Em um vilarejo desesperadamente pobre do nordeste da China, um jovem camponês está sentado em sua velha e frágil carteira escolar, mais interessado nos pássaros lá fora do que no Livro Vermelho de Mao e nas nobres palavras nele contidas. Naquele dia, porém, homens estranhos chegam à escola - os delegados culturais de madame Mao. Estão à procura de jovens camponeses que, depois de receberem a formação necessária, possam tornar-se os fiéis guardiães de grande visão de Mao para a China. Li Cunxin, um dos bailarinos mais famosos da atualidade, premiado e reverenciado no mundo da dança, sua história de sucesso impressiona a todos que o conhecem. Li Cunxin, um dos bailarinos mais famosos da atualidade, premiado e reverenciado no mundo da dança, sua história de sucesso impressiona a todos que o conhecem, da infância miserável ao estrelato.
Suas incríveis memórias são contadas no livro “Adeus China”: o ultimo bailarino de Mao (Mao's last dancer, 400 páginas) que a editora Fundamento lançou recentemente. Filho de um simples camponês, Li Cunxim foi um entre os milhões que nasceram durante a Revolução Comunista de Mao Tse Tung, um período marcante na história daquele país, como também da humanidade. A pobreza e a fome convivem com a inocência e a ingenuidade dos primeiros anos da infância destes milhares de jovens e Li Cunxin foi um dos poucos eleitos que conseguiu galgar as diferenças sociais e mudou o seu próprio destino para se tornar o que ele é hoje. Sua história, além de ser um exemplo para muitos jovens, pretende contar e mostrar elementos culturais da China, e ao mesmo tempo, discorrer por uma trilha, em torno da revolução cultural chinesa, revolução imposta, apesar de muitas adversidades, permitiu mudar seu destino de camponês para se converter num renomado e reconhecido bailarino internacional.
O Último bailarino de Mao é uma autobiografia comovente que abre ao leitor ocidental a China milenar, um mundo desconhecido, célebre por suas tradições, mitos e lendas. Narrada com simplicidade e sensibilidade, a história vai da sua infância passada em uma aldeia camponesa nas proximidades da cidade de Qingdao, no norte da China, sem ser um escritor profissional, consegue trazer em uma magnífica linguagem, suas memórias, como um contador de histórias, faz de cada cena cotidiana um conto profundo e cuja cumplicidade com o leitor chega ao ponto de ser difícil deixar o livro para ler no dia seguinte. Na primeira parte, Minha infância, mostra delicadamente, sua relação com sua mãe e com sua família, e descreve os costumes, os sofrimentos e as pequenas alegrias do dia-a-dia sofrido, onde a beleza e ao amor familiar se convertem numa secreta rebeldia. Fala também sobre o luxo e a riqueza, o lixo e a pobreza de Pequim, destaca a importância da liberdade e os conflitos do Ocidente.
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