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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Charge do dia!!!

URUBUS E GARIMPEIROS

As reações de professores ante os alunos retornando às aulas são multo variadas. Mas, hoje em dia, a reclamação supera qualquer tentativa de consideração de uma realidade mais feliz.

Voltam os alunos e reencontram os mestres na apreensão do aumento salarial. Somam-se aos dissabores do magistério, sobretudo dos mais frustrados, a fraqueza acadêmica cada vez maior dos alunos, a displicência generalizada de toda a sociedade em relação à educação, a descrença na capacidade de uma escola efetivamente ensinar.

Não abordo o problema da educação porque a televisão está influenciando mais do que a própria escola, pela modernidade e capacidade visual de persuasão.

A propaganda de volta às aulas é uma vergonha contrastando com a outra a favor da educação para todos, quando diz que é por ali que se começa.

A televisão mostra uma sala em desordem, alunos jogando papel por todas as partes até a chegada de uma professora colocando tudo em seus lugares. São duas visões. É por aí que se começa, pelo lápis ou pela confusão? Alguns não querem começar por causa da desmotivação e do desânimo e estão vitimados pela descrença.

Ante este quadro tão pessimista, mas real, da educação, das escolas e do professorado, dois comportamentos se destacam: o do urubu e o do garimpeiro.

Triste e aborrecido, faminto e sedento de carniça, o urubu sobrevoa uma linda planície verde, plantada em sua maior parte, observa rios cristalinos, rodopia por sobre árvores frutíferas e desce rapidamente em direção ao que mais chamou a atenção: A CARNIÇA. Podre, fedo¬renta e insuportável, ela é digerida. Assim são alguns destes que retomaram à escola sem a mínima dose de esperança em alguma transformação.

Sobrevoando as cabeças dos alunos, observando os olhares atentos dos primeiros dias, os sorrisos e a beleza das crianças, detém-se naqueles aspectos de reprovação, desânimo e apostam na derrota.

Outro grupo manifesta-se como garimpeiro, a imagem do otimismo, atolado na água suja do regato, no meio da lama lidando com a bateia, revolvendo o cascalho, vê, no meio da sujeira, o brilho inconfundível do diamante.

Aos mestres não é preciso dizer sobre o início da nova batalha. Importante seria que refletissem sobre as duas imagens propostas, para que cada um pudesse optar por ser mais um garimpeiro neste espaço geográfico de nossa educação, cheio de urubus.

Golpe do ‘torpedo’ valioso chega na fronteira acriana

O golpe do ‘torpedo’ – mensagem MSM – chegou na fronteira acriana. Duas mulheres que quiseram manter o anonimato, foram umas das tantas vítimas pelo Brasil. Segundo o depoimento, receberam uma mensagem de texto no celular onde dizia que havia ganhado um carro pelo SBT – Sistema Brasileiro de Televisão.

Empolgadas, entraram em contato com o número (85) 8613-6437 ou 9654-3012, onde um homem identificado por Luiz Henrique Marinho que confirmou o sorteio do carro. Passou a dizer que seria fácil receber o prêmio que seria um carro modelo Astra Sedan no valor de R$ 47.000,00 (quarenta e sete mil reais).

Para aumentar ainda mais a ansiedade e o desejo de ganhar o prêmio, dizia que poderiam optar por receber o valor do carro em dinheiro direto na conta até o final do dia. Mas, para receber o valor, teria que depositar um valor para que fosse pago o seguro obrigatório do veículo.

Foi passado então duas contas pessoais da Caixa Econômica Federal. A primeira seria no nome de Albaniza Rodrigues dos Santos, na agência 3281, operação 23, conta nº 3462-9. A outra seria no nome de Cosmo Garcia França, na mesma agência e a conta diferente, nº 3357-6.

Com a esperança de receber os 47 mil, o valor inicial seria de R$ 100,00. Feito o depósito, retornaram a ligação e souberam que teriam que fazer outro, só que no valor de R$ 300,00 para outra taxa. Foi quando as senhoras então passaram a desconfiar e disseram que não teriam o valor pedido.

