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segunda-feira, 9 de junho de 2008

Ser Ético e Ter Responsabilidade Social

Nem sempre queremos ser livres e autônomos, preferindo denunciar a falta de ética dos outros e eleger culpados por nossos problemas. Assim, qualquer proposta de resposabilidade social e de etica com a coisa pública torna-se responsabilidade alheia

Vivemos um momento, no País, em que se acumulam indignações sobre as inegáveis derrapadas éticas cometidas por parlamentares, dirigentes públicos e líderes de diferentes segmentos da vida nacional. Ao mesmo tempo, imagina-se e procura-se construir uma Educação de mais qualidade e inúmeras ações são pensadas para diminuir as desigualdades sociais presentes no Brasil. Como compatibilizar o sonho com a realidade de corrupção e desvios de conduta?

"Não adianta nada", diriam alguns, mais céticos: a corrupção e o fisiologismo seriam parte do que poderíamos chamar de "alma brasileira". Assim, não só o sonho se mostraria impossível de ser concretizado, como, mais grave, outros que ocupassem os mesmos lugares de liderança tenderiam a fazer o mesmo. Pior, em alguns casos, a indignação acaba levando a um cinismo paralisante e reprodutor das condutas questionadas: "se eu estivesse no lugar deles faria o mesmo" ou "se todos agem assim, por que não eu?".

A ética é resultado de uma construção coletiva inconsciente, que estabelece o que é considerado aceitável nas relações entre o ser humano e seus contemporâneos, na preservação de sua história e na interação com as futuras gerações. Define regras gerais de comportamento para garantir paz nas interações que estabelecemos com os habitantes da comunidade em que vivemos, seja ela um lugarejo ou todo o Planeta. Envolve, também, uma preocupação com o futuro, garantindo-se que não estragaremos as condições de vida dos que virão depois de nós. Mas, apesar de produto de uma evolução coletiva, a ética é e deve ser, sobretudo, algo internalizado. É um compromisso pessoal com o que se acredita correto. Envolve a noção de que somos responsáveis pelo nosso crescimento pessoal (autodesenvolvimento) e, simultaneamente, a incorporação da percepção do outro na conduta cotidiana. Traz consigo a presença de um juiz interior muito mais poderoso e competente que fiscais ou investigadores, que surge de um projeto de autonomia e liberdade do ser humano.

Desvios de conduta do outro, neste caso, não pacificam ou tornam condescendente este juiz interno. Afinal, trata-se do meu projeto de vida. Se não me conduzo da forma que considero apropriada , pelos valores que tenho ou que internalizei, devo satisfações sérias ao meu projeto - devo me levantar e recomeçar. Esta visão de ética, assim, centrada na autonomia do ser humano, resgata a noção de que somos responsáveis por nossas vidas e por suas conseqüências no entorno: a vida que a gente quer depende do que a gente faz, nas belas palavras de Max Feffer.

Assisti uma vez, encantado, a belíssima palestra em video do Dr. Felipe Gonzalez, ex-primeiro ministro da Espanha para um grupo de 30 pessoas em São Paulo. Na palestra, ele no contou sobre como conduziu a modernização de seu país, relatando algumas conquistas e realizações que o orgulhavam. Mas, para minha surpresa (e, acredito, de todos os que tiveram a grata satisfação de assistir presencialemnte ao ato) interrompeu aquilo que poderia ser visto como uma auto-promoção para dizer que algo havia saído muito errado. Não conseguira transformar a Educação na Espanha. Ora, pensei, a Educação na Espanha é de melhor qualidade que a nossa! Assim, o que poderia preocupá-lo? Na verdade, a escola espanhola produzia seres humanos que, ao sair da escola, imediatamente se perguntavam sobre o que o Estado ou a sociedade iria oferecer para eles. Formava, percebia o ex-dirigente espanhol, pessoas dependentes.

Não existe possibilidade de ética se as pessoas se percebem como não-autônomas e, portanto, não-responsáveis por seus atos e omissões. A base de uma interação social saudável é a existência de redes de pessoas livres - não só para construir suas vidas com dignidade, como para responder por suas escolhas. Assim, voltando à escola sonhada por Felipe Gonzalez, seria a que formasse cidadãos que se perguntam ao concluir os estudos: o que posso fazer agora por mim e pelos membros da minha comunidade?

