Esperto como sempre, Lula da Silva cismou e não quer mais nem ouvir falar em nova CPMF. Aliás, no fundo ele continua sonhando em aprovar a novo golpe contra o povo brasileiro, mas diante da reação da oposição, dos empresários e da sociedade de um modo geral, jogou a responsabilidade para sua base aliada no Congresso. O Palácio do Planalto não quer assumir a paternidade da proposta de recriação do novo imposto num ano eleitoral, nem mesmo para financiar a saúde. Em reunião com a coordenação política do governo, Lula afirmou que não enfrentará o desgaste de nova batalha com o Congresso para ressuscitar o imposto do cheque, extinto há cinco meses.
Apesar de ser alertado de que a Câmara vai aprovar a regulamentação da Emenda 29, aumentando os investimentos com a saúde em R$ 23 bilhões nos próximos quatro anos, Lula observou que cabe aos parlamentares apontar como custear as despesas. Um país que tem um presidente que trata investimento em saúde como despesas precisa, urgentemente, de mudanças. Na prática, aconteceu o que todo mundo já sabia: o planalto jogou para o Congresso a responsabilidade de encontrar fonte de recursos para financiar a saúde. Lula também se mostrou contrário ao aumento das alíquotas de cigarros e bebidas, pois avalia que isso poderia acabar punindo os mais pobres. Lula fuma e bebe demais. Ele sabe que o poder não é eterno, é efêmero.
Diante de centenas de prefeitos, num hotel de Brasília, em tom de desabafo, Lula afirmou que levará ministros da área econômica e senadores que votaram pela extinção da CPMF para a inauguração da primeira creche prevista pelo Plano de Desenvolvimento da Educação. Os senadores que votaram contra a prorrogação da CPMF terão a certeza de que é preciso mais dinheiro e que poderia ser feito com R$ 40 bilhões a mais por ano no Orçamento. Lula não perdoa o Senado por ter tirado de suas mãos a fortuna de R$ 40 bilhões, dinheiro que poderia financiar campanhas em vários estados e ainda garantir a implantação do mensalão II. Os recordes sobre recordes de arrecadação deixam claro que o governo não precisa da CPMF, afinal, o problema na saúde não é falta de dinheiro, mas de honestidade de seus gestores.
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