Mesmo assim, ainda tentaram barganhar baixando o valor da segunda taxa e foi quando ‘caiu a ficha’ e viram que haviam caído em um golpe. No próprio sitio do SBT, existe um comunicado onde avisam desse golpe que está sendo aplicado em todo o País e que a Empresa não envia mensagens para celulares avisando de prêmios.

Para as duas, só resta lamentar que perderam a quantia de R$ 100,00 (cem reais) cada uma. Segundo as autoridades, os golpistas preferem mulheres por serem mais fácil iludir com ofertas grandiosas como um carro de grande valor. Pede-se que não respondam as mensagens e comuniquem às autoridades para que tomem as providências e prendam essas quadrilhas.

Rebelião em penitenciária na Capital pode ter deixado três agentes feridos

Segundo o sitio ac24horas, as noticias ainda não foram confirmadas pela direção do Sistema Penitenciário do Estado, onde dão conta de que três agentes penitenciários que trabalham no presídio de segurança máxima, Antonio Amaro Alves, foram atacados e furados por presos que estão no Regime Disciplinar Diferenciado, conhecido por RDD.

Epitaciolândia está entre os cinco municípios brasileiros com maior risco de surto de dengue

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde asseguram que a região do município de Epitaciolândia e adjacências, na fronteira com a Bolívia - devido o número elevado de notificações - apresenta o maior risco, em todo estado, de desencadear nos próximos dias um "surto de dengue".

Segundo informa o Ministério da Saúde, em 2007, 1,1% da população de Epitaciolândia contraiu dengue. Em 2008, em função da ausência de intervenções de controle da doença, o número subiu para 7,4%, aumento de mais de 600% no número de casos notificados.

Ainda segundo os dados, 53,3% dos criadouros permanentes do mosquito transmissor da dengue estão relacionados à destinação inadequada do lixo urbano.

CANIBALISMO NA AMAZÔNIA - VERSÃO MAQUIADA PELO SITE 'A VOZ DO ACRE'

A Voz do Acre
Quatro índios da etnia Kulina - Antônio Dedé, Socorro, Todomar e Macaquinho, são acusados de matar e esquartejar Océlio Alves de Carvalho, de 21 anos, há três dias, em Envira (AM). A polícia diz que eles comeram as vísceras da vítima em um ritual de canibalismo.

De acordo com o delegado da região onde está localizada a aldeia de Cacau, sargento PM José Carlos Corrêa, Océlio tinha um bom relacionamento com os índios acusados de sua morte. Ele conta que Océlio conduzia o gado pela estrada, quando encontrou-se com os índios, seguindo com eles para a aldeia. Depois disso desapareceu. Os próprios acusados do crime andaram comentando o fato com outros moradores da aldeia, onde residem 190 famílias kilina.

Nessa sexta-feira o administrador da Funai no Estado do Amazonas, Edgar Rodrigues, afirmou que ordenou a um funcionário do órgão em Eirunepé, município distante de Envira cerca de dois dias de barco, que se descolasse ao local do crime.

Rodrigues admite que pode pedir ajuda da polícia federal, mas antes quer fazer um diagnóstico da situação. Há informações que alguns índios cercaram a delegacia onde Macaquinho, único detido até o momento, encontra-se preso.

Para o prefeito de Envira, Rômulo Matos, "este é mais um caso relacionado ao alto índice de alcoolismo dentro da comunidade de Cacau. Matos declara que a preocupação é muito grande, porque no município não existe qualquer representação da Funai.

Em Envira só se chega de barco ou de avião fretado em Eirunepé (AM) ou Rio Branco (AC). O município está localizado na divisa entre o Amazonas e o Acre.

Fernando Henrique defende estudo sobre descriminalização da maconha

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu nesta quarta-feira, na reunião da Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, no Rio de Janeiro, uma análise sobre a descriminalização da maconha sob o argumento de que isso já vem sendo feito em muitos países. Ele deixou claro, porém, que considera o uso da droga “danoso”, mesmo que o usuário passe a não ser com tratado como criminoso.

O relatório da comissão, que é integrado por ex-presidentes da República da região e que será enviado à Organização das Nações Unidas(ONU), à União Européia e aos Estados Unidos, pedirá mudanças nas políticas de combate ao tráfico de drogas. O texto dirá ainda que elas estão fracassando na América Latina.