Mas não parece contraditório dizer que temos que nos preocupar simultaneamente conosco e com o próximo? Esta aparente contradição é uma das mais belas da condição humana: só posso ser livre numa comunidade que busca construir a possibilidade da liberdade. Só posso ser responsável e, portanto, ético, se sou livre. Mas a pior das amarras, como denunciava Étienne de la Boétie em seu fantástico "Discurso da Servidão Voluntária", escrito ainda no século XVI, é a que colocamos em nós mesmos. Nem sempre queremos ser livres e autônomos. Preferimos, por vezes, apenas denunciar a falta de ética dos outros e eleger culpados por nossos problemas. Tratamos, neste sentido, qualquer proposta de desenvolvimento sustentável como algo que os outros devem fazer- urgentemente.

Ainda bem que não é só em Xapuri.

O delegado da Polícia Civil, Henrique Maciel, que responde pelas cinco cidades da Região do Juruá, disse que vai intimar o prefeito Itamar Pereira de Sá do município de Marechal Thaumaturgo e o servidor da prefeitura José Rudson Rogério da Silva, para prestarem depoimentos sobre a Notícia Crime N° 082 registrada no dia 02 de junho, na Delegacia de Marechal Thaumaturgo, após o comerciante Ronny Costa de Moraes procurar a unidade policial, queixando-se que tinha sido agredido pelo prefeito e seu assessor.

A vítima que mora em Cruzeiro do Sul, disse que há cinco anos viaja para Marechal Thaumaturgo vendendo mercadorias no atacado. No dia primeiro de junho durante a cerimônia da passagem da tocha dos jogos escolares pela cidade, Ronny disse que sabendo de uma embarcação que chegaria a cidade com tijolos, perguntou a Itamar de Sá, "prefeito e os tijolos, as ruas de traz serão pavimentadas ainda esse ano, porque estamos andando dentro da lama e chutando ponta de tijolos", segundo o comerciante ainda ouviu xingamentos, mas o prefeito permaneceu em silêncio.

Quando estava a caminho do hotel onde se encontrava hospedado, Ronny Costa, disse que foi alcançado pelo prefeito e o assessor. De acordo com ele, o prefeito tentou dar-lhe um pontapé, ao desviar-se, Itamar de Sá teria caído ao chão, mas o assessor Rudisson Rogério da Silva teria desferido um soco contra a cabeça do comerciante, que em seguida segundo a versão dele foi seguro, enquanto o prefeito teria dado mais dois socos em sua nuca e na cabeça.

De acordo com Ronny Costa, no mesmo momento chegaram dois policiais militares e um civil, mas não tomaram nenhuma providência, o prefeito saiu caminhando como se nada tivesse acontecido. O comerciante registrou uma queixa no dia seguinte e foi levado pelos policiais para realizar o exame de corpo de delito que constatou contusão e escoriações. O caso deve ser encaminhado ao Juizado Especial Criminal.

O contato com o prefeito não foi possível, a assessoria dele através do jornalista Pedro Paulo, informou que durante um discurso do prefeito na cerimônia, Ronny Costa teria agredido verbalmente Itamar de Sá, insinuando que ele era ladrão. Em seguida quando o prefeito voltava pra casa, o comerciante teria tentado desmoralizar o prefeito e agredí-lo fisicamente que "apenas se defendeu". A assessoria disse que desconhece a participação do servidor da prefeitura, José Rudsson Rogério da Silva no episódio.

A assessoria disse ainda que o prefeito lamenta o acontecimento em via pública e informou que Itamar de Sá tem 23 anos de vida pública e tem por característica ser passível e não apresenta um histórico de agressões, e voltou a afirmar que o prefeito apenas reagiu a uma agressão sofrida a caminho de casa.

Que papelão hein!!!!

Cidade em cores


A noite cai e as cores ressaltam ainda mais o brilho das luzes no Calçadão da Gameleira. A arquitetura antiga revive o passado que fez a capital Rio Branco, e os costumes reescrevem diariamente a história dos acreanos. (Fotos: Sérgio Vale)

Fábrica de preservativos de Xapuri abre 85 vagas

Por:>Joseni Oliveira, XAPURI

Os interessados em participar do processo seletivo terão que apresentar currículo e fazer opção por uma das treze funções oferecidas.

A empresa Suporte Assessoria e Consultoria Limitada, vencedora do processo de licitação aberto pelo Governo do Estado para a contratação de funcionários para a fábrica de preservativos Natéx de Xapuri, vai oferecer 85 novas vagas em diversas áreas da indústria. Os funcionários serão contratados por três meses, prazo prorrogável por igual período, para exercer as funções disponíveis no edital.

