Caros Leitores, desde a sua criação o Blog Xapuri News, o intuito sempre foi de ser mais um espaço democrático de noticias e variedades, diretamente da Princesinha do Acre - Terras de Chico Mendes - para o mundo, e passará momentaneamente a ser o instrumento de divulgação das Ações da Administração, Xapuri Nossa Terra, Nosso Orgulho, oque jamais implicará em mudança no estilo crítico das postagens.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Imagem do dia

Japiim Pássaro de cor preto e amarelada, o Japiim é muito encontrado
na Amazônia.  Em Mâncio Lima, por exemplo, existe uma Avenida
 com este nome, que também homenageia o rio que corta a cidade.
(Foto: Gleilson MIranda/Secom)

Eletroacre trabalha para normalizar o fornecimento de energia em Xapuri

Haroldo Sarkis -www.xapuri.ac.gov.br

Devido às constantes faltas de energia elétrica no município, o prefeito Bira Vasconcelos convocou o diretor presidente da Eletroacre Celso Mateus para dá esclarecimentos em uma reunião que aconteceu na ultima sexta-feira dia 05 de novembro que contou com a presença da equipe de Secretários da prefeitura, dos vereadores, representantes do conselho de administração participativo e presidentes de bairros.
 
O diretor presidente fez um breve levantamento do trabalho da Eletroacre no Estado e em especial em Xapuri e ressaltou o crescimento da oferta de energia elétrica as famílias que nos últimos 5 anos passou de 4.000 km para 14.000 km de rede levando energia elétrica através do programa Luz para Todos para mais de 700.000 pessoas. Quanto aos problemas em Xapuri, foi montada uma equipe que já está trabalhando e nos próximos 30 dias normalizará a situação com poda de árvores sobre a rede na zona rural com abertura de faixa e em especial na zona urbana, ”estamos montando uma blindagem para garantir energia na cidade” referindo-se a instalação de religadores para que um problema ocorrido na zona rural não venha a interromper o fornecimento na cidade.
 
Outro problema enfrentado é a comunicação entre as equipes quando se deslocam para revisar uma rede na estrada ou em ramais, a Eletroacre já adquiriu telefones via satélite que diminuirá o tempo de interrupção na energia uma vez que são longos trechos de rede onde não funcionam telefones facilitando na comunicação entre as equipes e a religação na substação além do reforço das equipes que hoje trabalham 24 horas. Celso Mateus falou da construção de uma substação no entroncamento onde a Eletroacre já adquiriu a área de terra e licença ambiental para iniciar as obras.
 
“O Prefeito Bira Vasconcelos tem papel fundamental na aceleração da construção dessa obra que custará em torno de nove milhões de reais, a meta era a construção nos próximos cinco anos e agora vamos correr para entregar nos próximos dois anos” disse Celso Mateus. Após rodada de perguntas e respostas o prefeito Bira Vasconcelos encerou a reunião agradecendo a vinda do presidente da Eletroacre ao município e o empenho para resolução do problema.
 
Quanto aos prejuízos materiais os munícipes podem procurar o Procom em Xapuri que funciona na Secretaria de Ação Social ou a própria Eletroacre.

Transformando Xapuri na capital do conhecimento

Governo realiza curso com o objetivo de montar projeto executivo de uma grande iniciativa educacional e sustentável para o Acre
Escrito por Samuel Bryan
Secretários de estado, prefeito de Xapuri e
 representantes da UNB participaram de
encontro para definir novos passos no
projeto de transformar Xapuri uma cidade
de conhecimento (Foto: Angela Peres/Secom)
Como transformar uma cidade inteira numa capital de conhecimento? É para responder a essa pergunta que neste fim de semana, membros do Governo do Estado do Acre junto a representantes da Universidade Nacional de Brasília e da prefeitura de Xapuri estiveram reunidos na cidade para discutir e começar um plano com um grande objetivo: transformar Xapuri na capital do conhecimento.

