Caros Leitores, desde a sua criação o Blog Xapuri News, o intuito sempre foi de ser mais um espaço democrático de noticias e variedades, diretamente da Princesinha do Acre - Terras de Chico Mendes - para o mundo, e passará momentaneamente a ser o instrumento de divulgação das Ações da Administração, Xapuri Nossa Terra, Nosso Orgulho, oque jamais implicará em mudança no estilo crítico das postagens.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Tempinho para Cuidar da Saúde

Hoje aprendi uma velha lição conhecida por todos, de que só nos preocupamos com nossa saúde quando ela não está em seu estado de normalidade. Recebi alguns exames realizados à alguns dias e levei um tamanho susto, não gostando nem um pouco do diagnóstico e recomendações.

Para quem me conhece, sabe que como diabético que sou não costume fazer restrições nos meus hábitos alimentares, e somente o faço quando nao estou 100%. Acredito que seja o comportamento da maioria dos diabéticos, pelo menos de 90% dos amigos portadores de insuficiencia de insulina no organismo.

Levei um tamanho esporro de amigo, seguido de um belo discursso sobre Medicina Preventiva, já que segundo ele após a concepção desse novo conceito de atividade ligada à saude, a ação trouxe uma transformação muito significativa na forma de encarar os novos hábitos. As pessoas passaram a cuidar da saúde e não da doença. Com grande disposição para viver, estando eliminando o sofrimento e aproveitando o prazer de manter uma dieta leve e praticar exercícios. Situação dificil de encarar para minha pessoa já que gosto de uma boa picanha à brasa de uma cerveja gelada de um bom doce de mamão com castanha... enfim coisas altamente proibidas para uma pessoas com o meu quadro patológico.

Achei intrigante a interpretação dos dados nos exames com a descrição de:Fibrose cística, Granuloma Anular e Insuficiencia Acentuada do Pâncreas. Pronto... pensei acho melhor resgatar minha apólice de seguro e já investir no funeral. Graças a Deus nas tres situações (Patologias Reversíveis)e não malígnas provém da minha parceira diabets, muito comum em portadores da mesma.

O susto ainda foi maior, com as recomendações médicas iniciadas com um discursso polidamente correto (será reconfortante livrar-se dos riscos, principalemnte nos hábitos alimentáres. Recomendações não... restrições... fumo..gordura saturada... carne vermelha... massas.. açucar...lactose... alcool... stress... ou seja danou-se.

Pois é, acredito que tenho que dar uma de bom menino e cuidar um pouquinho da saude. Tirar umas boas férias, dar uma de bom baiano no stress, dar uma de natureba na alimentação e ir para a cerveja sem alcool.

Interessante que para me sacanear amigos acabaram mandando textos motivacionais, nem tanto convencionais para me alegrar, que inclusive postarei logo abaixo para dividir com vocês as boas gargalhadas dadas.

Que Xapuri me aguarde!!!

DIÁRIO DE UM CINQUENTÃO NA ACADEMIA

Enviado pelo Amigo Dr. Carlos Petry
Ganhei de presente da minha mulher um vale-training de uma semana de treinamento físico em uma academia perto de casa. Apesar de estar em
excelente forma, achei boa a idéia de diminuir a minha "barriguinha". Fiz a
reserva com uma personal trainner chamada Nádia, instrutora de musculação e
aeróbica, e modelo de 26 anos.

Me recomendaram levar um diário para documentar o meu progresso, que a
seguir transcrevo a vocês:

Segunda-feira:
Com muita dificuldade levantei-me às 6 da manhã. O esforço valeu a pena!
Nádia parecia uma deusa grega: ruiva, olhos azuis, grande sorriso, lábios
carnudos e corpo escultural. Inicialmente, Nádia fez um tour pela academia,
mostrando todos os aparelhos. Comecei pela bicicleta ergométrica. Depois de
5 minutos, ela me tomou o pulso e se assustou, pois o coração estava muito
acelerado. Não era a bicicleta não, era Nádia, vestida com uma malha de
lycra coladinha... Curti muito o exercício. Ela me motiva muito, apesar da
dor na barriga, de tanto encolhê-la, toda vez que ela passa perto de mim.

Terça-feira:
Tomei café e fui para a academia. Nádia estava mais linda que nunca. Comecei
a levantar uma barra de metal. Depois se atreveu a colocar mais pesos!!!
Minhas pernas estavam debilitadas, mas consegui completar UM QUILÔMETRO. O sorriso arrebatador que Nádia deu me convenceu de que todo exercício valeu a pena... era uma nova vida para mim.

Quarta-feira:
A única forma como consegui escovar os dentes, foi colocando a escova sobre
a pia e movendo a cabeça para cima e para baixo. Dirigir também não foi
fácil: estender os braços para mudar as marchas era um esforço digno de
Hércules, doía muito o peito e os braços, e minhas panturrilhas ardiam toda
vez que eu pisava o pedal da embreagem. Fisicamente impossibilitado,
estacionei meu carro na vaga para deficientes físicos, até porque saí do
carro mancando... Nádia estava com a voz um pouco aguda a essa hora da
manhã, e quando falava me incomodava muito. Meu corpo doeu inteiro quando
ela me colocou a cadeirinha de escalada. Para que merda alguém inventa um
treco para se escalar quando isso já está obsoleto com os elevadores? Nádia
me disse que isso me ajudaria a ficar em forma e a aproveitar a vida e os
esportes de aventura... ou alguma dessas promessas.

Quinta-feira:
Nádia estava me esperando com seus horríveis dentes de vampiro. Cheguei meia
hora atrasado: foi o tempo que demorei para colocar o tênis. A desgraçada da
Nádia me colocou para trabalhar com os pesos. Quando se distraiu, saí
correndo e me escondi no banheiro. Mandou um outro treinador me buscar e,
como castigo, me colocou na máquina de remar... me ferrei!

Sexta-feira:
Odeio a desgraçada da Nádia. Escrota, anoréxica, anêmica, insuportável e sem
cérebro! Se houvesse uma parte do meu corpo que pudesse se mexer sem
uma dor angustiante, eu partiria no meio essa desgraçada!!! Nádia quis que
eu trabalhasse meus tríceps... E EU NEM SEI QUE PORRA É ESSA DE
TRÍCEPS!!! Como se não bastasse colocar os pesos para que eu os levantasse,
ainda colocou aquelas merdas das barras...A bicicleta ergométrica me fez
desmaiar e, quando acordei, estava numa maca em frente a uma nutricionista,
outra idiota com cara de mal-comida, que me deu uma catequese de alimentação
saudável...

Sábado:
A lazarenta da Nádia me deixou uma mensagem no celular com sua vozinha de
lésbica assumida, perguntando-me por que eu não fui à academia. Só com a
sua voz já me deu vontade de quebrar o celular, porém não tinha força
suficiente para levantá-lo, pois até pra apertar os botões do controle
remoto da TV estava difícil...

Domingo:
Pedi ao vizinho para ir à missa agradecer a Deus por mim por essa semana que
terminou. Também rezei para que, no ano que vem, a desgraçada e
infeliz da minha mulher me presenteie com algo um pouco mais divertido, como
um tratamento de canal, um cateterismo ou um exame de próstata.

Como a mesma informação pode ser compreendida e repassada de diferentes maneiras!!!


Memorando Interno
DE: Diretor-Presidente.
PARA: Gerente.


Na próxima sexta-feira, aproximadamente às 17:00 horas, o cometa Halley estará nesta área.
Trata-se de um evento que ocorre a cada 78 anos. Assim, por favor, reúnam os funcionários no pátio da fábrica, todos usando capacete de segurança, quando explicarei o fenômeno a eles. Se estiver chovendo, não poderemos ver o raro espetáculo a olho nu. Sendo assim, todos deverão se dirigir ao refeitório, onde será exibido um documentário sobre o cometa Halley.

DE: Gerente.
PARA: Supervisor.


Por ordem do diretor-presidente, na sexta-feira, às 17:00 horas, o cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover, por favor,reúna os funcionários, todos com capacete de segurança, e os encaminhem ao refeitório, onde raro fenômeno terá lugar, o que acontece a cada 78 anos a olho nú.


DE: Supervisor.
PARA: Chefe de Produção.


A convite do nosso querido diretor, na sexta-feira às 17:00 horas, o cientista Halley, 78 anos, vai aparecer nú no refeitório da fábrica usando capacete, pois vai ser apresentado um filme sobre o problema da chuva na segurança. O diretor levará a demonstração para o pátio da fábrica.


DE: Chefe de Produção.
PARA: Mestre.


Na sexta-feira, às 17:00 horas, o diretor, pela primeira vez em 78 anos, vai aparecer no refeitório da fábrica para filmar o Halley nú, o cientista famoso e sua equipe. Todo mundo deve estar lá de capacete, pois vai ser apresentado um show sobre segurança na chuva. O diretor levará a banda para o pátio da fábrica.


DE: Mestre.
PARA: Funcionário.


Todo mundo nú, sem exceção, deve estar com os seguranças no pátio na próxima sexta-feira, às 17:00 horas, pois o manda-chuva (o diretor) e o senhor Halley, guitarrista famoso, estarão lá para mostrar o raro filme "Dançando na Chuva". Caso comece a chover mesmo, é para ir para o refeitório de capacete na mesma hora. O show será lá, o que ocorre a cada 78 anos.

E FINALMENTE NO QUADRO DE AVISOS.....

Na sexta-feira o presidente fará 78 anos, e liberou geral para a festa, às 17:00 horas no refeitório. Vão estar lá Bill Halley e Seus Cometas. Todo mundo deve estar nú e de capacete, porque a banda é muito louca e o rock vai rolar solto no pátio, mesmo com chuva.

Então cuidado com o que ouvem ou leem e mais cuidado com o que divulgam!!!!

As FARC

Escrito por Gilvan Rocha 23-Jul-2008
Lembramos muito bem quando se iniciou na Colômbia, inspirado no exemplo da revolução cubana, um movimento guerrilheiro de natureza essencialmente nacionalista. Apesar de seu caráter politicamente limitado, dentro do espírito "pátria ou morte venceremos", o movimento guerrilheiro colombiano, como tantos outros, era dotado de altos predicados morais. Os anos se passaram e, através de um processo de degradação, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - FARC - se degeneraram em decorrência de sua íntima proximidade com o narcotráfico e de outras formas de banditismo.

A direita está em festa diante dos seguidos golpes que as FARC vêm sofrendo. Aproveita esses fatos para desautorizar os que defendem o caminho insurrecional como única alternativa para se chegar ao poder, dizendo que essa época já passou. Agora é a hora da institucionalidade, hora do "socialismo constitucional" levado a cabo pela Venezuela, Bolívia, Equador, Chile, Paraguai e (por que não incluir?) o Nepal. Inclusive, o nosso sábio presidente deu uma bela aula a esse respeito dizendo que, hoje, vivemos um momento democrático e quem quiser basta se organizar politicamente e conquistar o poder.

