Caros Leitores, desde a sua criação o Blog Xapuri News, o intuito sempre foi de ser mais um espaço democrático de noticias e variedades, diretamente da Princesinha do Acre - Terras de Chico Mendes - para o mundo, e passará momentaneamente a ser o instrumento de divulgação das Ações da Administração, Xapuri Nossa Terra, Nosso Orgulho, oque jamais implicará em mudança no estilo crítico das postagens.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Charge do dia

Frase do Dia!!!!

" UMA LINGUA AFIADA PODE CORTAR A PRÓPRIA GARGANTA!"
Autoria desconhecida

Realmente estou cansado

Um bom vinho, ganha sabor, aroma e qualidade com o tempo, assim também são as pessoas, com o tempo vem as experiências de vida a sabedoria de saber falar quando se é requerido, calar-se para aprender e o mais importante aprende a abster-se de comentários por achar que não vale a pena desgastar-se por algo que talvez não seja tão significativo quanto parece. Acho que estou ficando velho...

Durante esse meu ultimo recesso por motivos de saúde, tive bastante tempo para refletir sobre minha pessoa, e sinceramente descobri que cansei de ser a pedra da discórdia, estou deveras cansado de tentar fazer com que as pessoas vejam o que estão diante de seus olhos e por medo não querem enxergar, cansei de ser o do contra... pelo menos uma coisa eu sei como não sou político, não vivo da política e como não tenho pretensões políticas, deixarei de escrever sobre tal assunto.

Acredito que perdi a paixão, ou melhor perdi o tesão de estar analisando as questões políticas, sinceramente acredito que seja um bom negócio ser neutro... Completamente... Percebi que as pessoas em quem eu depositava ainda alguma esperança política se prostituiram, engoliram seus ideais e vão se refestelar-se no leito do “inimigo” nestas eleições vindouras. Acabei descobrindo que não tenho estômago para ouvir desculpas porque esse ou aquele lado é melhor, sinceramente não sei se progredi ou regredi...

Sempre fui muito politizado, porém nunca fui politiqueiro, fui ativista de movimento estudantil, na época que movimento estudantil era movimento de respeito, durante muito tempo fui filiado a um determinado partido, coisa que desde fevereiro de 2009 corrigi definitivamente desfiliando-me para ter independência de pensamento, minha opções políticas sempre foram muito bem colocadas, porque sempre deixei bem claro quem apoiava ou não, ou seja nunca fui “o cara em cima do muro”, mas derrepente, me questiono até onde isso valeu a pena...

Em conversas com amigos pude observar que o romantismo político não existe mais, a utopia do bem comum é algo nostálgico, o que prevalece é a singular pergunta – O que posso levar nessa? – Posso me beneficiar em que com essa opção? – Quanto eu levo? Acho verdadeiramente que cai do bonde... pude com tempo analisar as “opções” e quem está por trás de cada opção... Meu Deus...

Não sei de fato o que aconteceu, mas estou farto de discursos bobos, enfadonhos que sequer quem pronuncia acredita, estou farto de pessoas querendo aprender a ser Gestor ou Legislador às custas dos problemas alheios, estou farto de “políticos” que sequer sabem o que significa o termo política pra começar, dos costumeiros tapinhas nas costas, do jargão “temos que sentar para conversar” enfim, estou cansado do bicho chamado “político”.
Nesse pleito serei o cidadão acreano mais relax, apenas de camarote observando o combate na arena, serei um mero expectador e à distância. Minhas convicções permanecem inalteradas, porém minhas posturas mudaram da água para o vinho e diga-se de passagem um vinho de excelente safra.

Deixe as água rolarem, deixe as folhas caírem, a poeira levantar, a dança de cadeiras acontecer, os discursos acontecerem, os políticos duelar, os eleitores se iludirem e o dinheiro comandar, mas não me peçam para compreender a hipocrisia politiqueira dessa patota que insiste no Poder mamar...

O ACRE POR UM CAVALO BRANCO

Estive durante o final de semana, debruçado em informações acerca da história do meu querido Acre, encontrei material bastante interessante em livros que sequer sabia que possuía, na internet pescando aqui e ali acabei encontrando material farto para me debruçar por alguns dias em leitura intensa, entre estes materiais encontrei no blog do Altino - http://altino.blogspot.com/2006/05/o-acre-por-um-cavalo-branco.html - um tópico escrito pelo historiador Marcos Vinícius Neves, que retrata a velha história do Acre por um Cavalo Branco, história esta que passo a transcreve-la.
“É normal para os brasileiros, que estudam ou trabalham na Bolívia, ouvirem uma estranha história de que o Acre foi trocado com o Brasil por um cavalo branco. É uma história estranha porque aqui, no Brasil, não conhecemos essa história, mas basta conversar um pouco com os bolivianos pra descobrir de onde surgiu isso.
Dizem os bolivianos que, infelizmente para eles, tiveram durante um período de sua história um presidente louco chamado Mariano Melgarejo. Coube a esse Presidente, ridicularizado por seu próprio povo, negociar com o Brasil a questão de limites entre os dois países no período da Guerra do Paraguai.