A meta é fazer da cidade de Xapuri um lugar de produção mundial de diálogo e construção do conhecimento e saberes em desenvolvimento humano e sustentável, além de contribuir para melhorar a realidade amazônica com base nesses princípios. "Estamos falando de uma utopia real, uma utopia que é possível construir", conta o Eufran Amaral.

Participaram da reunião, além do Secretário de Meio Ambiente, o Secretário de Ciência, Desenvolvimento e Tecnologia do Acre, César Dotto, Secretário de Extrativismo e Produção Familiar, Nilton Cosson, Secretário de Governo, Fábio Vaz, Presidente do Imac, Cleísa Cartaxo, Secretário de Gestão Administrativa, Mâncio Cordeiro, o diretor-executivo do ProAcre, Anderson Mariano, e o Secretário de Floresta, Carlos Rezende.

Junto ao prefeito de Xapuri, Bira Vasconcelos, eles formam a equipe de governo que vai participar do curso de especialização oferecido pela UNB. Os envolvidos no projeto participarão de três encontros, até dezembro, onde criarão o projeto executivo que deve durar cinco anos, trabalhando em uma rede de colaboração para o projeto Xapuri - Capital do Conhecimento.

"Já estamos trabalhando há mais de um ano nesse projeto para transformar Xapuri num centro de conhecimento. Estaremos reunindo várias instituições e instalando até o final do ano um escritório do Catie em Xapuri", conta Eufran Amaral. O Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino da Costa Rica (Catie) virá integrar o conhecimento em prol do desenvolvimento sustentável.

Alguns passos já foram dados nessa grande e importante iniciativa. O Catie, por exemplo, vai se estabelecer no Acre, formando uma capacidade de recursos humanos para os próximos anos. As articulações iniciais também já envolveram a Embrapa, a Universidade Federal do Acre e a Universidade de Campinas.

"Nós, juntamente com o Governo do Estado do Acre, fizemos essa proposta de transformar Xapuri na capital do conhecimento. E a ideia é que nossos alunos após o Ensino Médio tenham novas oportunidades", conta o prefeito de Xapuri, Bira Vasconcelos. "A qualidade da educação é essencial para que o jovem seja preparado para o mercado de trabalho", ressalta o prefeito.

A cidade do conhecimento também contempla em seu projeto inicial a ideia de uma gestão participativa, com um fórum de diálogo criado com representantes da sociedade civil, empresários e representantes do governo.

O professor da UNB, Thomas Ludewigs, participou do encontro. "Estamos muito feliz que o governo tenha nos convidado. Não é uma consultoria, é uma parceria. Achamos que Xapuri, pelo seu histórico, na sua importância de criação de reservas extrativistas e seu posicionamento estratégico, perto da Bolívia e do Peru, tem tudo para ser um grande projeto, atraindo investimento e tecnologia", avaliou.

O projeto Xapuri - Capital do Conhecimento já conta com a parceria do Catie, Embrapa, Ufac, Agência de Cooperação Técnica Alemã e a Universidade Federal de Viçosa. A ideia é que a cada ano mais instituições sejam agregadas e mais conhecimento seja adquirido e repassado.

DESPARTIDARIZANDO A CULTURA ACREANA

“SEM RECUAR... SEM CAIR... SEM TEMER...”

Uma pergunta pertinente: será que o novo governo que chega ao poder irá continuar a adotar políticas culturais que não contemplam a ampla diversidade do movimento cultural local? Não é chegada a hora da cultura acreana ser despartidarizada?

Heloy de Castro*
Passado o susto de advertência da população, no pleito eleitoral no Acre, o futuro governo acreano promete, segundo a imprensa, nomes do secretariado pra já. O atual que sai comemora o Dia Nacional da Cultura sancionando a lei do Sistema Estadual de Cultura, mas, no todo, já passam 12 anos de PT no poder e a cultura no Acre, de fato, não tem muito o que comemorar. Mudou alguma coisa mesmo? Que mudança? A pergunta se faz resposta.

