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quinta-feira, 24 de março de 2011

Imagem do dia.

Livro conta trajetória do ambientalista Paulo Nogueira Neto


Na próxima quarta-feira (30/3), a partir das 19h, acontece o lançamento do livro Diário de Paulo Nogueira Neto - Uma Trajetória Ambientalista. O evento será no restaurante Dom Francisco, no Piso Lazer do shopping Pátio Brasil, em Brasília (DF). Parte da verba arrecadada durante o lançamento será revertida à entidade Ação Social e Ambiental São Quirino de Xapuri (Acre).

Paulo Nogueira Neto nasceu em 1922, em São Paulo. É naturalista e professor universitário. Foi organizador e dirigiu a Secretaria Especial do Meio Ambiente, exercendo o cargo por 12 anos (1974 a 1986), vindo a se tornar o primeiro ministro do Meio Ambiente. O autor é também membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e da Academia Paulista de Letras, tendo publicado as diversas obras.
por Ascom/MMA

OTHELO: CRÍTICA SOBRE A CRÍTICA

Meu amigo desde épocas da 5ª série do Colégio Divina Providência  e xapuriense de boa cepa Elenckey Pimentel, que na época de segundo grau já gostava de que lhe chamasse pelo sobrenome de Spielberg, escreveu uma crítica muito boa sobre a montagem da peça Othelo de Willian shakespeare no Acre e é claro que como filho da terra resolvi republicar a devida autorização do amigo neste espaço. conhecimento de causa o mesmo tem de sobra, portanto aos amantes do teatro e de uma boa leitura vale apena dar uma lida.

Othelo, O Mouro de Veneza é uma das grandes obras, do grande dramaturgo inglês William Shakespeare; onde e como quer que seja montada nos remete sempre a uma reflexão sobre o quão humanos somos, independentemente do lugar que ocupemos no mundo. E, o que mais me fascina: Iago, um vilão como poucos. Aprendi a entender e a admirar Shakespeare nas aulas de Literatura Inglesa do Curso de Letras da UFAC, e, desde então, não deixei mais de lê-lo, de vê-lo em cena, de ler sobre tudo o que se fala e se falou dele. Shakespeare é fantástico! Sei o quão difícil é alcançar a profundidade das personagens, ambientar a história numa época diferente da nossa, entender certas nuances do texto, o porquê do dramaturgo usar determinado vocabulário e expressões, etc.

Por isso, resolvi escrever sobre o que se tem falado dessa montagem de Othelo aqui em Rio Branco. Os comentários vários, dos mais disparatados possíveis, que se tem feito são vergonhosos, a meu ver. Não concordo com nenhum deles. Comentários de pessoas que nem se dignaram a ir ver a peça e já falaram mal, criticaram uma atuação que sequer viram e que sequer seriam capazes de fazer melhor, ignoraram uma montagem por achar que já viram a melhor montagem do mundo em outro lugar, e sequer sabem da proposta da direção.

Sinceramente, a montagem desta peça, na íntegra, sob a direção de Adriana Santelli (e seu elenco) é para poucos. Poucos conseguem passar as três horas que o espetáculo exige assistindo a uma história de amor, intrigas e ciúmes com a mesma disposição de espírito que se tem em espetáculos de uma hora apenas (que é aquilo a que estamos habituados), poucos conseguem se embriagar com as palavras que Shakespeare pôs na boca daquelas personagens. Poucos. Menos ainda os críticos de algo que nunca viram, que não fazem teatro ou os que fazem coisas muito superficiais e pensam ter feito o melhor.

Avante audaciosa montagem. Mostre ao Acre que Shakespeare é realmente universal, pelo menos para os sensíveis ao teatro.

Elenckey Spielberg

Prestando Contas

Thiago Fernandes – O Rio Branco net
A Polícia Civil de Xapuri prendeu em flagrante delito, neste final de semana, a pessoa de Gilson Daniel Mateus de Souza, de 29 anos de idade, o qual trazia da Bolívia a quantidade de 0,300 kg (trezentos gramas) de cocaína, que estavam escondidos em sua motocicleta.

Gilson responderá pelo crime de tráfico internacional de drogas, previsto no Art. 33 c/c Art. 40, I da Lei nº11.343/06, podendo ser condenado a uma pena de reclusão de 5 a 15 anos, aumentada de um sexto a dois terços, em razão da transnacionalidade do entorpecente.

Relevante destacar que a Polícia Civil de Xapuri tem trabalhado, em conjunto com a Polícia Militar, no combate à criminalidade na cidade, com o foco especial no tráfico de drogas. Apenas no mês de março, já foram fechadas duas "bocas de fumo" na cidade, onde seis pessoas foram encaminhadas ao Presídio de Rio Branco.

Ângela Maria Soares da Silva foi presa pela Polícia Militar em sua residência, no Bairro Pantanal, local que tinha uma grande movimentação no tráfico de drogas. Ângela aliciava menores para a venda de drogas. No momento de sua prisão, também foi apreendido um menor de 14 anos de idade, que "trabalhava" para era, e também foram encaminhados à Delegacia mais um menor e dois maiores, todos usuários de drogas. Fato curioso é que Ângela possui apenas 29 anos de idade, e já tem seis filhos, e ainda está grávida de sete meses. Ângela irá responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, e aliciamento de menores para o tráfico, podendo pegar uma pena de até 29 anos de reclusão.

