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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

imagem do dia

Fruto do Jacaratiá
A foto do dia é temática da Flora do Acre que tão pouco conhecemos, trata-se do saboroso jacaratiá ou conhecido como mamão-bravo, mamãozinho do mato, encontrato nas matas do Acre e de praticamente toda a região amazônica, sua árvore é de grande porte podendo atingir 20 m de altura, tronco e ramos armados de espinhos, casca rugosa, com floração para o fruto setembro a outubro, já a frutificação ocorre de janeiro à março com o fruto de forma oval ou arredondada com coloração amarelo-alaranjada quando maduro, possui nas suas variações polpa amarelada ou avermelhada de acordo com a fase de maturação, adocicada, envolvendo numerosas sementes.

O jaracatiá é fruta interessante. Apesar de conhecida regionalmente, entre outros, pelos nomes de mamão- nativo-de-árvore, mamão-de-espinho, mamão-bravo e mamão-de-veado, o sabor adocicado de sua polpa difere muito do mamão comum. Porém umas coisas a se explicar é que a arvore do Jaracatiá é uma árvore bastante grande se comparadas ao mamoeiro.

Devido à consistência e à composição gelatinosa de sua polpa, a fruta presta-se muito bem ao preparo de geléias, ao contrário do mamão que é mais adequado para doces e compotas. O jaracatiá é fruto avidamente procurado por pássaros e por macacos, podendo também ser consumido pelo homem in natura.

Algumas histórias e contos ainda sobrevivem de quem apesar de seu sabor delicioso não atentou para os cuidados que se deve ter quando se aprecia uma dessas frutas (os mineiros a descacam sob a água para retirada do leite que é urticante), entretanto nos livros que podemos encontrar informações sobre essa preciosidade, como é o caso do dicionário de Pio Corrêa há apenas uma ressalva quanto ao abuso da ingestão do jaracatiá: em virtude do efeito purgativo e irritante do leite que a fruta contém, especialmente quando está verde, tal abuso causaria um mal-estar geral no organismo, acompanhado de febre. Consta que tal mal-estar teria sido provado várias vezes pelos soldados das expedições comandadas pelo Marechal Rondon no início do século, em incursões pelo interior do Brasil. Entretanto, a ingestão da mesma madura e com a retirada de todo o leite a mesma torna-se uma delicia.
Assim, a maneira mais indicada para neutralizar um pouco o efeito do leite que o jaracatiá segrega é cozinhá-lo como legume. No nordeste do Brasil, para ser consumido cru é costume, também, fazer-se sulcos com o garbo em sua casca e deixar a fruta "serenar" de um dia para o outro.

Segundo alguns seringueiros mais antigos a exótica guloseima era usado como remédio, informação confirmada nos livros que tratam do assunto onde afirma que os frutos contem substâncias papainicas de ação desobstruentes (desopilantes, purgante) e antidispépticos (contra dor ou um mal-estar na parte alta do abdómen ou no peito que muitas vezes é descrita como ter gases, sensação de estar cheio ou como uma dor corrosiva ou urgente (ardor)), o leite combate as hidropisias (é a acumulação anormal de fluido nas cavidades naturais do corpo ou no tecido celular) e as folhas em cataplasmas curam feridas.
Com informações: http://www.bibvirt.futuro.usp.br/
Credito da Foto inicial: http://www.ambienteacreano.blogspot.com/

Estou me sentindo enganado também

Sinceramente, não agüento mais o embrólio que se tornou o nosso Fuso Horário do Estado. Assim como tantos outros acreanos me sinto enganado, feito de tolo, não por ter participado, torcido, trabalhado e votado no referendo das últimas eleições, mas pelo comportamento que nossas autoridades acreanas e brasileiras estão tendo em relação ao assunto... Estão subestimando a nossa inteligência.

Sob a égide das empresas de comunicação vem a desculpa de que a retransmissão dos programas gravados, principalmente novelas,  já que pela diferença de horas não poderiam passar ao vivo devido a indicação da faixa etária isso é besteira. De que necessita de uma nova Lei para abolir a anterior que instituiu a mudança no fuso horário isso é lorota diante dos argumentos jurídicos... Então o que de fato está acontecendo mesmo?

Estou deveras desconfiado de que há sim acordo político e forte nesse meio, e se esse for o caso não podemos deixar barato. Ora bolas na Comissão de Constituição e Justiça alguns Nobres Senadores pediram vistas ao relatório do referendo. Que vistas? Não há necessidade de visibilidade maior ou de soberania do que a vontade do povo Acreano que nas eleições disseram não a uma mudança que foi imposta.