Isso era importante para o Brasil porque interessava ao governo brasileiro neutralizar qualquer possibilidade da Bolívia se unir ao Paraguai na guerra que estava sendo travada entre esse país e a coalizão formada por Brasil, Argentina e Uruguai. Por isso, sob pressão, o governo brasileiro se propôs a rever o Tratado de Madri (1750), que até então definia a fronteira entre o Brasil e a Bolívia.Entretanto, o consul brasileiro na Bolívia, Regino Correa, conhecendo a paixão do presidente Melgarejo por cavalos, antes mesmo de iniciar as negociações, o condecorou com uma medalha e lhe deu de presente um casal de lindos cavalos brancos de raça.
Contam que o Presidente boliviano ficou tão feliz com o presente recebido que na hora da negociação deu de presente para o Brasil dois dedos de terra marcados no mapa, uma vez que se tratava de terras despovoadas. Com isso, a linha divisória, que a partir de 1750 era reta, passou a ser oblíqua, dando origem à linha imaginária conhecida hoje como Linha Cunha Gomes. Entretanto, essas terras ao norte da linha oblíqua Cunha Gomes, não pertencem ao Acre, mas hoje fazem parte do território do Estado do Amazonas.

Sendo que as terras ao sul da linha Cunha Gomes foram conquistadas pela luta dos brasileiros do Acre durante a Revolução Acreana e legalmente anexadas ao Brasil através do Tratado de Petrópolis (1903), assinado com a Bolívia, e do Tratado do Rio de Janeiro (1909), assinado com o Peru."

Floresta Digital

Estou testando a rede Wirelles do Governo do Estado disponibilizado através da OCA – Organização em Centros de Atendimento, denominada Floresta Digital e sinceramente estou até o momento aprovando sem ressalvas. Consegui por incrível que pareça na saída da Cidade sentido entroncamento pegar o sinal da rede com qualidade singular.

Como sempre faço elogio o que se é bom e sinceramente o sinal está com uma qualidade singular, devo também salientar do significado que representa tal facilidade de cobertura digital gratuita para a questão da inclusão digital para a comunidade xapuriense, já que os planos da internet paga convenhamos que é “salgado” para a maioria das pessoas.

Parabéns aos técnicos responsáveis e que a qualidade demonstrada neste inicio de atividades seja o símbolo continuo para o prosseguimento do projeto.

Maiores informações poderão serem obtidas no enderço http://www.florestadigital.acre.gov.br/

Fernando Mendes em Xapuri

Está marcado para o dia 29 de maio o show musical com Fernando Mendes e Banda no Ginásio coberto, que pela segunda vez agitará o coração dos apaixonados de Xapuri, segundo os organizadores espera-se um grande público, já que o estilo musical do cantor agrada gregos e troianos o que gera bastante expectativa.
É preparar o coração e levar a tiracolo o “amor” e bailar ao som de canções que assim como Amado Batista e Roberto Carlos faz o cotovelo doer um pouquinho a mais....

Quem é Fernando Mendes?
Com a música “Cadeira de Rodas”, gravada em 1975, Fernando Mendes atingiu o ápice de sua carreira. A canção que fazia parte de seu terceiro LP vendeu mais de 250 mil cópias e lhe rendeu diversos prêmios, entre eles discos de ouro.
Mineiro de Conselheiro Pena, Luiz Fernando Mendes Ferreira, seu nome de batismo, apresentou-se pela primeira vez na televisão no programa do Chacrinha, logo após gravar ‘A desconhecida’, música que estava presente num compacto simples, lançado em1972. A partir daí sua carreira deslanchou. O cantor e compositor passou a figurar nas paradas e fez sucesso em outros países. Em seu primeiro LP, gravou ‘Recordações’ e num compacto-duplo, ‘Caminho incerto’.

