O deputado estadual Donald Fernandes (PSDB), em entrevista ao ac24horas, na manhã de ontem (04), revelou sua decepção com a política pública do governo da floresta, no combate ao tráfico de drogas no Acre.
O tucano utilizou como gancho, o texto preparado pelo grupo de especialistas recrutado pela Organização das Nações Unidas (ONU) onde a organização afirma que a lei brasileira, em vigor desde 2008, pode transmitir uma “mensagem errada” sobre uso de drogas.
Regionalizando, o parlamentar disse que o Acre assim como o Brasil, está atrasado no combate às drogas. E cita três campos que acredita serem fundamentais:
- Desintoxicação. Não há leitos suficientes para a desintoxicação de pacientes nos hospitais. Em todo o Estado, existem apenas 08 leitos para tratar esses doentes – explicou.
Donald critica ainda a política preventiva inexistente e o controle do tráfico, principalmente nas fronteiras brasileiras.
Na Tribuna da Assembléia, o deputado foi taxativo ao afirmar que o Estado é ineficiente e incompetente no combate às drogas. Ele lembrou de um projeto primário que previa a inclusão na grade curricular das escolas municipais de temas que ensinassem o jovem a se defender das drogas, rejeitado pela maioria dos vereadores na primeira legislação do prefeito Raimundo Angelim.
- O professor Marcio Batista, do PC do B, foi um dos que votou contra – lembrou Donald.
Já no parlamento, ele falou da rejeição ao projeto de lei que previa o repasse de 5% do ICMS para o tratamento de dependentes químicos. “O governo não aceitou”, retrucou o tucano.
Em seu discurso o parlamentar lembrou ainda, que segundo o próprio deputado Walter Prado (PSB) que é da base governista, mais de 20 mil jovens estão vendendo droga em todo o Estado do Acre.
“Esse estado é ineficiente e incompetente no combate as drogas e através dela vem o conjunto de violência implantado nesse Estado”, concluiu o deputado.
Donald não foi aparteado e nem questionado por nenhum parlamentar da base governista. O debate acontece, no exato momento em que o governo brasileiro anunciou que pretende rever as regras existentes sobre Drogas, para torná-las ainda mais flexíveis.
Um movimento tem como ponto de partida um trabalho do Ministério da Justiça, em parceria com a Universidade de Brasília e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, sobre as pessoas que estão presas sob a acusação de tráfico. Em entrevista coletiva na manhã de terça-feira (02), o presidente do Tribunal de Justiça do Acre, desembargador Pedro Ranzi, afirmou que 90% dos processos que tramitam na Justiça, têm conexão com tráfico de drogas.
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