É em Cruzeiro do Sul onde a porca da Frente Popular do Acre torce o rabo. As suas principais lideranças no município tiraram o corpo fora da candidatura a prefeito. O vice-governador César Messias (PP) não quer nem ouvir falar nesta possibilidade. Seria exigir demais que abandonasse as mordomias do cargo para voltar a uma prefeitura cheia de problemas. E ademais o César é seguidor do ditado de que não se abandona um amigo no poder. Seja um novo amigo como o PT ou não. O deputado federal Gladson Cameli (PP), outro que teria uma certa possibilidade de entrar na disputa com chance também pulou fora do barco. Consta que seu pai Eládio Cameli lhe deu um puxão de orelha quando aventou a possibilidade. O tio Orleir Cameli é outro que teria ficado bravo, afinal o sobrinho serve para fazer junto com o primo César pressão política para conseguir obras para as suas empresas na rodovia 364. E se tem algo que o ex-governador adora é fazer obras públicas. Neste meio termo das discussões sobre o nome para prefeito de Cruzeiro pegaram o pobre do prefeito de Rodrigues Alves, Francisco Deda (PP), lhe deram toda corda, este transferiu seu título de eleitor para Cruzeiro do Sul certo que seria o candidato, mas os Camelis lhe deram uma rasteira. Há muito tempo os Camelis já vinham conversando com o empresário Zinho Santos (PP) para ser o candidato e o Deda comendo banha. Embora nem o Deda e nem o Zinho sejam bons candidatos, com densidade eleitoral, ainda assim o Deda com certeza teria mais votos do que o Zinho. As primeiras rodadas de pesquisas estão mostrando isso. Também quem manda o Deda acreditar em Papai Noel! O Zinho é conhecido em Cruzeiro do Sul como um empresário mal sucedido, que não conseguiu levar com sucesso os negócios do pai, que foi um abastado comerciante. Sem atributos políticos, uma pessoa que não tem trânsito no povão, que sempre viveu enfurnado na sua empresa, assim é o Zinho. O pior é que o vice-governador César Messias pegou o pobre coitado e lhe convenceu que é uma grande liderança e poderá ganhar a eleição. Nass pesquisas que eu vi sobre a eleição de Cruzeiro do Sul o Zinho puxa como diria o saudosos advogado João Aguiar, o rabagésimo lugar. Este é o quadro na FPA.
A oposição ao governo tem os candidatos favoritos a prefeito. O deputado federal Iderley Cordeiro (PPS) aparece liderando todas as consultas populares. Rompeu com o ex-deputado Wagner Sales (PMDB) . É que o Wagner espertamente tinha aceitado que fosse feita uma pesquisa de opinião pública para se saber qual a melhor das candidaturas. Aceitou quando só tinha o irmão do Iderley, o Irlândio Cordeiro, na lista. Ao tomar conhecimento que o Iderley Cordeiro seria também pesquisado pulou fora e rompeu o acordo. E agora cada um está para o seu lado. O Iderley fez uma série de promessas para se eleger, e muita gente reclama que não as cumpriu, principalmente em Cruzeiro do Sul. O Wagner Sales, ao contrário do que muita gente pensa, nunca teve excelente votação em Cruzeiro do Sul. Sua base eleitoral sempre foi o Alto Juruá, nos municípios de Taumaturgo e Porto Walter. Sua mulher foi bem votada em Cruzeiro nas últimas duas eleições, podem argumentar. Mas é bom lembrar que nas duas últimas campanhas foi vice de Flaviano Melo e de Marcio Bittar, e usou a estrutura destes candidatos para favorecer a mulher. Nada mais justo politicamente. Mas o que mais se ouve em Cruzeiro do Sul nas rodas da classe média é que Iderley Cordeiro e nem Wagner Sales seriam bons administradores.
Entra em cena a prefeita Zila Bezerra (PT) brigando pela reeleição. Os seus adversários dizem que ela não fez nada pela cidade, e que agora só começou a trabalhar devido as eleições. Ela argumenta que ao contrário, executou muitas obras só que não teve dinheiro para divulgação. Se foi isso ou não a sua imagem negativa se cristalizou. As últimas pesquisas indicam isso. Mas a Zila é uma guerreira. E como costuma dizer: “estou pintada para a guerra”. O problema é que a prefeita, e disso se queixam os que estão mais próximos dela, não tem o mínimo de organização política. Para se ter uma idéia, até para falar com ela, dizem os aliados, é a coisa mais difícil do mundo. Deu sorte de ter pegado de vice o ex-deputado federal João Tota, que tem inegável prestígio no município. Mas sem uma campanha organizada isso pode valer muito pouco. O amadorismo é um péssimo companheiro. A sua principal estratégia é falar quase sempre em suas emissoras que se mais obras não fez é porque existe uma perseguição do governo com Cruzeiro do Sul, e principalmente pelo fato dela não ser uma prefeita ligada à FPA, explorando desta maneira o bairrismo dos cruzeirenses. Também não poupa a bancada de deputados federais, aos quais costuma tratar como inimigos do povo cruzeirense. Se queixa de ser prefeita e deputado federal ao mesmo tempo. Isso é suficiente para reverter seu desgaste? O tempo dirá. Mas uma coisa é certa: se continuar fazendo uma campanha amadora, na base do improviso, sem uma boa articulação política, as suas chances de sucesso serão diminuídas. Mas a Zila é como Fenix, costuma ressurgir das cinzas. Com todos prós e contra não está fora do páreo. Mas, existe Fenix no Juruá? É a grande interrogação.
Tem ainda a candidatura do Josa da Farmácia (PTN), mas vou parar por aqui porque comentá-la seria demais para o meu colesterol.
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