Senhores não há nem necessidade de observar a legislação somente um imbecil estaria em órgãos legislativos como o senado e não conhecesse geografia nem o meridiano de Greenwich.

Quando mais tardar o restabelecimento não do horário antigo como falam, mas sim do verdadeiro horário do Acre, ou seja, 2 horas a menos em relação ao horário de Brasília, mais alguns políticos perdem credibilidade, mais os opositores ganham espaço no campo fértil da politicagem e quando a nós cidadãos que nos preocupamos com essas situações aflitantes, passamos a acreditar que a política e algumas leis não passam de uma verdadeira palhaçada mesmo.

Aliás, como acreditar em legisladores se no Brasil até mesmo a Comissão de educação da Câmara Federal tem como um dos seus membros o deputado Tiririca. Estou quase acreditando que se tivéssemos mais tiriricas e inclusive representando o Acre no Senado e na Câmara talvez problemas como o do horário do Acre ainda não estivesse emperrado.

Enfim, depois dessa postagem vou colocar a imagem ilustrativa do post, que é de um adesivo automotivo que já circula pelas ruas da capital acreana como gadget (figura na barra) ao lado.

Vamos ver até onde vai este embrólio...

Resultado do vestibular da Ufac é anulado pela Justiça Federal

Segundo o MPF, houve ilegalidades no edital quando a Ufac exigiu a validade mínima das carteiras de identidade para pessoas com menos de 18 anos.
Jaidesson Peres, da Agência ContilNet

A pedido do Ministério Público Federal (MPF), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região anulou nesta sexta-feira (25) o resultado do vestibular 2011 da Universidade Federal do Acre (Ufac), realizado no nos dias 14 e 15 de novembro do ano passado.

Na ação civil pública com pedido de antecipação de tutela, o procurador da República Ricardo Gralha Massia alega que “o certame foi maculado por exigências ilegais e arbitrárias que impediram vários candidatos de participar do concurso, afetando não só o direito individual dos candidatos ao certame, mas também, malferindo a isonomia ao não observar as condições de igualdade”.

Segundo o MPF, houve ilegalidades no edital quando a Ufac exigiu a validade mínima das carteiras de identidade para pessoas com menos de 18 anos sem amparo na lei, além de ter não cumprido por parte dos fiscais essa exigência em alguns locais de provas, o que causou tumultos e insatisfação entre candidatos.

“Entende que houve legítima aprovação, mas não houve classificação legítima. Não se questiona o mérito dos alunos aprovados. Afirma-se que a proibição de participar do certame a mais de 200 alunos interferiu, sim, na classificação. Sendo assim, entende que o resultado é ilegítimo”, diz no despacho o relator substituto, juiz federal Alexandre Jorge Fontes Laranjeira.

A reitora da Ufac, Olinda Batista, afirmou que ainda não foi comunicada pela Justiça Federal sobre o cancelamento do vestibular, mas, depois de ser notificada, pretende recorrer da decisão.

Um dia após a realização do vestibular vários estudantes recorreram ao MPF por terem sido impedidos de participar do certame. A Ufac argumentava que as carteiras de identidade estavam fora do prazo de validade. No entanto, de acordo com alguns candidatos, outras pessoas teriam feito as provas com a mesma situação documental, demonstrando falta de critério uniforme.

Em dezembro do ano passado, o juiz federal Jair Facundes o indeferiu o mesmo pedido do MPF. Para ele, a solução seria a “reparação individual”, em dinheiro, “elevada o suficiente para obrigar a Ufac a ter mais zelo no trato com as pessoas”.

Morre o escritor Moacyr Scliar

O escritor e médico gaúcho escreveu mais de setenta livros e, desde 2003, era membro da Academia Brasileira de Letras
ÉPOCA ONLINE
Scliar publicou mais de 70 livros
O escritor gaúcho Moacyr Scliar, de 73 anos, morreu na madrugada deste domingo (27) no Hospital de Clínicas em Porto Alegre, por falência múltipla de órgãos devido às consequências de um acidente vascular cerebral (AVC). Ele sofreu o AVC em 17 janeiro, quando se recuperava de uma cirurgia no intestino.

O velório ocorre nesta domingo, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, a partir das 14 horas. O sepultamento será na segunda-feira, em cerimônia fechada a familiares e amigos.