Também foram presos pela Polícia Civil de Xapuri, na semana do carnaval, Veríssimo da Silva de Oliveira, Edirlan da Silva Rodrigues, e Fábio Júnior Rodrigues da Silva. Veríssimo comandava uma famosa "boca de fumo" chamada por "Baixada da Mangueira", localizada no Bairro Laranjal. No momento da abordagem Policial, seis pessoas foram encontradas dentro da residência , entre traficantes e usuários. Fábio Júnior "trabalhava" como olheiro do tráfico, que era o responsável por avisar os traficantes no momento em que a Polícia se aproximava. Veríssimo e Edirlan foram indiciados pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, e Fábio Júnior irá responder pelo crime específico de "informante para o tráfico", todos previstos na lei nº11.343/06.

Ainda, cabe destacar que as Polícia Civil e Militar de Xapuri tem se preocupado não apenas em fechar os pontos de vendas de drogas na cidade, mas também de fiscalizar para que outras pessoas não dêem continuidade na venda do entorpecente naquele mesmo local, fato comum no mundo do tráfico.

Aldo acata projeto de Perpétua


Proposta converte valores em serviços ambientais e impede inviabilização da vida no campo. E já baseia decreto presidencial que perdoa infrações aplicadas aos agricultores que habitam reservas florestais. Relator, deputado Aldo Rebelo, concorda que as multas são "expropriatórias e exorbitantes".

Fonte: Site Deputada Perpétua Almeida
O deputado federal Aldo Rebelo, relator da proposta de mudanças no Código Florestal Brasileiro, decidiu adotar o projeto da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) que anistia todas as multas aplicadas aos produtores da agricultura familiar na Amazônia. A proposta, que deve virar lei, garante, pela primeira vez, que ribeirinhos, colonos e seringueiros tenham direito a recursos, crédito e educação ambiental, e põe fim a uma das notas mais tristes da agricultura no país: a de que 85% dos produtores mais pobres estariam na ilegalidade porque não conseguem pagar as "absurdas" multas que os órgãos ambientais lhe impõe, ao mesmo tempo em que reclamam da falta de apoio do poder público.
 
Os argumentos da parlamentar acreana, de que as multas são "expropriatórias e exorbitantes", estão sendo acatados por Aldo, para quem "qualquer alteração na lei vigente deve seguir critérios que atendam, em primeiro lugar, ao pequeno produtor".

Decreto veio primeiro
O ex-presidente Lula já havia incorporado as justificativas do projeto da deputada quando baixou o decreto 7.029, que criou, em dezembro de 2009, o Programa Mais Ambiente, anistiando o valor principal das infrações, por um período de 10 anos, perdoando inclusive os juros, correções monetárias e todos os acréscimos gerados."Lamento, e denunciei no Congresso Nacional, que o decreto do presidente Lula sequer tenha sido respeitado pelo Ministerio do Meio Ambiente ou Ibama. É como se o decreto não existisse. A minha esperança agora é o relatório do Código Florestal", reclamou a deputada.

Comunidade ouvida
A deputada lembra que a proposta central do seu projeto foi construída a partir de um consenso com os sindicatos rurais do Acre, a fim de evitar a inviabilização das lavouras e o sustento das famílias. Após exaustivas reuniões com sindicalistas e comunidades rurais de Xapuri, Feijó, Transacreana, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Assis Brasil, Sena Madureira, Brasiléia entre outros (e ouvindo a situação em vários estados do Norte), a deputada constatou que cerca de 80% das multas apresentam valores superiores ao que valem os patrimônios das famílias (colônias).

Perpétua reproduz o entendimento do próprio governo, segundo o qual "a perda de recursos com a suspensão das multas não é uma preocupação para o Ministério do Meio Ambiente. Aliás, a política ambiental é para recuperar biomas e não caça-níqueis".

Novos critérios
O gabinete da deputada em Brasília faz estudos para propor mudanças no cálculo das multas aplicadas ao pequeno agricultor, especialmente. A idéia é confrontar as infrações emitidas, por exemplo, pela Receita Federal e o Detran. É que estes órgãos nunca apresentam cifras do tamanho dos bens do cidadão.

Constrangimento
Há ainda casos "desumanos" relatados à deputada envolvendo duas famílias rurais acreanas "açoitadas" pelos órgãos fiscalizadores. Um assentado da Reserva Chico Mendes cometeu suicídio dias atrás por não ter condições de pagar as multas. Noutro episódio, uma produtora de Xapuri, que esteve em Rio Branco, mês passado, durante a audiência pública para debater o Código Florestal, pôs a pequena colônia à venda. Segundo o Ibama, ela deve R$ 200 mil em multas. Alguns vereadores intervieram pessoalmente num "leilão" organizado por terceiros, e conseguiram evitar que houvesse lances e, consequentemente, que a mulher perdesse o seu imóvel, onde mora com os 9 filhos.

Absurdo
Em nove meses do ano passado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cruzeiro do Sul contabilizou a aplicação de 180 multas ambientais entre seus associados, cujos valores variam de 14 a 19 mil reais. Já o Simpasa, que possui 6 mil associados extrativistas, informa que 30% deles sofrem com multas que chegam a R$ 70 mil em alguns casos, enquanto a propriedade rural de algumas famílias não vale nem a metade desse valor.

Finalidade social
"O raciocínio é lógico. Ao invés de punir com multas, o poder público deve orientar, criar condições para o agricultor recuperar aquilo que ele só desmatou por que precisava sobreviver. Essas pessoas precisam ter direito a créditos lá na frente", explicou. "Diferente de outros centros, onde as indústrias impulsionam os indicadores econômicos mais otimistas, na Amazônia a produção rural é o principal meio de sobrevivência. Nossos pequenos agricultores e ribeirinhos não podem ser considerados criminosos. O direito à vida se sobrepõe aos demais. Queremos sim rigidez legal, mas para os depredadores da natureza, aos saqueadores da Amazônia e de sua biodiversidade. Aos colonos, defendemos prazos e condições de adaptação e apoio técnico do Estado Brasileiro para que possam viver dignamente", concluiu.