Ora, o nosso metalúrgico - assim como a maioria dos cientistas políticos formados nas mais diversas academias burguesas para servirem, a preço de mercado, a própria burguesia - não entende que a via institucional tem nos levado, no máximo, a governos, nunca ao poder. Por seu turno, eles não explicam como se pula do governo para o poder, isto é, caso eles queiram construir um novo poder a serviço da tão sonhada emancipação da humanidade dos grilhões do capitalismo, o que não parece ser o propósito desses senhores que, pelo visto, preferem tentar conciliar o inconciliável, conciliar explorados e exploradores, o justo e o injusto, a verdade e a mentira.

As distorções na caminhada socialista, que produziram estados policiais e outras barbaridades, serviram e servem de empecilho à propaganda anticapitalista e não merecem ser defendidas, mas sim expurgadas.

Gilvan Rocha é presidente do Centro de Atividades e Estudos Políticos – CAEP

As 50 mentiras mais proferidas pelos Brasileiros

Texto enviado por Edson Ferreira - São Paulo
01 - Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.
02 - Não nos procure, nós o procuraremos.
03 - Pode deixar que eu te ligo.
04 - Puxa, como você emagreceu!
05 - Fique tranqüilo, vai dar tudo certo!
06 - Quinta-feira, sem falta, o seu carro vai estar pronto.
07 - Pague a minha parte que depois eu acerto contigo.
08 - Eu só bebo socialmente.
09 - Isso é para o seu próprio bem.
10 - Eu estava passando por aqui e resolvi subir.
11 - Estou te vendendo a preço de custo.
12 - Não vou contar pra ninguém.
13 - Não é pelo dinheiro, é uma questão de princípios.
14 - Somos apenas bons amigos.
15 - Que lindo é o seu bebê.
16 - Pode contar comigo!
17 - Você está cada vez mais jovem.
18 - Eu nem reparei que você usava peruca.
19 - Nunca broxei antes.
20 - Você foi a melhor transa que eu já tive.
21 - Não contém aditivos químicos.
22 - Estou sem troco, leve um chiclete.
23 - Obrigado pelo presente, era exatamente o que eu estava precisando.
24 - Não se preocupe, essa roupa não vai encolher.
25 - Não se preocupe, essa roupa vai lacear.
26 - Essa roupa é a sua cara.
27 - Eu não pude evitar.
28 - Tudo o que é meu, é seu.
29 - A inflação vai cair.
30 - Eu não sou candidato.
31 - Só vou pôr a cabecinha.
32 - O trabalho engrandece o homem!
33 - Isso nunca aconteceu comigo.
34 - Isto vai doer mais em mim do que em você.
35 - Dinheiro não traz felicidade.
36 - Você sempre foi a única.
37 - Pode ir que vou depois.
38 - Eu nem estava olhando.
39 - Que bom que você já arrumou outra, estou feliz.
40 - A amizade é o que importa.
41 - Juro que não estava sabendo.
42 - Não fui eu que contei.
43 - Está perfeito!
44 - Esse carro nunca foi batido, só fica na garagem.
45 - Não folga que sou do jiu-jitsu.
46 - Eu liguei, mas ninguém atendeu.
47 - Beleza e dinheiro não importam, e sim estar feliz.
48 - Ela era virgem quando a conheci.
49 - Nunca te traí.
50 – Eu nunca falei nenhuma dessas mentiras acima
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Conclusão!
E você? Já ouviu alguma dessas mentiras?

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Final de Semana

Aos amigos visitantes desejo antecipadamente um bom Final de Semana, acredito que ficarei off line nesse período de sexta a segunda, como sempre estarei aproveitando oque a minha querida Amazônia tem de melhor - a saudável floresta - estarei também acompanhando um grupo de amigos em um levantamento nas cercanias do Rio Chipamanu divisas entre Bolivia e Brasil-Acre de famílias brasileiras em situação de risco na faixa de fronteira.

Espero poder reencontrá-los na próxima semana!!!

Abraços Fraternais

É para rezar para Deus ou para o Candidato do Partido que o Chefe Espiritual da Igreja Mandar


Em Pleno período eleitoral, vem um conhecido cileuma. Politica e Religiao devem se misturar? estive recentemente muito interessado em saber como anda as igrejas xapurienses nas suas bases políticas e já percebi que 90% delas estão diretamente envolvidas no pleito de 2008, sejam por candidatos representativos ou no corpo a corpo politico. orém intecionei mcronizar a situação e constatei que praticamente a situação é a mesma por todo o País

Para se entender essa situação é necessário a priori nos despirmos de conceitos antigos e perceber que religiao e politica sempre conviveram lado a lado uma sendo influenciada pela outra e em Xapuri não poderia ser diferente. Em um segundo momento é necessário conhecermos que um fenômeno sócio-político-religioso tem tomado vulto no nossa País, quiçá em alguns outros países, nos últimos vinte anos. É o crescente envolvimento de igrejas de forma direta, no processo sucessório político-administrativo.

A partir do envolvimento em campo aberto, na militância política (militância temos cá, com o sentido de atuação, exercício, prática) de igrejas expressivas como a Igreja do Evangelho Quadrangular, Assembléia de Deus e Universal do Reino de Deus, pelo número de templos que detém (milhares) e pelo número de seus adeptos seguidores (milhões), foram estas objeto de estudos em sociologia, teses de mestrado em ciências sociais e fórum de debates em núcleos teológicos.

É pertinente trazermos como tema para nossa reflexão este assunto, visto que estamos num ano eleitoral, quando serão renovados os quadros executivos e legislativos Municipais que poderão contribuir significativamente na conquista de novops espaços, exemplo disso é a Lei Municipal criada em Xapuri que trata da Instuição do dia do Evangélico.

Tendo as igrejas acima mencionadas como pontas-de-lança, outras tantas estão se organizando politicamente e fincando bases e plataformas políticas em suas respectivas áreas de influência, ou seja, na sua membresia.

A Igreja Universal do Reino de Deus, foi a primeira a conseguir, em nivel nacional em setembro de 2005, o registro oficial de um partido político à si vinculado; trata-se do nóvel PMR- Partido Municipalista Renovador, que objetiva, sobretudo, defender os interesses daquela igreja, conforme pronunciamento obtido na imprensa pela fala de seus dirigentes. Pela mesma imprensa, o renomado jurista brasileiro Dalmo Dallari declarou ver como extremamente perigoso à democracia e à liberdade de credo um partido político ligado a uma igreja. Vemos em Xapuri algo mais polido um ligamento aos partidos costumeiros, mas com a inserção direta de membros nos seus quadros pleiteando mandato.

É válido frisar e no meu entendimento pessoal, acredito ser perigoso essa exarcebação do movimento religioso na politica, principalemnte porque o universo das igrejas pentecostais não é coeso entre si; sua formação histórica origina-se de cismas doutrinários em igrejas protestantes, chamadas tradicionais, ao longo do tempo estas mesmas igrejas pentecostais fragmentaram-se, por outros cismas, dando origem a um sem número de igrejas conhecidas como neo-pentecostais. Segundo estatísticas, a cada dia duas novas denominações neo-pentecostais assentam registros em cartórios brasileiros, coisa bastante conhecida na realidade xapuriense. Há uma rivalidade velada entre elas, o que seria natural, pois cada líder novo que surge cria um rebanho para si e preserva-o por todos os meios. Reproduzirei aqui e agora a fala do ex-articulador político da Igreja Universal, bispo Carlos Alberto Rodrigues, egresso da mesma, conforme publicado no Jornal do Brasil aos 20 de dezembro de 2004, coluna do jornalista Bernardo Mello Franco: “A Universal é grande e precisa de um partido próprio para apoiar sua estrutura de comunicação”.

Desta afirmação depreendemos que os interesses do povo brasileiro como um todo não são levados em conta mas sim os interesses midiáticos da Universal. Daí que a política para a Universal é um meio de ampliar sua influência, aumentar o seu rebanho preservando o já existente.

Entendo que ministros de confissão religiosa seja ela qual for, protestantes, católicos, pentecostais tem o direito de pleitearem cargos públicos enquanto cidadãos, não enquanto ministros e dirigentes de igrejas ocupando púlpitos.

Vou me arriscar a analisar a questão sob a ótica das Escrituras e projetar a pergunta para a análise bilbica> Sacerdotes de confissão religiosa evangélico-protestantes têm o direito de utilizarem a máquina institucional religiosa a que pertencem, para se promoverem politicamente?. Muitos não o fazem como candidatos diretos, porém defendem em púlpito candidaturas escolhidas entre seus pares. Tendo entre seus membros uma grande maioria de pessoas simples e incultas, apresentam-se como detentores de um mandato divino na condição que estão como pastores, bispos ou modernos apóstolos e passam a imagem de que também, agora, detém um mandato adjacente para atuarem na área de legislação e administração públicas. Em Xapuri O Pionerismo dessa atitude não sei se os xapurienses lembram, mas foi a Igreja Católica com o Padre Luiz Ceppi nos Palanques Petistas e em Pleno Altar nas Celebrações Pedindo Voto, Na época conseguiram entre troncos e barrancos eleger significativos representantes como o sr. Manoel Capixaba, Luiz Apolinário entre outros... logo em seguida a Assembléia de Deus entrou na Briga e rapidamente elegeu para sua representatividade politicos como a Irmã Fátima.

Mas voltemos à questão teológica desta reflexão. Pelas palavras e instruções do N.S. Jesus Cristo, entendo que o dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, eqüivale dizer que Igreja e política partidária não podem ser irmãs, no máximo podem ser primas, oriundas de diferentes famílias com funções diametralmente opostas, pois uma cuida da elevação moral e espiritual do povo e outra dos negócios seculares.

Sem dúvida, todos os ramos das atividades salutares humanas que concorram para um aprimoramento de todas as instituições e produzam um, cada vez mais, elevado padrão de vida física, material, moral, intelectual e espiritual de um povo (ou dos povos) devem ser buscados e cultivados, inclusive a política. O código moral, espiritual bíblico-evangélico é universal e apartidário, daí a igreja não poder ater-se a um partido político, senão perde o seu caráter de universalidade e imparcialidade.

Outro destaque bíblico que cabe aqui é que ninguém pode servir a dois senhores e muitos largaram a mão do arado e voltaram-se para trás. Veja-se Mateus 6:24 e Lucas 9:62.

Vejo com muita preocupação a posição de muitos líderes evangélicos e católicos ao manipularem suas membresias com o discurso de que fazer política partidária é também uma responsabilidade da igreja. Assim estão os tais se convertendo em políticos ao invés de converterem os políticos ao Evangelho.

Se também bem entendi o Velho Testamento, lá está escrito que Deus fez uma nítida separação entre a condução e administração dos negócios de Estado ou Nação dos negócios da religião, sendo que religião é ‘religare’: o processo de religar o homem a Deus (elo rompido no Jardim do Édem).

