No início de 2000, Brasil ocupava o terceiro lugar no ranking do desemprego mundial, apesar de contar com a quinta maior população do planeta. À época, apenas 54% dos ocupados brasileiros recebiam salários. Em novo livro, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Marcio Pochmann analisa políticas econômicas que alimentaram esse quadro e propõe alternativas. Partindo de dados alarmantes sobre o aumento do desemprego no Brasil, Pochmann faz uma análise criteriosa da relação entre a falta de trabalho e a adoção de políticas econômicas desfavoráveis ao país, em seu novo livro, O emprego no desenvolvimento da nação. Em 1980, dois em cada três trabalhadores recebiam salários e, dentre eles, 70% tinham emprego formal. Entender os fatores que possibilitaram tais transformações é o principal objetivo de Pochmann em seu novo livro.
Além disso, ele reflete sobre a possibilidade de uma alternativa econômica que leve em conta as características e as necessidades do Brasil e, principalmente, apresente políticas de estímulo ao emprego e melhor divisão de renda. O autor propõe o abandono do que chama de economia do bonsai, baseada na condenação do investimento público e na manutenção de um salário mínimo baixo, e a adoção da economia da jabuticaba, brasileira na essência, que combinaria democracia com crescimento econômico sustentado. Em O emprego no desenvolvimento da nação, Marcio Pochmann, que também é doutor em Ciência da Economia e professor da Unicamp, apresenta uma importante contribuição para a discussão de aspectos fundamentais relacionados à dinâmica do emprego no Brasil.
A tecnologia, que vem desde a revolução industrial na Inglaterra em 1750, traz problemas, e certamente é uma das principais causas do desemprego mundial. Uma máquina substitui o trabalho de 10, 20, 40 ou mais pessoas. Já foi dito que a revolução industrial provocou insatisfação dos trabalhadores, mas pouco desemprego, porquanto, na época, as vagas fechadas numa empresa eram supridas pela abertura de outras empresas. Além disso, houve a redução da jornada de trabalho para 8 horas e a semana de 5 dias. Todavia, hoje, com a globalização, a informatização, as novas tecnologias, nós temos efetivamente um problema de desemprego estrutural. No Acre, há 10 anos tínhamos 40 mil desempregados, hoje segundo dados oficiais, são mais de 170 mil sem nenhuma ocupação.
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