Em 74, o artista repetia o êxito com ‘Ontem, hoje, amanhã’, e dois anos depois, com ‘A menina da calçada’ e ‘Sorte tem quem acredita nela’, tema da novela ‘Duas Vidas’. Fernando Mendes gravou também músicas de outros artistas consagrados como Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Vinicius de Morais e Eduardo.
No ano de 78, o sexto LP contou com a participação especial de Luiz Gonzaga em ‘Baiao collection’. Um ano mais tarde, recebeu os prêmios Villa Lobos e da ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos) pela composição ‘Você não me ensinou a te esquecer’, que impulsionou as vendas d0 LP de mesmo nome, tornando-se o mais vendido naquele ano.

Ao todo, Fernando Mendes lançou mais de 25 LPs, sendo seis coletâneas, cerca de 20 CDs e um DVD.

O HOMEM ABSURDO de Albert Camus

FONTE: Blog Alma Acreana: http://almaacreana.blogspot.com/2009/11/o-homem-absurdo-de-albert-camus.html
Albert Camus (1913-1960) foi um homem de muitas faces: foi jornalista, romancista, dedicou-se ao teatro, foi militante político e polemista. Sua vida e sua obra entrelaçam-se de uma maneira fecunda e criativa. São seus sentimentos que impulsionam sua obra, seu sentir frente a um mundo que lhe era estranho, absurdo, mas também fraternal e cheio de sol. É um mundo do absurdo, num primeiro momento, e da revolta num segundo. Ele não é um filósofo preocupado com definições nem com o rigor conceitual, mas com o simples, cotidianos e profundos problemas da existência.

É em O Mito de Sísifo que o tema do absurdo aparece em toda a sua plenitude no pensamento filosófico de Camus. Agora ele problematizará filosoficamente a vida e refletirá sobre ela. O livro começa colocando o único problema fundamental e, verdadeiramente, sério: o suicídio, isto é, julgar se a vida merece ou não ser vivida. Não tem importância maior saber se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias. Tudo é secundário.

O homem se sente estranho porque vê-se privado de repente das ilusões e das luzes. É o encontro do exílio, fuga sem conforto e solução, pois, não se tem esperança de se encontrar a tão querida e desejada terra prometida. O sentimento de absurdo consiste, pois, na afirmação do divórcio entre o homem e sua vida, entre o ator e sua decoração. Camus considera que todos os homens sadios pensam no suicídio. Conclui, daí, que há uma ligação direta, lógica entre esse sentimento e a aspiração ao vácuo, isto é, ao nada.

A revelação da morte tem algo de violento e nos transforma. Chega um dia em que nos damos conta de que o homem morre e de que morremos. Uma vez atingida esta verdade, seremos para sempre sua presa. É pela morte que nossa sensibilidade chega ao absurdo. Só depois de termos sidos atingidos de perto, a grande verdade terá significação e não mais se deixará levar ao desprezo. Ela é o nosso acesso à sensibilidade.

A verdadeira expressão camusiana é que os homens não são felizes porque morrem. O fato da morte é repugnante à sensibilidade. Por mais que façamos, a morte não pode ser enfeitada. Será sempre “uma aventura horrível e imunda”. A imagem da “aventura imunda” é uma barreira para que sonhemos uma eternidade. O absurdo sensível não é esta constatação da brutalidade de um termo. Mas é a constatação violando o meu desejo de vida.
A atitude essencial do homem absurdo será a lucidez, isto é, uma consciência que não se quer negar. Por isso, o homem absurdo não foge à luta, não despreza a razão. Acha que reúne todos os elementos, os dados da experiência. Contudo, não está disposto a saltar antes de saber. É resultante de sua lucidez, daí não haver lugar para esperanças. Os homens que acreditam na esperança, para Camus, vivem mal neste mundo.

Na última parte do livro Camus fala do antigo mito grego de Sísifo que tinha sido condenado a empurrar sem descanso um rochedo até o cume de uma montanha, de onde ela caía de novo, em conseqüência de seu peso. Para Camus, Sísifo é o herói absurdo, pelas suas paixões bem como pelo seu tormento. O tormento dele é o preço que é necessário pagar pelas paixões desta terra. Camus nos diz que seu desprezo pelos deuses, o seu ódio à morte e a paixão pela vida valeram-lhe esse suplício indizível em que seu ser se emprega em nada terminar.
Sísifo sobe e desce infinitamente, sem nenhuma esperança que isso termine. Camus faz da situação de Sísifo uma analogia com a situação de milhares de operários que devem recomeçar seu trabalho cada dia. Mas Sísifo é lúcido e, embora imponente e revoltado, conhece toda a extensão da sua miserável condição. É essa condição que Sísifo pensa durante a sua descida, pois, para Camus, a clarividência que devia fazer o seu tormento consome ao mesmo tempo também a sua vitória. Camus nos diz que não há destino que não se transcenda pelo desprezo. Ele conclui afirmando que há só um mundo e que a felicidade e o absurdo são dois filhos da mesma terra, são inseparáveis.
Sísifo faz do destino uma questão do homem, que deve ser tratado entre homens, e ali é que Sísifo encontra sua silenciosa alegria. Seu destino pertence-lhe e é um destino único e pessoal, pois não há destinos superiores. Isto faz com que Sísifo sinta-se senhor de seus dias.