Moisés foi legislador/administrador e Arão e os levitas os que exerciam o poder sacerdotal. Samuel era o oráculo (profeta) de Deus, Saul o administrador da nação enquanto Estado. Inclusive Saul foi destituído porque entendeu que sendo rei (político) poderia imiscuir-se nas coisas espirituais. I Samuel 13:8/14

Diante de tudo isso não somente em Xapuri mas em todo meu querido Brasil estamos assistindo a um desvirtuamento da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, no que concerne a ser a detentora do poder espiritual provindo do alto: Espírito Santo; para a redenção dos povos, para a maior glória de Deus nas alturas, a partir dos terráqueos na face da terra.

Somente posso aceitar a igreja partidarizada e principalmente dignatária de partidos políticos e detentora de um poder político, se ambos (poder político e partido político) receberem do alto o Espírito Santo, como que línguas de fogo repartidas. Caso contrário é rebeldia, e rebeldia é pior que crime de feitiçaria: ASSIM ESTÁ ESCRITO. I Samuel 15:23.

Está aberto o debate: SENHORAS E SENHORES.

Excesso policial

Abusos da Polícia Federal alimentam impunidade, diz Tarso Genro
por Marina Ito
“O inquérito no qual se cometem abusos prejudica a possibilidade de punição e, portanto, alimenta a impunidade.” A declaração é do ministro da Justiça, Tarso Genro, que reconheceu que algumas operações da Polícia Federal passam da medida. Para ele, é preciso barrar os excessos, sob o risco de prejudicar as investigações e os processos judiciais decorrentes das operações.

Em reunião na seccional fluminense da OAB, que contou com a presença de advogados e parlamentares, Tarso Genro criticou a exposição dos investigados. Pare ele, esse tipo de situação leva à condenação antecipada de pessoas que ainda serão processadas e podem ser consideradas inocentes.

O ministro afirmou que o manual de condutas da PF foi violado no curso da Operação Satiagraha, que culminou com as prisões do banqueiro Daniel Dantas, do investidor Naji Nahas e do ex-prefeito da cidade de São Paulo, Celso Pitta, todos já soltos por ordem do Supremo Tribunal Federal.

Tarso citou o caso de Pitta, flagrado de pijamas ao receber a Polícia Federal em sua casa e admitiu que o erro foi de quem passou a informação para a emissora. No momento em que a PF foi executar o mandado de prisão temporária contra o ex-prefeito, a equipe da Rede Globo estava no local, de onde pôde filmar Pitta abrir a porta de sua casa.

“Isso não se justifica para ninguém. As pessoas foram expostas nessa operação e, evidentemente, a Polícia Federal vai investigar quem foi”, afirmou. Tarso lembrou que a Justiça não é produzida no momento do inquérito. O ministro defendeu a reforma na legislação para coibir o abuso de autoridade. Segundo ele, as penas para quem abusa ainda são pequenas e não intimidam os agentes públicos. E ressaltou, contudo, que eventuais excessos não podem anular a importância da denúncia no caso da Satiagraha.

O ministro Tarso Genro também comentou a suposta gravação de assessores do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, com advogados do banqueiro Daniel Dantas. Segundo a revista IstoÉ, a gravação teria sido feita por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e encaminhada pela PF à Procuradoria-Geral da República. A Abin e a PGR negam que isso tenha ocorrido.

Tarso afirmou que o Supremo está sendo alvo de um ataque feito de “maneira rebaixada”: “Nesse caso concreto da gravação do presidente [do Supremo], fui saber pela imprensa sobre uma suposta gravação”. Ele explicou que não tem o poder de interferir no inquérito e não acredita que essa gravação exista.

Estado judicial
Para o ministro da Justiça, há no país uma “privatização” das interceptações. “Qualquer pessoa compra qualquer aparelho e sai gravando. E, às vezes, se confundem gravações permitidas judicialmente e gravações ilegais”, disse.

Tarso também negou que as operações da PF tomam outro rumo quando encontram nomes ligados ao Partido dos Trabalhadores. “Não há nenhuma distorção em relação a isso”, afirmou, lembrando que “as pessoas mais famosas que estão sendo processadas hoje são do PT”. Ele afirmou que não interfere nessas questões, até porque acredita que um ministro que faça isso perde respeito de seus subordinados.

O ministro negou a existência, ou mesmo a formação, de um Estado Policial no país. O argumento de Tarso é de que as operações da Polícia Federal, tal como seus procedimentos (prisões temporárias e preventivas, interceptação telefônica, busca e apreensão de documentos), têm respaldo em decisões judiciais.

Tarso Genro também falou sobre as algemas. Segundo ele, seu uso tem uma dupla finalidade que é a de proteger os policiais que prendem e a proteção do próprio preso. “Não acho que o agente policial deva algemar sempre uma pessoa. Ele deve medir com cautela a necessidade e as garantias para que a custódia seja feita de maneira adequada e respeitosa”, afirma o ministro, a quem a Polícia Federal está subordinada.

Questionado, o ministro da Justiça explicou que o aparelho usado para monitorar linhas telefônicas, chamado de Guardião, é sofisticado e que há um controle rigoroso sobre ele. Tarso deu um exemplo: se o próprio ministro estiver com seu telefone grampeado e o presidente da OAB do Rio, Wadih Damous, ligar para ele, o número deste não será grampeado automaticamente. Ele afirmou que, se o policial que está fazendo o controle achar que há elementos que colocam sob suspeita o presidente da OAB fluminense, só poderá monitorar o advogado se houver uma decisão judicial com a determinação. Para a sorte do Estado de Direito.

Tarso Genro disse, ainda, que todos os procedimentos são registrados. O ministro também defendeu maior clareza na Lei de Interceptações Telefônicas, como a determinação expressa de quanto tempo o investigado pode ter suas conversas monitoradas.

O ministro da Justiça afirmou que as facilidades de interceptações telefônicas ilegais fazem com que a pessoa já fale no telefone imaginando que está sendo monitorado. “Estamos chegando num ponto de se falar ao telefone com a presunção de que alguém está escutando.” Ele acredita que, se alguém quer escutar a conversa alheia, consegue meios para isso.

No encontro, o presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, adotou o discurso da ponderação. Afirmou que tem de haver um combate rigoroso aos crimes de colarinho branco, mas não concorda com a humilhação de acusados e grampos como única forma de investigação.

Revista Consultor Jurídico, 24 de julho de 2008

Bailarina acreana dança em noite de gala no Bolshoi


Por> CHICO ARAÚJO - BRASÍLIA — Natália Osipova e Andrey Bolotin abrem neste domingo, às 20h, em Joinvile (SC), a noite de gala do 26º Festival de Dança de Joinvile. Osipova é a primeira solista do Teatro Bolshoi de Moscou. Mas os russos, que são os primeiros solistas do Bolshoi, não serão os únicos donos da cena na "Grande Suíte do Balé Don Quixote". A acreana Stephanine Ricciardi, a Nine, também dança hoje ao lado da dupla russa. Nine se formou em dança clássica no dia 6 de dezembro de 2007 e faz parte da Cia. Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. O espetáculo é dirigido pela ex-solista Nina Speranskaya.

Stephanine será a rainha das Dríades, momento em que Don Quixote sonha com sua amada e também a parte mais clássica do balé. Depois de dessa noite de sonhos a bailarina viaja para Porto Alegre onde o Bolshoi faz apresentação. Lá, Stephanine assume o papel da heroína Kitri mesmo personagem que Natalia Osipova vai interpretar em Joinville. Don Quixote tem participação de mais de 100 bailarinos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil — ex-alunos que atuam em companhias do exterior e os bailarinos da Cia Jovem ETBB.

Nine começou na Academia Dançando no Ritmo, em Rio Branco, sob a orientação das professoras Lina Márcia de Andrade e Lílian Pinho. Ingressou com apenas 13 anos na Escola de Dança Mônica Tenori, em Vitória. Antes de chegar ao Bolshoi obteve o primeiro lugar em dança flamenca, no “Passo de Arte”, em Santos. Conseguiu outro primeiro no Enerdança, em Vitória, apresentando uma variação do Balé Esmeralda.

Em abril de 2006 foi aplaudida de pé após sua apresentação como bailarina principal no espetáculo Quebra Nozes, no Teatro de Florianópolis. Nesse mesmo mês viajou para Nova Iorque para algumas apresentações de dança. Com os alunos bailarinos João Paulo Frazão e Stephanine Rocha, da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, embarcou para Nova Iorque, onde participou, com boa nota, do 7º Festival Youth America Grand Prix. Apresentou-se em três variações solo: Para ver-te (balé contemporâneo), e os clássicos Esmeralda e La Bayadére. Nine também já se apresentou nos Estados Unidos, Canadá e Rússia.

Para a apresentação no festival, os solistas formam ensaiados, em Moscou, pelo renomado coreógrafo Vladimir Vasiliev — o mesmo que remontou a obra para o Bolshoi no Brasil. Cada detalhe criado por Vasiliev foi repassado aos solistas para que brilhem ainda mais junto com a escola brasileira.

A história de Don Quixote
Na “Grande Suíte do Balé Don Quixote”, com nova versão coreográfica de Vladimir Vasiliev, Natália e Andrey fazem os personagens principais. Interpretam Kitri e Basílio e vivem uma intensa história de amor, heroísmo e ilusão, com traços hispânicos marcantes.

Kitri e o pobre barbeiro Basílio enganam o rico Gamach, noivo da heroína, com quem Lorenzo, seu pai, a força se casar. Com a ajuda de Don Quixote, nobre cavalheiro, e Sancho Panza, seu fiel escudeiro, os apaixonados Kitri e Basílio se casam numa grande festa em Barcelona.

Que são os bailarinos
Natalia Osipova nasceu em Moscou. Em 2004 se formou na escola coreográfica de Moscou, desde então, é bailarina do Teatro Bolshoi. De carreira premiadíssima, Osipova já ganhou vários concursos de dança clássica. Entre eles se destacam o Luxembourg Grand Prix, em 2003; Concurso Internacional de Balé de Moscou, ganhando o terceiro prêmio no ano de 2005; em 2007 ganhou o Prêmio Revelação dos Críticos de Dança da Rússia. Em 2008 já possui o prêmio de Melhor Bailarina Clássica do National Dance Awards Critics’ Circle (críticos ingleses).

Entre seus principais papéis de Osipova se destacam as personagens Cinderela no balé “Cinderela”; Giselle no balé “Giselle”; Sílfide no balé “Sílfide”; Gamzatti no balé “La Bayadère” e Kitri no balé “Don Quixote”.

Andrey Bolotin é primeiro solista do Teatro Bolshoi de Moscou. Concluiu seus estudos de balé no ano de 1996 na Escola Coreográfica de Moscou. Desde então, trabalha no Teatro Bolshoi.

