O desafio da Frente Popular

Por; Antonio Muniz
Jornal O Rio Branco

Em Rio Branco, caso não aconteça o que se convencionou chamar de “acidente de percurso”, a reeleição do prefeito Raimundo Angelim (PT) pode acontecer de forma absolutamente natural. Não apenas pelos méritos da gestão da Frente Popular, mas pelo desempenho pessoal do refeito e a absoluta fragilidade dos partidos de oposição.

Apesar de não desenvolver o trabalho que pretendia e tampouco o que os munícipes esperavam, o prefeito faz o que é possível e aumenta sua popularidade. Não é tido como o melhor prefeito da história de Rio Branco, mas também não pode ser classificado como o pior. Até seus adversários reconhecem seu esforço e dedicação no sentido de resolver os principais problemas da cidade.

Por tanto, a reeleição de Angelim não é mais encarada como desafio, mas sim como algo natural. Ele conseguiu manter a unidade dos partidos que ajudaram a construir sua vitória em 2004 e ainda conquistou apoio de outras agremiações, entre estas algumas que estavam no campo oposto há quatro anos, como é o caso do PDT, que mandou produzir VT declarando apoio à Frente Popular.

Portanto, o desafio maior da Frente Popular não será manter em suas mãos a Prefeitura de Rio Branco, mas conquistar, enfim, a Prefeitura de Cruzeiro do Sul. Na segunda maior cidade do Acre, em mais de 25 anos, o PT conseguiu eleger apenas um vereador. Em 2004, mesmo tendo lançado o deputado federal Henrique Afonso, um candidato forte e respeitado, a FPA amargou mais uma derrota.

A rejeição aos petistas é tão grande em Cruzeiro do Sul que o partido não conseguiu projetar nenhum nome com chances reais de vencer a disputa. Ao que tudo indica, o PT apoiará um candidato produzido pelo PP, partido do vice-governador César Messias. Além da prefeita Zila Bezerra, o candidato da FPA, seja lá quem for, terá que enfrentar ainda o ex-deputado Vagner Sales e o deputado federal Ilderley Cordeiro (PPS).

Mesmo tendo grande estrutura em todos os municípios, a Frente Popular do Acre, segundo declarou o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Edvaldo Magalhães (PC do B) não pretende ganhar em todos, mas quer manter as prefeituras conquistadas em 2004 e eleger prefeito nos maiores colégios eleitorais, entre este Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do Acre.

Humilhação
Enquanto o povo acreano é humilhado e impedido de assistir até aos jogos de futebol, tem gente preocupada com fuso horário. Esses parlamentares da base governista deveriam nos respeitar mais.

Letargia
Voltamos aos anos 80, quando éramos proibidos de assistir aos jogos de futebol. Enquanto isso, os deputados e senadores da bancada governista continuam no estado de letargia.

Eleição
De norte a sul do Acre estamos vendo obras construídas pelo poder público. Seria bom que tivéssemos eleição todos os anos. As obras seriam mais presentes na vida da gente.

Vergonha
Os deputados federais que foram eleitos e reeleitos em 2006 jurando de pés juntos que iriam defender os interesses do povo acreano. Sobretudo dos mais humildes e excluídos, votaram ontem a favor da criação de mais um imposto.

O único
Dos oito deputados federais do Acre, apenas Flaviano Melo (PMDB) teve coragem de votar contra a pouca vergonha. O novo imposto chama-se Contribuição Social da Saúde (CSS), que substituirá a tal CPMF, extinta em dezembro pelo Senado.

Homenagem
Governador Binho Marques (PT) foi homenageado ontem, em Manaus (AM) pela Marinha do Brasil nas comemorações do aniversário da Batalha Naval do Riachuelo. A homenagem foi prestada pelo 9º Distrito Naval.

Festa
A Marinha do Brasil festeja os 143 anos da Batalha Naval do Riachuelo, travada em 11 de junho de 1865 às margens do rio Riachuelo, um dos afluentes do rio Paraguai.

Iesacre
Será amanhã “O Primeiro Arraial Solidário do Iesacre”, promovido pelas coordenações e acadêmicos dos cursos de Administração, Serviço Social e Jornalismo, com o apoio da direção da instituição.