Fonte: www.ac24horas.com.br
A prisão do médico cubano, Jorge Aurélio B. Curtera, na manhã da última quinta-feira, 18, durante uma fiscalização no hospital Santa Casa de Misericórdia, em Rio Branco, pelo Ministério Público Estadual e o Conselho Regional de Medicina, pode ser apenas a ponta de um iceberg, onde médicos contratados pelo governo, podem estar trabalhando no Acre com número de registros inexistentes ou adulterados.
Numa investigação paralela a do MPE e CRM, a equipe de ac24horas descobriu que Curtera, tem um registro de CRM no Acre sob o Nº 42667-AC, usado por ele em suas consultas. Na constatação, descobrimos que a numeração é falsa, pois a sequência numeral não existe, tendo em vista que médicos acreanos usam apenas quatro dígitos em sua identificação junto ao Conselho Regional.
Em conversa por telefone com a promotora de Defesa do Consumidor do MPE, Dra. Alessandra Marques, que está á frente das investigações, ela demonstrou surpresa ao ser informada sobre o documento, e avaliou que a fraude denota que mais médicos contratados pelo estado podem estar trabalhando com número de registros falsificados sem nenhum problema. “Isso nos desperta interesse para uma investigação mais aprofundada sobre o assunto,” disse.
Um outro ponto grave apontado por Alessandra, é que mesmo médicos que tem registro no CRM, estão assinando receitas, atestados médicos e até pedido de exames por médicos que não possuem o diploma.
Segundo ainda Alessandra, “o nosso foco principal não era de fato descobrir se falsos médicos estão ou não trabalhando sem CRM. Nossa prioridade no momento é investigar uma série de irregularidades no hospital Santa Casa, mas esse número de CRM falso que vocês descobriram é uma evidência muito grave e eu gostaria de uma cópia".
A promotora disse ainda, que o MPE nunca pactuou com a medida do governo do Acre, de contratar médicos formados no exterior sem o referido certificado. Para ela, "não importa se o médico é formado em Cuba, Inglaterra ou na França, se para nós que somos os guardiões da justiça e da lei e se o médico não tem o registro constituído no Brasil, ele não pode exercer a medicina. Eu não entregaria um filho meu a um médico sem diploma," concluiu.
Sem querer adiantar mais detalhes sobre o andamento do trabalho investigativo, a promotora garantiu que na próxima segunda-feira, 22, dará entrevista coletiva á imprensa, quando irá expor o que já foi apurado até o momento.
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