Entre seus personagens destacam-se Ídolo de Ouro do balé “La Bayadère”; Colas do balé “La Fille Mal Gardeé”, Basílio do balé “Don Quixote”, James do balé “Sílfide” e o Príncipe do balé “O Quebra-nozes”.

Andrey esteve no Brasil, em 2000, para a inauguração da Escola do Teatro Bolshoi. Na ocasião, com outros solistas do Bolshoi, apresentou um “Divertissement”. Depois de oito anos ele retorna a cidade brasileira que o acolheu com muito fervor.

Por deficiência em segurança, aeroporto de Rio Branco pode perder categoria de “internacional”

Pouca gente sabe, mas técnicos da área de segurança do Departamento de Aviação Civil, Agência Nacional de aviação e da Infraero estão fazendo um minucioso levantamento na área operacional do aeroporto de Rio Branco que poderá trazer dissabores aos administradores.

Por conta da inoperância de ações governamentais o único aeroporto de Rio Branco poderá deixar de operar com aviões de grande porte, caso seja confirmada a incapacidade técnica no atendimento as exigências das normas mínimas de segurança ao vôo de aeronaves. Neste caso o aeroporto de Rio Branco perderá a categoria de “internacional” e passará a simples aeroporto de apoio ao vôo doméstico.

Por ser a fiscalização sigilosa, poucas informações estão disponíveis para a imprensa.

No último sábado, por exemplo, por pouco não aconteceu um acidente envolvendo um Boeing da Gol e um avião da Força Aérea Brasileira, quando ambos sobrevoavam a cidade de Rio Branco a mesma altura. O fato foi relatado pelo jornal Correio Braziliense.

Ninguém da Infraero quer comentar sobre o assunto.

Roberto Vaz – da redação ac24horas
Rio Branco, Acre

TRE esclarece sobre material impresso

O Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC) esclarece que a propaganda eleitoral, qualquer que seja a sua forma ou modalidade, deve mencionar sempre a legenda partidária e só poderá ser feita em língua nacional.

No caso de coligação, deve constar na propaganda do candidato a prefeito, obrigatoriamente e de modo legível, sob a denominação da coligação, as legendas de todos os partidos políticos que a integram e na propaganda para vereador deve constar apenas a legenda do partido político do respectivo candidato com o nome da coligação.

Esclarece ainda que todo material impresso de campanha eleitoral, além da legenda partidária, deve conter também o número da inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do responsável pela confecção, bem como de quem contratou o serviço e a respectiva tiragem.

Na propaganda do candidato a prefeito, deve constar, também, o nome do candidato a vice-prefeito de modo claro e legível.

Para veiculação de propaganda eleitoral mediante a distribuição de folhetos, volantes e outros impressos, os quais devem ser editados sob a responsabilidade do partido político, da coligação ou do candidato, não há necessidade de licença municipal ou de autorização da Justiça Eleitoral.

Outras informações sobre a propaganda eleitoral poderão ser adquiridas no site www.tse.gov.br, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE): Resolução-TSE 22.718/2008, que dispõe sobre a propaganda eleitoral e as condutas vedadas aos agentes públicos em campanha eleitoral nas eleições de 2008. Esta resolução foi alterada pela Resolução-TSE 22.781/2008, pela Resolução-TSE 22.829/2008 e pela Resolução-TSE 22.874/2008.

A partir de uma ligação gratuita para o número 0800-647-4300, poderá ser comunicado ao respectivo Juiz Eleitoral, mesmo sem precisar se identificar, os casos de irregularidades na propaganda, bem como outros crimes previstos na legislação eleitoral, e ainda, solicitar informações referentes à situação eleitoral e ao pleito municipal.

No caso de denúncia, o interessado poderá acessar o site do TRE-AC (www.tre-ac.gov.br) e registrar as informações no link disque-denúncia ou encaminhar as informações para o correio eletrônico denuncia@tre-ac.gov.br.

Os serviços disque-denúncia e disque-eleições com o número 0800-647-4300 funcionarão das 8 às 18 horas, nos dias úteis, sábados, domingos e feriados, até o dia 5 de outubro, dia das eleições. (Assessoria)

O Acre é Verde

Em passagem recente pelo Acre o Escritor Mateus Fernandes deixou registrado a sua impressao sobre o Estado e sobre Xapuri, oportunidade que tive o prazer em passar um esplendido dia em meio a conversas e muita caminhada. confira na íntegra o texto.
Há muito tempo conheci um cara chamado Fabiano Wabane, da nação Kaxinawa. Acreano.
Há algum tempo, conheci o Orlando, Jovem Focal do Acre.
Há pouco tempo, conheci a Jaycelene, nascida no Acre e trabalhando no CTA. Conheci também a Daniela, morando no Acre e trabalhando no WWF. Conheci então a Silmara, a Fernanda, a Natália... pessoas que foram achar, no Acre, novos modos de vida.

Neste final de semana, quando finalmente estive no Acre, conheci um bocado de gente. Acreanos; e também Amazonenses, Paulistas, Cariocas... Fui lá fazer parte do Lançamento Local da publicação GEO Juvenil Brasil, que ocorreu na sexta, 06/06, na enigmática e bela Biblioteca da Floresta Marina Silva, um dia depois do Dia Mundial do Meio Ambiente, no Ano Internacional do Planeta Terra. Bom tempo pra estar no Acre, não?

E conheci, também, alguns outros modos de vida. Vidas daqueles que se denominam "Povos da Floresta", governados pelo "Governo da Floresta", cercados por "Florestas" por todos os lados - florestas de árvores, florestas de cana, florestas de pasto e florestas até de gado.

Como me ensinou um jovem Apurinã: "Nos rios não há só peixes, como nas florestas não há só árvores".

Mas foi em Xapuri que pude conhecer outros cantos e encantos dessa floresta.
Se em Rio Branco me impressionei com a beleza simples, colorida e vazia da Gameleira, com a arquitetura moderna e londrina da ponte de pedestres sobre o Rio Acre, foi em Xapuri que pude conferir o sabor de uma cidade acreana, apesar de pitada de fama dada, atualmente, pelo revolucionário Chico Mendes. Xapuri é uma solitária cidade distante 180 km de Rio Branco - caminho que percorri, de carro, em meio à pastagens, canaviais e, pra minha surpresa, um pouco de floresta e seringueiras. Na verdade, por justeza histórica, deveríamos dizer que é Rio Branco que está distante de Xapuri. Ainda mais neste ano, em que completamos 20 anos da morte de Chico. O coração da floresta pulsa mais rápido, mais triste e mais bonito dali. Afinal, a Revolução Acreana viu nessa cidade o seu epicentro - que retornou no ano de 1988 com a morte do seringueiro ambientalista e cosmopolita. Em Xapuri pude, durante o almoço no Restaurante da Dona Vicência (simpática velhinha com mais de 80 anos, ex-seringueira e atual dona de um restaurante muito conhecido no município; saída aos 13 anos do Ceará, tendo percorrido o caminho durante 11 meses com a família, morou durante 34 anos no seringal São Francisco Iracema, distante de Xapuri 12 horas de barco), conhecer uma figura folclórica da cidade: Joscires, um jovem burocrata que tem no seu blog arma de fazer piada e política. Foi também em Xapuri que reencontrei um amigo-artista, nascido perto de Bonito (MS), que está agora morando no Acre pra fazer da mistura de idéias e pessoas, movimento socioambiental e cultural. Pra fazer o que ele sabe fazer, enfim: arte. Arte na Ruína, pra bem dizer. Confira o resultado no blog do movimento. Chamado pela Filha do Homem, Elenira, trabalhando na Fundação Chico Mendes e apoiando as atividades da Casa de Leitura, Wagner é uma daquelas pessoas a quem vale dar ouvidos e também uma mão - ele não vai deixar o mundo como encontrou. E, por falar em dar ouvidos, vale mesmo dar ouvidos - e muito do seu tempo e do seu coração - para a "Deusa", a carinhosa e conversadeira Deusamar, que me recebeu muito bem na Fundação. Casada com o irmão do Chico, ela realmente tem muita história pra contar...e, se souber fazer as perguntas, ela conta mesmo!

Voltando pelos quase 200 km que me separavam do centro de Rio Branco, cheguei à festa de aniversário da Madrinha Chica (outra velhinha simpática e ativa que, do alto dos seus quase 80 anos, comandava a cerimônia). Convidado por amigos fardados, a quem sou grato, pude ver no mesmo dia outra cara misteriosa da floresta - e comprovar que na floresta não tem só árvore. Um outro amigo já havia passado pela Barquinha, e seu relato engraçado deixa claro que é com graça, humor e com uma dose de ceticismo, acompanhado pela dose de Daime, que nós - os neófitos - entramos nos bailados do Centro Espírita de Caridade Príncipe Espadarte. Uma dança entusiasmante e chamativa: butuques pra todos os gostos. Música pra se dançar e não pra se escutar. Música pra entrar no corpo, e não nos ouvidos. Música que tocou a noite toda - longa e lentamente - ao contrário da bebida servida, que é pra descer rápido pela goela. Não é pra apreciar, deixando-se embriagar aos poucos, de leve, profundamente, mas pra cumprir o momento ritual. Ritual aliás, bem brasileiro e bem documentado - com teses antropológicas e tudo mais.

Vestido todo de branco, suado, cansado, com frio, com fome, e muito feliz e tranqüilo, às 7h da manhã, finalmente o dia acabou - e com a foto ao lado pude constatar, enfim, que "O Acre não é ocre, o Acre é verde"!

Casal ucraniano diz ter a galinha mais velha do mundo

Ganusia tem 17 anos e ainda bota ovos.
Seus donos, hoje casados, se conheceram quando cruzaram os pais da galinha.

A galinha mais velha do mundo tem 17 anos, vive no leste da Ucrânia e ainda põe ovos. Por isso, seus donos consideram que ela merece um lugar no livro “Guinness” dos recordes, informou nesta quinta-feira (24) o jornal digital "Vlasti.net".

A família Ilienko afirma que o animal de estimação tem 17 anos de vida completos, três a mais que a galinha inscrita no “Guinness” como a mais velha do mundo até agora. A vida média de uma galinha de curral está estimada em entre cinco e dez anos.

Ganusia, a galinha, nasceu na pequena localidade ucraniana de Pitriatin, na região de Poltava, em 6 de março de 1991. Ela é fruto de uma dupla aliança: seus atuais donos se conheceram e se apaixonaram quando cruzavam o galo de Raisa com a galinha de Aleksandr.

"É o talismã de nossa família, que protege e traz sorte. Por isso nunca acabará na sopa", disse Raisa Ilienko em entrevista à imprensa. O casal descobriu que a galinha é recordista mundial pelos jornalistas e confessou não saber como se deve formalizar o recorde no livro.

De plumagem preta, Ganusia é, para seus donos, "a dona do pátio", onde mantém amizade com porquinhos de raça vietnamita. Ela anda como uma rainha entre as outras galinhas e protege o portão da casa para que não entrem estranhos.

