Eu como tudo, eu como tudo cru, até couro de cobra de sucuriju.
Sobrevoando essa cidade, meus Deus que estado de calamidade, neste estado de calamidade.
Teve um tempo em que eu andava arretado, eu fui a Xapuri ver se caçava um veado, mas não tinha nada que decepção, só couro de cobra esticado no chão.
Estiquei a viagem e fui pra Brasiléia, pra ver se rangava um courinho de veia e atravessei pro lado boliviano, e dei de cara foi com um veterano, de arma na mão dizendo ele é o cão, de arma na mão dizendo é um gavião.
Meio baleado fui pra Assis Brasil, pra aquelas bandas puxa quem me viu, cai na boca dos índios Jaminawá, me levaram despenado pro pajé observar.
Já despenado fui lá pra Feijó, chegando lá tomei logo um cipó, e na miração meu Deus que confusão, só couro de cobra esticado no chão.
Até um sapatão que eu vi do mirante, dei um razante mas não era couro cru, era couro de cobra de sucuriju.
A poesia acima é dos compositores Pia Vila e Felipe Jardim, chamada Xote do Urubu. Esses camarada eram de arrepiar quando o assunto era festival de música no Acre. O Famp – Festival Acreano de Música Popular - deixou muitas boas lembranças na mente da galera que curtiu o movimento cultural nas décadas de 80 e 90.
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