Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (10) pelo Ministério da Saúde mostrou que 48,1% da população do Acre está com excesso de peso. No Brasil, 49% das pessoas estão nessa condição, segundo o estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizado em todos os estados e no Distrito Federal.
As pessoas com sobrepeso são aquelas que têm o Índice de Massa Corporal (IMC) entre 25 e 29,9 kg/m² (a definição não vale para crianças, idosos ou gestantes). Já são considerados obesos os que têm 30 kg/m² ou mais. O IMC é obtido dividindo-se o peso da pessoa pela altura ao quadrado.
O diagnóstico da saúde do brasileiro se baseia em questionamentos sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física.
O envelhecimento, segundo os dados, tem forte influência na obesidade. Entre os homens, o problema do excesso de peso começa cedo e atinge 29,4% dos que têm entre 18 e 24 anos. Entre homens de 25 a 34 anos, o índice quase dobra, chegando a 55%. Dos 35 aos 45 anos, o percentual é de 63%.
Entre as mulheres, 25,4% entre 18 e 24 anos estão acima do peso. A proporção aumenta para 39,9% dos 25 aos 34 anos e chega a 55,9% dos 45 aos 54 anos.
Em relação à obesidade, 6,3% dos homens de 18 a 24 anos se encaixam nessa categoria, contra 17,2% dos homens de 25 a 34 anos. Entre as mulheres, 6,9% das que têm de 18 a 24 anos são obesas. O índice quase dobra entre mulheres de 25 a 34 anos (12,4%) e quase triplica entre 35 e 44 anos (17,1%). Após os 45 anos, a frequência da obesidade se mantém estável, atingindo cerca de um quarto da população feminina.
A pesquisa mostra como fator de risco o grande consumo de refrigerantes, carne e leite integral, que é rico em gorduras. Por outro lado, a pesquisa também mostra que o nível de escolaridade interfere positivamente nos hábitos alimentares. Uma das boas notícias do Vigitel foi a redução do número de fumantes no país, que ficou abaixo de 15% pela primeira vez. A diminuição ocorreu principalmente entre os homens. A grande maioria das capitais brasileiras já está abaixo da média nacional de consumo de cigarros.
Com informações da UOL
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