Há alguns anos, a galinha colocava dois ovos ao ano, mas agora Raisa admite que os anos começam a pesar e Ganusia põe ovos só de vez em quando. Ela também cacareja muito menos que antes. "Recentemente, comprei para uma vizinha vários ovos e coloquei Ganusia para chocá-los, sem muitas esperanças. E, há um mês, nasceram oito pintinhos", conta, com alegria, a dona.

Cientista usa formigas para entender evolução humana

Edward O. Wilson guarda a maior coleção de formigas do mundo.
A 14.001ª espécie acabou de ser descoberta no solo de uma floresta brasileira.

Fonte> Animal Planet Magazine e The New York Times
Para chegar ao escritório de Edward O. Wilson no campus de Harvard é preciso primeiro atravessar uma porta com uma placa avisando ao público para não passar. Então, entrar num velho e barulhento elevador e apertar dois botões simultaneamente. Assim, ele chega a um estranho domínio.

Trata-se de um espaço que guarda a maior coleção de formigas do mundo — algo em torno de 14.000 espécies. Curadores conferem as gavetas, observados pela alta figura de Wilson, que tenta conter sua excitação: a 14.001ª espécie acabou de ser descoberta no solo de uma floresta brasileira. Ele rebate qualquer ceticismo a respeito da singularidade da formiga –- a nova espécie é uma versão primitiva da primeira formiga, uma vespa que perdeu suas asas e designou todas suas descendentes a viver na terra, ao invés do ar. A nova formiga é tão estranha, tão distinta de todas as terrestres conhecidas, que será nomeada como se tivesse vindo de outro planeta.

As formigas são o primeiro e mais duradouro amor de Wilson. Mas ele se tornou um dos mais renomados biólogos através de duas outras paixões, sua necessidade de criar grandes sínteses de conhecimento e seu dom para escrever. Pelo poder de suas palavras, ele defende a biodiversidade mundial e realiza regularmente campanhas por medidas de conservação.

Embora tenha celebrado seu 79º aniversário no mês passado, Wilson está gerando um alvoroço na produção literária que já seria impressionante para alguém com metade de sua idade. Em novembro será publicada uma edição atualizada de “O Superorganismo”, seu trabalho enciclopédico sobre formigas co-escrito por Bert Hölldobler. Agora Wilson está escrevendo seu primeiro romance. Também prepara uma pesquisa sobre as forças da evolução social, que provavelmente aplicará às pessoas as lições das colônias de formigas. E, se tudo isso parece pouco, ele está engajado em outra luta.

Wilson não procurava briga quando publicou “Sociobiologia” em 1975, uma síntese de idéias sobre a evolução do comportamento social. Ele afirmou que muitos comportamentos humanos tinham base genética, uma idéia então combatida por muitos cientistas sociais e por marxistas aplicados em refazer a humanidade. Wilson ficou impressionado com o que sucedeu, descrito por ele como uma longa campanha de ataques e perseguições verbais com um sabor claramente marxista liderado por dois colegas da Harvard, Richard C. Lewontin e Stephen Jay Gould.

A nova luta é algo que ele havia procurado. Diz respeito a uma característica central da evolução, uma com influência considerável em comportamentos sociais humanos.

Trata-se do nível no qual a evolução opera. Muitos biólogos evolucionistas foram convencidos, através de trabalhos como “O Gene Egoísta” de Richard Dawkins, de que o gene é o único nível onde age a seleção natural. Wilson, mudando de idéia graças a novos dados sobre a genética das colônias de formigas, agora acredita que a seleção natural opera em muitos níveis, incluindo no de um grupo social.

É através de seleções de múltiplos níveis ou de grupo –- favorecendo a sobrevivência de um grupo de organismos sobre outro -– que a evolução trouxe aos seres, na visão de Wilson, os muitos genes essenciais que beneficiam o grupo à custa do indivíduo. Nos humanos, isso pode incluir os genes que inspiram a generosidade, as barreiras morais e até mesmo o comportamento religioso. Tais qualidades são difíceis de considerar, mas não impossíveis, na visão de que a seleção natural favorece apenas comportamentos que ajudam o indivíduo a sobreviver e deixar mais crianças.

"Acredito que, no fundo, qualquer um que trabalhe com insetos sociais está ciente de que eles foram criados pela seleção de níveis múltiplos”, diz Wilson.

No ano passado, ele e David Sloan Wilson, um antigo defensor da seleção em nível de grupo, lançaram uma base teórica para essa visão em um artigo publicado no "Quarterly Review of Biology". O texto provocou uma intensa reação de Dawkins na New Scientist; ele os acusou de se basearem em um ponto menor e exigiu uma retratação.

Propor uma idéia considerada herética a muitos biólogos evolucionistas é um dos menores conflitos que Wilson detonou. Em seu livro de 1998 chamado “Consilience”, ele propôs que muitas atividades humanas, da economia à moralidade, precisavam ser temporariamente retiradas das mãos dos especialistas dominantes e repassadas aos biólogos para definição de uma fundação evolucionista apropriada.



“É surpreendente que o estudo da ética tenha evoluído tão pouco desde o século XIX”, escreve ele, desconsiderando um século de trabalho de filósofos morais. Sua percepção foi sustentada pela recente aparição de uma nova escola de psicólogos que estão construindo uma explicação evolucionista da moralidade.

A pesquisa de Wilson, sobre a determinação do comportamento social, parece ter chances de entrar firmemente nesta agitada arena. Moralidade e religião, ele suspeita, são traços baseados em seleção por grupos. “Grupos com homens de qualidade -– bravos, fortes, inovadores, espertos e altruístas -– tenderiam a triunfar, como disse Darwin, sobre aqueles grupos que não têm essas qualidades tão bem desenvolvidas”, diz Wilson.

“Obviamente, essa é uma idéia muito impopular, muito politicamente incorreta se interpretada com exagero, mas mesmo assim Darwin poderia estar certo. Indubitavelmente teremos uma nova e enorme controvérsia”, diz ele sem arrependimento evidente, “e esse será o tema do meu novo livro, assim que acabar meu romance.”

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Rapidinhas da Politica Xapuriense

1- Até macumba está na rodada para vencer as eleiçoes para a prefeitura de Xapuri. Segundo informações em um terreiro de umbanda bastante conhecido na cidade, estvam expostos a olhos de todos fotografias de alguns pólidos prefeitáveis. Trabalho bravo!!!!

2- Tem gente roendo osso, devido o financeiro de sua campanha não estar de acordo com oque se previa. acabou que muitos aliados nao aportaram as devidas quantias prometidas. É agora a camanha é no gogó e na sola do sapato!!!

3- É bom o Dr. Anastácio, Juiz Eleitoral de Xapuri ficar atento com as carteiras de ajuda dos candidatos, por que está uma verdadeira distribuição de beneficios eleitoreiros. É dinheiro pra cá... é sacolão pra lá... é caixa dagua pra um... é botija de gás pra outro... pelo que eu saiba a legislação eleitoral proibe isso...

4- Pesquisa quentina saindo do forno, traz interessantes dados, vou publicar quando tiver a real certeza de que não foi maquiada. Caso tenha sido pode esperar que vou como sempre abrir a boca...

5- A baixaria continua sendo frequente nas abordagens dos ciadadãos quando do pedido de voto. Como muita gente tem muita coisa a dizer e alguns candidatos não estão nem um pouco interessados em ouvir, porque a verdade dói.. a coisa fica feia...

6- Apesar de nao estar presente no comício do sr. Manoel Moraes, segundo informações que chegaram até mim, o FBI americano perdia para a equipe de outros candidatos presentes no local, era camera fotográfica, gravador, filmadora... eiiita.... jogo democrático é isso mesmo.

7- acho que é melhor parar... mas vou deixar a frase do dia: "Eu aprendi que ser gentil é mais importante do que estar certo."
(William Shakespeare)

Abraços a todos

*A Charge é do Cartunista Braga

Com verba polpuda, saúde é minguada no interior do Acre

Acre recebe R$ 11,7 milhões, mas não evita mortes por malária em hospital do Juruá. Fonte>MONTEZUMA CRUZ
Mesmo recebendo R$ 19,5 milhões para ações de vigilância em saúde, dos quais, 60% (R$ 11,7 milhões) se destinaram à prevenção e ao controle da malária no período 2003-2008, o governo acreano não tem conseguido evitar mortes causadas pela doença. A Agência Amazônia obteve esses valores com o coordenador do Programa Nacional de Controle da Malária do Ministério da Saúde, José Lázaro de Brito Ladislau.

Em Cruzeiro do Sul, na fronteira com o Peru, Maria Caroline Silva de Lima, de apenas três anos, vítima de malária Falciparum, teve convulsão e morte cerebral no dia 12 de junho no Hospital Regional do Juruá. O hospital é um dos mais procurados por vítimas dessa doença.

Carros, microscópios e GPS
No final de 2007 o Ministério da Saúde repassou mais R$ 503 mil para a intensificação dessas ações. Só para a capacitação de profissionais, o Acre embolsou R$ 1,98 milhão em cinco anos.

Segundo Ladislau, entre outros equipamentos o ministério doou ao Acre 140 pulverizadores; 109 microscópios bacteriológicos; 26 picaps cabine dupla 4 x 4; dez picaps cabine dupla 4 x 2; 128 motocicletas; 104 bicicletas; dois botes de alumínio de dez metros de comprimento; 40 botes de alumínio; 44 motores de pôpa de 25 HP; 16 aparelhos de GPS; (Global System Position) 31 grupos geradores; e 37 kits de informática.

Enquanto isso os servidores se queixam que nem sequer conseguiram o direito a uma consulta decente e medicamentos eficazes no controle da doença que também os atacou. Eles contradizem o argumento da Secretaria de Saúde do Acre – usado na peça de defesa à Justiça Federal – de que recebiam "equipamento adequado e acompanhamento médico para a captura de mosquitos". “Nunca tomei o medicamento Primaquina para a prevenção da doença. Nunca houve nem há médicos lotados no Setor de Endemias de Cruzeiro do Sul”, relatou o agente Marcílio Ferreira à PF.

Segundo Ferreira, quando algum agente adoecia e precisava ir ao médico, tinha que recorrer ao hospital público. O agente Jamisson Rodrigues Guimarães confirmou o que ele disse. Contou ter contraído malária três vezes, todas elas em conseqüência da captura do anofelino. Guimarães também relatou que nunca recebeu um atestado médico para faltar ao serviço e se recuperar da malária adquirida no trabalho de isca.

Prefeito de Epitaciolândia é acusado de homofobia e terá que explicar na justiça

O prefeito do município de Epitaciolândia, Jose Ronaldo (PSB), está sendo acusado pela Associação dos Homossexuais do Acre (AHAC) de homofobia. Os fatos ocorreram em outubro do ano passado.

