Inpe grava descargas pela primeira vez em alta definição e alta velocidade
Marco Túlio Pires
Varela ainda explica que a luminosidade que permanece após a descarga atmosférica é mais nociva às redes elétricas do que a descarga em si. 'Quando o canal do raio fica aceso, ele continua transmitindo energia para o solo por até um ou dois segundos. Isso pode queimar os aparelhos ligados às tomadas'. A descarga atmosférica que causa o estrondo, explica Varela, dura apenas 1 milissegundo (a milésima parte de um segundo).
'O ar normalmente não é condutor de eletricidade', diz Varela. 'A não ser quando a quantidade de energia é muito grande.' Conforme o engenheiro, é isso que explica o caminho tortuoso do raio. 'Ao mesmo tempo, do solo surgem descargas que vão ao encontro da que está descendo', explica o pesquisador.
Marco Túlio Pires
O grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), ligado ao Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgou as primeiras imagens de raios gravadas no Brasil por câmeras de alta velocidade e alta resolução. O projeto, chefiado pelo engenheiro eletricista Antonio Varela, pretende criar uma rede automatizada de câmeras para o monitoramento de descargas elétricas durante as tempestades.
A rede vai permitir analisar características dos raios raramente observadas devido à interferência de outros fenômenos, a começar pela chuva. As imagens foram gravadas a partir da torre de controle do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) em São José dos Campos, São Paulo. A ideia do engenheiro é, no futuro, construir modelos tridimensionais dos raios a partir de imagens de tempestades, gravadas a partir de pontos de vista diferentes — feito inédito no mundo.
Alguns raios, segundo Varela, são raros. 'A primeira e a segunda descargas, juntas, tocam o solo em quatros pontos diferentes', explica. Em seguida, continua, outras duas descargas concluem o fenômeno, totalizando 6 pontos diferentes de contato, o máximo já registrado. De acordo com o engenheiro, os raios atingem, em média, dois pontos diferentes, e podem atingir até 20 vezes o mesmo lugar em menos de 1,5 segundo.
Varela ainda explica que a luminosidade que permanece após a descarga atmosférica é mais nociva às redes elétricas do que a descarga em si. 'Quando o canal do raio fica aceso, ele continua transmitindo energia para o solo por até um ou dois segundos. Isso pode queimar os aparelhos ligados às tomadas'. A descarga atmosférica que causa o estrondo, explica Varela, dura apenas 1 milissegundo (a milésima parte de um segundo).
'O ar normalmente não é condutor de eletricidade', diz Varela. 'A não ser quando a quantidade de energia é muito grande.' Conforme o engenheiro, é isso que explica o caminho tortuoso do raio. 'Ao mesmo tempo, do solo surgem descargas que vão ao encontro da que está descendo', explica o pesquisador.
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