De acordo com Guimarães, o Mito de Sísifo é de fato uma análise da sensibilidade absurda, uma análise racional, que procurar tirar as conseqüências. O absurdo é um ponto de partida e não um estado. Transformar um sentimento em estado é negar qualquer saída e concordar com o que oprime. Fazer do absurdo uma regra é viver no desespero. Camus anota em O Mito de Sísifo várias possibilidades do surgimento do absurdo, sempre em situações corriqueiras, onde é apenas decisivo o exame da inteligência.

A consciência da rotina, seguida da indagação do sentido, leva-nos para a sensibilidade absurda. A inteligência dá-se conta de que a existência faz-se no tempo. Compreende a tragédia de jogarmo-nos, constantemente, no futuro. A cada momento aproxima-nos mais do termo e, não querendo o fim, queremos o futuro. O absurdo é a constatação de que o mundo se nos escapa. O absurdo não é nem o mundo nem a Inteligência, mas a relação entre a inteligência e o mundo.
A fidelidade do raciocínio à evidência que o despertou exige a manutenção do absurdo. O salto filosófico é uma empresa condenada. Esta é a lógica que reina no absurdo. A fidelidade ao absurdo é aqui uma fidelidade ao homem. O que obtemos com o salto, aquela certeza de ordem religiosa, ultrapassa a dimensão humana. O homem absurdo quer viver lucidamente. E a lucidez mostra uma realidade que nos rejeita. Rejeitados, talvez seja nossa tarefa rejeitar.

Num mundo sem sentido, permanece a exigência humana de sentido. Nada pode ser feito para satisfazê-la. Sou obrigado a manter o caos reinante, mas este caos, este inferno, é meu lugar. Assim me imponho frente a uma realidade que me contraria e frente a qual sou impotente. O confronto do homem com a realidade é favorável ao homem. Ele é o grande inocente.

O homem absurdo tem que viver. Viverá sem apelo, sem esperança. Outra vez não anulará o problema. A tentação seria a negação da consciência: o suicídio. Porém, um absurdo que nasceu da consciência tem que viver como verdade, logo, viver na consciência. A resposta absurda é viver. Viver é então convertido em revolta. A revolta é a manutenção dos dois elementos da questão: considera o real e mantém a consciência. Viver mantendo os dois elementos da oposição é viver a própria oposição. Negando-lhe o que lhe nega, ele se afirma e se faz superior, pois a consciência dá grandeza à revolta.

Sísifo é fiel à sua tarefa absurda. Mas sua fidelidade é consciente e, consciente, faz-se superior aos deuses que o condenaram. Sem esperanças, sem verdades absolutas, sem Deus, o homem é livre. Porém, o homem absurdo se sabe condenado ao que não dura. Aceitando o relativo, aceita a possibilidade. Sua liberdade é disponibilidade, é abertura. A liberdade absoluta será sua criação. Nada se impõe, pois ser livre é criar e examinar todas as soluções.
Por fim, desligado de valores absolutos não será possível procurar viver melhor, mas, unicamente, viver mais. Só o finito da condição pode nos levar a esta paixão. Só a morte justifica o amor intenso pela vida. Viver mais é viver conscientemente. A lucidez faz-nos sentir a vida. Só a consciência conta. Retirados todos os valores, a lucidez é o único valor. Se o absurdo acentua a experiência quantitativa, tal experiência terá que ser qualitativa, consciente, para ser válida. Estão aí as três conseqüências do absurdo: revolta, liberdade e paixão. Três afirmações da vida.

REFERÊNCIAS
CAMUS, Albert. O Mito de Sísifo. Tradução de Ari Roitman e Paulina Watch. Rio de Janeiro: Editora Record, 2007.
GUIMARÃES, Carlos Eduardo. As dimensões do homem: mundo, absurdo, revolta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971.
GUTIÉRREZ, Jorge Luis. A revolta do homem absurdo. Revista Ciência & Vida (Filosofia). São Paulo, no. 21, ano II, p. 22-33, 2008.
LEITE, Roberto de Paula. Albert Camus: notas e estudo crítico. São Paulo: Editora Edaglit, 1963.