Jose Ronaldo teria utilizado o programa "Gente em Debate" da Rádio Difusora, apresentado pelo jornalista Washington, para agredir verbalmente, fazendo referências preconceituosas, de cunho homofóbico, segundo a AHAC, contra o cidadão Jonas dos Santos Gomes, representante do Conselho Estadual da Juventude na Regional do Alto Acre.

Por questões éticas, e pelo baixo nível da linguagem adotada, as palavras do prefeito não serão reproduzidas neste espaço. As declarações constam no processo 070.08.008784-1, em trâmite no 3º Juizado Civil da Comarca de Rio Branco, aos cuidados da Juíza Mirla Cutrim.

A agressão, segundo relato de Jonas, teria ocorrido logo após o mesmo questionar a demora na aplicação de recursos oriundos de uma emenda parlamentar de autoria do deputado federal Nilson Mourão, destinada à construção de um Centro de Juventude no município.

"Estava apenas cumprindo meu dever como conselheiro da juventude, pois havia demora na aplicação dos recursos e estávamos com receio de que a emenda fosse perdida", disse Jonas Gomes.

Uma audiência de conciliação acontecerá nesta quinta-feira (24). O início está previsto para as 11:00 horas. Jonas pede R$ 15.200,00 a título de indenização por danos morais.

O que é homofobia?
Homofobia caracteriza o medo e o resultante desprezo pelos homossexuais que alguns indivíduos sentem. Para muitas pessoas é fruto do medo de elas próprias serem homossexuais ou de que os outros pensem que o são. O termo é usado para descrever uma repulsa face às relações afetivas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo, um ódio generalizado aos homossexuais e todos os aspectos do preconceito heterossexista e da discriminação anti-homossexual.

Homofobia é crime?
O projeto de lei contra a homofobia já foi aprovado na Câmara dos Deputados e atualmente encontra-se em análise na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado e, se aprovado, tornará crime qualquer ato que atente contra a liberdade de opção sexual das pessoas.

Justiça Eleitoral já recebeu mais de 30 denúncias de propaganda irregular

Campeã é a 8a. zona


Até ontem (22), o serviço Disque-Denúncia do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), já havia registrado 36 denúncias de irregularidades nas campanhas eleitorais em todo o estado.

A maior quantidade de denúncias, com 13 registros, se referem à jurisdição da 8ª Zona Eleitoral, que abrange os municípios de Senador Guiomard, Acrelândia, Capixaba e Plácido de Castro. Entretanto, tem sido recebidas denúncias dos demais municípios do estado.

As principais se referem à propaganda eleitoral em locais e formas proibidas, à utilização indevida de servidor e uso de equipamentos públicos em campanha eleitoral e à elaboração de listas contendo o nome, o número do título e a seção de votação de eleitores.

Caso comprovada a irregularidade, tanto o candidato, como o terceiro, eleitor ou não, que cometeram infração à lei eleitoral, poderão ser punidos pelo ato.

A partir de uma ligação gratuita para o número 0800-647-4300, a população de todo o estado do Acre, poderá comunicar ao respectivo Juiz Eleitoral, mesmo sem precisar se identificar, as irregularidades na propaganda, bem como outros crimes previstos na legislação eleitoral (Disque-Denúncia), e ainda, solicitar informações referentes à sua situação eleitoral e ao pleito municipal (Disque-Eleições).

No caso de denúncia, o interessado também poderá acessar o site do TRE-AC (www.tre-ac.gov.br) e registrar as informações no link “Disque-Denúncia”, ou encaminhar as informações para o correio eletrônico denuncia@tre-ac.gov.br.Este endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email

As denúncias são registradas e encaminhadas de imediato, via on-line, ao Juiz Eleitoral, responsável pela jurisdição em que houve ou está ocorrendo a irregularidade denunciada, para que sejam adotadas as devidas providências.

Será de extrema importância para a Justiça Eleitoral, além das provas testemunhais, o envio de fotos, vídeos, áudios, objetos, documentos e outras formas que possam comprovar a irregularidade eleitoral.

A Justiça Eleitoral tem como um dos seus objetivos, combater as irregularidades no processo eleitoral, como a propaganda em locais proibidos e o abuso do poder econômico.

Os serviços Disque-Denúncia e Disque-Eleições, com o número 0800-647-4300, funcionarão das 8 às 18 horas, nos dias úteis, sábados, domingos e feriados, até o dia 5 de outubro, dia das eleições.

ASCOM / TRE-Acre

15 anos da Chacina da Candelária - Nada Mudou...


Há 15 anos, um ato no Rio de Janeiro mostrava o quanto nossa população de rua precisa de atenção, respeito e dignidade. A Chacina da Candelária, como ficou conhecida, vitimou oito crianças e adolescentes através de uma ação covarde, irresponsável e desumana de policiais militares que atiraram contra 50 pessoas que dormiam sob a marquise da Igreja da Candelária.

Passados todos estes anos, a chacina virou emblema da falta de justiça e do clamor por ela. Para que o fato nunca caia no esquecimento, organizações, movimentos sociais e diversas entidades realizam amanhã (23), a partir das 8h, uma missa e a caminhada "Em defesa da Vida, pelos 18 anos do ECA e contra a redução da maioridade penal". A marcha sairá da Igreja e seguirá até a Cinelândia, onde será lido um documento sobre a questão da maioridade penal.

"A Chacina aconteceu no dia 23 de julho, há 15 anos. Mas podemos afirmar que ela continua acontecendo, uma vez que todos os dias nossas crianças e adolescentes estão morrendo vítimas da violência. Isso deixa claro que no nosso país a pena de morte só não existe na lei, mas ela existe na prática, no nosso cotidiano. E ela existe com mais eficácia para pobres, negros e jovens excluídos", afirma Mônica Susana Cunha, integrante do Movimento Moleque, uma das organizações envolvidas na atividade de amanhã.

Ela acrescenta que o ato de amanhã chama a atenção para a condição em que estão nossas crianças, adolescentes e jovens brasileiros. Menciona os 18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente - considerado um dos melhores do mundo, mas que na prática ainda deixa a desejar em sua aplicação. Fala ainda sobre a redução da maioridade penal, cujo documento expõe que a solução para o fim da violência não está em atestar para adolescentes penas adultas. "Nossos jovens estão morrendo e é preciso que se faça algo. A redução da maioridade penal definitivamente não é a solução", completa.

A violência contra crianças e adolescentes é responsável pelo assassinato de pelo menos 16 crianças e adolescentes por dia no Brasil, segundo já apontou representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Como geralmente nós brasileiros temos memória curta vou relembrar alguns fatos para se entender o caso, primeiro é necessário dizer que a chacina da Candelária, como ficou registrada pela mídia, ocorreu na madrugada do dia 23 de julho de 1993 próximo às dependências da Igreja de mesmo nome localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro. Nesta chacina, seis menores e dois maiores sem-tetos foram assassinados pela polícia.

Origem da chacina
Muito se especulou sobre os reais motivos da chacina, mas até hoje não se sabe por certo o que levou à realização da mesma. Duas das hipóteses mais aceitas afirmam que a chacina foi realizada por vingança. Uma dessas hipóteses afirma que o motivo de vingança dos policiais seria o fato de que na manhã do dia 22 de julho de 1993 um grupo de menores de rua estaria atirando pedras em carros da polícia. A outra hipótese diz que o motivo da vingança seria o fato de uma das crianças ter assaltado a mãe de um policial. Uma outra hipótese menos aceita afirma que os policiais fariam parte de um grupo de extermínio e que foram contratados para realizar a "limpeza" do centro histórico do Rio de Janeiro.

A chacina
Na madrugada do dia 23 de julho de 1993, aproximadamente à meia-noite, vários carros de polícia pararam em frente à Igreja da Candelária. Logo após, os policiais abriram fogo contra mais de setenta crianças e adolescentes que estavam dormindo nas proximidades da Igreja. Como resultado da chacina, seis menores e dois maiores morreram e várias crianças e adolescentes ficaram feridos. Um dos sobreviventes da chacina, Sandro Rosa do Nascimento, mais tarde voltou aos noticiários quando se tornou o responsável pelo seqüestro do ônibus 174.

Lista de mortos
Os nomes dos oito mortos no episódio encontram-se inscritos em uma cruz de madeira, erguida no jardim de frente da Igreja:
Paulo Roberto de Oliveira, 11 anos
Anderson de Oliveira Pereira, 13 anos
Marcelo Cândido de Jesus, 14 anos
Valdevino Miguel de Almeida, 14 anos
"Gambazinho", 17 anos
Leandro Santos da Conceição, 17 anos
Paulo José da Silva, 18 anos
Marcos Antônio Alves da Silva, 19 anos

Investigação e condenados
A investigação pelos culpados, levou até Wagner dos Santos um dos adolescentes feridos na chacina. Santos sofreria um segundo atentado em 12 de setembro de 1994 na Estação Central do Brasil, o que lhe colocou no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas. Seu testemunho foi fundamental no reconhecimento dos envolvidos. Inicialmente foram indiciadas quatro pessoas pela chacina: o ex-Policial Militar Marcus Vinícios Emmanuel, os Policiais Militares Cláudio dos Santos e Marcelo Cortes e o serralheiro Jurandir Gomes França. Os condenados foram:

Marcus Vinícios Emmanuel, ex-Policial Militar – foi condenado a 309 anos de prisão em primeira instânica. Recorreu a sentença e, num segundo julgamento, foi condenado a 89 anos. Insatisfeito com o resultado, o Ministério Público pediu um novo julgamento e, em fevereiro de 2003, Emmanuel foi condenado a 300 anos de prisão.
Nelson Oliveira dos Santos – foi condenado a 243 anos de prisão pelas mortes da chacina e a 18 anos por tentativa de assassinato de Santos. Recorreu a sentença, sendo absolvido pelas mortes em um segundo julgamento, mesmo após ter confessado o crime. O Ministério Público recorreu e, no ano de 2000, Nelson foi condenando a 27 anos de prisão pelas mortes e foi mantida a condenação por tentativa de assassinato, somando uma pena de 45 anos.
Marco Aurélio Alcântara Dias – foi condenado a 204 anos de prisão.

Envolvidos na chacina que não foram condenados:
Arlindo Lisboa Afonso Júnior – condenado a dois anos por ter em seu poder uma das armas usadas no crime.
Carlos Jorge Liaffa – não foi indiciado, mesmo tendo sido reconhecido por um sobrevivente e a perícia ter comprovado que uma das cápsulas que atingiu uma das vítimas foi disparada pela arma de seu padrasto.

Referências culturais
A chacina foi retratada num episódio do programa Linha Direta da Rede Globo. Também é retratada, em formato de flashback, pelo protagonista do livro O Imperador da Ursa Maior de Carlos Eduardo Novaes. O documentário Ônibus 174 de José Padilha narra a história de Sandro Barbosa do Nascimento, sobrevivente do massacre que, anos mais tarde, possivelmente perturbado psicologicamente pelo evento, protagonizou o seqüestro ao ônibus da linha 174 da mesma cidade.