É preciso diminuir o uso, diz FH
Em sua participação, Fernando Henrique afirmou que é “preciso começar a avaliar a conveniência de descriminalizar o porte da maconha para o consumo pessoal. Isso já está sendo na prática feito em muitos países”.

Para o ex-presidente, o estudo da descriminalização deve ser acompanhado de outras medidas:

“Se você fizesse a descriminalização da maconha, do uso, isoladamente também não vai servir. É preciso que haja, ao mesmo tempo, todo um conjunto de políticas de prevenção, de mostrar que é preciso diminuir o uso, uma ação preventiva. Ou vem simultaneamente uma ação preventiva ou simplesmente a descriminalização vai aumentar o uso, e ele é danoso. Nós não estamos dizendo que ele não é danoso, não. Faz dano“.

No relatório do grupo, que é liderado pelos ex-presidentes do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, e da Colômbia, Cesar Gaviria, deverá constar que a guerra contra o tráfico está sendo perdida na região e que os países da Europa e os Estados Unidos, que têm os maiores mercados consumidores: enquanto a procura for alta, as áreas plantadas para a produção de maconha e cocaína continuarão em alta.

A GLOBALIZAÇÃO DOS BIOCOMBUSTÍVEIS

Estudo aponta parceiros estratégicos do Brasil em biocombustíveis: países asiáticos são potenciais consumidores e os latino-americanos os grandes fornecedores

Por Thiago Romero

Agência FAPESP – No mercado ainda em formação de energias alternativas ao petróleo, os países latino-americanos são vistos como potenciais fornecedores de etanol e outros biocombustíveis, enquanto as economias asiáticas, devido ao grande crescimento econômico e à carência de recursos energéticos para mantê-lo, seriam os principais consumidores.

É o que destaca um estudo publicado na Revista Brasileira de Política Internacional, de autoria de pesquisadores do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB), que apresenta as perspectivas latino-americanas e asiáticas em combustíveis renováveis.

A partir de uma revisão da literatura especializada e de dados primários fornecidos por órgãos multilaterais, nacionais e privados, o estudo descreve como a indústria vem se estruturando e como os países deverão se inserir de forma competitiva no novo mercado. O trabalho aponta que, por motivos ambientais e tecnológicos, o Brasil é tido, na maioria dos estudos analisados, como o país que lidera o setor de bioenergia no mundo.

“Mesmo reconhecendo a importância da cooperação brasileira com os Estados Unidos, atualmente o maior produtor de etanol do mundo, há um grande potencial de cooperação e comércio entre os países latino-americanos com os do leste e sudeste asiático”, disse Gilmar Masiero, professor da UnB e um dos autores do estudo, à Agência FAPESP.

Em março de 2007, quando o então presidente dos Estados Unidos George Bush visitou o Brasil, foi assinado um memorando de cooperação na área entre os dois países, que são responsáveis por 70% da produção mundial de biocombustíveis.

Os Estados Unidos, segundo o estudo, produzem etanol a partir do milho de forma menos eficaz do que a cana-de-açúcar brasileira e a produção, além de ser fortemente subsidiada, é protegida com elevadas taxas restritivas à importação do etanol brasileiro.

“Esse acordo expressa a intenção dos dois países de cooperar no desenvolvimento e na difusão dos biocombustíveis em uma estratégia de três níveis: bilateral, com terceiros países e global. Atualmente, outro importante produtor e consumidor de biocombustíveis na forma de biodiesel produzido a partir de produtos agrícolas é a União Européia, sendo Alemanha e França os maiores produtores mundiais desse recurso energético”, destacou Masiero.

A cooperação dos dois maiores produtores de etanol (Estados Unidos e Brasil) somada aos interesses de grandes produtores e, ao mesmo tempo, dos grandes consumidores de biocombustíveis, deverá impulsionar ainda mais o desenvolvimento de um mercado global dessa fonte renovável de energia.

“Esse mercado pode ser impulsionado com a especialização latino-americana de produção de etanol e sua exportação para os países asiáticos com restrições de terra e tecnologias para o seu desenvolvimento”, disse.

