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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Reflexões existencialistas....

Como estou ultimamente sem muito tempo, ou quase tempo nenhum para escrever, nos poucos espaços de tempo que tenho acabo me surpreendendo com alguns materiais que tenho recebido via email de amigos. Por sinal o ultimo me deixou inebriado de curiosidade e acabei tirando um poucquinho do meu parco tempo para tirar minhas dúvidas, tratava-se nde uma crônica do Jornalista Paulo José Cunha, que em seu texto nos lembra que muitas palavras do português estão ficando desusadas e outras, reabilitadas pela maneira de falar de alguns “inventadores” de moda. Observador da linguagem, Cunha nos requer complementação de fatos de linguagem.

Ainda na crônica, convencia de que Temos a idéia de que existe nome diferente para cada coisa (e para cada pessoa ou elemento referente). Não é verdade. Há muitas coisas, objetos, relações etc. que ainda não foram batizadas. Assim, muitas são conhecidas através de artifícios como o de uma figura de linguagem chamada catacrese: pé de cadeira, braço do mar, folha de papel etc.

Aí a curiosidade bateu e me pequei em meus delírios reflexivos costumeiro e lembrei-me que assistindo a um programa de tevê, ouvi uma senhora chorar e dizer:
– “Quando o pai ou mãe morre diz-se que o filho é órfão, mas ainda não inventaram um nome especial para a mãe que perde o filho”.

Ela tinha razão. Por outro lado, inclusive lembro-me que armei o maior barraco quando ouvi as recém criadas palavras co-sogro, co-sogra. Esta relação familiar refere-se aos sogros de um lado e do outro lado com relação ao genro e vice-versa para a nora, quando se quer indicar a(s) co-sogra (s). Explicando: se por ventura um filho meu tem seu sogro, logo hipoteticamente minha nora tem seu sogro – que é a mesma pessoa, logo co-sogro em relação a mim. A mesma explicação vale para co-sogra.

Pirei de vez!!!!

Relações de parentesco vêm surgindo aos montes, às vezes mal usadas ou interpretadas – é exemplo o nome de madrasta para quem tem mãe viva, aventado quando do infanticídio de Isabela, caso rumoroso divulgado pela tevê. Em vista das transformações sofridas pela família, nos últimos tempos, cada uma relação nova exigiria nome diferente.

Mas é complicado, não é?

Quando Deus criou o homem entregou-lhe o Éden (o mundo), com toda a diversidade de coisas – animais, árvores, céus, estrelas, terra, água e mar – cujas coisas e relações teriam que nomear e delas cuidar para sua conservação. Estavam inventadas a fala (a língua) e a ecologia. Mas o homem, ser imperfeito, na sua linguagem incluiu imperfeições. Talvez seja esta a explicação para o fenômeno que alcança outras especificidades como os pleonasmos, onde se usa mais de uma palavra com o mesmo sentido para dizer o que se diria apenas com uma: – subir pra cima, encarar de frente etc. Há também nos dicionários a sinonímia. Palavras como cachaça têm inúmeros sinônimos que o povo vai criando. Os escritores e poetas usam metáforas e metonímias para estabelecer relações entre palavras e significar mais e de maneira artística.

De toda forma, a linguagem deve ser bem cuidada por nós, pois é com ela que nos comunicamos objetivamente (a ciência) e socialmente, e também expressamos os sentimentos mais profundos do nosso ser.

Mas, os que têm a pretensão de criar uma língua única, um sentido único para cada signo – esqueçam. O homem é assim mesmo: variado, rico, comunicante, mas não dispensa sua liberdade de pensar diferente e de falar também com suas variações. E assim escrever. Entretanto seria bom que os dicionaristas (há dicionários de vários tipos) acordassem para os problemas do neologismo e dos arcaísmos. Aqueles, porque revigoram a língua; estes, para conservá-la historicamente, uma vez que o homem será sempre um animal que faz história, que tem história.

E quanto mais rica for essa história, mais rico também será o homem.

E quanto mais tempo eu dedicar a essas reflexões, mais louco devo ficar!!!

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