Ditos e não ditos

Colaboração de Claudionor Mendonça dos Santos
Aprendi que num Estado Democrático de Direito, a persecução penal se revela como garantia do cidadão em face dos abusos do poder público.

Disseram-me que a efetividade das liberdades públicas impõe limites à ação estatal, especialmente aquela de conotação punitiva.

Ensinaram-me que o processo penal, na lição de velhos mestres, é instrumento que resguarda a liberdade jurídica de todo cidadão, inclusive do suposto ou real infrator.

Falaram-me que o processo penal é a concretização das normas constitucionais.

Revelaram-me que o povo que possui leis civis ruins é miserável e se as processuais também o são, o povo se torna escravo.

Preceituaram que é garantido o direito de propriedade que deve atender à sua função social e, antes, escreveram que é plena a liberdade de associação, para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar.

Estabeleceram que a moradia é direito social, constituindo-se um Estado Democrático que tem como fundamentos, dentre outros, a cidadania e a dignidade humana.

Elegeram, como agentes propulsores da concretização de tais direitos, representantes do Ministério Público, dando-lhes a excelsa tarefa de defender os interesses sociais e individuais indisponíveis.

Esqueceram-se, contudo, de afirmar que o social precede o individual. Esqueceram-se, também, de reafirmar que o direito à moradia deve prevalecer sobre o direito à propriedade.

Mas há quem se recorda da lição, de um antigo filósofo: a natureza é avara, deu a todos o necessário para a sua sobrevivência e, se alguém tem mais, muito mais do que necessita, a conclusão é obvia: tirou do alheio. Deve, portanto, devolver. Dependendo da forma de retomada, ela pode até ser ilegal, mas nunca ilegítima. Basta de capitanias hereditárias, devendo seus defensores abraçarem outras lutas, mais justas e afinadas com seu munus, dignificando sua nobre função.

Claudionor Mendonça dos Santos é promotor de justiça e membro do Movimento Ministério Público Democrático.

Deficientes visuais dão exemplo de superação com a prática de esportes

RIO BRANCO - A conquista de quatro medalhas no último campeonato regional, é um dos exemplos de superação da atleta deficiente visual, Sebastiana de Souza, 27.

Além de uma medalha de ouro, uma de prata e duas de bronze, Sebastiana alcançou índice para as para-olimpíadas de Pequim. Ela é a primeira da lista de reservas.

A dedicação do guia de Sebastiana, Othon Nascimento, é outro fator que merece destaque. Estudante do Ensino Médio, ele divide o tempo entre os estudos e a preparação física da atleta.

O Acre também é destaque no futsal entre deficientes, a equipe é Tri-campeã regional. A sequência de títulos é resultado do esforço de jogadores especiais como Rodomilson Rodrigues.

Comandada também pelo deficiente visual, Alcides Bento, do Lar dos Deficientes Visuais do Acre, o que essa equipe tem de comum com as demais são as dificuldades de patrocínio para custeio de material e viagens dos atletas.

A PESQUISA NAS CRÔNICAS DOS JORNAIS ANTIGOS DO ACRE

Recebi na noite de ontem um interessante texto que trata sobre a sinópse da pesquisa da Professora Maria Alzenir Alves Rabelo Mendes, Mestranda em Letras, Linguagem e Identidade pela Universidade Federal do Acre (UFAC), que retrata as intrigantes histórias dos Jornais existentes no Nosso querido Acre, faço questão de reproduzi-lo com os devidos créditos à autora.

Em sua pesquisa a Mestranda explicita que a motivação para a pesquisa sobre a produção textual do Acre, mais precisamente com as crônicas dos jornais antigos, reside na constatação de que o acesso à produção escrita no Acre ainda é bastante restrito. Daí a escassez de textos que possam ser utilizados como apoio didático nas aulas de Língua Portuguesa e suas Literaturas, bem como nos cursos de leitura e produção textual. Essa escassez é bem mais evidente quanto a leituras sobre as peculiaridades da cultura do Estado do Acre.

Na ausência desse material, não se pode estranhar que um estudante acreano conheça mais sobre outros Estados brasileiros do que sobre suas próprias origens. Uma grande parcela do alunado tem contato, pelo menos, na sala de aula, com a produção de escritores reconhecidos, nacionalmente, como Fernando Sabino, Humberto de Campos, Rubem Braga, Carlos Drummond de Andrade, e outros que tiveram suas criações literárias publicadas, a princípio em jornais, o que é comum às crônicas, e posteriormente em antologias, e em livros didáticos.

No caso do Acre, embora as crônicas também tenham sido publicadas nos jornais locais, é pouco provável que os estudantes saibam quem foi Antônio Carneiro Meira; Baxir Chaul ou Stelio de Amics; quem assinava as crônicas como “Zelinha”; “Zeferino”; “Zé do Barranco”, entre outros que escreviam para os periódicos da região. Pouquíssimos alunos, talvez, tenham lido as crônicas de José Alberto Mendes, José Chalub Leite, Adelino Moura, Francisco Dandão, Aluísio Maia, Antônio Stélio e outros que fizeram e ainda fazem jornalismo literário no Acre.
E nós, professores, não podemos responsabilizar esses alunos por uma falta que reside no nosso “acomodamento” à conformação, apenas, de um conhecimento que vem de outras culturas e que trata somente delas. Talvez, o nosso acomodamento se deva ao fato de que os livros didáticos, com os quais trabalhamos e as fontes de pesquisa que utilizamos, embora não contemplem os temas locais, já nos chegam prontas, e isso significa “meio caminho andado” para a atividade pedagógica.

No entanto, compete a nós educadores, instigar o espírito de investigação no estudante para, assim, garantir a preservação da memória e o reconhecimento de nossa identidade cultural, a partir do legado dos antepassados. Essa tarefa é possível, a princípio, através da localização e da coleta de material que nos permita revisitar a história e analisar os fatos sob o ângulo possibilitado pela diversidade de textos publicados em jornais. Na impossibilidade de coletar e analisar toda essa produção textual, concentraremos essa pesquisa nas crônicas que tematizam o Acre e sua gente.
O desejo de estudar as crônicas do Acre já era latente desde os primeiros trabalhos de pesquisa, os quais realizamos ainda no PIBIC e, posteriormente, no PNOPG , sob a orientação da Professora Doutora Olinda Batista Assmar, coordenadora do Projeto de Pesquisa Amazônia: os vários olhares .

Dentre os objetivos do trabalho iniciado, e ainda em andamento, encontram-se as primeiras medidas, no sentido de preencher os vazios existentes nas bibliotecas e nos centros de ensino, quanto a textos que tratem de temas locais. Até então, segundo a referida a Profª Olinda (2002) , os livros sobre a Amazônia “eram poucos (...) e, muito menos, sobre as manifestações literárias e culturais do Acre (...) Após avaliação do Projeto de pesquisa Amazônia: os vários olhares pelo comitê do CNPq/UFAC, foi iniciado o levantamento e a coleta de material que possibilitasse a descoberta do universo do amazônida a partir das manifestações culturais e literárias”.

O primeiro subprojeto foi desenvolvido pela bolsista Susy Andréa Araújo (1995-1996), intitulado A Produção Textual de 1900 a 1920 – manifestações literárias. Nesse trabalho, a ênfase maior foi dada à localização de acervos e à coleta textos. O segundo trabalho da pesquisadora visou à apreensão dos temas predominantes na poesia nos jornais de Xapuri.

Em 1996, enquanto a colega concentrava seu estudo sobre os textos poéticos, iniciamos outro estudo, dando continuidade à pesquisa sobre os textos coletados dos jornais daquele município. O resultado deste trabalho foi apresentado em seminários sob o título A prosa jornalística construindo a identidade do xapuriense - 1900 a 1984. O trabalho seguinte foi O Imaginário Xapuriense- Prosa Poética – 1907 a 1918, com a apresentação também em seminários.

A pesquisa sobre a produção textual dos jornais foi concluída no Aperfeiçoamento em Pesquisa com o subprojeto A Prosa nos Jornais de Xapuri, cujos objetivos visavam à organização de uma antologia comentada, contemplando informações biográficas sobre os autores. O resultado desse estudo, publicado em forma de um Inventário: A produção textual oral e escrita de Xapuri é a síntese da pesquisa sobre a poesia e prosa daquele município, agrupada em um só trabalho, no volume I da obra As dobras da memória de Xapuri . O volume II é a antologia – A prosa xapuriense, na qual constam mais de trezentos textos em prosa, com notas explicativas e informações sobre os autores.

Na prosa que compõe aquela Antologia sobressaem-se as crônicas regionais, cujos assuntos têm fundo histórico, político, filosófico e humorístico, versando sobre assuntos do cotidiano como, as chuvas, o tédio e a solidão; sobre as “picuinhas politiqueiras”, desagravos disfarçados no jogo da ficção, sátira aos mandatários, aos coronéis de barranco, e outros tópicos, sempre em relação ao homem e ao espaço onde as crônicas foram escritas ou transcritas.

No decorrer dos anos, a prosa de cunho literário, que ocupou grande espaço nas páginas da imprensa acreana no início do século XX, cedeu lugar ao texto mais tipicamente jornalístico, como notas sobre: falecimentos; nascimentos; chegada ou partida de pessoas queridas, publicação de Balanço de firmas, etc. As crônicas humorísticas quase desapareceram; os anúncios de produtos importados cederam lugar aos de origem nacional; os eventos culturais, representações teatrais, concertos e recitais foram substituídos pelas de gincanas cívicas e atividades esportivas promovidas por pessoas do local.

A literatura, como arte mimética, imita pela palavra e recria a realidade conforme a concepção do espírito do artista, assim já a definiam os gregos, para quem a imitação não é mera cópia, mas a apropriação dos dados da realidade para a elaboração das abstrações que o indivíduo concretiza na forma de texto. Coutinho (1968) considera literatura como “um sistema vivo de obras agindo uma sobre outras e sobre os leitores, viva na medida em que estes a vivem, decifrando-a, aceitando-a ou deformando-a”. Assim, ampliam-se as possibilidades de temas a serem explorados no texto literário, mesmo que por questões didáticas estes sejam classificados em duas grandes linhas temáticas: universal e regional.

É também do autor a definição da temática universal como aquela em que predomina a linha introspectiva ou psicológica, que trata de "problemas de conduta, drama de consciência, indagações e motivações em busca de uma visão da personalidade e da vida humana.” Quanto à segunda, a temática regional, é definida como “uma arte que se vincula ao contexto histórico, geográfico e social, retratando a realidade em suas minúcias”. Para o autor, a obra regionalista dá primazia aos assuntos relacionados à terra e ao homem na luta pela sobrevivência, focaliza o pitoresco e as peculiaridades de cada região.