Os interessados em participar do processo seletivo terão que apresentar currículo e fazer opção por uma das treze funções oferecidas. Os currículos são recebidos na Lan House Espaço Net, próximo ao Banco do Brasil de Xapuri, a partir desta segunda-feira, 09. O prazo se estende até a próxima quarta-feira, dia 12. A empresa Suporte tem mais de 50 funcionários trabalhando diretamente na fábrica de preservativos masculinos de Xapuri.

Veja as funções disponíveis
Operador de teste elétrico
Operador de máquina de embalagem
Embaladeira
Operador de máquina de fabricação
Mecânico
Auxiliar de depósito
Eletricista
Lavadeira de tanques e tambores
Recepcionista de látex
Ajudante de barco/caminhão
Gerente de Posto de Recolhimento do látex
Cozinheira
Auxiliar de cozinha

Procuradores da República são barrados no Palácio e no Memorial

Fiquei sabendo por fontes confiaveis que na manha de quinta o procurador da República Marcus Vinicius Macedo foi ciceronear o procurador regional da República, Paulo de Bessa Antunes, numa visita aos pontos turísticos de Rio Branco.

Bessa Antunes é um dos palestrantes do Congresso Proteção Ambiental e Questões Indígenas promovido pelo Ministério Público Federal. Também é especialista na área de Direito Ambiental.

Para o constrangimento geral, a dupla foi barrada quando tentou visitar o Palácio Rio Branco e o Memorial dos Autonomistas.

Os funcionários da recepção do Palácio Rio Branco e do Memorial dos Autonomistas foram delicados, mas não souberam explicar de maneira convincente os motivos para o impedimento das visitas de qualquer cidadão em pleno horário comercial.

Os procuradores agiram de forma elegante e não apelaram para a famosa carteirada, mas poderiam ter feito.

Pecuária no Acre faz 60 anos

Há 60 anos, justamente no mês de junho, chegaram os primeiros bois e vacas no Acre.

O plantel, formado 56 reses zebus, foi adquirido pelo então governador do Território Federal, José Guiomard Santos, em Uberaba (MG). O transporte foi realizado por avião.

Os animais foram instalados na antiga Fazenda Sobral e logo viraram atração para as pessoas que faziam questão de ir olhar de perto.

Durante anos, a pecuária acreana foi de subsistência. Praticamente não havia carne no Estado.

A população, principalmente os menos abastados, era obrigada a dormir nas famosas “cobrinhas” nos mercados para tentar adquirir ao menos um quilo com osso. Não era raro voltar com as mãos abanando.

Somente a partir da década de setenta, quando Francisco Wanderley Dantas assumiu ao governo, os pecuaristas começaram a se instalar no Estado.

Dantinha fez propaganda nos centro-sul, dizendo que o Acre era um Nordeste sem seca e um Sul sem geada. Centenas de pessoas vieram quase correndo atrás de terras baratas.

A forma como os chamados “paulistas” chegaram ao Acre chocou a população e trouxe conflitos agrários graves.

Os seringueiros foram expulsos de suas colocações e muitos perderam a vida.

As árvores foram derrubadas para formar pasto para os bois se alimentarem. Os extrativistas que sobreviveram vieram passar fome na cidade e morar na periferia.

Ainda hoje há alguns ressentimentos, mas pecuarista, extrativistas e a população em geral vivem em harmonia. A pecuária mostrou a sua importância e tem papel fundamental na economia acreana, posto que gera emprego, renda e alimento.

O atual rebanho acreano supera dois milhões de reses. O Instituto de Defesa Agroflorestal (Idaf) estima vacinar 2.532 milhões de reses este ano.

No ano passado, a vacinação atingiu 2.538.524. De 2007 para 2008 houve a redução do abate e da transferência de animais para outros Estados.

A foto é do acervo da Fundação Garibaldi Brasil.

VEGETAÇÃO DO ACRE: CERRADOS DOMINAVAM A PAISAGEM

Há 1,6 milhões de anos, existiu no lugar da floresta equatorial sul-americana uma área de savana que se espalhava por toda a Amazônia ocidental, segundo revela a análise de fósseis descobertos na região, que inclui toda a floresta de Peru e Equador, parte dos territórios de Bolívia e Colômbia, o estado do Acre e porção ocidental do estado do Amazonas. Isso é o que o paleontólogo Alceu Ranzi, da Universidade Federal do Acre (UFAC), mostra no livro Paleoecologia da Amazônia - megafauna do pleistoceno.