Parcerias latino-americanas
O estudo mostra que o Brasil conta com parcerias em biocombustíveis com a maioria dos países da América Latina, sendo que, de modo geral, apenas o Chile e o Equador ainda não formalizaram um acordo com os brasileiros, apesar de já existirem negociações informais para que isso ocorra.

A maior parte dos governos latino-americanos estaria buscando criar infraestrutura regulatória e financeira para desenvolver a emergente indústria de biocombustíveis. O Brasil, devido ao pioneirismo no setor, tem firmado parcerias de transferência de tecnologia e cooperação na produção e comercialização de biocombustíveis com vários desses países.

De acordo com o estudo, além da liderança brasileira na produção e comercialização dos biocombustíveis, outros países latino-americanos começam a desenvolver essa importante fonte de energia renovável. Na Colômbia, por exemplo, a necessidade de diversificação do consumo de energia e da produção agrária, junto com a possibilidade de criação de novos empregos no campo com a substituição das plantações de coca, tem impulsionado o país a investir no setor.

As expectativas de expansão da produção bioenergética também são grandes na Argentina, que por ser muito dependente de combustíveis fósseis também procura diversificar sua matriz energética: tanto o setor privado como o público têm investido em pesquisas para obtenção de tecnologias, em incentivos na produção agrícola e no uso de combustíveis mistos.

A total dependência externa do Paraguai por petróleo e sua economia predominantemente agrária, aponta o artigo, também fazem desse país um forte candidato a desenvolver uma forte indústria de biocombustíveis. “Hoje, a mistura de 24% de etanol na gasolina é obrigatória e 15 novos projetos vem sendo desenvolvidos pelo governo do país, alguns relacionados à utilização de sebo animal para a produção de biodiesel”, aponta o artigo escrito por Masiero e Heloisa Lopes, graduanda em administração pela UnB.

Ainda no contexto sul-americano, a Venezuela, que é grande produtor de petróleo, também possui potencial para ser um significativo produtor de biocombustíveis devido ao seu clima, tamanho, topografia e quantidade de terras cultiváveis. “No entanto, como ainda não há uma política oficial do governo para o setor e a indústria de açúcar não possui estrutura suficiente para abastecer os dois mercados, alimentício e energético, o país parece permanecer como importador de etanol por mais alguns anos”, apontaram.

Segundo o artigo, os elementos para o desenvolvimento dos biocombustíveis também parecem estar presentes no Peru e no Uruguai. No primeiro país, uma estrutura legal básica que garante, entre outras coisas, índices de mistura nos combustíveis, já foi instituída, além de que o país possui uma indústria capaz de sustentar a produção do etanol.

A política energética uruguaia, por sua vez, é altamente integrada com a de outros países membros do Mercosul e apresenta um cenário favorável ao desenvolvimento de biocombustíveis com um sistema legal forte, novos investimentos e mercados financeiros abertos. O Chile, por sua vez, apesar do interesse de iniciar a exploração do mercado de combustíveis renováveis por empresas locais e até pela brasileira Petrobras, ainda não produz biodiesel ou etanol, a exemplo do que ocorre no Equador.

“Em países tão diferentes como Argentina, Colômbia e Peru, os governos estão procurando instituir forte infraestrutura regulatória para servir de base para essa nova indústria, sendo na maior parte dos casos adaptações da experiência brasileira”, destaca o artigo.

Países asiáticos
O estudo da UnB ressalta ainda a importância dos países asiáticos no desenvolvimento da emergente indústria dos biocombustíveis. Do ponto de vista da produção e do consumo, a China e a Índia seriam os principais atores no mercado de biocombustíveis, sendo, respectivamente, o 3º e 4º maiores produtores mundiais de etanol e o 5º e 6º maiores produtores de biodiesel.

A indústria automobilística chinesa, uma das que mais crescem no mundo, também deverá impulsionar a expansão de iniciativas voltadas à produção e ao consumo de biocombustíveis.

“O mesmo processo está ocorrendo com a Índia, onde a rápida expansão de sua indústria automobilística pressiona o país para reduzir seus 70% de dependência enérgica do exterior, além de que a vasta extensão territorial do país e sua larga tradição agrícola possibilitam imaginar que suas ainda incipientes iniciativas na área do biodiesel e etanol se expandam rapidamente”, disse Masiero.