A Literatura também é definida como a expressão da sociedade, dos grupos que a compõem, de seus valores, aspirações e reflexões. Dessa ótica, o texto de opinião será também literário, uma vez extrapolada a objetividade característica do texto de informação imediata. Mas partimos da preceptiva de que a informação jornalística acaba onde começa a literatura de sugestão. O jornalista pauta-se na pesquisa sobre a realidade concreta, prima pela linguagem objetiva, numa perspectiva de consumo rápido, e privilegia os conteúdos que exigem a mínima variedade formal.

Ainda que, conforme Reis (1997, 19-40) as fronteiras entre o literário e o não literário estejam cada vez mais tênues pela integração entre cultura e literatura. E esse processo tem sido observado ao longo da história quando autores que versam sobre cultura são inseridos no rol dos propriamente literários.

Dos textos de cunho literário, publicados em jornais, a crônica moderna, híbrida e transitória, é o texto que, pela própria origem da palavra do grego Krónos (tempo), acompanha a sucessão dos episódios diários, agora captados pela “lente” do observador que depura os fatos com sensibilidade artística, conferindo ao texto efeito estético no modo como re-cria a realidade pela reordenação de signos polivalentes. É nessa instância que a crônica torna-se perene, sobrevive à efemeridade do texto jornalístico e passa a integrar os compêndios das obras imperecíveis.

Segundo Moisés, (1998) , a crônica, como um gênero intermediário “tenderá ou para o lirismo ou para conto, que traduzem ou a elevada subjetividade na transposição do acontecimento, ou a sua dramatização, que confere ao cronista um papel de espectador. Em ambas as situações, para que a crônica ganhe foros estéticos, há de prevalecer o poder de recriação da realidade sobre o de mera transcrição”.

O autor argumenta que “fora daí, a crônica vai envelhecendo à medida que o evento determinante se distancia no tempo, tragado por outras ocorrências igualmente rumorosas e passíveis de gerar equivalentes crônicas.” No entanto, como os gêneros literários evoluíram, a crônica também evoluiu através do tempo e adquiriu novos traços, o que possibilitou o surgimento de novas tipologias. (Wellek e Warren, 1971).

As crônicas são textos que possibilitam leituras plurissignificativas pela linguagem figurada e pelo uso equilibrado de metafóras sugestivas. Nelas, a descrição subjetiva, a adjetivação intencional expressa o juízo pessoal, no sentido de valorar ou de depreciar certas personalidades de destaque do passado ou contemporâneas à escrita do texto. Nas crônicas modernas são freqüentes o uso de chavões, de ditos populares e expressões coloquiais com um toque de humor. Mas o humor não é gratuito. Muitas vezes depura a alma do homem, induz o leitor a uma nova maneira de encarar o assunto que provocou o riso e a refletir sobre o seu estar no mundo (Bergson, 1940, 100).

Como um gênero misto, às vezes, adquire tom poético, ou aproxima-se do artigo e do ensaio. Em síntese, é um meio-termo entre a Literatura e o jornalismo. (Tavares, H., 1996, 123). Este mantém estreita relação com a Literatura, uma vez que ambos refletem as diferentes concepções de vida, existentes em um povo. Além de informar, influir e transformar a mentalidades, os jornais constituem-se em acervos plenos de material para a linha de pesquisa Memória e Literatura Cultural.

A Professora Alice Campos Moreira reconhece a importância de se “preservar, recuperar e editar textos fundamentais para desenvolver conhecimentos históricos, teóricos e críticos. (...) a função que desempenham na preservação da memória daqueles periódicos que tiveram e têm papel destacado no desenvolvimento da literatura brasileira.

Nos últimos 10 (dez) anos, os professores pesquisadores têm encontrado nos jornais uma fonte a mais para os estudos culturais. A Professora Drª Ivia Alves , afirma: “por experiência própria, constatei que só se pode resgatar as idéias veiculadas no lugar acompanhando os jornais e revistas específicas. E elas são inúmeras.”

A pesquisadora Carla Patrícia Santana reitera o posicionamento da Professora Ivia. Segundo ela, os textos recuperados de periódicos “permitem discutir as idéias de um intelectual, que não se ateve apenas à literatura mas também à educação e à implementação de uma Universidade pública.(...) é uma maneira de “cuidar da memória” dos que se foram e que contribuíram na construção da nossa história coletiva, neste caso específico, da nossa história literária e cultural.

O Professor Rildo Cosson , objetivando explicitar a inserção do Projeto Literatura, Jornal e Cultura: Autores Pelotenses – 1851/1889, no âmbito dos estudos de história literária, define os princípios que norteam as pesquisas que visam a recuperação de textos em periódicos. O professor prioriza três aspectos para o que ele denomina “petição de princípios”:

1- O passado como memória - (...) o papel da memória nas reivindicações de grupos ou setores das sociedades globalizadas pelo reconhecimento de suas especificidades; 2- Do cânone ao banco de dados: a pesquisa da memória – (...). A certeza de que a memória cultural precisa de documentos para se sustentar leva o ímpeto revisionista a ser substituído ou complementado por uma preocupação preservacionista; 3. Uma alternativa para a leitura da memória cultural: o polissistema literário – (...) ampliar seu horizonte para além das questões envolvendo o cânone, mesmo que esse resgate não deixe de revelar como formamos nossa memória, o que esquecemos, o que apagamos, o que inventamos.

Os resultados alcançados nas pesquisas já realizadas em Literatura e memória cultural nos permitem enveredar mais por esse trilho e resgatar, através das crônicas, publicadas ou não em periódicos, aspectos culturais da vida do acreano até então não contemplados na literatura disponibilizada aos estudantes e a outros leitores. Sabemos que tanto é possível como é urgente o estudo das produções literárias do Acre para que sejam integradas aos compêndios culturais, de natureza estética, histórica e/ou didática. É preciso garantir o diálogo permanente entre o passado, comunicado pelo escritor, e o presente cada vez que o leitor recepcionar o registro escrito, possibilitando, desse modo, a preservação da memória e o reconhecimento da identidade regional, pela linguagem e pelos valores nela sugeridos.

A escrita de uma região tem como foco principal os temas, ali tratados, muito mais pela natureza dos temas do que pela natureza do gênero, sem relegá-lo ao descaso, uma vez que é através dele, enquanto forma, que o tema é exposto e possibilita a interação entre o “desbravador” do texto e o universo desvendado. Nesse sentido, o escritor acreano Jorge Tufic (1892), em sua série de Ensaios sobre a Literatura Amazonense, defende que: “uma pesquisa desse gênero, levada a efeito (...)dará aos estudiosos e produtores de literatura, recursos inéditos de linguagem, os quais, aliados à temática, poderão conferir existência verdadeiramente regional aos textos de sua autoria”.

E como bem diz de Márcio Souza (1994), “a História da Amazônia precisa ser escrita o mais urgentemente possível, e por autor ou autores da região.” Embora não seja esse o nosso objetivo, entendemos ser tarefa do estudioso buscar a compreensão sobre como se deu a percepção e a condensação, através da escrita, de um dado momento na história de um povo.

No que se refere à atividade jornalística no Acre, esta teve início paralelamente à formação da sociedade e foi sustentada pela economia do extrativismo gumífero. Calixto, et al (1985, 166) observam que “no caso do Acre, jornais surgiram mesmo antes de esta região ser incorporada ao Brasil, com o “El-Acre” (1901-1902), cujo papel era divulgar o pensamento do governo e dos capitalistas bolivianos. Os autores confirmam a presença de homens letrados na região. Porém, as razões que os moviam ao jornalismo eram alheias aos interesses da maior parte da população.

Mas a crônica tem sua presença marcada antes mesmo do surgimento da imprensa na região,como um registro de acontecimentos em ordem linear, foi a forma de documentação mais usada pelos primeiros exploradores da Amazônia, que dotados de veia poética imprimiram uma visão subjetiva aos relatos de viagens. Assim, o documento dos fatos assumiu outras facetas do gênero como a fusão entre a realidade e a fantasia.

Quanto aos cronistas, aventureiros e cientistas, Márcio Souza (1994) afirma que muitos desses identificaram-se com a região. O autor cita alguns exemplos, como: “o Bispo João de São José Queiroz deplorou o estado em que os povos indígenas se encontravam em 1761; (...) Charles Frederick Hartt (1840-1878) escreveu uma síntese etnográfica da Amazônia; (...) Euclides da Cunha (1866-1909), escreveu um dos mais contundentes textos de denúncia da terrível exploração a que eram submetidos os seringueiros”.

As crônicas dos jornais impressos, diferente dos relatos dos primeiros viajantes, têm outra conotação: serviram como veículos para o extravasamento da frustração daqueles que investiram na independência do Acre. Em Xapuri , as crônicas humorísticas tiveram seu ponto alto. Através delas, podemos perceber a presença de grupos dominantes, ideologicamente opostos, e separados pela diferença cultural. Há crônicas em que os escritores satirizam os “Coronéis-de-Barranco”, empedernidos pelo poder do “ouro negro” (a borracha). Dessa fase, a série “Riscados” de Zé do Barranco, o humor é feito sobre os seringalistas, sem instrução, expostos a gafes, viajando de primeira classe nos navios da Iloyd: “... reclamavam de tudo porque tudo pagavam com seu dinheiro. Supunham que isso era chic e constituía um aprova de civilidade...” (O Acre 1913, p.2)

Em outras, como as da série “Fitas”, assinada por de K. Listo, no jornal Alto Acre (1913-14), as questões municipais, a inconstitucionalidade das Intendências nomeadas no Acre, os impostos, a administração pública e a relação entre os seringueiros e seus representantes são tratados com boa dose de ironia e humor. Na série, publicada também pelo jornal Alto Acre (1913-14), entitulada “Nossos Antigos Bons, Burros e Bravos” de J. Brígido, escritor da Academia Cearense de Letras, o autor satiriza os “Coronéis-do-Sertão”, ricos, poderosos, ignorantes e esbanjadores, podendo-se estabelecer um paralelo entre eles e os “Coronéis-de-Barranco” do Acre.
Surgem então questionamentos quanto às razões da sátira. Seria a frustração com a política local ou com fato dos intelectuais da imprensa estar subordinados, por motivos econômicos, àqueles homens rudes, mas que exerciam poder sobre os homens das letras? Por que então satirizavam os “coronéis”mantenedores dos jornais?
Outras indagações dizem respeito à natureza das crônicas: São históricas? Folclóricas? Reflexivas? Lúdicas? Expressam os valores, as crenças e os costumes do acreano de forma a desvendar-lhe a identidade cultural? Mantêm relação com o contexto local, de modo a possibilitar o resgate e da memória cultural?
Que temas predominam e que fatores determinam a recorrência de alguns deles nos textos em estudo? A linguagem é acessível, representa o falar regional ou restringe-se a um grupo intelectualizado?

Ainda: Qual a contribuição do escritor/jornalista para a cultura local? Quem eram / Quem são? De onde vieram / Que influências receberam?

Essas são questões que somente uma pesquisa criteriosa poderá responder. E é pouco provável que em apenas dois anos de mestrado cheguemos a elucidá-las.