Repetindo os velhos vícios da política local, em que predomina uma mentalidade não só imune como hostil a verdadeiras mudanças, podemos vislumbrar mais um quadriênio em que a cultura terá menos ainda o que comemorar, pois se não houve promessas de campanha, haverá o que fazer? Ou melhor: o novo governo, em estado de descompromisso pré e pós eleitoral, fará o que bem entender?

Sem ouvir a comunidade cultural, como deveria, antes e, principalmente, depois do pleito, ignorando que é constitucional a elaboração do plano plurianual da cultura pelo Conselho, o governo seguirá optando por opiniões próprias e autoritárias, por políticas alheias, inadequadas e ilegais, quanto ao que o setor aspira? Seguirá, o governo, com ouvidos moucos?
O Conselho Estadual de Cultura, para melhor contribuir com a idéia de verdadeira participação popular na administração da cultura, criou, em seu Regimento, o poder de indicar, em lista tríplice, nomes para o comando da Fundação Estadual de Cultura. Há quatro anos, a lista tríplice endereçada à atual gestão, após processo democrático de escolha, recebeu, como resposta, a indiferença. No atual momento, a Presidência do CONCULTURA, infelizmente até agora não se manifestou sobre o processo de indicação da lista tríplice, o que esperamos seja feito imediatamente, para que o futuro governo não diga que não sabia da opinião da área cultural.
Nem as políticas de cultura, nem seus gestores devem ser impostos. Agir assim é ferir os princípios constitucionais da democracia, da participação e da legalidade, pois a participação social nas gestões públicas já é imperativo constitucional e legal. A opção pela imposição traz toda sorte de malefícios à gestão, a começar pela indicação aleatória e sem critério do comando, até a consecução de eventos caros e sem resultados efetivamente sociais e culturais...
De tudo, além do alto custo público e do precioso tempo que se perde, há o fomento à mediocridade pelo qual se vê grande parcela da população incapaz da leitura, seja de livros ou da própria cultura. Vê-se em tal postura gestora um crime de responsabilidade geracional, o qual tem condenado um povo à eterna condição política subalterna e de quase nenhuma auto estima cultural.

O Conselho de Cultura tem sofrido desse mal também. A grande evasão das boas mentes ali verificadas bem se explica: ninguém quer participar de um conselho de faz-de-conta. Estão ali cidadãos que exigem o respeito a que tem direito. É lamentável que ainda se criem leis para não serem cumpridas e que não seja garantido seu cumprimento por quem deveria.

A classe artística, sem visibilidade ou reconhecimento, de modo geral, vai se tornando descrente e indiferente às promessas e discursos que se acumulam sem maiores resultados. Não desejamos que os que persistem no Conselho sejam derrotados pelo cansaço e que só resistam os que não acreditam (apenas se aproveitam pessoalmente da situação), os que têm pouca noção do processo e os oportunistas que ao fim não têm legitimidade representativa.

Com leis, eventos e silêncios nosso estado é um prodígio da gestão cultural e educacional democráticas: enquanto o governo propaga a noticia de que possui a melhor educação do país, inexiste em seus quadros licenciados em artes, nem sala de aula voltados para a arte-educação. Sem falar que todos os seus espaços culturais como galerias, teatros, bibliotecas, museus, rádios e TVs educativas são geridos sem a participação e controle popular e sem os especialistas da área. Enfim, tem uma série de outras coisas inexplicáveis que pode tudo dizer, menos que há efetivamente políticas culturais e educacionais de qualidade.

Diante desse quadro, que exige firme posicionamento social mais do que um silencio conivente, nós produtores culturais, que abaixo assinam o presente manifesto, exigimos do governo eleito que não tenha medo da democracia e que abra as portas do poder para a participação popular na área cultural, sem recuar a legislação da cultura, sem cair em gestão participativa faz-de-contas, e sem temer os artistas e a cultura

Cleber Moura
Lenine Alencar
Dinho Gonsalves
Regina Cláudia
João Veras
Clenilson Batista
Dalmir Ferreira
Laélia Rodrigues
Heloy de Castro
Écio Rogério
Cia. Visse e Versa
Outros virão......
*Heloy é cantor e compositor.

Ainda sobre o Enem