Índia e Brasil são os dois maiores produtores mundiais de cana-de-açúcar e, desde 2003, possuem um memorando para cooperação no desenvolvimento tecnológico do uso de etanol como combustível. O estudo mostra ainda que o Japão e a Coreia do Sul são os grandes produtores de etanol a partir do arroz para uso na indústria de bebidas e de alimentos, mas por outro lado os dois são 100% dependentes da importação de petróleo para movimentar suas indústrias e frotas de veículos.

No Japão não existe nenhuma medida governamental obrigando ao uso de biocombustíveis, mas o governo daquele país tem incentivado a mistura de 3% na gasolina, enquanto na Coreia do Sul apenas 0,5% de biodiesel proveniente do arroz ou de óleos reciclados é misturado ao diesel.

“Além das restrições de áreas agricultáveis, a maior parte dos países asiáticos apresenta grande densidade demográfica. À insegurança alimentar pode-se se somar a insegurança energética, o que estimula ainda mais os acordos de cooperação entre esses países e os latino-americanos, que produzem os mesmos insumos básicos para a produção de etanol ou biodiesel”, afirmou Masiero.

ONDE ESTÁ O EMPREGO EM 2009 E NOVAS IDEIAS

Escrito por: Welinton dos Santos que é economista e psicopedagogo

Existem setores em 2009 com expansão de contratação, como o caso da área de telemarketing, provocada pela regulação do sistema de atendimento no Brasil. Este setor espera contratar por volta de 78 mil novos profissionais, por todo o país, em funções que geralmente exigem o ensino médio.

Outros seguimentos precisam contratar em virtude do aumento do atendimento de serviços, que são as áreas de saúde e educação, que vão crescer no mínimo mais 3%, com muitas vagas abertas para enfermagem, médicos, professores de idiomas, telemedicina e outros.

Áreas como engenharia da computação, vendas, restaurante e administrativa operacional, continuam com demanda de contratação em vários locais do Brasil. O turismo está impulsionando a contratação temporária e efetiva em muitas cidades do Brasil. Cidades como São Paulo já atraem por volta de 11 milhões de turistas por ano, sendo 1,7 milhões de estrangeiros. Atraídos pela gastronomia e diversificação cultural. O turismo é o setor que mais emprega no mundo no momento.

Comentar um exemplo: muitas cidades do Brasil podem conseguir espaços para avançar e gerar empregos no turismo. Em Goiânia, com boa qualidade de vida, observando uma logística mais adequada de atendimento ao turista, treinamento e investimentos, com certeza poderá ser a porta de entrada do turismo na região, que é menor do que o volume de turistas recebidos pela cidade de Caldas Novas.

Produção de ovos de páscoa, hotéis, restaurantes, call centers, indústrias do vestuário, obras de infra-estrutura, informática de programação, e-commerce, setor de consórcios, são outros exemplos de setores que estarão contratando no início de 2009.

Precisamos combater a raiz do desemprego que é motivado por alguns fatores, como: alta taxa de juros que provoca desinteresse em investir na produção e incentiva a aplicação no sistema financeiro; desqualificação profissional (muitos setores estão carentes de mão-de-obra qualificada, principalmente técnica); desonerar a folha de pagamento aumentando os impostos sobre o valor do produto agregado.

Dentre muitas idéias para geração de empregos posso citar:
> Manter investimentos em educação – principalmente em programas de qualificação profissional dirigida e assistida, atentando a realidade do mercado;
> Reduzir as taxas de juros e principalmente o spread bancário para incentivar o setor produtivo;
> Investir em novas tecnologias que podem gerar milhares de empregos (devo salientar o Programa PRIME da FINEP, como uma grande alternativa de alavancar novos produtos e negócios), dentre estas, destaco o desenvolvimento e incentivo a energia solar, medicina alternativa, acquacultura, tecnologia naval, pesca turística, serviços on-line, áudio-visual e outros.
> Melhoria do custo Brasil, atacando pontos como a logística de distribuição integrada, diminuição de tributação e melhoria de processos de liberação de mercadorias, com sistemas integrados mais eficientes que diminuam a burocratização e ao mesmo tempo aumente o controle e fiscalização do setor.
> Aumento da fiscalização tributária em todos os níveis;
> Incentivar a criação de empresas sociais;
> Implantar novos projetos de economia solidária e fomentar a pesquisa sobre estes projetos; Incentivar e ampliar os bancos do povo;
> Criar cooperativas de exportação, estabelecendo parcerias internacionais;
> Criar núcleos de desenvolvimento da criatividade;
> Implantar sistemas de empreendedorismo;
> Qualificar e revitalizar o sistema agrícola familiar;