De acordo com a teoria dos redutos florestais, durante o pleistoceno, que vai de 2 milhões a 12 mil anos atrás, ocorreram diversas glaciações responsáveis pelo resfriamento do planeta. No hemisfério sul, as calotas polares aumentaram, os cumes das montanhas se encheram de gelo e a umidade do ar diminuiu por não haver calor para a evaporação. Na Amazônia, a temperatura média caiu pelo menos 4,5 graus centígrados. Nos períodos secos, a região era dominada por savanas e cerrados e a mata se reduzia a pequenas 'manchas' de vegetação tropical (chamadas redutos) restritas a galerias ao longo dos rios.

A teoria, entretanto, apontava a existência de redutos ao longo dos rios Juruá (Acre), Ucayali (Peru) e Napo (Equador), localização contestada por Ranzi: "Fósseis encontrados nessa região me dizem que, durante o pleistoceno, os animais que lá viveram eram típicos de savanas e não de florestas". Segundo ele, a dentição dos fósseis era própria para comer plantas de casca grossa, como as do cerrado. "Os dentes desses animais cresciam continuamente, por causa do desgaste durante a alimentação."

Dentre os fósseis analisados pelo paleontólogo, destacam-se os de animais de grande porte como mastodontes, semelhantes aos atuais elefantes; toxodontes, próximos dos rinocerontes das savanas africanas; preguiças e tatus gigantes. No entanto, toda essa megafauna desapareceu quando as florestas voltaram a crescer, no fim da última glaciação (que durou de 30 mil a 12 mil anos atrás). Apenas alguns animais de pequeno e médio porte sobreviveram à extinção generalizada por possuírem "adaptações que lhes permitem viver tanto em florestas pluviais ou decíduas, cerrado, chaco e caatinga", segundo Ranzi. A irara, a anta, o tatu e o porco do mato são exemplos de animais que já existiam no pleistoceno e ainda são vistos hoje na Amazônia.

Para escrever seu livro, Ranzi trabalhou por 10 anos à procura de fósseis de mamíferos do pleistoceno na região amazônica. A análise do material levou-o a formular uma hipótese para explicar a grande biodiversidade da fauna e flora da região: segundo ele, ela se deve à mistura de espécies de savana e floresta.

Justiça manda recolher ônibus de Petecão

O juiz eleitoral da 1ª Zona do Acre, Marcelo Coelho de Carvalho, notificou através de mandado Judicial, na tarde desta sexta-feira (6) o deputado federal e pré-candidato a prefeito de Rio Branco, Sérgio Petecão (PMN), para que no prazo de 24 horas tire de circulação das ruas da capital os ônibus de sua propriedade.

O parlamentar, que há 12 anos presta auxilio social à comunidade através desse tipo de serviço, recebeu com surpresa a notificação. ‘’Claro que nós vamos cumprir, respeitamos a justiça eleitoral e sabemos que ordem judicial não se discute se cumpre. Agora eu não compreendo porque quando eu era da Frente Popular do Acre os meus ônibus podiam circular sem problema’’, questionou.

O juiz agiu por representação e buscou amparo na legislação eleitoral para basear decisão. Em seu despacho, ele alega trata-se de propaganda eleitoral antecipada e chega a designar os ônibus do parlamentar como ‘’busdoor’’, o que segundo ele, fere os arts. 37 e 42 da lei nº 9.504/97.

Tão logo foi informada do mandado, a assessora jurídica do deputado Sérgio Petecão, Valdete de Souza, se dirigiu a sede da 1ª Zona do Acre para saber de onde partiu a representação contra o parlamentar.

‘’É no mínimo digno de reflexão que só depois que saiu da FPA é que o deputado Sérgio Petecão comece a alvo desse tipo de representação. É nosso direito saber de onde partiu a denúncia como forma de exercemos o direito ao contraditório’’, disse, informando que ainda hoje pretende protocolar a defesa de Petecão.

Um detalhe interessante nesse caso, é que o juiz Marcelo Coelho de Carvalho, é o mesmo que no mês de abril determinou à Justiça Federal que acabasse com a festa de aniversário do Partido da Mobilização Nacional (PMN), segundo ele, sob a provocação de um anônimo.