A discussão do princípio ético da honestidade enfatiza o fato de que rege primariamente a relação do homem com a realidade. A aplicação deste princípio mais amplo à vida em sociedade guia o homem racional ao escolher como lidar com seus semelhantes. O princípio da honestidade estabelece que, para viver de acordo com sua natureza, o homem precisa lidar com a realidade como ela realmente é. Fantasias, desejos, intuição, esperança não são base para tomar decisões eficazes na realidade - decisões e ações eficazes são baseadas em fatos. O mesmo se aplica à vida em sociedade. Há duas conseqüências principais deste princípio no convívio humano. A primeira são os princípios que devem guiar a ação do indivíduo para com os outros, a segunda são os princípios que devem guiar a reação do indivíduo às ações dos outros.
Em relação à ação do indivíduo, já foi exposto que honestidade é lidar com a realidade como ela é. Aplicar este princípio à vida em sociedade é reconhecer que "o que é" é mais importante para sua vida que "o que os outros sabem" ou "o que os outros pensam". Ao se passar por aquilo que não é, omitir ou falsear fatos, o indivíduo cria uma contradição entre a realidade e aquilo que outras pessoas acham que é verdade. Mas os fatos reais têm conseqüências na realidade - a ficção não. Se algum candidato mente dizendo que é honesto, que vai gerar muitos empregos e construir casas populares para impressionar o eleitorado e ganhar a eleição, tal fato não o torna capaz de agir com honestidade e tampouco de resolver ou amenizar problema do desemprego e o déficit habitacional. Por maior que os eleitores acreditem nele. Esta pequena contradição, o fato que o mentiroso não sabe tocar violão, mas diz que sabe, é irreconciliável com a realidade.
Para conciliar a contradição com a realidade onde não existem governantes capazes de gerar empregos sem grandes investimentos e tampouco construir casas sem explicar, em detalhes, de onde virão os recursos, o referido candidato terá que mentir mais, criando mais contradições. Mas estas contradições básicas não são os únicos inimigos de quem tenta substituir a realidade por ficção ao interagir com outros. As contradições têm conseqüências presentes. Nossos falsos candidatos, se conviver com as pessoas para quem mentiram, eventualmente se verão em situações em que elas esperam que ele seja capaz de fazer. Se verá obrigado a não debater assuntos relacionados à honestidade, geração e empregos e tampouco algo relacionado a habitação popular
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