Tradicionalmente como ocorre a mais de um século ontem dia 11 de janeiro, abertura oficial das festividades inerentes ao Padroeiro da Cidade de Xapuri “São Sebastião”., mais de 500 pessoas foram as ruas em carreata que iniciou no Auto Posto Malabah, até a Praça São Sebastião na confluência dos Rios Acre e Xapuri mostrando sua fé no Santo Padroeiro.
Como no domingo a tarde sem muita coisa a fazer resolvi dar uma passadinha e ver como a festa estava acontecendo, alias festa não ato de fé..., seguida de celebração. Falo isso por que não sou tão católico mais a ponto de participar das festividades, por que sinceramente questiono e há muito venho questionando que assim como em outras festas religiosas as pessoas perderam ou fazem questão de esquecer o simbolismo da festa.
A Festa de São Sebastião sempre foi um misto do Sagrado com o profano, geralmente as pessoas estão mais interessadas nas festas dançantes no “rebú” de pessoas por ocasião da quantidade de visitantes, nas oportunidades comerciais no que na ação religiosa. A apoteose da festa que é a procissão do 20 de janeiro, apesar de ter milhares de pessoas , pouquíssimas estão ale em respeito à sua religiosidade, maciçamente estão ali apenas por estarem ou por acharem bonito. Se não vejamos, é gente com celular aos ouvidos, gente que sequer obedecem o trajeto, gente que passa a procissão conversando, gente que não abre a boca para repedir as ladainhas e Pai nossos rezados, gente contando piada, e pasmem chequei a presenciar gente com latinha de cerveja e não somente uma pessoa, mas sim várias. Então dá um tempo né...
Acredito que é o que falta em nós católicos um pouco mais de compromisso com nossa religião, não quero ser o juiz da questão mas que a parte religiosa ficou par segundo plano ah isso ficou faz tempo. Segundo não, terceiro, quarto, quinto.... vejo com muita tristeza esses acontecimentos. Tristeza similar a que senti vendo a carreata de abertura, já que não me empolquei, vi rostos tristes, monótonos, como se a carreata fosse algo obrigado, mecânico sem significado nenhum.
Acabei verificando o meu arquivo de fotografias de outras carreatas, e vi as mais recentes que se referem às eleições, todo mundo alegres, empolgados, sorridentes, felizes, saltitantes. Bem o inverso do que vi na carreata de abertura de São Sebastião. Tomara que os ânimos melhorem nos dias seguintes, já que de hoje até o dia 19 há novenas na igreja matriz sempre às 19:00hs, com bingos e leilões ao seu término.
Bem, mas não posso só criticar né.... falando em São Sebastião e para resgatar um pouco o conhecimento dos fieis acerca desse religioso, produzi uma série de textos sobre a vida do Romano Sebastian, bem como de como surgiu a festividade em Xapuri, resgatando as figuras históricas do inicio de 1900 até meados de 1970 que com certeza foram os precussores da festa, sendo que todos os dias terei uma novidade sobre a festa, e começo hoje com a história de vida de são Sebastião:
A vida de São Sebastião
São Sebastião nasceu em Narvonne, França, no final do século III, e desde muito cedo seus pais se mudaram para Milão, onde ele cresceu e foi educado. Seguindo o exemplo materno, desde criança São Sebastião sempre se mostrou forte e piedoso na fé.
Atingindo a idade adulta, alistou-se como militar, nas legiões do Imperador Diocleciano, que até então ignorava o fato de Sebastião ser um cristão de coração. A figura imponente, a prudência e a bravura do jovem militar, tanto agradaram ao Imperador, que este o nomeou comandante de sua guarda pessoal. Nessa destacada posição, Sebastião se tornou o grande benfeitor dos cristãos encarcerados em Roma naquele tempo. Visitava com freqüência as pobres vítimas do ódio pagão, e, com palavras de dádiva, consolava e animava os candidatos ao martírio aqui na terra, que receberiam a coroa de glória no céu.
Enquanto o imperador empreendia a expulsão de todos os cristãos do seu exército, Sebastião foi denunciado por um soldado. Diocleciano sentiu-se traído, e ficou perplexo ao ouvir do próprio Sebastião que era cristão. Tentou, em vão, fazer com que ele renunciasse ao cristianismo, mas Sebastião com firmeza se defendeu, apresentando os motivos que o animava a seguir a fé cristã, e a socorrer os aflitos e perseguidos.
O Imperador, enraivecido ante os sólidos argumentos daquele cristão autêntico e decidido, deu ordem aos seus soldados para que o matassem a flechadas. Tal ordem foi imediatamente cumprida: num descampado, os soldados despiram-no, o amarraram a um tronco de árvore e atiraram nele uma chuva de flechas. Depois o abandonaram para que sangrasse até a morte.
À noite, Irene, mulher do mártir Castulo, foi com algumas amigas ao lugar da execução, para tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe sepultura. Com assombro, comprovaram que o mesmo ainda estava vivo. Desamarraram-no, e Irene o escondeu em sua casa, cuidando de suas feridas. Passado um tempo, já restabelecido, São Sebastião quis continuar seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo ao imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusados de inimigos do Estado.
Diocleciano ignorou os pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos, e ordenou que ele fosse espancado até a morte, com pauladas e golpes de bolas de chumbo. E, para impedir que o corpo fosse venerado pelos cristãos, jogaram-no no esgoto público de Roma.
Uma piedosa mulher, Santa Luciana, sepultou-o nas catacumbas. Assim aconteceu no ano de 287. Mais tarde, no ano de 680, suas relíquias foram solenemente transportados para uma basílica construída pelo Imperador Constantino, onde se encontram até hoje. Naquela ocasião, uma terrível peste assolava Roma, vitimando muitas pessoas. Entretanto, tal epidemia simplesmente desapareceu a partir do momento da transladação dos restos mortais desse mártir, que passou a ser venerado como o padroeiro contra a peste, fome e guerra.
As cidades de Milão, em 1575 e Lisboa, em 1599, acometidas por pestes epidêmicas, se viram livres desses males, após atos públicos suplicando a intercessão deste grande santo. São Sebastião é também muito venerado em todo o Brasil, onde muitas cidades o tem como padroeiro, entre elas, o Rio de Janeiro .
E por falar em relíguias, muitos xapurienses não sabem que a Paróquia de Xapuri, possui um fragmento de osso do corpo do Santo, que sempre é transportado num relicário no dia da procissão e muito bem guardado durante todo o ano. Aos católicos fervorosos, deviam solicitar ao pároco local a aprsentação da relíquia nas novenas e com maior frequencia...
Proximo artigo irá se referir como a festa começou em Xapuri!!!
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