São pequenas ações que podem auxiliar a impulsionar o emprego, além das medidas já anunciadas pelo Governo Federal de incentivar o crédito e os investimentos como a diminuição do IPI, IOF, IRPF, aumento do salário mínimo, aporte de recursos ao BNDES para investimentos que gerem empregos.

Este é o momento da ação.

Liberdade até o fim

Escrito por Tereza Cristina Maldonado Katurchi Exner

Decidiu o Supremo Tribunal Federal que o réu já condenado em 1ª. e 2ª. instâncias deve permanecer solto, se pendente de julgamento eventual recurso especial (perante o STJ) ou extraordinário (perante o STF) interposto pela defesa. Trata-se de decisão tomada por 07 votos a favor e 04 contrários. O argumento vitorioso é de que o princípio constitucional da presunção da inocência deve prevalecer.

Vale dizer, ainda que se trate de réu confesso, autor de crime grave, com provas fortes e convincentes amealhadas ao longo de regular instrução criminal, basta a interposição de recurso para uma das Superiores Instâncias sediadas em Brasília – recursos que, note-se bem, não são dotados de efeito suspensivo - para que o condenado continue usufruindo de seu direito de permanecer livre, ainda que o reclamo se mostre destituído de base legal, sendo nitidamente utilizado apenas para retardar o andamento da execução ou viabilizar a ocorrência da prescrição.

Disse o eminente Relator, Ministro Eros Grau, em seu voto que, ou nos subordinamos ao princípio da presunção da inocência previsto constitucionalmente, ou saímos por aí "... cada qual com o seu porrete, arrebentando a espinha, a cabeça de quem nos contrariar. Cada qual com o seu porrete!" (consoante voto proferido no julgamento do HC 84.078-7/MG, cujo teor consta da revista eletrônica consultor jurídico, http://www.conjur.com.br/, publicação de 05.02.09).

Pois bem, por evidente que o princípio constitucional vigente não pode ser ignorado, obrigando todos os cidadãos.

De outro lado, e como foi superiormente abordado pelos ilustres Ministros vencidos por ocasião do histórico julgamento, a legislação brasileira é das mais pródigas em recursos à disposição da defesa.Implica, pois, admitir que a concretização da Justiça, pelo menos para alguns, será tardia, muito tardia, o que, como se sabe, é o que de pior pode acontecer em termos de prestação jurisdicional. Não por acaso a todo tempo, em toda a sociedade, discute-se a "morosidade da Justiça".

Claro, ainda, que a partir de hoje todo e qualquer advogado, no atuar legítimo em defesa dos interesses de seus clientes, notadamente aqueles mais abastados, farão chegar às Cortes Superiores mais e mais recursos, congestionando-as sobremaneira.

De qualquer modo, diante da decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal, intérprete máximo da Constituição, a ser obedecida por todas as instâncias do Poder Judiciário, só nos resta aguardar uma reforma legislativa urgente que permita se adequarem os preceitos processuais a respeito do tema em questão com o teor de nossa Constituição cidadã, em conformação com a decisão do Supremo - e, enquanto isso não ocorrer, esperar que nossas Cortes Superiores passem a priorizar os julgamentos das causas criminais, imprimindo-se maior celeridade, não permitindo que a sensação de impunidade tome conta de vez de nossa sociedade, de modo que a população, notadamente as vítimas, se sintam autorizadas a fazer justiça com as próprias mãos, cumprindo-se, pois, de algum modo, o temível alerta que o eminente Relator da decisão ora em comento fez constar de seu voto, o que por certo não se deseja, nem se pode consentir.

Tereza Cristina Maldonado Katurchi Exner é Promotora de Justiça e integrante do MPD – Movimento do Ministério Público Democrático