Brasília (19) - Apesar da falsa promessa de ser um programa revolucionário para o país quando foi lançado há três anos pelo governo federal, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não cumpre suas metas de execução nem mesmo no Rio Grande do Sul, estado onde a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, responsável pela ação, passou mais da metade de sua vida.
Um levantamento sobre o prazo de execução das obras no estado indica que, pelo menos, 60% delas já sofreram algum tipo de atraso. Nenhuma das 20 principais previstas foi concluída, e um terço se encontra no papel, em fase de projeto ou aguardando licitação.
Para o secretário de Infraestrutura e Logística do Estado, Daniel de Moraes Andrade, o programa simplesmente é medíocre, não tem nada de concreto. "Apesar de termos demandas importantes, como duplicação de rodovias federais, o Rio Grande do Sul ficou à margem do PAC", lamenta o secretário.
Entre as construções atrasadas estão as duplicações das BRs 386 (Tabaí e Estrela), a 290 (Eldorado do Sul-Pantano Grande), a 116 (Eldorado do Sul a Pelotas) e a BR 101, no trecho próximo a Osório Torres. O atraso é tão grande que as obras de duplicação da rodovia Rio Grande-Pelotas (BR-392), por exemplo, só foram iniciadas em janeiro último, após um ano da ordem de liberação do serviço.
Andrade recorda que o governo estadual tentou um acordo com o Palácio do Planalto para executar a duplicação e a reforma de rodovias e estradas, mas o pedido foi negado. O objetivo era aproveitar a favorável condição financeira do estado para acelerar a execução das obras em atraso e, em troca, o governo estadual ficaria responsável pelo pedágio de algumas rodovias. Isso porque os convênios federais apresentaram indícios de irregularidades.
Mas mesmo com a recusa do governo federal em melhorar a infraestrutura do Rio Grande do Sul e sem depender de recursos externos, o estado investiu R$ 1 bilhão em obras, maior investimento já realizado em portos, estradas e ferrovias naquela unidade federativa.
"Esse programa é uma mera pirotecnia da ministra Dilma e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O verdadeiro PAC no Rio Grande do Sul é executado pela governadora Yeda Crusius", avalia o deputado federal e presidente do PSDB-RS, Claudio Diaz, apontando que as recentes visitas dos petistas ao estado foram para inaugurar obras atrasadas.
Segundo o deputado professor Ruy Pauletti, o problema do PAC é meramente gerencial. "Quanto a esse empacado programa, duas coisas devem ser observadas: ou a ministra Dilma Rousseff se preocupa muito em fazer política e esqueceu-se de fazer as obras necessárias, ou ela é realmente incapaz de realizar obras dessa magnitude", explica.
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