Biografia de Moacyr Scliar
Moacyr Jaime Scliar nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 23 de março de 1937. Filho dos imigrantes judeus José e Sara Scliar, oriundos da Bessarábia (Rússia), Scliar cresceu no bairro Bonfim, tradicional reduto judeu na capital gaúcha. Foi alfabetizado pela mãe, que lhe deu o nome de Moacyr após ler o romance Iracema, de José de Alencar. No final da década de 40, transferiu-se para um colégio católico, onde fez o curso ginasial.

Em 1962, publicou seu primeiro livro, Histórias de um Médico em Formação, um apanhado de contos sobre sua vida de estudante de medicina. Formou-se médico no mesmo ano. Em 1963, começou a trabalhar como médico fazendo parte do Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência (SAMDU) de Porto Alegre. Casou-se, em 1965, com Judith Vivien Olivien, com quem teve um filho, Robertto.

O livro de contos O Canavial das Animais, sua segunda publicação, é de 1968. Aliás, Scliar considerava essa obra sua verdadeira estreia no mundo da literatura. Autor de mais de 70 livros e eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2003, Scliar recebeu diversos prêmios ao longo de sua carreira, sendo o último, o Jabuti, por Manual da Paixão Solitária, em 2009. Seus livros estão traduzidos em 12 idiomas. Entre suas obras mais importantes estão O Exército de um Homem Só (1973), O Ciclo das Águas (1975), O Centauro no Jardim (1980) e A Estranha Nação de Rafael Mendes (1983).

Suas obras trazem temas como a realidade social da classe média brasileira, a medicina e o judaísmo, muitas vezes com um flerte com um imaginário fantástico.

Além dos livros, Scliar foi colaborador dos jornais Zero Hora e Folha de São Paulo. Teve textos adaptados para a televisão, teatro e cinema. Foi professor visitante da Brown University (Departament of Portuguese and Brazilian Studies) e da à Universidade do Texas.

Em outubro do ano passado, com a eleição de Dilma Rousseff, Scliar escreveu, a pedido de ÉPOCA, qual seria o desafio da nova presidenta:
"O desafio do próximo presidente será transformar o Brasil num país leitor. Isto compreende:
1) completar a erradicação do analfabetismo, inclusive o chamado "analfabetismo funcional", pelo qual a pessoa, mesmo alfabetizada, não consegue ler e compreender um texto;
2) colocar o texto ao alcance da população, seja sob a forma de livros impressos seja sob a forma de livros eletrônicos;
3) reforçar o papel da escola na formação e motivação de leitores;
4) implementar o conceito de "famílias leitoras", da Unesco, através do qual os pais estimulam os filhos a ler."

Tipo raro de raio cai em seis lugares de uma vez

Inpe grava descargas pela primeira vez em alta definição e alta velocidade

Marco Túlio Pires
O grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), ligado ao Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgou as primeiras imagens de raios gravadas no Brasil por câmeras de alta velocidade e alta resolução. O projeto, chefiado pelo engenheiro eletricista Antonio Varela, pretende criar uma rede automatizada de câmeras para o monitoramento de descargas elétricas durante as tempestades.

A rede vai permitir analisar características dos raios raramente observadas devido à interferência de outros fenômenos, a começar pela chuva. As imagens foram gravadas a partir da torre de controle do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) em São José dos Campos, São Paulo. A ideia do engenheiro é, no futuro, construir modelos tridimensionais dos raios a partir de imagens de tempestades, gravadas a partir de pontos de vista diferentes — feito inédito no mundo.

Alguns raios, segundo Varela, são raros. 'A primeira e a segunda descargas, juntas, tocam o solo em quatros pontos diferentes', explica. Em seguida, continua, outras duas descargas concluem o fenômeno, totalizando 6 pontos diferentes de contato, o máximo já registrado. De acordo com o engenheiro, os raios atingem, em média, dois pontos diferentes, e podem atingir até 20 vezes o mesmo lugar em menos de 1,5 segundo.

Varela ainda explica que a luminosidade que permanece após a descarga atmosférica é mais nociva às redes elétricas do que a descarga em si. 'Quando o canal do raio fica aceso, ele continua transmitindo energia para o solo por até um ou dois segundos. Isso pode queimar os aparelhos ligados às tomadas'. A descarga atmosférica que causa o estrondo, explica Varela, dura apenas 1 milissegundo (a milésima parte de um segundo).

'O ar normalmente não é condutor de eletricidade', diz Varela. 'A não ser quando a quantidade de energia é muito grande.' Conforme o engenheiro, é isso que explica o caminho tortuoso do raio. 'Ao mesmo tempo, do solo surgem descargas que vão ao encontro da que está descendo', explica o pesquisador.