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sábado, 27 de março de 2010

Cinco anos de eternas saudades

No dia de hoje faz-se exatos cinco anos que meu grande amigo Caleb Nascimento deixou esta vida terrena e com certeza foi alegrar com o seu jeito todo especial, um lugar muito melhor do que este plano terreno. São cinco anos de saudades e de muitas lembranças boas do que vivemos como amigos, das festas, das confidências, das “aprontações”, das piadas, mas principalmente da bela e inesquecível amizade.

A própria Bíblia nos diz que quem encontra um verdadeiro amigo, encontra um tesouro e um poeta escreveu “amigos para sempre e nem a morte é capaz de romper tal laço”, hoje posso dizer que isso é verdadeiro, já que após cinco anos de ausência física, tenho a certeza de que estamos sempre juntos, ou simplesmente nunca quis que uma simples viagem espiritual separasse a nossa amizade.

Percebo que poderia ter falado e ouvido mais, vivido mais intensamente os bons momentos de alegrias, por que hoje resta as minhas homenagens fúnebres e aquela dor lá no fundo que de forma alguma quer sair. A dor da despedida inesperada, a dor de não ter mais o meu grande confidente, porém percebo que tudo isso é apenas saudades físicas porque o Caleb sempre estará não somente no meu coração, como no de todos que o amava, porque isso sim, posso dizer com segurança a legião de admiradores entre amigos e familiares é muito grande...

Grande Caleb, você eternamente estará e sempre será lembrado por este simples amigo, que acredita piamente que um dia daremos boas gargalhadas juntos no nosso reencontro e nesse dia, terei a realmente a certeza de que sempre esteve presente nessa minha existência terrena...

Consigo agora entender o texto de Victor Hugo, que diz o seguinte:  “A morte não é o fim de tudo. Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra. Na morte o homem acaba, e a alma começa. Que digam esses que atravessam a hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto. Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo? Eu sou uma alma. Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser. O que constitui o meu eu, irá além.

O homem é um prisioneiro. O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra, coloca o pé em todas as saliências e sobe até ao respiradouro. Aí, olha, distingue ao longe a campina, aspira o ar livre, vê a luz. Assim é o homem. O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade. Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída?

Por que não possuirá ele um corpo sutil, etéreo, de que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro? A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo. É por demais pesado para esta Terra. O mundo luminoso é o mundo invisível. O mundo do luminoso é o que não vemos. Os nossos olhos carnais só vêem a noite. A morte é uma mudança de vestimenta. A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz. Na morte o homem fica sendo imortal. A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a Terra, pelo peso que faz nela.

A morte é uma continuação. Para além das sombras, estende-se o brilho da eternidade. As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz, aproximam-se cada vez mais e mais de Deus. O ponto de reunião é no infinito."

E findo relembrando da música predileta do grande amigo, a qual jamais poderia deixar de ser tocada em qualquer lugar que estivéssemos... Pais e Filhos – Legião Urbana