Olinda lança candidatura à reitoria da Ufac

A professora Olinda Batistas Assmar anunciou a sua candidatura rumo à Reitoria da Universidade Federal do Acre(Ufac). Como vice, na chapa da situação, o professor Pascoal Muniz, que conta com apoio dos setores progressistas da universidade pública.

A solenidade de lançamento da chapa Olinda / Pascoal aconteceu na tarde da última terça-feira, no campus da Ufac. O evento, no entanto, contou com a presença do atual reitor - Jonas Filho, do presidente do Sintest (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino de Terceiro Grau) - Dário Lopes, do coordenador da Incubadora Solidária - Carlos Franco, dos correligionários e simpatizantes dos dois grupos políticos que celebraram a aliança, para concorreram a eleição da Reitoria da Ufac.

Olinda Batista Assmar busca construir coletivamente com os novos aliados um plano, fundamentado em três pilares: ensino de qualidade, pesquisas cientificas e extensão comprometida com as políticas de desenvolvimento regional. Desta equação, o aumento do número de curso (universitário) e oferta de mais vagas acadêmicas para atender a demanda no campus de Rio Branco e Cruzeiro do Sul.

Outros pontos defendidos pelos aliados como garantia de uma universidade autônoma, pública, democrática gratuita e de qualidade; garantia de uma administração / integrada ao desenvolvimento sustentável da Amazônia, (através da indissociabilidade do ensino), pesquisa e extensão; e ampliação das parcerias com as instituições federais, sociedade civil e estado e municípios.

Para Pascoal Muniz, o novo reitor precisa construir uma proposta coletiva que leva em conta todas as aspirações dos Cursos Universitários (Rio Branco e Cruzeiro do Sul). A missão deste cargo, estabelece um projeto de políticas afirmativas que permita a inclusão da sociedade acreana. “Sempre defendemos uma chapa única, que contribua para manutenção da unidade acadêmica”, enfatizou o candidato a vice.

Propostas

A professora Olinda Batista Assmar em entrevista ao jornal O RIO BRANCO, comentou que a sua proposta será o resultado do debate coletivo, para construção de um Plano de Desenvolvimento Institucional. Mas com prioridade para expansão dos cursos e o trabalho científico, voltado para as políticas de desenvolvimento regional, através das parcerias com as universidades (nacionais e internacionais). “Buscaremos dar mais visibilidade às ações acadêmicas para que a sociedade possa ter acesso aos trabalhos acadêmicos e científicos”, ressaltou Olinda Batista.

Margarida e Vicente lançam manifesto

A professora-doutora Margarida Lima Carvalho e oporofesor-doutor Vicente Cruz Cerqueira pensam diferente dos componentes da chapa liderada pela professora-doutra Olinda Batista e são candidatos à reitora e vice-reitor, respectivamente. Acreitando ser possível construir um projeto de universidade pública democrátrica e autônoma, lançaram manifesto e vãoà luta. Margarida aparece em primeiro lugar na pesquisa de intenções de votos na comundiade universitária, mas ela não está preocupada com pesquisa. A maior preocupação de Margarida é expor proposta e ouvir professores, alunos e funcionários da Ufac. Leia o manifesto lançado por Margarida e Vicente.



Manifesto

As candidaturas da professora-doutora Margarida Lima Carvalho (reitora) e do professor-doutor Vicente Cruz Cerqueira (vice) à administração superior da Ufac, no quadriênio (2008-2012), estão fundamentadas na compreensão de que é possível construir um projeto de universidade pública, laica, democrática e autônoma, capaz de imprimir novos referenciais de qualidade ao conjunto mais imediato das ações que configuram o fazer universitário – o ensino, a pesquisa e a extensão.

Como espaço plural de produção e difusão do conhecimento, a Ufac não pode manter-se restrita aos seus próprios domínios. Sem perder de vista o atendimento às exigências do contexto local, é premente a criação de condições que permitam posicioná-la como uma instituição de vanguarda no contexto da região amazônica. Sua inserção e reconhecimento no contexto mais geral das universidades públicas brasileiras é um imperativo, sobretudo entre aquelas que reconhecidamente têm se destacado pelas boas práticas de gestão político-administrativa, pelos investimentos na expansão do ensino de graduação; pelo reconhecimento dos seus cursos e programas de pós-graduação; pela produção, difusão e publicidade dos resultados de sua pesquisa científica e pela inserção e aderência às questões do desenvolvimento econômico, social e cultural.

De igual forma, os projetos de interesse institucional não podem continuar sendo geridos de forma monolítica, excludente e unilateral, pois o esvaziamento dos espaços de debate e de crítica acadêmica, das instâncias de deliberação e de gestão democrática da universidade significa desprezar a capacidade de elaboração e de massa crítica internamente produzida.

A Universidade Federal do Acre (Ufac), única instituição de ensino superior portadora da credencial de “universidade” no Estado do Acre, não merece continuar padecendo do improviso, da ausência de planejamento, da falta de visão administrativa e do encurtamento do olhar e da negação do diálogo entre os seus segmentos.

Urge, portanto, celebrar compromissos que resultem na definição de políticas institucionais e na construção de ações acadêmicas que se situem para além dos interesses corporativos dos grupos que querem se eternizar no poder.

Acreditamos ser possível um amplo movimento que firme compromissos com o desenvolvimento da Ufac e leve ao redesenho da instituição frente aos desafios impostos à universidade pública nesse início de século.