junho, o diretor geral da Real Norte, Fabiano Botelho, admitiu que a empresa pode fechar as portas e deixar de operar no Acre.

A situação seria inversa, analisa Fabiano, se o Detran e a Policia Rodoviária Federal fiscalizassem a atuação do clandestinos nas onze linhas em que a Real possui a concessão. Nesses trechos, aponta o levantamento das empresas, táxis, vans, toyotas e até caminhões atuam ilegalmente no transporte de passageiros. Sem pagar impostos e sem a presença do órgão fiscalizador, os clandestinos sugam a receita que iria para a empresa, e colaboraram para o aumento da crise no transporte coletivo rodoviário.

“Se órgãos responsáveis continuarem inertes na fiscalização dos clandestinos, não temos outra saída a não ser fechar as portas. Seremos obrigados a demitir os funcionários e fechar a empresa no Acre. Eles precisam aplicar a lei e evitar que a empresa que paga todos os impostos saia ainda mais prejudicada”, disse o diretor.

A greve dos trabalhadores do setor rodoviário reduziu em 40% a frota que atende o interior acreano e Boca do Acre, no Amazonas. A categoria reivindica um reajuste salarial de 8%, como forma de abono ou direto na carteira. Sem estrutura financeira para atender a reivindicação dos colaboradores, a empresa apelou para o bom senso da categoria, depois de expor durante reunião a situação causada pelos clandestinos.

Veja o que revela o levantamento
Durante um mês, a equipe de tráfego da Real Norte acompanhou a atuação de taxistas que atuam na região das cidades de Xapuri, Brasiléia e Assis Brasil. O estudo revela que o número de passageiros transportados nos carros é muito superior ao que embarca nos coletivos, e o mais grave, em um ano, o estado perde R$ 437.382,54 com arrecadação de impostos.

Mês
Viagens: 1.970
Passageiros transportados: 7.010
Perda com arrecadação de impostos
Taxa de embarque rodoviário
R$ 437.382,54

Brasileiros vencem Copa do Mundo da computação na França

Duas equipes brasileiras foram campeãs nesta terça (8), na França, no último dia do torneio Imagine Cup 2008, promovido pela Microsoft e considerado a Copa do Mundo da computação.

A equipe Mother Gaia Studio, formada por estudantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), levou o prêmio de Desenvolvimento de Jogos. O time Écologix foi o vencedor na categoria Melhor Projeto de Interoperabilidade. A Écologix tem estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade de São Paulo (USP).

A equipe Mother Gaia utilizou a ferramenta de criação XNA, da Microsoft, para produzir o jogo "City rain", que propõe a criação de uma cidade que respeite as questões ambientais. Uma versão do jogo está disponível no site http://www.cityra.in. A equipe diz que vai investir o prêmio de US$ 25 mil para produzir o próximo jogo.

"Estamos muito orgulhosos de poder representar o País. Este reconhecimento não é só para a equipe, é de todos os que nos ajudaram, da Unesp e do pessoal de Bauru", disse Guilherme Campos, da Mother Gaia.

O projeto Ecologger, vencedor como Melhor Projeto de Interoperabilidade, foi desenvolvido pelos brasileiros da Écologix. A proposta da equipe é integrar a circulação de informações que possam atender às necessidades dos cidadãos, reunindo aparelhos móveis, internet e até TV digital.


Solução tecnológica
A Imagine Cup é realizada anualmente e propõe a estudantes o desenvolvimento de soluções tecnológicas aplicadas a situações práticas. Pela quarta vez consecutiva, o Brasil teve o maior número de inscritos: 63 mil estudantes.

Na final em Paris, 370 estudantes disputaram os prêmios nas categorias Projeto de Software, Sistemas Embarcados, Desenvolvimento de Jogos, "Projeto Hoshimi", IT Challenge, Algoritmo, Fotografia, Filme de Curta-Metragem e Design de Interfaces.

A próxima edição da competição será realizada no Cairo, no Egito. As inscrições estão abertas a partir desta terça (8) no site http://www.imaginecup.com.

Comissão do Senado aprova projeto que barra candidatos com 'ficha suja'

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta terça-feira (8) um projeto que impede a candidatura de políticos com “ficha suja”. O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), já manifestou a intenção de pautar o tema no plenário ainda nesta semana. A proposta precisa ainda tramitar na Câmara, o que inviabiliza a aplicação da mudança nestas eleições municipais.

O texto aprovado pela CCJ é uma reunião de 21 projetos e tem como base uma proposta do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O projeto torna inelegíveis candidatos com condenação em primeira instância por crimes eleitorais, de improbidade administrativa, corrupção ou que tenham condenação superior a dez anos. Há também proibição de candidatura de quem tiver contas rejeitadas por tribunais de contas municipais, estaduais ou da União.

Os políticos que perderem o mandato por quebra de decoro parlamentar também seguirão sem poder se candidatar. A pena é de oito anos a partir da cassação. Ficam impedidos de disputar as eleições também por oito anos os políticos que renunciarem a seus mandatos para escaparem de processo de cassação.

O projeto obriga ainda os juízes a julgarem os recursos dos políticos com ficha suja. O objetivo é evitar que eles sejam injustiçados perdendo o direito de disputar as eleições por condenações indevidas.

A proposta foi aprovada apesar de manifestações em contrário. A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), argumentou que seria melhor o Congresso se dedicar a votação de projetos que acelerasse o julgamento dos processos e não punir os candidatos condenados que ainda podem recorrer de sentenças.

Ela acredita que a lei poderá ser derrubada pelo Judiciário ao basear-se no princípio constitucional de que não se pode infringir sanções a quem não for condenado em última instância. “Se aprovarmos isso qualquer pessoa vai recorrer e vai ganhar no próprio judiciário”.

O relator, senador Demóstenes Torres (GO), argumentou que a própria justiça tem afirmado que não impede candidaturas porque o Congresso não fez sua parte ao declarar a inelegibilidade de quem tem ficha suja. “Nós não podemos nos omitir novamente e deixar que o Judiciário legisle em nosso lugar como aconteceu na fidelidade partidária”.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) destacou que a ficha limpa tem de ser um pré-requisito para a candidatura, mas também cobrou mais celeridade nos julgamentos. “Precisamos dos dois. Quem tem ficha suja não pode ser candidato e tem o direito de ser julgado”.